quarta-feira, 26 de setembro de 2012

QUANDO TERMINAMOS É ENTÃO QUE DEUS COMEÇA!

“Eis que faço uma obra nova, não a vedes?” (Is 43,19), diz o Senhor na Sua Palavra.
Obra generosa a do seu amor quando cremos e nos dispomos à sua graça, não obstante nossas fraquezas e miopias do coração e da alma para enxergar.
Na verdade a fé nos concede além de alegria, uma nova visão da realidade sobre nós e sobre os contextos que nos cercam.

É fato que nem sempre compreendemos o percurso da graça de Deus no fio de nossa história pessoal, mas cremos e provamos que há um desígnio, o que não nos permite pensar que seja um determinismo, podendo ainda gerar acomodação ou imaginar que Deus seja um mágico, não, Deus leva em conta nossas decisões porque respeita incondicionalmente nossa liberdade, reconhece conosco nossas ruínas, ajuda-nos a perceber onde caímos e fracassamos, mas não o faz como juiz, mas como Deus, como Aquele que é todo amor e misericórdia.

O amor pede a coragem de reerguimento e estimula a uma determinada determinação. É isso o que mais importa. A graça de Deus faz novas todas as coisas, junta os pedaços da vida, refaz a obra que arruinou e dá continuidade ao projeto inacabado.
Faço memória de muitas pessoas que me falam de suas ruínas, sobretudo no amor, no casamento, na família, nos negócios, nos projetos de realização e felicidade. Não é fácil, nós o sabemos, mas a maior infelicidade é não acreditarmos nas novas oportunidades.

Na prática, quando se quebra um vaso a gente o joga fora, mas sua simbologia na vida humana e espiritual é diferente, comporta a certeza absoluta de que Deus não nos criou para a infelicidade e é sempre o primeiro a recomeçar conosco.

Sua graça pode nos reconstruir! É isto que diz sua Palavra: “Quando terminamos é então que Ele começa!”. Sim, é a própria Palavra redentora de Deus que junta os pedaços e remodela o novo vaso.
Assim eu creio e sempre desejo. É isso que de melhor posso comunicar a uma pessoa que precisa juntar com Deus seus pedaços sem perder a esperança e a dignidade de filho, de filha de Deus.




 

Marcos de Aquino
 
 

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