segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

Liturgia Diária - Jesus é a Palavra de Deus

 Resultado de imagem para João 1,1-18
1a Leitura - 1 João 2,18-21Leitura da primeira carta de são João.
2 18 Filhinhos, esta é a última hora. Vós ouvistes dizer que o Anticristo vem. Eis que já há muitos anticristos, por isto conhecemos que é a última hora.
19 Eles saíram dentre nós, mas não eram dos nossos. Se tivessem sido dos nossos, ficariam certamente conosco. Mas isto se dá para que se conheça que nem todos são dos nossos. 20 Vós, porém, tendes a unção do Santo e sabeis todas as coisas. 21 Não vos escrevi como se ignorásseis a verdade, mas porque a conheceis, e porque nenhuma mentira vem da verdade.
Palavra do Senhor.

Salmo - 95/96
O céu se rejubile e exulte a terra!

Cantai ao Senhor Deus um canto novo,
cantai ao Senhor Deus, ó terra inteira!
Cantai e bendizei seu santo nome!
Dia após dia anunciai sua salvação.

O céu se rejubile e exulte a terra,
aplauda o mar com o que vive em suas águas;
os campos com seus frutos rejubilem
e exultem as florestas e as matas.

Na presença do Senhor, pois ele vem,
porque vem para julgar a terra inteira.
Governará o mundo todo com justiça,
e os povos julgará com lealdade.

Evangelho - João 1,1-18
Aleluia, aleluia, aleluia.
A palavra se fez carne, entre nós ela habitou; e todos os que a acolheram, de Deus filhos se tornaram (Jo 1,14.12).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
1 1 No princípio era o Verbo, e o Verbo estava junto de Deus e o Verbo era Deus.
2 Ele estava no princípio junto de Deus. 3 Tudo foi feito por ele, e sem ele nada foi feito. 4 Nele havia a vida, e a vida era a luz dos homens. 5 A luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam. 6 Houve um homem, enviado por Deus, que se chamava João. 7 Este veio como testemunha, para dar testemunho da luz, a fim de que todos cressem por meio dele. 8 Não era ele a luz, mas veio para dar testemunho da luz. 9 era a verdadeira luz que, vindo ao mundo, ilumina todo homem. 10 Estava no mundo e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o reconheceu. 11 Veio para o que era seu, mas os seus não o receberam. 12 Mas a todos aqueles que o receberam, aos que crêem no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus, 13 os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas sim de Deus. 14 E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos sua glória, a glória que o Filho único recebe do seu Pai, cheio de graça e de verdade. 15 João dá testemunho dele, e exclama: “Eis aquele de quem eu disse: ‘O que vem depois de mim é maior do que eu, porque existia antes de mim’”. 16 Todos nós recebemos da sua plenitude graça sobre graça. 17 Pois a lei foi dada por Moisés, a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo. 18 Ninguém jamais viu Deus. O Filho único, que está no seio do Pai, foi quem o revelou.
Palavra da Salvação.
 
Reflexão
A mesma Palavra que criou o céu e a terra veio ao mundo e se fez carne para nos trazer a salvação. Jesus é a Palavra de Deus, o Verbo que se encarnou no seio de uma virgem para dar vida ao mundo. Foi ele quem nos fez filhos de Deus e nos trouxe a Sua graça. Portanto, a Palavra de Deus já está no meio de nós. A Palavra de Deus é a Luz e Jesus é a Palavra, portanto, Jesus é a Luz!  Ele é o personagem central da Bíblia. Todas as profecias, todas as orações, lamentações e súplicas das Escrituras foram inspiradas pelo Pai no Seu Filho Jesus Cristo pelo poder do Espírito Santo. “Tudo foi feito por ela e sem ela nada se fez de tudo que foi feito”!  Por isso, neste tempo em que ainda vivenciamos as alegrias do Natal todos nós podemos refletir e meditar se estamos acolhendo a Palavra e se, realmente, nós a temos encarnada em nós de maneira que Ela dirija as nossas ações. Se o mundo foi criado por causa de Jesus Cristo, se a graça e a verdade nos chegaram através Dele e se Ele é a Palavra de Deus que veio habitar no meio de nós, é imprescindível que tenhamos esta Palavra entranhada em nossas mãos e no nosso coração. Pela Palavra nós tomamos conhecimento do Amor de Deus que é eterno e nos dá a garantia das Suas promessas para nós. Ela é a Luz que nos tira das trevas da ignorância e nos dá o entendimento de nós mesmos (as), de Deus e do nosso próximo. Assim como João Batista veio para dar testemunho desta Luz, nós também podemos   irradiar o fulgor que se expressa por meio de nós quando anunciamos Jesus Cristo, a Palavra de Deus que veio nos transformar em novas criaturas. – Você já acolheu o Verbo de Deus que se fez carne e veio habitar entre nós? – A Palavra de Deus tem influenciado as suas ações? – Você tem sabido ouvi-La e vivê-La? – Você tem dado ao mundo testemunho da Luz de Cristo?  - Qual é o testemunho que você pode dar ao mundo da presença de Cristo na sua vida?
Helena Serpa

Que tal fazer um balanço de sua própria vida?

BRAZIL/D. Hélder Câmara nos deixou alguns versos que nos ajudam a meditar:

“Quando teu navio, ancorado muito tempo no porto, te deixa a impressão enganosa de ser uma casa.
Quando teu navio começar a criar raízes na estagnação do cais, faze-te ao largo.
É preciso salvar a qualquer preço a alma viajora de teu barco e tua alma de peregrino”.

Somos peregrinos do Absoluto. A passagem de ano não pode deixar de falar a todo homem que pensa um pouco. Lembra-lhe que ele é um caminhante que atravessa os tempos. Onde termina esta caminhada? Para uns, ela desemboca no vazio ou no nada; para os ateus e materialistas é perspectiva sombria e sem esperança. Mas, para o cristão, a caminhada termina no Absoluto ou na Plenitude, uma aspiração inata de todo homem.
No mais profundo de si mesmo todo ser humano é inquieto e procura a Vida, a Verdade, o Amor, sem contradição. Quem não ousa aspirar a estes valores, condena-se a viver frustrado ou sem sentido. É o que diz o autor do Eclesiastes nos séculos IV/III a.C: “Vaidade das vaidades! Tudo é vaidade!”
O Natal veio nos relembrar que o Absoluto existe, não é um mito e nem ficção; é real. Não somente existe; ele vem buscar o homem. Deus quis compartilhar a sorte de viajante conosco, percorrendo as estradas pedregosas da vida presente, a fim de fazer delas o caminho para a vida plena; assumiu o que é da criatura para que a criatura possa gozar da companhia do próprio Deus aqui e no Além; entregou o Filho para fazer dos servos rebeldes “filhos no Filho”.

Na verdade, porém, Cristo só nasceu em Belém para poder nascer no coração de cada ser humano através dos tempos. É São Paulo quem o diz: “Vivo eu, não eu; é Cristo que vive em mim” (Gl 2, 20). O Natal se prolonga em cada administração do Batismo, para que o cristão seja “um outro Cristo”. É com este pensamento e desejo que deve o cristão começar um Ano Novo.
Vivemos dias em que as pessoas se queixam, e com razão, de inclemência, e tomam providências contra o terror. Mas, em todas as fases da história os tempos pareceram ingratos. Apesar de todos os esforços para diminuir os males a terra nunca será um Paraíso.
Consciente disto, o cristão não se deixa iludir e procura atravessar os tempos turbulentos como Peregrino do Absoluto. Absoluto que não está distante, mas que lhe vem ao encontro através da fé e dos Sacramentos. Dizia o Papa São João Paulo II: “Aprendei a ouvir no silêncio a voz de Deus, que fala no mais fundo de cada um de nós” (L’Osservatore Romano, 16/10/2001, p.1).
Isto quer dizer: sem deixar de lado as tarefas temporais, o cristão alimenta sua esperança e sua fortaleza no diálogo com o Absoluto ou na oração.
Há em nós a natural tendência à acomodação que ameaça todo ser humano, e ameaça nos aos poucos, insensivelmente. Todavia, para quem é peregrino, a estabilidade é estagnação e fonte de putrefação.
Um novo Ano se abre, é uma oportunidade de despertarmos do sono da rotina e semearmos com largueza no decorrer de cada novo dia!
Um novo ano é nova oportunidade concedida pelo bom Deus para que os cristãos e todos os homens de boa vontade se voltem, ainda mais, para o Grande Encontro. Seja este o referencial permanente da caminhada de todos nós em 2018!
S. Tiago na sua Carta disse que: “A língua põe em chamas o ciclo da existência ou a roda da vida” (3,6). Por que comparavam os antigos a nossa vida com uma roda? Na roda que se move, o que está na parte superior vai para baixo, e vice-versa. Assim a roda seria o símbolo da sorte, que exalta e rebaixa sucessivamente os homens. A roda é a imagem da sucessão monótona, algo fechado, sem saída. Mas o cristianismo prefere, para designar a vida, uma outra imagem: a do cone ou da parábola. Uma figura que se vai abrindo e dilatando cada vez mais, como se estivesse para abarcar o Infinito, o Absoluto. Esta imagem revela a realidade da dinâmica da vida cristã, que é uma semente de eternidade, a graça santificante, o “gérmen da glória”, que vai desabrochando até chegar ao encontro face-a-face com a Beleza Infinita de Deus.
O ano de 2018 é um segmento desse cone: deve indicar para o cristão, uma fase de crescimento interior e de aproximação da plenitude dos valores definitivos. Deus, que chama o homem para a comunhão com Ele, o acompanha nessa caminhada e o aguarda.
É hora de dar um balanço na própria vida, e descartar com a força da graça do Natal tudo que é supérfluo, desnecessário e que nos impede de caminhar célere em busca do Infinito. Deixemos as vaidades e vanglória à beira do caminho; abandonemos a mentira e a preguiça; enterremos os apegos às criaturas e os prazeres pecaminosos; renunciemos a glutonaria, a ira e as invejas corroedoras da alma. Que nesta virada de Ano, nossa alma se renove em busca do nosso único Destino.
Senhor, que neste Ano novo, possamos reconhecer todos os dias o teu santo desígnio e a tua reconfortadora presença!




Prof. Felipe Aquino

domingo, 30 de dezembro de 2018

Festa da Sagrada Família - Ele será um sinal de contradição


 
 Resultado de imagem para festa da sagrada família
1a Leitura - Eclesiástico 3,3-7.14-17
Leitura do livro do Eclesiástico.
3 3 Pois Deus quis honrar os pais pelos filhos, e cuidadosamente fortaleceu a autoridade da mãe sobre eles.
4 Aquele que ama a Deus o roga pelos seus pecados, acautela-se para não cometê-los no porvir. Ele é ouvido em sua prece cotidiana.
5 Quem honra sua mãe é semelhante àquele que acumula um tesouro.
6 Quem honra seu pai achará alegria em seus filhos, será ouvido no dia da oração.
7 Quem honra seu pai gozará de vida longa; quem lhe obedece dará consolo à sua mãe.
14 Meu filho, ajuda a velhice de teu pai, não o desgostes durante a sua vida.
15 Se seu espírito desfalecer, sê indulgente, não o desprezes porque te sentes forte, pois tua caridade para com teu pai não será esquecida,
16 e, por teres suportado os defeitos de tua mãe, ser-te-á dada uma recompensa;
17 tua casa tornar-se-á próspera na justiça. Lembrar-se-ão de ti no dia da aflição, e teus pecados dissolver-se-ão como o gelo ao sol forte.
Palavra do Senhor.

Salmo - 127/128
Felizes os que temem o Senhor
e trilham seus caminhos!

Felizes és tu se temes o Senhor
e trilhas seus caminhos!
Do trabalho de tuas mãos hás de viver,
serás feliz, tudo irá bem!

A tua esposa é uma videira bem fecunda
no coração da tua casa;
os teus filhos são rebentos de oliveira
ao redor de tua mesa.

Será assim abençoado todo homem
que teme o Senhor.
O Senhor te abençoe de Sião
cada dia de tua vida.

2a Leitura - Colossenses 3,12-21
Leitura da carta de são Paulo aos Colossenses.
3 12 Portanto, como eleitos de Deus, santos e queridos, revesti-vos de entranhada misericórdia, de bondade, humildade, doçura, paciência.
13 Suportai-vos uns aos outros e perdoai-vos mutuamente, toda vez que tiverdes queixa contra outrem. Como o Senhor vos perdoou, assim perdoai também vós.
14 Mas, acima de tudo, revesti-vos da caridade, que é o vínculo da perfeição.
15 Triunfe em vossos corações a paz de Cristo, para a qual fostes chamados a fim de formar um único corpo. E sede agradecidos.
16 A palavra de Cristo permaneça entre vós em toda a sua riqueza, de sorte que com toda a sabedoria vos possais instruir e exortar mutuamente. Sob a inspiração da graça cantai a Deus de todo o coração salmos, hinos e cânticos espirituais.
17 Tudo quanto fizerdes, por palavra ou por obra, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai.
18 Mulheres, sede submissas a vossos maridos, porque assim convém, no Senhor.
19 Maridos, amai as vossas mulheres e não as trateis com aspereza.
20 Filhos, obedecei em tudo a vossos pais, porque isto agrada ao Senhor.
21 Pais, deixai de irritar vossos filhos, para que não se tornem desanimados.
Palavra do Senhor.

Evangelho - Lucas 2,40-52
Aleluia, aleluia, aleluia.
Que a paz de Cristo reine em vossos corações e ricamente habite em vós sua palavra! (Cl 3,15s).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
2 41 Os pais de Jesus iam todos os anos a Jerusalém para a festa da Páscoa.
42 Tendo ele atingido doze anos, subiram a Jerusalém, segundo o costume da festa.
43 Acabados os dias da festa, quando voltavam, ficou o menino Jesus em Jerusalém, sem que os seus pais o percebessem.
44 Pensando que ele estivesse com os seus companheiros de comitiva, andaram caminho de um dia e o buscaram entre os parentes e conhecidos.
45 Mas não o encontrando, voltaram a Jerusalém, à procura dele.
46 Três dias depois o acharam no templo, sentado no meio dos doutores, ouvindo-os e interrogando-os.
47 Todos os que o ouviam estavam maravilhados da sabedoria de suas respostas.
48 Quando eles o viram, ficaram admirados. E sua mãe disse-lhe: “Meu filho, que nos fizeste?! Eis que teu pai e eu andávamos à tua procura, cheios de aflição”.
49 Respondeu-lhes ele: “Por que me procuráveis? Não sabíeis que devo ocupar-me das coisas de meu Pai?”
50 Eles, porém, não compreenderam o que ele lhes dissera.
51 Em seguida, desceu com eles a Nazaré e lhes era submisso. Sua mãe guardava todas estas coisas no seu coração.
52 E Jesus crescia em estatura, em sabedoria e graça, diante de Deus e dos homens.
Palavra da Salvação.

 Reflexão

           Dentro do tempo do Natal, a Igreja escolhe um dia para celebrar a festa da Sagrada Família, um modelo para todas as famílias! É uma forma que a igreja encontrou para chamar a nossa atenção, sobre a importância da família, um valor tão desprezado nestes tempos “modernos.”
A Sagrada Família; família de Nazaré é constituída por Jesus, Maria e José! Foi no seio desta família, que o Menino Deus cresceu em tamanho e sabedoria, que Ele viveu como um de nós!
O evangelho que a liturgia de hoje nos convida a refletir, vem nos falar da apresentação de Jesus no templo. Quarenta dias após o seu nascimento, Jesus é levado ao templo pelos os seus pais, a fim de cumprir um ritual judaico, isto é, todo primogênito do sexo masculino, deveria ser consagrado ao Senhor. Maria e José, num gesto de entrega a Deus, apresentam Jesus no templo.
O rito da purificação da mãe e a apresentação do menino Jesus, nos ajuda a entender, que Deus, ao se encarnar, viveu a nossa realidade, se submeteu a lei, foi pobre, marginalizado, injustiçado e provavelmente teve problemas na família como qualquer um de nós. Basta lembrarmos, do início da sua vida pública, quando seus familiares tentaram impedi-lo de cumprir a sua missão, alegando que Ele estava louco. Mc 3,20-21
O texto que nos é apresentado, é rico em detalhes, mostra-nos, que na apresentação do menino Jesus no templo, fica evidenciado a identidade do Salvador e através de um conjunto de elementos proféticos, é revelado o caminho que Ele percorreria o caminho da cruz.
Em si tratando da apresentação do próprio Filho de Deus, este ritual adquire um significado estreitamente ligado ao mistério da encarnação. Foi um rito de grande profundidade, diferente dos outros, em que os pais apresentavam seus filhos a Deus.  No rito de Jesus, é Deus quem apresenta seu Filho aos homens, pela boca do profeta Simeão, juntamente com a profetisa  Ana.
O velho Simeão esperava pela libertação de Israel, ele já havia recebido a de Deus, a promessa de que ele não partiria deste mundo, sem antes ter visto o Messias. Guiado pela a inspiração divina, Ele  vai ao templo e lá encontra com Maria e José que levavam Jesus para cumprir as prescrições legais. Suas palavras proféticas, sobre o futuro do menino, Jesus, constituem o centro do relato. Já prestes do final  de sua existência terrena, Simeão toma o menino em seus braços e o define como: “A salvação que chegou para todos os povos. Salvação, que chegou na fragilidade de um menino.
Os olhos de Simeão, enxergaram  longe, ele viu naquele menino tão frágil, ainda totalmente dependente do humano, a salvação do próprio humano!
Na cena, Maria permaneceu o tempo todo em silencio, certamente,  ela ainda não havia entendido tudo a respeito da trajetória do seu filho, mas  mesmo assim, ela acolhe as profecias de Simeão sobre o seu futuro, aceitando os desígnios de Deus.
Após ter tido a felicidade de ter o Messias em seus braços, Simeão sente que já podia partir deste mundo, afinal, seus olhos já tinham visto o que ele tanto esperava: a “libertação do povo de Israel".
Contemplemos a figura de Simeão, um homem que não olhava para o passado, que via longe, que sonhava grande, mesmo na fragilidade de sua idade avançada.
Simeão e Ana representam o povo fiel, o povo persistente, que não perde a esperança, porque confia nas realizações das promessas de Deus, podemos intitulá-los, como profetas da esperança!
Como o profeta Simeão, sejamos também, perseverantes na fé, confiantes nas promessas de Deus, com Deus, tudo nos será possível.
A família é uma instituição sagrada, é algo sonhado por Deus, que quis vir até a nós, através de uma família.
Que esta instituição sagrada, não termine por falta de amor, pois é na família, que Deus perpetua a sua criação! Não deixemos que esta sementeira de amor, se desfaça por falta do diálogo e do perdão.
 
 
 
 

Olívia Coutinho

sábado, 29 de dezembro de 2018

Liturgia Diária - Apresentação de Jesus

Resultado de imagem para apresentaçao de jesus no templo

1a Leitura - 1 João 2,3-11
Leitura da primeira carta de são João.
2 3 Eis como sabemos que o conhecemos: se guardamos os seus mandamentos.
4 Aquele que diz conhecê-lo e não guarda os seus mandamentos é mentiroso e a verdade não está nele.
5 Aquele, porém, que guarda a sua palavra, nele o amor de Deus é verdadeiramente perfeito. É assim que conhecemos se estamos nele:
6 aquele que afirma permanecer nele deve também viver como ele viveu.
7 Caríssimos, não vos escrevo nenhum mandamento novo, mas sim o mandamento antigo, que recebestes desde o princípio. Este mandamento antigo é a palavra que acabais de ouvir.
8 Todavia, eu vos escrevo agora um mandamento novo - verdadeiramente novo, nele como em vós, porque as trevas passam e já resplandece a verdadeira luz.
9 Aquele que diz estar na luz, e odeia seu irmão, jaz ainda nas trevas.
10 Quem ama seu irmão permanece na luz e não se expõe a tropeçar.
11 Mas quem odeia seu irmão está nas trevas e anda nas trevas, sem saber para onde dirige os passos; as trevas cegaram seus olhos.
Palavra do Senhor.

Salmo - 95/96
O céu se rejubile e exulte a terra!

Cantai ao Senhor Deus um canto novo,
cantai ao Senhor Deus, ó terra inteira!
Cantai e bendizei seu santo nome!

Dia após dia anunciai sua salvação,
manifestai a sua glória entre as nações
e, entre os povos do universo, seus prodígios!

Foi o Senhor e nosso Deus quem fez os céus:
diante dele vão a glória e a majestade,
e o seu templo, que beleza e esplendor!

Evangelho - Lucas 2,22-35
Aleluia, aleluia, aleluia.
Sois a luz que brilhará para os gentios e para a glória de Israel, o vosso povo (Lc 2,32).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
2 22 Concluídos os dias da sua purificação segundo a Lei de Moisés, levaram-no a Jerusalém para o apresentar ao Senhor,
23 conforme o que está escrito na lei do Senhor: “Todo primogênito do sexo masculino será consagrado ao Senhor”;
24 e para oferecerem o sacrifício prescrito pela lei do Senhor, um par de rolas ou dois pombinhos.
25 Ora, havia em Jerusalém um homem chamado Simeão. Este homem, justo e piedoso, esperava a consolação de Israel, e o Espírito Santo estava nele.
26 Fora-lhe revelado pelo Espírito Santo que não morreria sem primeiro ver o Cristo do Senhor.
27 Impelido pelo Espírito Santo, foi ao templo. E tendo os pais apresentado o menino Jesus, para cumprirem a respeito dele os preceitos da lei,
28 tomou-o em seus braços e louvou a Deus nestes termos:
29 “Agora, Senhor, deixai o vosso servo ir em paz, segundo a vossa palavra.
30 Porque os meus olhos viram a vossa salvação
31 que preparastes diante de todos os povos,
32 como luz para iluminar as nações, e para a glória de vosso povo de Israel”.
33 Seu pai e sua mãe estavam admirados das coisas que dele se diziam.
34 Simeão abençoou-os e disse a Maria, sua mãe: “Eis que este menino está destinado a ser uma causa de queda e de soerguimento para muitos homens em Israel, e a ser um sinal que provocará contradições,
35 a fim de serem revelados os pensamentos de muitos corações. E uma espada transpassará a tua alma”.
Palavra da Salvação.

Reflexão

José e Maria  eram pessoas cumpridoras da Lei e por isso levaram o Menino Jesus ao Templo para ser apresentado.
O Velho Simeão estava lá e suas palavras inspiradas pelo Espírito de Deus, foram graves e preocupantes para os seus pais. Ele afirmou que aquele Menino estava destinado a ser tanto a motivo de queda, como de elevação de muitos em Israel.
Em seguida, Simeão profetiza a dor que Nossa Senhora sentiria ao ver o seu querido filho pregado na cruz, sendo tratado como um criminoso qualquer.
A apresentação de Jesus ao Templo, tem um  significado muito forte que é o valor da presença feminina na economia da salvação. O encontro de Maria e José com uma mulher, Ana, de idade avançada, pois tinha oitenta e quaro anos e era viúva há muito tempo. Consagrada totalmente a Deus, "não se afastava do templo, servindo a Deus noite e dia em jejuns e orações" , significa a presença da mulher na Igreja de Jesus Cristo.

A cooperação de Maria com o Projeto de Deus diante do Espírito Santo, manifestada na Anunciação e na Visitação, demonstra a sua atitude de boa vontade de fazer a vontade do Pai sem questionar. Consciente do mistério do seu Filho divino, Maria deixava-se guiar pelo Espírito de Deus, obedecendo as suas orientações, como foi na hora de fugir para o Egito.

A Igreja, no decorrer de sua história, teve grandes e santas mulheres de muita fé, e atuantes.  Hoje também em cada comunidade paroquial, podemos constatar a ação da mulher que com o seu jeito especial, carinhoso, sutil, caprichosa, dedicada, pontual, persistente, discreta, habilidosa, que a exemplo de Maria que cuidava de cada detalhe das necessidades do Menino Jesus, essa maravilhosas mulheres cuidam desde os paramentos, aos encontros de casais, de jovens, elas cuidam de tudo dentro da paróquia.  É por isso que o nosso atual Papa Francisco, anunciou a valorização da atuação da mulher  na vida da Igreja, inclusive no altar.

A bem da verdade, a nossa Igreja é mais feminina do que masculina, do ponto de vista da atuação de seus fiéis leigos, pois se prestarmos mais atenção, a presença viva da figura feminina é muito maior do que dos homens.
Isso se explica pelo fato do homem ter seus compromissos de sustentar a família. Mais analisando bem, a mulher também tem muitas ocupações, inclusive trabalhando em casa e fora de casa.  Por tanto, parece mesmo ser uma desculpa dos homens para não assumirem um compromisso na comunidade paroquial.
De qualquer modo, não sejamos pessimistas. Sabemos que existem muitos homens integrados na vida da Igreja, com excelente desempenho.




José Salviano 

Por que um católico não deve consultar horóscopo?

formacao_horoscopoO diabo não busca outra coisa senão fechar e obstruir a estrada de nosso retorno a Deus
A astrologia pretende definir a vida humana a partir da posição ocupada pelos astros no dia do nascimento da pessoa. A astrologia e o horóscopo são cultivados desde remotas épocas antes de Cristo, ou seja, desde a civilização dos caldeus da Mesopotâmia, por volta de 2500 a.C.. Nessa época, os estudiosos pouco sabiam a respeito do sistema solar e dos astros em geral.
Segundo o grande mestre D. Estevão Bettencourt, tal “ciência” é falsa por diversos motivos:
1. Baseia-se na cosmologia geocêntrica de Ptolomeu; conta sete planetas apenas, entre os quais é enumerado o Sol;
2. A existência das casas do horóscopo ou dos compartimentos do zodíaco é algo de totalmente arbitrário e irreal;
3. Os astros existentes no cosmo são quase inumeráveis; conhece-se interferências deles no espaço que outrora se ignorava. É notório também o fato de que os astros modificam incessantemente a sua posição no espaço. Por que então a astrologia leva em conta a influência de uma constelação apenas?;
4. A astrologia incute uma mentalidade fatalista e alienante, que deve ser combatida, pois não corresponde aos genuínos conceitos de Deus e do homem. Registram-se erros flagrantes de astrólogos. (Revista PR, Nº 266 – Ano 1983 – Pág. 49).

Uma pesquisa realizada nos EUA mostra que seguir os horóscopos “pode fazer mal à saúde mental”. O estudo foi publicado na revista “Journal of Consumer Research” e descobriu que pessoas que leem o horóscopo diariamente são mais propensas a um comportamento impulsivo ou a serem mais tolerantes com seus “desvios” quando a previsão do zodíaco é negativa. Cientistas das universidades Johns Hopkins e da Carolina do Norte recrutaram 188 indivíduos, que leram um horóscopo desfavorável. Os resultados mostraram que para as pessoas que acreditam que podem mudar o seu destino, um horóscopo desfavorável aumentou a probabilidade de elas caírem em alguma “tentação”. “Acreditava-se que, para uma pessoa que julga poder mudar o seu destino, o horóscopo deveria fazê-la tentar modificar alguma coisa em seu futuro”, disseram os autores da pesquisa. No entanto, viu-se o oposto: aqueles que acreditam no horóscopo, quando veem que a previsão é negativa, acabam cedendo às suas “tentações”, levando-os a um comportamento impulsivo e, eventualmente, irresponsável. (Fonte: http://oglobo.globo.com/sociedade/ciencia/horoscopo-faz-mal-saude-mental-11063132)
Uma prova do erro da astrologia é a desigualdade de sortes de crianças nascidas no mesmo lugar e no mesmo instante, até mesmo dos gêmeos. Veja por exemplo caso de Esaú e Jacó (Gen 25). Se os astros regem a vida dos homens, como não a regem uniformemente nos casos citados? Quem conhece os gêmeos sabem muito bem disso.
Santo Agostinho, já no século IV, combatia veementemente as superstições e a astrologia. No seu livro ‘A doutrina cristã’ escreve: “Todo homem livre vai consultar os tais astrólogos, paga-lhes para sair escravo de Marte, de Vênus ou quiçá de outros astros”.
Querer predizer os costumes, os atos e os eventos baseando-se sobre esse tipo de observação, é grande erro e desvario. O cristão deve repudiar e fugir completamente das artes dessa superstição malsã e nociva, baseada sobre maléfico acordo entre homens e demônios. Essas artes não são notoriamente instituídas para o amor de Deus e do próximo; fundamentam-se no desejo privado dos bens temporais e arruínam assim o coração.
Em doutrinas desse gênero, portanto, deve-se temer e evitar a sociedade com os demônios que, juntamente com seu príncipe, o diabo, não buscam outra coisa senão fechar e obstruir a estrada de nosso retorno a Deus.

“Os astrólogos dizem: a causa inevitável do pecado vem do céu; Saturno e Marte são os responsáveis. Assim isentam o homem de toda falta e atribuem as culpas ao Criador, àquele que rege os céus e os astros” (Confissões, I, IV, c. 3).
“Um astrólogo não pode ter o privilégio de se enganar sempre”, dizia o sarcástico Voltaire.
“O interesse pelo horóscopo como também por Tarô, I Ching, Numerologia, Cabala, jogo de búzios, cartas etc. é alimentado por mentalidade que se pode dizer “mágica”. Quem se entrega à prática de tais processos de adivinhação, de certo modo, acredita estar subordinado a forças cegas e misteriosas; o cliente de tais instâncias se amedronta e dobra diante de poderes fictícios – o que não é cristão” (D. Estevão).
São Tomás de Aquino, em sua obra “Exposição do Credo”, afirma que o demônio quer ser adorado, por isso se esconde atrás dos ídolos. E São Paulo diz que “as coisas que os pagãos sacrificam, sacrificam aos demônios e não a Deus” (1 Cor 10,21). Então, é preciso cuidado para não prestar um culto que não seja a Deus.



Prof. Felipe Aquino

sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

Liturgia Diária – Nunca poderemos esmorecer


 
 Resultado de imagem para Mateus 2,13-18
1a Leitura - 1 João 1,5-2,2
Leitura da primeira carta de são João.
1 5 A nova que dele temos ouvido e vos anunciamos é esta: Deus é luz e nele não há treva alguma.
6 Se dizemos ter comunhão com ele, mas andamos nas trevas, mentimos e não seguimos a verdade.
7 Se, porém, andamos na luz como ele mesmo está na luz, temos comunhão recíproca uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo pecado.
8 Se dizemos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós.
9 Se reconhecemos os nossos pecados, (Deus aí está) fiel e justo para nos perdoar os pecados e para nos purificar de toda iniqüidade.
10 Se pensamos não ter pecado, nós o declaramos mentiroso e a sua palavra não está em nós.
2 1 Filhinhos meus, isto vos escrevo para que não pequeis. Mas, se alguém pecar, temos um intercessor junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo.
2 Ele é a expiação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo.
Palavra do Senhor.

Salmo - 123/124
Nossa alma, como um pássaro, escapou
do laço que lhe armara o caçador.

Se o Senhor não estivesse ao nosso lado
enquanto os homens investiram contra nós,
com certeza nos teriam devorado
no furor de sua ira contra nós.

Então as águas nos teriam submergido,
a correnteza nos teria arrastado
e, então, por sobre nós teriam passado
essas águas sempre mais impetuosas.

O laço arrebentou-se de repente,
e assim nós conseguimos libertar-nos.
O nosso auxílio está no nome do Senhor,
do Senhor que fez o céu e fez a terra!

Evangelho - Mateus 2,13-18
Aleluia, aleluia, aleluia.
A vós, ó Deus, louvamos, a vós, Senhor, cantamos; vos louva o exército dos vossos santos mártires!

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
2 13 Depois que os magos partiram, um anjo do Senhor apareceu em sonhos a José e disse: "Levanta-te, toma o menino e sua mãe e foge para o Egito; fica lá até que eu te avise, porque Herodes vai procurar o menino para o matar".
14 José levantou-se durante a noite, tomou o menino e sua mãe e partiu para o Egito.
15 Ali permaneceu até a morte de Herodes para que se cumprisse o que o Senhor dissera pelo profeta: "Eu chamei do Egito meu filho".
16 Vendo, então, Herodes que tinha sido enganado pelos magos, ficou muito irado e mandou massacrar em Belém e nos seus arredores todos os meninos de dois anos para baixo, conforme o tempo exato que havia indagado dos magos.
17 Cumpriu-se, então, o que foi dito pelo profeta Jeremias:
18 "Em Ramá se ouviu uma voz, choro e grandes lamentos: é Raquel a chorar seus filhos; não quer consolação, porque já não existem!"
Palavra da Salvação.

Reflexão 
 
A onisciência e a onipotência de Deus superam as armadilhas do mal, pois Ele envia os Seus mensageiros para advertir àqueles que fazem a Sua vontade. Até o Filho de Deus foi vítima da articulação de satanás quando, por meio de Herodes, tentou desarticular o Plano de Deus para a humanidade. No entanto, o plano se cumpriu apesar dos percalços e entraves que o Seu inimigo tentou colocar. Por isso, o anjo do Senhor apareceu a José e mandou que este pegasse o menino e sua mãe para fugir da fúria do rei. José obedeceu e partiu para o Egito onde permaneceu até a morte de Herodes. Mesmo assim as crianças de Belém sofreram as consequências da cólera do rei que mandou matar todas as que tivessem de dois anos para baixo. Assim também acontece nos nossos dias. O demônio continua tramando e montando armadilhas para que os filhos de Deus caiam e se submetam às suas investidas, tentando-os e flagelando-os com o pecado.  Somente aqueles (as) que estão em sintonia com Deus, que obedecem à Sua Palavra e creem verdadeiramente em Jesus conseguem se livrar das garras do inimigo. Por isso, hoje, vemos tantos jovens com a vida destroçada, tantas famílias em desarmonia, guerra, fome, miséria. O pecado devasta o mundo e se não tivermos firmados nos ensinamentos evangélicos iremos também sucumbir com ele. Hoje também os inocentes pagam o preço da insanidade dos “reis” que procuram vítimas para suas frustrações. No entanto, nunca poderemos esmorecer, pois o anjo do Senhor está perto e na hora precisa, também ele nos dirá: “Levanta-te e vai para o Egito”. O Egito é lugar de penúria, de solidão, mas é também lugar de purificação, onde nos encontramos conosco mesmos e com Deus, e depois, retornamos para encontrar os irmãos. – Você conhece a voz do Senhor que o (a) chama ao deserto? – Você percebe em si e no mundo as consequências do pecado? – Você percebe quando é tentado pelo inimigo de Deus? – Onde você tem buscado refúgio?   





Helena Serpa