quarta-feira, 31 de julho de 2019

Liturgia Diária - Processo de conversão de mudança e transformação.

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1a Leitura - Êxodo 34,29-35
Leitura do livro do Êxodo.
34 29Moisés desceu do monte Sinai, tendo nas mãos as duas tábuas da lei. Descendo do monte, Moisés não sabia que a pele de seu rosto se tornara brilhante, durante a sua conversa com o Senhor.
30E, tendo-o visto Aarão e todos os israelitas, notaram que a pele de seu rosto se tornara brilhante e não ousaram aproximar-se dele.
31Mas ele os chamou, e Aarão com todos os chefes da assembléia voltaram para junto dele, e ele se entreteve com eles.
32Aproximaram-se, em seguida, todos os israelitas, a quem ele transmitiu as ordens que tinha recebido do Senhor no monte Sinai.
33Tendo Moisés acabado de falar, pôs um véu no seu rosto.
34Mas, entrando Moisés diante do Senhor para falar com ele, tirava o véu até sair. E, saindo, transmitia aos israelitas as ordens recebidas.
35Estes viam irradiar a pele de seu rosto; em seguida Moisés recolocava o véu no seu rosto até a próxima entrevista com o Senhor.
Palavra do Senhor.

Salmo - 98/99
Santo é o Senhor nosso Deus!
Exaltai o Senhor nosso Deus
e prostrai-vos perante seus pés,
pois é santo o Senhor nosso Deus!
Eis Moisés e Aarão entre os seus sacerdotes.
E também Samuel invocava seu nome,
e ele mesmo, o Senhor, os ouvia.
Da coluna de nuvem falava com eles.
E guardavam a lei e os preceitos divinos
que o Senhor nosso Deus tinha dado.
Exaltai o Senhor nosso Deus
e prostrai-vos perante seu monte,
pois é santo o Senhor nosso Deus!

Evangelho - Mateus 13,44-46
Aleluia, aleluia, aleluia.
Eu vos chamo meus amigos, pois vos dei a conhecer o que o Pai me revelou (Jo 15,15).
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
Naquele tempo, Jesus disse à multidão: 13 44"O Reino dos céus é também semelhante a um tesouro escondido num campo. Um homem o encontra, mas o esconde de novo. E, cheio de alegria, vai, vende tudo o que tem para comprar aquele campo.
45O Reino dos céus é ainda semelhante a um negociante que procura pérolas preciosas.
46Encontrando uma de grande valor, vai, vende tudo o que possui e a compra".
Palavra da Salvação.

 Reflexão – “processo de conversão de mudança e transformação”
Jesus nos revela neste Evangelho duas características da vivência do reino dos céus aqui na terra. Na primeira parábola, o reino dos céus é comparado a um tesouro escondido no campo e que é encontrado por um homem.  Na segunda parábola, o reino dos céus é comparado a um comprador que procura pérolas preciosas e encontra uma de grande valor. Podemos perceber, então, que o reino dos céus também pode ser encontrado sem que o procuremos e achado quando o buscamos. Nas duas realidades, porém, os seus personagens só se apossam da descoberta, depois que vendem todos os seus bens. O tesouro e a pérola constituem a vivência do reino dos céus desde já, aqui na terra, tendo Jesus como Aquele que nos proporciona a verdadeira felicidade. O reino dos céus está escondido no campo do nosso coração e, de acordo com o projeto de Deus para a nossa vida, podemos reconhecê-lo enquanto caminhamos ou encontrá-lo porque o buscamos. No entanto, há um momento de discernimento e desapego para que possamos verdadeiramente vivenciar o reino dos céus. Dependendo de cada um, muitas vezes precisamos vender o que possuímos da mentalidade do mundo, optar por algumas realidades que não condizem com os ensinamentos de Jesus, enfim, nos desapegarmos de tudo o que é empecilho para a sua vivência. Por isso, a conquista do reino de Deus é como o processo de conversão de mudança e transformação firme e gradual que vai se manifestando por meio do nosso modo de ser e de agir.  Quando descobrimos que dentro de nós há a riqueza do reino de Deus, do amor do céu, aos pouquinhos nós vamos substituindo o que há em nós, as coisas que nos prendem na vida e são nossas inimigas, e vamos nos apossando da riqueza que gera, amor, paz, alegria, consolo, fortaleza, mansidão, compreensão, esperança, vitória, felicidade, mesmo no meio das dificuldades.  – Você já sente em   as primícias do reino de Deus?   – Você ainda continua procurando “pérolas preciosas” para comprar ou   já encontrou este tesouro? - O que você tem feito com esse tesouro?  O que existe em você que se compara à pérola preciosa? - Qual é a percepção do reino dos céus em você? – Você demonstra ao mundo que o reino de Deus está no seu coração?
Helena Serpa

Os Quatro “Nãos” da história

NãoO saudoso D. Estêvão Bettencourt, se referia muitas vezes ao que chamava de “Os Quatro Nãos da história”, que segundo ele foram responsáveis pela situação de descrença, materialismo, ateísmo, relativismo moral e religioso que vivemos hoje.
Segundo o mestre de muitos anos, o primeiro golpe foi o “Não à lgreja Católica”, dito pela Reforma protestante (séc. XVI). Muitos homens continuaram a crer no Evangelho e em Jesus Cristo; não, porém, na Igreja fundada por Cristo. Os princípios subjetivos do “livro exame”, “sola Scriptura”, não à Igreja e ao Papa, não à Tradição Apostólica, estabelecidos por Lutero e seus seguidores, promoveu um esfacelamento crescente da Cristandade pela multiplicação de novas “igrejas”. Cristo foi mutilado. Segundo Teilhard de Chardin, “sem a Igreja Cristo se esfacela”. A túnica inconsútil do Mestre foi estraçalhada.
Até esta época da História, o mundo Ocidental girava em torno do ensinamento da Igreja, assistida e guiada pelo Espírito Santo. A Reforma “quebrou o gelo”, e inaugurou a contestação à doutrina ensinada pela Igreja, depois de quinze séculos. A partir daí muitas outras contestações foram inevitáveis. É preciso lembrar que após o início da Reforma, a Igreja realizou o mais longo Concilio Universal, o de Trento (1545-1563), por dezoito anos, e nada mudou da doutrina que recebeu de Cristo e dos Apóstolos.
O segundo golpe foi dado no século XVIII: foi dito um “Não a Cristo”. Não à religião Revelada por Cristo. Surgiu por parte do Racionalismo, que teve a sua expressão mais forte na Revolução Francesa (1789). Os iluministas, positivistas, introduziram a deusa da razão na Catedral de Notre Dame de Paris. Muitos pensadores passaram a professar o deísmo (crença em Deus como ser reconhecido pela razão natural apenas), em lugar do teísmo (crença em Deus que se revelou pelos profetas bíblicos e por Jesus Cristo).

Depois do Não à Igreja, veio o Não a Cristo.
O terceiro golpe foi dado no século XIX: o “Não ao próprio Deus” oriundo do ateísmo em suas diversas modalidades ateístas. A tomada de consciência da história e da sua influência, tal como Darwin e os evolucionistas a propuseram, contribuiu para disseminar o historicismo que coloca a história acima de Deus. Daí surgiu o relativismo e o ceticismo, que impregnaram muitas correntes de pensamento de então até os nossos dias. Hoje o Papa Bento XVI fala de uma “ditadura do relativismo”; que tenta negar a verdade objetiva.
Infelizmente assistimos hoje o triste espetáculo de pesquisadores que escrevem livros ensinando o ateísmo; difundindo isso nas universidades e afastando os jovens de Deus, como se crer fosse um subdesenvolvimento cultural ou mental.
A mudança de mentalidade foi se realizando em velocidade crescente, principalmente a partir de meados do século passado (1850): o desenvolvimento das ciências e da técnica deixou os homens mais ou menos atordoados diante de perspectivas inéditas, sem que soubessem, de imediato, fazer a síntese dos novos valores com os clássicos.
O quarto Não é dito ao homem. Depois do Não à Igreja, à Cristo, à Deus, agora, como consequência, assistimos ao triste Não dito ao homem. São Tomás de Aquino dizia que “quanto mais o homem se afasta de Deus, mais se aproxima do seu nada”. É o que acontece hoje. Sem Deus o homem é um nada. O Papa João Paulo II disse na primeira encíclica que escreveu – “Jesus Cristo Redentor do Homem” – afirmou que “o homem sem Jesus Cristo permanece para si mesmo um desconhecido, um enigma indecifrável, um mistério insondável”. Quer dizer, sem Deus, sem Jesus Cristo, o homem é um desorientado; não sabe de onde veio, não sabe quem é, não sabe o que faz nesta vida, não sabe o sentido da vida, da morte, do sofrimento. E na agonia desse mistério insondável vive muitas vezes no desespero, como muitos filósofos ateus que desorientaram a muitos.
Esse Não dito ao homem, consequência dos Não anteriores, se manifesta hoje na perda dos valores transcendentes da pessoa humana, o desprezo pela sua dignidade humana, o desaparecimento do seu valor intrínseco. Isto se manifesta nas aprovações aberrantes de tudo que há 20 séculos ninguém tinha dúvida em condenar: aborto, eutanásia, manipulação e destruição de embriões, “camisinhas”, sexo livre, “família alternativa”, “casamentos alternativos”, e tudo o mais que a Igreja continua a condenar como práticas ofensivas a Deus e ao homem.
Mas em nossos dias nota-se um retorno aos valores eternos, que a Igreja guardou fielmente através das tempestades. Muitos se dão por desiludidos do cientificismo e do tecnicismo, e procuram de novo no transcendental os grandes referenciais do seu pensar e viver. A busca do ateísmo cede lugar de novo à consciência de Deus e dos valores místicos, sem os quais a vida humana se auto-destrói. O homem moderno percebe que os frutos da tecnologia por si só não lhe satisfazem; a prova disso é que crescem as mazelas humanas: depressão, guerras, injustiças, imoralidade…
A sociedade moderna decaiu. O Modernismo, o Relativismo e o Indiferentismo Religioso dominaram o mundo. Os dogmas foram desprezados; a fé e a moral calcados aos pés. Em lugar de Deus o homem idolatra-se a si mesmo, o dinheiro, a Ciência, o prazer da carne,… o pecado.
O mundo moderno não deu atenção ao Papa Pio IX quando este apontou os erros que lhe levariam ao caos em seu Syllabus; não quis ouvir a voz da Igreja no Concilio Vaticano I, quando este mostrou a harmonia entre fé e razão e a suprema autoridade do Papa. Não ouviu também o apelo dos Papa Leão XIII, Pio X, Pio XI, Bento XV, Pio XII… quando eles apontaram os males do mundo moderno em suas encíclicas de fundo moral e social.
O resultado de tudo isso é a decadência moral, ética e sobretudo religiosa que assistimos hoje, razão de tantas desordens, crises e sofrimentos. Tudo nos faz lembrar a máxima de São Paulo: “O salário do pecado é a morte” (Rm 6,23). Por tapar os ouvidos à voz de Deus anunciada ao mundo pelos últimos Papas, o mundo experimentou duas terríveis guerras mundiais com mais de 60 milhões de mortos, e depois a tragédia do nazismo e comunismo com mais de 100 milhões de vítimas.
A sociedade moderna, enfim, rejeitou a voz da Igreja e dos Papas e preferiu dar ouvidos aos hereges. Hoje querem destruir a Igreja com um programa laicista em escala mundial.
Por isso tudo, o homem moderno mergulha no caos do pecado e nas sombras da desesperança e da morte. Eis que surge mais uma vez o Vigário de Cristo a falar da Esperança que nasce em Deus (Salvi Spes). Será que será ouvido?
Somente abandonando os “valores” modernistas e deixando-se guiar pela Igreja é que a nossa Civilização poderá superar suas crises e dores. Está na hora da Civilização Ocidental voltar-se novamente a Jesus Cristo, que a espera de braços abertos.
A Igreja terá novamente de salvar a nossa Civilização, que começa a desabar, como há 13 séculos quando ela desabou com o Império Romano. Estejamos preparados.


Prof. Felipe Aquino

terça-feira, 30 de julho de 2019

Liturgia Diária – A vitória do bem já nos foi garantida por Jesus.


 Resultado de imagem para Mateus 13,36-43
1a Leitura - Êxodo, 33,7-11; 34,5-9.28
Leitura do livro do Êxodo.
33 7Moisés foi levantar a tenda a alguma distância fora do acampamento. (E chamou-a tenda de reunião.) Quem queria consultar o Senhor, dirigia-se à tenda de reunião, fora do acampamento.
8Quando Moisés se dirigia para a tenda, todo mundo se levantava, cada um diante da entrada de sua tenda, para segui-lo com os olhos até que entrasse na tenda.
9E logo que ele acabava de entrar, a coluna de nuvem descia e se punha à entrada da tenda, e o Senhor se entretinha com Moisés.
10À vista da coluna de nuvem, todo o povo, em pé à entrada de suas tendas, se prostrava no mesmo lugar.
11O Senhor se entretinha com Moisés face a face, como um homem fala com seu amigo. Voltava depois Moisés ao acampamento, mas seu ajudante, o jovem Josué, filho de Nun, não se apartava do interior da tenda.
34 5O Senhor desceu na nuvem e esteve perto dele, pronunciando o nome de Javé.
6O Senhor passou diante dele, exclamando: "Javé, Javé, Deus compassivo e misericordioso, lento para a cólera, rico em bondade e em fidelidade,
7que conserva sua graça até mil gerações, que perdoa a iniqüidade, a rebeldia e o pecado, mas não tem por inocente o culpado, porque castiga o pecado dos pais nos filhos e nos filhos de seus filhos, até a terceira e a quarta geração".
8Moisés inclinou-se incontinente até a terra e prostrou-se,
9dizendo: "Se tenho o vosso favor, Senhor, dignai-vos marchar no meio de nós: somos um povo de cabeça dura, mas perdoai nossas iniqüidades e nossos pecados, e aceitai-nos como propriedade vossa".
28Moisés ficou junto do Senhor quarenta dias e quarenta noites, sem comer pão nem beber água. E o Senhor escreveu nas tábuas o texto da aliança, as dez palavras.
Palavra do Senhor.

Salmo - 102/103
O Senhor é indulgente, é favorável.

O Senhor realiza obras de justiça
e garante o direito aos oprimidos;
revelou os seus caminhos a Moisés
e, aos filhos de Israel, seus grandes feitos.

O Senhor é indulgente, é favorável,
é paciente, é bondoso e compassivo.
Não fica sempre repetindo as suas queixas
nem guarda eternamente o seu rancor.

Não nos trata como exigem nossas faltas
nem nos pune em proporção às nossas culpas.
Quanto os seus por sobre a terra se elevam,
tanto é grande o seu amor aos que o temem.

Quanto dista o nascente do poente,
tanto afasta para longe os nossos crimes.
Como um pai se compadece de seus filhos,
o Senhor tem compaixão dos que o temem.


Evangelho - Mateus 13,36-43
Aleluia, aleluia, aleluia.

A semente é de Deus a palavra, Cristo é o semeador; todo aquele que o encontra, vida eterna encontrou.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
13 36Então despediu a multidão. Em seguida, entrou de novo na casa e seus discípulos agruparam-se ao redor dele para perguntar-lhe: Explica-nos a parábola do joio no campo.
37Jesus respondeu: O que semeia a boa semente é o Filho do Homem. 38O campo é o mundo. A boa semente são os filhos do Reino. O joio são os filhos do Maligno. 39O inimigo, que o semeia, é o demônio. A colheita é o fim do mundo. Os ceifadores são os anjos. 40E assim como se recolhe o joio para jogá-lo no fogo, assim será no fim do mundo. 41O Filho do Homem enviará seus anjos, que retirarão de seu Reino todos os escândalos e todos os que fazem o mal 42e os lançarão na fornalha ardente, onde haverá choro e ranger de dentes. 43Então, no Reino de seu Pai, os justos resplandecerão como o sol. Aquele que tem ouvidos, ouça.
Palavra da Salvação.

Reflexão
 
Usando a figura do joio e do trigo Jesus nos explica o que acontece com o mundo em relação ao bem e o mal. Jesus é o semeador, que veio instaurar o reino do amor de Deus no coração dos homens. A boa semente é a Sua palavra que é acolhida no coração daqueles que desejam pertencer ao reino dos céus. O campo é o mundo onde convivem os bons e os maus e a boa semente são os que aceitam os ensinamentos de Jesus para acolher o reino dos céus. O joio são aqueles sugestionados pelo maligno, isto é, pelo espírito do mal que intervém e sutilmente se infiltra querendo impedir que o reino de Deus aconteça no interior do coração do homem.  Joio e trigo são plantas muito parecidas a ponto de confundir a visão de quem colhe. “Normalmente o joio cresce nas mesmas zonas produtoras de trigo e se considera uma erva daninha desse cultivo. A semelhança entre essas duas plantas é tão grande, que em algumas regiões costuma-se denominar o joio como "falso trigo". Dentro do nosso coração há trigo, mas também há o joio, por isso acontece dentro de nós uma luta constante entre o bem e o mal. Porém, quando nos apossamos da semente da Palavra, nós saímos vitoriosos e o bem prevalece. Mesmo que algumas vezes a nós parece que o mal está prevalecendo, podemos ter certeza de que a vitória do bem já nos foi garantida por Jesus.  E é a partir desta dinâmica que cada um de nós pode ser uma boa ou uma má semente no campo que é o mundo. Assim sendo, partindo dessa compreensão, nós podemos ajuizar que tipo de semente tem sido jogada no terreno do nosso coração e se nós a estamos acolhendo. Quando acolhemos a Palavra do Senhor dentro da mentalidade que Ele prega nós podemos dizer que estamos sendo também no mundo uma semente boa. Todavia, também podemos estar sendo confundidos pela ação do inimigo que tenta desvirtuar o sentido dos ensinamentos de Jesus fazendo com que tenhamos no mundo um comportamento duvidoso. Precisamos estar bem atentos enquanto estamos aqui na terra e possuímos vida e oportunidade, porque o próprio jesus falou que no final os Seus anjos virão e retirarão do seu reino todos os que praticam o mal.  Não podemos nos acomodar, necessitamos fazer a nossa parte para edificar o reino de Deus aqui na terra. Por ocasião da colheita nós seremos ofertados a Deus ou seremos queimados pelo fogo, dependendo da nossa adesão ao Projeto do Pai que Jesus Cristo veio instaurar na terra.   – Faça uma reflexão sobre tudo o que você tem percebido aqui na terra: quem está vencendo o bem ou o mal? – O que você tem feito para difundir o reino de Deus? – Você se considera trigo ou joio? – Qual a influência que você está tendo para os seus amigos e suas amigas: você tem sido instrumento do bem ou do mal? Para onde você os (as) está levando?



Helena Serpa

O que é a virtude da Esperança?

Honrar a DeusA esperança é a virtude teologal (dom de Deus), que nos faz desejar como nossa felicidade o Reino dos Céus e a Vida Eterna, pondo nossa confiança nas promessas de Cristo, apoiando-nos não em nossas forças, mas no socorro da graça do Espírito Santo (cf. CIC §1817).

A Carta aos hebreus diz: “Continuemos a afirmar nossa esperança, porque é fiel quem fez a promessa” (Hb 10,23). São Tito disse que por Jesus Cristo, nosso Salvador, fomos justificados e nos tornamos “herdeiros da esperança da vida eterna” (Tt 3,6-7). “Nossa esperança não pode ser incerta, pois que ela se apoia nas promessas divinas” (S. Agostinho).
A virtude da esperança responde à aspiração de felicidade colocada por Deus no nosso coração e purifica-a, para ordená-las ao Reino dos Céus. Ela nos protege contra o desânimo; anima-nos diante de nossa fraqueza; faz o nosso coração desejar a bem-aventurança eterna.
Nada estará perdido enquanto estivermos em busca. Quanto maior a esperança, tanto maior a união com Deus, porque em relação a Deus, quanto mais se espera, tanto mais se alcança.
A força da Esperança também nos defende do egoísmo e nos leva a felicidade da caridade.

A esperança cristã é como a esperança do povo de Deus, a esperança de Abraão, Isaac e Jacó, fortalecida nas promessas de Deus, e purificada pelo sacrifício. “Abraão, contra toda a esperança, acreditou na esperança de tornar-se pai de muitos povos” (Rm 4,18).
A esperança cristã se manifesta no anúncio das bem-aventuranças; elevam nossa esperança ao céu, e traçam o caminho por meio das provações da vida. Mas, pelos méritos de Jesus Cristo e de sua Paixão, Deus nos guarda na “esperança que não decepciona” (Rm 5,5). A esperança é a âncora da alma, segura e firme, “penetrando… onde Jesus entrou por nós, como precursor” (Hb 6,19-20).
A esperança é também é uma arma que nos protege no combate da salvação: “Revestidos da couraça da fé e da caridade e do capacete da esperança da salvação” (1 Ts 5,8). Ela nos traz alegria mesmo na provação: “alegrando-vos na esperança, perseverando na tribulação” (Rm 12,12).
A esperança se exprime e se alimenta na oração, especialmente no Pai-Nosso resumo de tudo o que a esperança nos faz desejar.
Em qualquer circunstância, devemos esperar, com a graça de Deus, “perseverar até o fim” e alcançar a alegria do céu como recompensa eterna de Deus pelas boas obras praticadas com a graça de Cristo.

Santa Teresa de Jesus, disse:
“Espera, ó minha alma, espera. Ignoras o dia e a hora. Vigia cuidadosamente, tudo passa com rapidez, ainda que tua impaciência torne duvidoso o que é certo, e longo um tempo bem curto. Considera que, quanto mais pelejares, mais provarás o amor que tens a teu Deus e mais te alegrarás um dia com teu Bem-Amado numa felicidade e num êxtase que não poderão jamais terminar” (Exclamações da alma a Deus, 15,3).
Como Santo Agostinho digamos: “Ainda singramos o mar, mas já lançamos em terra a âncora da esperança”. “Quanto mais no curso desta vida gozamos de Deus, ainda que em espelho e mais ardentemente desejamos terminá-la (1 Cor 13,12), com mais tolerância suportamos essa nossa peregrinação em direção a Deus”.


Prof. Felipe Aquino

segunda-feira, 29 de julho de 2019

Liturgia Diária - Crer em Jesus é o troféu mais valioso.


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1a Leitura - 1 João 4,7-16
Leitura da primeira carta de São João.
4 7Caríssimos, amemo-nos uns aos outros, porque o amor vem de Deus, e todo o que ama é nascido de Deus e conhece a Deus.
8Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor.
9Nisto se manifestou o amor de Deus para conosco: em nos ter enviado ao mundo o seu Filho único, para que vivamos por ele.
10Nisto consiste o amor: não em termos nós amado a Deus, mas em ter-nos ele amado, e enviado o seu Filho para expiar os nossos pecados.
11Caríssimos, se Deus assim nos amou, também nós nos devemos amar uns aos outros.
12Ninguém jamais viu a Deus. Se nos amarmos mutuamente, Deus permanece em nós e o seu amor em nós é perfeito.
13Nisto é que conhecemos que estamos nele e ele em nós, por ele nos ter dado o seu Espírito.
14E nós vimos e testemunhamos que o Pai enviou seu Filho como Salvador do mundo.
15Todo aquele que proclama que Jesus é o Filho de Deus, Deus permanece nele e ele em Deus.
16Nós conhecemos e cremos no amor que Deus tem para conosco. Deus é amor, e quem permanece no amor permanece em Deus e Deus nele.
Palavra do Senhor.

Salmo - 33/34
Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo.

Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo,
seu louvor estará sempre e minha boca.
Minha alma se gloria no Senhor;
que ouçam os humildes e se alegrem!

Comigo engrandecei ao senhor Deus,
exaltemos todos juntos o seu nome!
Todas as vezes que o busquei, ele me ouviu
e de todos os temores me livrou.

Contemplai a sua face e alegrai-vos,
E vosso rosto não se cubra de vergonha!
Este infeliz gritou a Deus e foi ouvido,
E o Senhor o libertou de toda angústia.

O anjo do Senhor vem acampar
Ao redor dos que o temem e os salva.
Provai e vede quão suave é o Senhor!
Feliz o homem que tem nele o seu refúgio!

Respeitai o Senhor Deus, seus santos todos,
Porque nada faltará aos que o temem.
Os ricos empobrecem, passam fome,
Mas aos que buscam o Senhor não falta nada.

Evangelho - João 11,19-27
Aleluia, aleluia, aleluia.
Eu sou a luz do mundo; aquele que me segue não caminha entre as trevas, mas terá a luz da vida (Jo 8,12).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
Naquele tempo, 11 19muitos judeus tinham vindo a Marta e a Maria, para lhes apresentar condolências pela morte de seu irmão.
20Mal soube Marta da vinda de Jesus, saiu-lhe ao encontro. Maria, porém, estava sentada em casa.
21Marta disse a Jesus: "Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido!
22Mas sei também, agora, que tudo o que pedires a Deus, Deus to concederá".
23Disse-lhe Jesus: "Teu irmão ressurgirá".
24Respondeu-lhe Marta: "Sei que há de ressurgir na ressurreição no último dia".
25Disse-lhe Jesus: "Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que esteja morto, viverá.
26E todo aquele que vive e crê em mim, jamais morrerá. Crês nisto?"
27Respondeu ela: "Sim, Senhor. Eu creio que tu és o Cristo, o Filho de Deus, aquele que devia vir ao mundo".
Palavra da Salvação.

Reflexão 
 
Recusar o desespero, esperando a própria esperança quando não temos nada para esperar é a grande mensagem do Evangelho de hoje. Há momentos na nossa vida em que compreendemos que tudo acabou e nos parece muito escuro. No entanto, é justamente nestas horas que nós temos de “esperar até mesmo a esperança”.   A fé em Jesus Cristo gera em nós esperança, mesmo em presença da morte, como aconteceu com Marta. Diante do fato consumado da morte do seu irmão, Marta foi ao encontro de Jesus e acreditou quando Ele lhe disse: “Teu irmão ressuscitará”.   “Crês isso”? E ela respondeu: “Sim, Senhor, eu creio firmemente…”  Na nossa vida também nós nos deparamos com situações de morte, no entanto, Jesus vem ao nosso encontro e nos propõe uma vida nova mediante a nossa fé. A nossa resposta de fé diante das propostas de Jesus é o grande segredo para que permaneçamos firmes nas horas das grandes provações. O nosso coração fica triste, porém “aos olhos do Pai ainda deve haver razão para alegria”. Quem crê em Jesus também crê que Ele pode ressuscitar em nós tudo o que nos parece ter morrido. Diante do fato consumado nós precisamos crê para acolher as graças que nos vêm do céu. Mesmo que alguém muito querido tenha morrido nós nunca poderemos duvidar da força do amor de Jesus que quer nos salvar e nos fazer ver estrelas no céu de uma noite escura.  Quando caminhamos na vida tendo convicção de que o poder amoroso de Deus pode nos conceder vida nova e nos tirar das situações de morte nós não tememos coisa alguma. Crer em Jesus é o troféu mais valioso que podemos empunhar, pois é a condição prevista por Ele próprio para que tenhamos a vida eterna desde já.   “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, mesmo que morra, viverá. E todo aquele que vive e crê em mim não morrerá jamais. Crês isto?”  – E você, crê nisto também? – É assim que você pensa e espera? -  Como você entende isto que Jesus falou: ainda que morra, viverá?  E aquele que vive e crê em mim não morrerá jamais? – A que tipo de morte Jesus se refere? 



Helena Serpa

O que é excomunhão na Igreja Católica?


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Pode-se definir a excomunhão como afastar uma pessoa batizada da comunhão dos fiéis da Igreja e do acesso aos sacramentos.
A Enciclopédia Católica afirma que a excomunhão, “sendo uma pena, supõe a culpabilidade; e sendo a pena mais grave que a Igreja pode infligir, naturalmente supõe uma ofensa muito grave. É também uma pena medicinal em vez de vingativa, pois está destinada não tanto a castigar o culpado, mas para corrigi-lo e trazê-lo novamente ao caminho da retidão”.
O Cardeal Mauro Piacenza, Penitenciário Mor da Santa Sé, explicou em uma ocasião que o objetivo da excomunhão é levar “os culpados ao arrependimento e à conversão”.
“Com a pena de excomunhão, a Igreja não tenta de nenhuma maneira restringir o campo da misericórdia, mas simplesmente se evidencia a gravidade do crime”, assinalou.
Por que se excomungada? A excomunhão é um dispositivo punitivo da Igreja e vai além de simplesmente restrição ao acesso à Sagrada Comunhão.

Também repreende publicamente, como especifica o Código de Direito Canônico, uma pessoa “de cujo comportamento surja escândalo ou grave perturbação da ordem”, como assinala o cânon 1339, parágrafo 2.
A causa de excomunhão acontece explicitamente “aos que obstinadamente perseverem em pecado grave manifesto”, precisa o cânon 915.
A Igreja toma esta medida extrema somente depois que fracassarem todos os outros esforços para corrigir fraternamente. Alguns viam a excomunhão como uma maneira de trazer católicos erráticos ao bom caminho.
Alguns casos emblemáticos de excomunhão na Igreja
Na Igreja primitiva, Santo Ambrósio, Bispo de Milão, usou a ameaça de excomunhão contra o imperador Teodósio I pela matança de 7.000 pessoas em Tessalônica. Disse ao imperador que imite o rei Davi em seu arrependimento e o readmitiu à comunhão depois de vários meses de penitência.
Na Idade Média, o Papa Gregório VII excomungou o imperador romano Henrique IV sobre muitos temas em disputa, um dos quais foi a tentativa de Henrique de derrubar Gregório do papado. A excomunhão de Henrique causou um efeito profundo na Alemanha e na Itália.
Em resposta, Henrique se sentiu obrigado a viajar à Canossa e esperar na neve durante três dias; onde fez penitência e finalmente foi absolvido da excomunhão. Na Europa medieval, onde quase todo mundo era católico, o imperador necessitava da Igreja e, portanto, a excomunhão era eficaz.
O Renascimento foi uma época muito diferente na vida da Igreja e as pessoas não levavam tão a sério a excomunhão.
No século XVI, a excomunhão de Martinho Lutero, Henrique VIII e Isabel I gerou um efeito reduzido a nível pessoal ou sobre seus seguidores. O uso desta como uma arma gerou simpatia ao ofensor e frequentemente conduziu a um respaldo à dissidência.
Mais recentemente, em 1988, foi excomungado o Arcebispo francês Marcel Lefebvre (que faleceu excomungado), o qual ordenou quatro bispos sem permissão do Papa.

Em 2009, Bento XVI levantou a excomunhão que pesava sobre eles e desde então as negociações entre ambas as instituições continuaram a fim de “reencontrar a plena comunhão com a Igreja”.
Neste ano de 2016, o Papa Francisco assinalou que dar-lhes o status de prelatura pessoal seria uma possibilidade, mas dependerá de um acordo fundamental porque “o Concílio Vaticano II tem seu valor”.
Outro exemplo contemporâneo de uma excomunhão aconteceu em 2010, quando a Irmã Margaret McBride autorizou um aborto no hospital católico de Phoenix. Mais tarde, a religiosa se reconciliou com a Igreja e sua pena foi perdoada.
O caso mais atual ocorreu em 2016, durante o Pontificado do Papa Francisco, com a excomunhão da autodenominada “Igreja Cristã Universal da Nova Jerusalém”, fundada na Itália pela suposta vidente Giuseppina Norcia e que atua em Galliano, uma pequena localidade ao sudeste de Roma.
O Vaticano determinou que “aqueles que aderirem à tal associação incorrem na excomunhão ‘latae sententiae’ pelo delito de cisma”.


Fonte: http://www.acidigital.com/noticias/que-e-excomunhao-na-igreja-catolica-13197/

domingo, 28 de julho de 2019

17º Domingo do Tempo Comum - " Senhor, ensina-nos a rezar..."

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1a Leitura - Gênesis 18,20-32
Leitura do livro do Gênesis.
18 20O Senhor ajuntou: "É imenso o clamor que se eleva de Sodoma e Gomorra, e o seu pecado é muito grande.
21Eu vou descer para ver se as suas obras correspondem realmente ao clamor que chega até mim; se assim não for, eu o saberei."
22Os homens partiram, pois, na direção de Sodoma, enquanto Abraão ficou em presença do Senhor.
23Abraão aproximou-se e disse: "Fareis o justo perecer com o ímpio?
24Talvez haja cinqüenta justos na cidade: fá-los-eis perecer? Não perdoaríeis antes a cidade, em atenção aos cinqüenta justos que nela se poderiam encontrar?
25Não, vós não poderíeis agir assim, matando o justo com o ímpio, e tratando o justo como ímpio! Longe de vós tal pensamento! Não exerceria o juiz de toda a terra a justiça?"
26O Senhor disse: "Se eu encontrar em Sodoma cinqüenta justos, perdoarei a toda a cidade em atenção a eles."
27Abraão continuou: "Não leveis a mal, se ainda ouso falar ao meu Senhor, embora seja eu pó e cinza.
28Se porventura faltarem cinco aos cinqüenta justos, fareis perecer toda a cidade por causa desses cincos?" "Não a destruirei, respondeu o Senhor, se nela eu encontrar quarenta e cinco justos."
29Abraão insistiu ainda e disse: "Talvez só haja aí quarenta." "Não destruirei a cidade por causa desses quarenta."
30Abraão disse de novo: "Rogo-vos, Senhor, que não vos irriteis se eu insisto ainda! Talvez só se encontrem trinta!" "Se eu encontrar trinta, disse o Senhor, não o farei."
31Abraão continuou: "Desculpai, se ouso ainda falar ao Senhor: pode ser que só se encontre vinte." "Em atenção aos vinte, não a destruirei."
32Abraão replicou: "Que o Senhor não se irrite se falo ainda uma última vez! Que será, se lá forem achados dez?" E Deus respondeu: "Não a destruirei por causa desses dez."
Palavra do Senhor.

Salmo - 137/138
Naquele dia em que gritei, vós me escutastes, ó Senhor!

Ó Senhor, de coração eu vos dou graças
porque ouvistes as palavras dos meus lábios!
Perante os vossos anjos vou cantar-vos
e ante o vosso templo vou prostrar-me.

Eu agradeço vosso amor, vossa verdade,
porque fizestes muito mais que prometestes;
naquele dia em que gritei, vós me escutastes
e aumentastes o vigor da minha alma.

Altíssimo é o Senhor, mas olha os pobres
e de longe reconhece os orgulhosos.
Se no meio da desgraça eu caminhar,
vós me fazeis tornar à vida novamente;
quando os meus perseguidores me atacarem
e com ira investirem contra mim,
estendereis o vosso braço em meu auxílio
e havereis de me salvar com vossa destra.

Completai em mim a obra começada;
ó Senhor, vossa bondade é para sempre!
Eu vos peço: não deixeis inacabada
esta obra que fizeram vossas mãos!

2a Leitura - Colossenses 2,12-14
Leitura da carta de são Paulo aos Colossenses.
2 12Sepultados com ele no batismo, com ele também ressuscitastes por vossa fé no poder de Deus, que o ressuscitou dos mortos.
13Mortos pelos vossos pecados e pela incircuncisão da vossa carne, chamou-vos novamente à vida em companhia com ele. É ele que nos perdoou todos os pecados,
14cancelando o documento escrito contra nós, cujas prescrições nos condenavam. Aboliu-o definitivamente, ao encravá-lo na cruz.
Palavra do Senhor.

Evangelho - Lucas 11,1-13
Aleluia, aleluia, aleluia.
Recebestes o Espírito de adoção; é por ele que clamamos: Aba, Pai! (Rm 8,15)

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas
11 1Um dia, num certo lugar, estava Jesus a rezar. Terminando a oração, disse-lhe um de seus discípulos: "Senhor, ensina-nos a rezar, como também João ensinou a seus discípulos".
2Disse-lhes ele, então: "Quando orardes, dizei: Pai, santificado seja o vosso nome; venha o vosso Reino;
3dai-nos hoje o pão necessário ao nosso sustento;
4perdoai-nos os nossos pecados, pois também nós perdoamos àqueles que nos ofenderam; e não nos deixeis cair em tentação".
5Em seguida, ele continuou: Se alguém de vós tiver um amigo e for procurá-lo à meia-noite, e lhe disser: "Amigo, empresta-me três pães,
6pois um amigo meu acaba de chegar à minha casa, de uma viagem, e não tenho nada para lhe oferecer;
7e se ele responder lá de dentro: 'Não me incomodes; a porta já está fechada, meus filhos e eu estamos deitados; não posso levantar-me para te dar os pães';
8eu vos digo: no caso de não se levantar para lhe dar os pães por ser seu amigo, certamente por causa da sua importunação se levantará e lhe dará quantos pães necessitar.
9E eu vos digo: pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á.
10Pois todo aquele que pede, recebe; aquele que procura, acha; e ao que bater, se lhe abrirá.
11Se um filho pedir um pão, qual o pai entre vós que lhe dará uma pedra? Se ele pedir um peixe, acaso lhe dará uma serpente?
12Ou se lhe pedir um ovo, dar-lhe-á porventura um escorpião?
13Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas coisas a vossos filhos, quanto mais vosso Pai celestial dará o Espírito Santo aos que lho pedirem".
Palavra da Salvação.
 
Reflexão
 
A nossa relação com Deus, deve ser de dependência como a relação de uma criança com seus pais! Nossa  intimidade com O Pai, começa a partir desta  consciência de dependência  Dele. É através da oração, que  nós demonstramos esta dependência de  filho que não sabe caminhar sozinho, que busca discernimento no Pai!
Quando rezamos, nós  falamos com Deus e Deus  fala conosco, mas só entende a resposta de Deus, quem deposita sua confiança Nele!
A nossa oração, só chega a Deus, se  ela for sincera e  ter um vinculo  profundo com o  nosso desejo de conversão.
O nosso falar com Deus, deve exprimir o nosso  compromisso de vida com Ele e com os irmãos, do contrário, nossas  palavras caem no  vazio são levadas facilmente pelo o vento, não chegam a Deus.
É importante, sermos  introspectivos, nos nossos momentos de oração, deixar que o nosso  coração fale com Deus! Não precisamos  fazer orações discursivas, decoradas e nem acreditar que por força das nossas muitas  palavras, Deus vá atender os  nossos pedidos, Deus só nos concederá, o  que  for bom para nós.
O evangelho que a liturgia de hoje nos convida a refletir começa dizendo, que Jesus estava rezando num certo lugar, e que terminada a oração, um dos seus discípulos, pediu a Ele que os ensinasse a rezar: “Senhor ensina-nos a rezar, como João ensinou os seus discípulos.” A intimidade profunda de Jesus com o Pai, chamou a atenção dos discípulos. Vindos de uma cultura, que dava grande importância as orações, os discípulos, certamente, já estavam familiarizados com as muitas orações do Antigo Testamento, entretanto, quando ouviram Jesus rezar, eles se sentiram atraídos por uma nova forma de comunicação com Deus!
O pecado interrompe a nossa relação Deus, mas não fecha o seu coração de Pai, pois o seu amor por nós, é maior do que o nosso pecado! Na sua infinita bondade, Jesus nos ensina uma forma simples de retornarmos ao coração do Pai, a  começar  pela a oração do PAI NOSSO! Meditando cada palavra desta oração, que é  uma síntese de como se deve fazer uma prece, podemos perceber, que mais do que uma oração, o Pai Nosso, é um roteiro seguro, do qual podemos extrair várias  lições.
A oração é o canal que nos permite falar direto com Deus, o  nosso "Pedir", o nosso "Procurar", o nosso "Bater" podem  ser constantes, mas nunca devemos esquecer de que é a vontade de Deus que deve prevalecer e  não a nossa. Feitos nossos pedidos e conscientes dos nossos deveres, podemos ficar confiantes, pois  tudo o que for bom para nós, virá  à  seu tempo, ou seja, no tempo de Deus!
Jesus nos ensina a rezar, mas Ele nos deixa livres para fazermos as nossas escolhas, não nos obriga a nada, simplesmente nos propõe uma vida feliz em sintonia com o Pai através deste contato íntimo e diário com Ele.  
 
 

Olivia Coutinho