No fim perdemos sempre,
tudo o que temos perdemos, a morte encarrega-se
disso.
Mas ao menos que, enquanto
tivermos, tenhamos a certeza de ter completamente e de viver a intensidade de
dar e receber de forma inteira e infinita.
Que seja uma entrega sem
reservas e sem limites, porque só quem tem essa disponibilidade acima de si
mesmo, pode entender a dádiva no seu pleno sentido e valorizar, de forma justa,
aquilo que nos chega pela mão do Amor.
Porque há no Amor uma
condição implícita: o despojamento. Temos de saber ficar
sem nada para valorizar a grandeza do que nos é dado e poder dar o que sentimos
com a mesma generosidade com que o recebemos.
Assim ame eu, em total
despojamento.
pemiliocarlos
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