Leitura da primeira carta de são Paulo aos Tessalonicenses.
5 1 A respeito da época e do momento, não há necessidade, irmãos, de que vos escrevamos.
2 Pois vós mesmos sabeis muito bem que o dia do Senhor virá como um ladrão de noite.
3 Quando os homens disserem: Paz e segurança!, então
repentinamente lhes sobrevirá a destruição, como as dores à mulher
grávida. E não escaparão.
4 Mas vós, irmãos, não estais em trevas, de modo que esse dia vos surpreenda como um ladrão.
5 Porque todos vós sois filhos da luz e filhos do dia. Não somos da noite nem das trevas.
6 Não durmamos, pois, como os demais. Mas vigiemos e sejamos sóbrios.
9 Porquanto não nos destinou Deus para a ira, mas para alcançar a salvação por nosso Senhor Jesus Cristo.
10 Ele morreu por nós, a fim de que nós, quer em estado de vigília, quer de sono, vivamos em união com ele.
11 Assim, pois, consolai-vos mutuamente e edificai-vos uns aos outros, como já o fazeis.
Palavra do Senhor.
Sei que a bondade do Senhor eu hei de ver
na terra dos viventes.
O Senhor é minha luz e salvação;
de quem eu terei medo?
O Senhor é a proteção da minha vida;
perante quem eu tremerei?
Ao Senhor eu peço apenas uma coisa,
e é só isto que eu desejo:
habitar no santuário do Senhor
por toda a minha vida;
saborear a suavidade do Senhor
e contempla-lo no seu templo.
Sei que a bondade do Senhor eu hei de ver
na terra dos viventes.
Espera no Senhor e tem coragem,
espera no Senhor!
Aleluia, aleluia, aleluia.
Um grande profeta surgiu entre nós e Deus visitou o seu povo (Lc 7,16).
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
4 31Jesus desceu a Cafarnaum, cidade da Galiléia, e ali ensinava-os aos sábados.
32Maravilharam-se da sua doutrina, porque ele ensinava com autoridade.
33Estava na sinagoga um homem que tinha um demônio imundo, e
exclamou em alta voz: 34 "Deixa-nos! Que temos nós contigo, Jesus de
Nazaré? Vieste para nos perder? Sei quem és: o Santo de Deus!"
35Mas Jesus replicou severamente: "Cala-te e sai deste
homem". O demônio lançou-o por terra no meio de todos e saiu dele, sem
lhe fazer mal algum.
36Todos ficaram cheios de pavor e falavam uns com os outros:
"Que significa isso? Manda com poder e autoridade aos espíritos imundos,
e eles saem?"
37E corria a sua fama por todos os lugares da circunvizinhança.
Palavra da Salvação.
Reflexão
No Evangelho de hoje, Jesus desce de Jerusalém para Cafarnaum e, tendo ali chegado, prega na sinagoga num dia de sábado. A reação dos ouvintes, diz o evangelista São Lucas, é de espanto e admiração, porque viam que os ensinamentos de Cristo, ao contrário dos fariseus e doutores da Lei, estavam cheios de autoridade. Pois Jesus, Verbo eterno do Pai, fala com poder e eficácia; a sua própria pessoa, como nos recorda a Constituição Dogmática Dei Verbum, é Revelação encarnada, de sorte que todas as suas palavras e obras, sinais e milagres, gestos e atitudes são, por si sós, a mais eloquente e profunda manifestação de Deus. Por isso, quem vê a Cristo, vê ao Pai (cf. Jo 14, 9) e, portanto, ao Deus que quer fazer-se conhecido dos homens pelo seu Filho feito carne, igual a nós em tudo, exceto no pecado (cf. Hb 4, 15).
E o que nEle nos é dado a conhecer em muito supera o que, com as luzes naturais da razão, poderíamos deduzir a respeito da divindade. Porque, ao revelar-se em Cristo, Deus não se limita a transmitir-nos verdades de ordem sobrenatural, inacessíveis à inteligência humana; comunica-nos também os desígnios de salvação que Ele, antes da criação do mundo, decretou a nosso favor, chamando-nos a participar dos bens divinos, como diz o Concílio Vaticano I, e para fazer-nos herdeiros da bem-aventurança eterna. — Com o coração reconfortado por estas verdades, aproximemo-nos com mais confiança de Jesus, que pode expulsar demônios e ressuscitar os mortos com uma simples ordem, e digamos-lhe, repletos de fé e esperança: "Senhor, dizei uma só palavra, e serei salvo".
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