As histórias de Henrique VIII ( 1491-1547) e Alexandre Bórgia, (1431-1503) nos
séculos XV e XVI mostram como grandes e pequenos pecadores conseguem apossar das
igrejas cristãs e fazerem delas seu feudo pessoal. Aparecem como grandes
anunciadores do Cristo e defensores da fé e em pouco tempo revelam-se rebeldes,
criadores de novos grupos e novas igrejas, seguros de que o caminho certo é o
deles, ou se não é certo, é o mais adequado para seus projetos. Depois de um
tempo, o certo já não interessa. Interessa o resultado! Vai-se o que havia de
moral e fica o poder do novo semideus. Faz o que quer, vive como quer e submete
a igreja aos seus caprichos. Fica com a parte que lhe interessa e a outra ele
descarta.
Aconteceu com Montano, Ário, Donato, Mani e outros, aconteceu de maneira chocante com nossos biografados.
De Alexandre Bórgia, ou Papa Alexandre VI, os católicos falam com vergonha e tristeza e de Henrique VIII, os anglicanos falam com dor e reticências. Os que sabem das histórias de Jim Jones, Martinho Lutero, XXXX Calvino e de outros fundadores de Igrejas também preferem não lembrar seus desvios e rompantes, alguns dos quais estão em livros por eles escritos. Algumas biografias preferem não mencionar seus erros. Outras fazem como a Bíblia: contam o pecado e os valores que sobreviveram ao pecado. Não mentem para por suas igrejas num holofote favorável.
Anjos não fundam igrejas. Homens pouco santos às vezes fundam e se apossam delas. E, dentro das igrejas, pregadores com um PP ( Projeto Pessoal) acabam fundando comunidades ou inaugurando seu jeito de ser igreja ou de conduzir pregações VPPI (voltados para o próprio umbigo).
Pensam em si mesmos, pregam espiritualidade narcisista de um Deus que os escolheu acima dos outros, tiram proveito pessoal da fé, acumulam dinheiro e poder, tornam-se mais discípulos milionários do que discípulos missionários. E não sentem a menor culpa. Acham algum versículo para explicar seus palácios de cristal e sua assustadora e preocupante riqueza.
Aconteceu em todos os tempos e Jesus e os apóstolos predisseram que aconteceria. Sugeriram que seus seguidores não fossem atrás desse tipo de pregadores e profetas.
( Mt 7,15; Mt 24,24-26; Mt 15,14; Mt 24,11; Mc 13,22; Lc 6,26; 1 Jo 4,1; 2 Tm 4,1-5; 2 Pd 2,1)
O Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios; (I Tm 4, 1)
Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores. (Mt 7, 15)
E surgirão muitos falsos profetas, e enganarão a muitos. (Mt 24, 11)
Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos. (Mt 24, 24)
Porque se levantarão falsos cristos, e falsos profetas, e farão sinais e prodígios, para enganarem, se for possível, até os escolhidos. (Mc 13, 22)
Ai de vós quando todos os homens de vós disserem bem, porque assim faziam seus pais aos falsos profetas. (Lc 6, 26)
E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição, e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição. (2 Pd 2, 1)
Devoram as casas das viúvas, e isso com pretexto de largas orações. Estes receberão mais grave condenação. (Mc 12, 40)
Deixai-os; são condutores cegos. Ora, se um cego guiar outro cego, ambos cairão na cova. (Mt 15, 14)
Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulentamente. (Ef 4, 14)
Nenhum pregador está isento dessas três armadilhas: a da vaidade, a do dinheiro, a do poder. Foram elas que seduziram a grande maioria dos que criaram outras igrejas e dentro das igrejas criaram movimentos a eles de tal forma atrelados que nunca largaram o poder e a direção dos mesmos.
Há mortes a manchar a biografia de muitos fundadores de igrejas. Há mortes e gravíssimos pecados na biografia de muitos papas e bispos católicos. Não escapam os fundadores de outras igrejas. Para eles e para nós que às vezes extrapolamos na pregação há sempre o aviso de que está reservada punição maior.
Os que pretendem viver sua fé e praticar ecumenismo devem saber o que há de bom e de errado na nossa igreja e nas outras igrejas. Eles sabem dos nossos pecados, mas nós também sabemos dos pecados deles. Se soubermos das suas virtudes e as valorizarmos talvez eles queiram saber das nossas e nos valorizar.
O fato é que ontem como hoje, religiosos, pregadores da fé voltaram-se sem escrúpulo para a violência, para o poder e para dinheiro e passaram a viver vida de conforto de riquezas em nome da fé.
E houve milhares que por sua inteligência e tino , se quisessem, poderiam também ter sido milionários e morar em casas luxuosas, andar em carruagens de luxo e ter dezenas de casas e herdades. Não quiseram. Nenhum dos apóstolos se apossou do poder, nenhum ficou rico, nenhum viveu no conforto. Jesus dizia não ter onde reclinar sua cabeça. Propôs vida pobre aos seus pregadores.
Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus; (Mt 5, 3)
E o que foi semeado entre espinhos é o que ouve a palavra, mas os cuidados deste mundo, e a sedução das riquezas sufocam a palavra, e fica infrutífera; (Mt 13, 22)
E disse Jesus: As raposas têm tocas e as aves do céu têm ninhos, mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça. (Mt 8, 20)
Não leveis nem alforjes para o caminho, nem duas túnicas, nem duas sandálias, nem bordão; porque digno é o operário do seu alimento. (Mt 10,10)
Que calçassem sandálias, e que não vestissem duas túnicas. (Mc 6: 9) E, respondendo ele, disse-lhes:
Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom. (Mt 6,24)
E Jesus, olhando para ele, o amou e lhe disse: Falta-te uma coisa: vai, vende tudo quanto tens, e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, toma a cruz, e segue-me. (Marcos 10 : 21)
Nunca encontrei um pregador excessivamente voltado para o seu sucesso, o seu dinheiro, a fama e o primeiro lugar e para o seu conforto pessoal que admitisse que o recado de Jesus fosse para ele.
Para eles e para mim martela aos ouvidos a palavra de Jesus
Os cuidados deste mundo, e a sedução das riquezas sufocam a palavra, e ela acaba infrutífera; (Mt 13, 22)
Conheçamos Henrique VIII e Alexandre VI. Um dos piores reis e um dos piores papas da História da fé e da política.
Aconteceu com Montano, Ário, Donato, Mani e outros, aconteceu de maneira chocante com nossos biografados.
De Alexandre Bórgia, ou Papa Alexandre VI, os católicos falam com vergonha e tristeza e de Henrique VIII, os anglicanos falam com dor e reticências. Os que sabem das histórias de Jim Jones, Martinho Lutero, XXXX Calvino e de outros fundadores de Igrejas também preferem não lembrar seus desvios e rompantes, alguns dos quais estão em livros por eles escritos. Algumas biografias preferem não mencionar seus erros. Outras fazem como a Bíblia: contam o pecado e os valores que sobreviveram ao pecado. Não mentem para por suas igrejas num holofote favorável.
Anjos não fundam igrejas. Homens pouco santos às vezes fundam e se apossam delas. E, dentro das igrejas, pregadores com um PP ( Projeto Pessoal) acabam fundando comunidades ou inaugurando seu jeito de ser igreja ou de conduzir pregações VPPI (voltados para o próprio umbigo).
Pensam em si mesmos, pregam espiritualidade narcisista de um Deus que os escolheu acima dos outros, tiram proveito pessoal da fé, acumulam dinheiro e poder, tornam-se mais discípulos milionários do que discípulos missionários. E não sentem a menor culpa. Acham algum versículo para explicar seus palácios de cristal e sua assustadora e preocupante riqueza.
Aconteceu em todos os tempos e Jesus e os apóstolos predisseram que aconteceria. Sugeriram que seus seguidores não fossem atrás desse tipo de pregadores e profetas.
( Mt 7,15; Mt 24,24-26; Mt 15,14; Mt 24,11; Mc 13,22; Lc 6,26; 1 Jo 4,1; 2 Tm 4,1-5; 2 Pd 2,1)
O Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios; (I Tm 4, 1)
Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores. (Mt 7, 15)
E surgirão muitos falsos profetas, e enganarão a muitos. (Mt 24, 11)
Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos. (Mt 24, 24)
Porque se levantarão falsos cristos, e falsos profetas, e farão sinais e prodígios, para enganarem, se for possível, até os escolhidos. (Mc 13, 22)
Ai de vós quando todos os homens de vós disserem bem, porque assim faziam seus pais aos falsos profetas. (Lc 6, 26)
E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição, e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição. (2 Pd 2, 1)
Devoram as casas das viúvas, e isso com pretexto de largas orações. Estes receberão mais grave condenação. (Mc 12, 40)
Deixai-os; são condutores cegos. Ora, se um cego guiar outro cego, ambos cairão na cova. (Mt 15, 14)
Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulentamente. (Ef 4, 14)
Nenhum pregador está isento dessas três armadilhas: a da vaidade, a do dinheiro, a do poder. Foram elas que seduziram a grande maioria dos que criaram outras igrejas e dentro das igrejas criaram movimentos a eles de tal forma atrelados que nunca largaram o poder e a direção dos mesmos.
Há mortes a manchar a biografia de muitos fundadores de igrejas. Há mortes e gravíssimos pecados na biografia de muitos papas e bispos católicos. Não escapam os fundadores de outras igrejas. Para eles e para nós que às vezes extrapolamos na pregação há sempre o aviso de que está reservada punição maior.
Os que pretendem viver sua fé e praticar ecumenismo devem saber o que há de bom e de errado na nossa igreja e nas outras igrejas. Eles sabem dos nossos pecados, mas nós também sabemos dos pecados deles. Se soubermos das suas virtudes e as valorizarmos talvez eles queiram saber das nossas e nos valorizar.
O fato é que ontem como hoje, religiosos, pregadores da fé voltaram-se sem escrúpulo para a violência, para o poder e para dinheiro e passaram a viver vida de conforto de riquezas em nome da fé.
E houve milhares que por sua inteligência e tino , se quisessem, poderiam também ter sido milionários e morar em casas luxuosas, andar em carruagens de luxo e ter dezenas de casas e herdades. Não quiseram. Nenhum dos apóstolos se apossou do poder, nenhum ficou rico, nenhum viveu no conforto. Jesus dizia não ter onde reclinar sua cabeça. Propôs vida pobre aos seus pregadores.
Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus; (Mt 5, 3)
E o que foi semeado entre espinhos é o que ouve a palavra, mas os cuidados deste mundo, e a sedução das riquezas sufocam a palavra, e fica infrutífera; (Mt 13, 22)
E disse Jesus: As raposas têm tocas e as aves do céu têm ninhos, mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça. (Mt 8, 20)
Não leveis nem alforjes para o caminho, nem duas túnicas, nem duas sandálias, nem bordão; porque digno é o operário do seu alimento. (Mt 10,10)
Que calçassem sandálias, e que não vestissem duas túnicas. (Mc 6: 9) E, respondendo ele, disse-lhes:
Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom. (Mt 6,24)
E Jesus, olhando para ele, o amou e lhe disse: Falta-te uma coisa: vai, vende tudo quanto tens, e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, toma a cruz, e segue-me. (Marcos 10 : 21)
Nunca encontrei um pregador excessivamente voltado para o seu sucesso, o seu dinheiro, a fama e o primeiro lugar e para o seu conforto pessoal que admitisse que o recado de Jesus fosse para ele.
Para eles e para mim martela aos ouvidos a palavra de Jesus
Os cuidados deste mundo, e a sedução das riquezas sufocam a palavra, e ela acaba infrutífera; (Mt 13, 22)
Conheçamos Henrique VIII e Alexandre VI. Um dos piores reis e um dos piores papas da História da fé e da política.
Fonte: Pe. Zezinho Local:São Paulo (SP) |
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