Um menino nasceu para nós: um filho nos foi dado! O poder repousa nos seus ombros. Ele será chamado “Mensageiro do conselho de Deus” (Is 9,6).
O evangelista previne os cristãos contra os antagonistas de Cristo surgidos no interior da própria comunidade. Dolorosa realidade, mas também ocasião para testemunhar a fé assumida no batismo. Peçamos ao Senhor que aumente nossa fé.
Leitura da primeira carta de São João – 18Filhinhos, esta é a última hora. Ouvistes dizer que o anticristo virá. Com efeito, muitos anticristos já apareceram. Por isso, sabemos que chegou a última hora. 19Eles saíram do nosso meio, mas não eram dos nossos, pois, se fossem realmente dos nossos, teriam permanecido conosco. Mas era necessário ficar claro que nem todos são dos nossos. 20Vós já recebestes a unção do Santo, e todos tendes conhecimento. 21Se eu vos escrevi, não é porque ignorais a verdade, mas porque a conheceis e porque nenhuma mentira provém da verdade. – Palavra do Senhor.
O céu se rejubile e exulte a terra!
1. Cantai ao Senhor Deus um canto novo, / cantai ao Senhor Deus, ó terra inteira! / Cantai e bendizei seu santo nome! / Dia após dia anunciai sua salvação. – R.
2. O céu se rejubile e exulte a terra, / aplauda o mar com o que vive em suas águas; / os campos com seus frutos rejubilem / e exultem as florestas e as matas. – R.
3. Na presença do Senhor, pois ele vem, / porque vem para julgar a terra inteira. / Governará o mundo todo com justiça / e os povos julgará com lealdade. – R.
Aleluia, aleluia, aleluia.
A Palavra se fez carne, entre nós ela habitou; e todos os que a acolheram, de Deus filhos se tornaram (Jo 1,14.12). – R.
Início do Evangelho de Jesus Cristo segundo João – 1No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus; e a Palavra era Deus. 2No princípio estava ela com Deus. 3Tudo foi feito por ela e sem ela nada se fez de tudo que foi feito. 4Nela estava a vida, e a vida era a luz dos homens. 5E a luz brilha nas trevas, e as trevas não conseguiram dominá-la. 6Surgiu um homem enviado por Deus; seu nome era João. 7Ele veio como testemunha, para dar testemunho da luz, para que todos chegassem à fé por meio dele. 8Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz: 9daquele que era a luz de verdade, que, vindo ao mundo, ilumina todo ser humano. 10A Palavra estava no mundo – e o mundo foi feito por meio dela -, mas o mundo não quis conhecê-la. 11Veio para o que era seu, e os seus não a acolheram. 12Mas, a todos os que a receberam, deu-lhes capacidade de se tornarem filhos de Deus, isto é, aos que acreditam em seu nome, 13pois estes não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus mesmo. 14E a Palavra se fez carne e habitou entre nós. E nós contemplamos a sua glória, glória que recebe do Pai como Filho unigênito, cheio de graça e de verdade. 15Dele João dá testemunho, clamando: “Este é aquele de quem eu disse: ‘O que vem depois de mim passou à minha frente, porque ele existia antes de mim'”. 16De sua plenitude todos nós recebemos graça por graça. 17Pois por meio de Moisés foi dada a Lei, mas a graça e a verdade nos chegaram através de Jesus Cristo. 18A Deus ninguém jamais viu. Mas o Unigênito de Deus, que está na intimidade do Pai, ele no-lo deu a conhecer. – Palavra da salvação.
É por isso que, além de um grande exame de consciência que nos leve a pedir perdão a Deus por não termos sido fiéis, devemos render ainda grande ação de graças, agradecendo a Deus não somente pelo que Ele fez, mas por aquilo que Ele é.
É isso o que a Igreja quer nos ensinar. A ação de graças, de fato, é feita pelos benefícios recebidos, mas ao mesmo tempo, e sobretudo, é feita por ser Deus tão bom e digno de ser amado. Nós que o amamos devemos render graças a Ele, mesmo que não fôssemos admitidos ao Céu.
Como diz uma antiga poesia, da época de Santa Teresa d’Ávila, “aunque no hubiera cielo, yo te amara”, — “mesmo que não houvesse Céu, eu te amaria”. Sim, o amor de Deus não tem limites. É este o amor que queremos celebrar. É por isso que no dia de hoje, 31 de dezembro, a Igreja concede indulgência plenária aos fiéis que recitarem publicamente a oração de ação de graças “Te Deum”.
Vejamos a concessão que a Igreja faz no último dia do ano. Diz assim o número 26 do Manual de Indulgências: “Preces de súplicas e de ação de graças: Concede-se indulgência plenária ao fiel que, na igreja ou no oratório, participar devotamente do canto ou recitação solene do hino ‘Te Deum’ no último dia do ano, para render graças a Deus pelos benefícios concedidos no decurso de todo o ano”.
Então, a obra indulgenciada é esta: que nós, na igreja, participemos junto com outras pessoas do canto ou recitação do “Te Deum”. Além disso, o que é necessário para receber a indulgência plenária? Aquelas exigências costumeiras: que a pessoa, número um, faça uma confissão, depois receba a comunhão e reze pelo santo Padre, o Papa.
São três coisas: confissão, comunhão e oração pelo Papa. É evidente que a confissão e a comunhão não precisam ser no mesmo dia, ou seja, há um prazo para isso, porém seria bom que pelo menos a comunhão fosse no mesmo dia, isto é, que a pessoa esteja em estado de graça e possa comungar.
Mas isso é questão de conveniência. E por que eu digo que é extremamente conveniente? Porque é benéfico nós terminarmos o ano com uma santa comunhão, juntos com Cristo, Senhor e razão de ser do universo.
O Evangelho de hoje, do prólogo de São João, recorda-nos exatamente isso. Nada do que existe, existe fora dele, portanto, demos ao Cristo, Aquele que é, que era e que vem, toda honra e toda glória, a Ele, Senhor do tempo e da história, Cristo ontem, hoje e sempre.
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