sexta-feira, 30 de novembro de 2018

Liturgia Diária – Somos chamados por Jesus

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1a Leitura - Romanos 10,9-18
Leitura da carta de são Paulo aos Romanos.
10 9 Portanto, se com tua boca confessares que Jesus é o Senhor, e se em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo.
10 É crendo de coração que se obtém a justiça, e é professando com palavras que se chega à salvação.
11 A Escritura diz: “Todo o que nele crer não será confundido”.
12 Pois não há distinção entre judeu e grego, porque todos têm um mesmo Senhor, rico para com todos os que o invocam,
13 porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.
14 Porém, como invocarão aquele em quem não têm fé? E como crerão naquele de quem não ouviram falar? E como ouvirão falar, se não houver quem pregue?
15 E como pregarão, se não forem enviados, como está escrito: “Quão formosos são os pés daqueles que anunciam as boas novas?”
16 Mas não são todos que prestaram ouvido à boa nova. É o que exclama Isaías: “Senhor, quem acreditou na nossa pregação”?
17 Logo, a fé provém da pregação e a pregação se exerce em razão da palavra de Cristo.
18 Pergunto, agora: “Acaso não ouviram? Claro que sim! Por toda a terra correu a sua voz, e até os confins do mundo foram as suas palavras”.
Palavra do Senhor.

Salmo - 18/19A
Seu som ressoa e se espalha em toda a terra.

Os céus proclamam a glória do Senhor,
e o firmamento, a obra de suas mãos;
o dia ao dia transmite essa mensagem,
a noite à noite publica essa notícia.

Não são discursos nem frases ou palavras,
nem são vozes que possa ser ouvidas;
seu som ressoa e se espalha em toda a terra,
chega aos confins do universo a sua voz.

Evangelho - Mateus 4,18-22
Aleluia, aleluia, aleluia.
Vinde após mim, disse o Senhor, e eu ensinarei a pescar gente (Mt 4,19).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
4 18 Jesus, caminhando ao longo do mar da Galiléia, viu dois irmãos: Simão (chamado Pedro) e André, seu irmão, que lançavam a rede ao mar, pois eram pescadores.
19 E disse-lhes: “Vinde após mim e vos farei pescadores de homens”.
20 Na mesma hora abandonaram suas redes e o seguiram.
21 Passando adiante, viu outros dois irmãos: Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João, que estavam com seu pai Zebedeu consertando as redes. Chamou-os,
22 e eles abandonaram a barca e seu pai e o seguiram.
Palavra da Salvação.

Reflexão 
 
Jesus chamou os que Ele quis  não porque fossem homens desocupados e não tivessem nada para fazer, muito pelo contrário cada um deles tinha  uma profissão, tinha  uma história.  Quando Jesus viu os dois irmãos, notou que eles estavam ocupados na sua lida diária e, assim mesmo os escolheu e “eles imediatamente deixaram as redes, a barca e o pai e O seguiram!”.  Assim mesmo Jesus faz com cada um de nós que encontra graça diante dele. Ele nos chama não porque sejamos homens e mulheres desimpedidos de tarefas, de planos e ocupações.  O nosso trabalho, a nossa profissão, a rotina da nossa vida não são impedimento para que sigamos a Jesus e vivamos os Seus ensinamentos. Deixar imediatamente, as redes, a barca e o pai, significam a nossa total anuência ao chamado de Jesus com a consciência de que Ele nos chama com a autoridade de quem sabe o que é melhor para cada um de nós, e por isso, tem a primazia nas nossas escolhas. Jesus nos chama a ser “pescadores de homens” por meio do nosso testemunho de fidelidade a Deus e aos irmãos. O Seu chamado é irrevogável e intransferível, por isso, ninguém poderá assumir o nosso lugar.  É necessário, porém, que estejamos livres de qualquer empecilho, desapegados (as) de tudo quanto nos prende, mesmo que seja o trabalho, a profissão, a família, os bens. Às vezes nos desculpamos porque somos muito ocupados (as), mas Jesus veio chamar justamente àqueles que se comprometem e que têm que renunciar a alguma coisa. Ele deseja que o nosso coração esteja livre de tudo e de todos para que possamos segui-Lo, vivendo a Lei do amor. – Você já se sente chamado (a) por Jesus? – Você acha que Ele já o (a) viu e o (a) notou? – Qual tem sido a sua reação ao chamado de Jesus no serviço do reino? – Será que você tem dado desculpas esfarrapadas? – Aproveite o tempo de agora, não perca as oportunidades! 




Helena Serpa

Cultive a amizade

“A amizade é como os títulos honoríficos: quanto mais velha mais preciosa” Goethe (1749-1832)

Não preciso falar aqui da importância de se cultivar as boas amizades para ser feliz. O povo diz com sabedoria que “mais vale um amigo do que dinheiro o bolso”; é verdade. O dinheiro não resolve tudo, mas um bom amigo pode resolver mesmo aquilo que o dinheiro não resolve. A Bíblia diz que quem conquistou um amigo, adquiriu um tesouro.
Milan Kundera, escritor tcheco, escreveu em seu livro “A Identidade”, que “a amizade é indispensável para o bom funcionamento da memória e para a integridade do próprio eu.
Chama os amigos de testemunhas do passado e diz que eles são nosso espelho, que através deles podemos nos olhar”.
Diz que “toda amizade é uma aliança contra adversidade, aliança sem a qual o ser humano ficaria desarmado contra seus inimigos. Os amigos recentes custam a perceber essa aliança, não valorizam ainda o que está sendo contraído. São amizades não testadas pelo tempo, não se sabe se enfrentarão com solidez as tempestades ou se serão varridos numa chuva de verão”.
Há uma fábula antiga que mostra a importância da amizade concreta: é a da pomba e da formiga. A pomba percebeu que a amiga formiga caiu em um rio e se debatia para não morrer afogada; muito depressa a pomba tomou um pequeno galho no bico e colocou na água ao lado da formiga, e assim esta se salvou.
Passados os dias, um caçador apontava a sua espingarda para a mesma pomba, que dormindo no galho de uma árvore não percebeu o perigo que corria. Eis que a formiga viu; e antes que o caçador atirasse na pomba, jogou-se sobre ele e deu-lhe uma ferroada; o caçador errou o tiro e assim a pomba se salvou.
A verdadeira amizade nos socorre quando menos esperamos.

Podemos esquecer aquele com quem rimos muito, mas nunca nos esqueceremos daquele com quem choramos. O laço da tristeza é mais forte que o laço da alegria. Os corações que as tristezas unem permanecem unidos para sempre.
Na prosperidade os verdadeiros amigos esperam ser chamados; na adversidade, apresentam-se espontaneamente. A fortuna faz amigos. A desgraça prova se eles existem de fato.
É preciso saber fazer e cultivar amizades; isto depende de cada um de nós; antes de tudo do nosso desprendimento e fidelidade ao outro. Uma coisa é certa: aquele que não tem necessidade de ninguém, têm muitos amigos.
A grandeza de um homem é medida pela sua capacidade de comunhão. Quem busca um amigo sem defeito, fica sem amigo.
Muito cuidado para não perder o amigo por uma futilidade; dizem que no jogo se perde o amigo e se ganha o inimigo. Mas pode haver outras ocasiões onde isto aconteça. A experiência da vida mostra que é mais fácil perdoar a um inimigo do que a um amigo. Um grande amor pode se transformar em grande ódio quando decepcionado.
“Mais vale um prato de legumes com amizade, que um boi cevado com ódio”, diz o Livro dos Provérbios.
Seja amigo daquele que pode te ensinar muitas coisas, mesmo que ele tenha que lhe dizer verdades amargas. Uma amizade só é valiosa quando um faz o outro crescer. Amigo de verdade é aquele que sabe tudo a teu respeito e gosta de você assim mesmo. É aquele que o aceita como é, e não se cansa dos seus defeitos.
Existe uma crise de moradia muito mais grave que a falta de casas; é a escassez de homens interiormente disponíveis para acolher seus irmãos, para ser amigo de verdade.
Para conquistar um amigo, é preciso criar um “deserto” dentro de si, aceitando que o outro venha ocupá-lo. Acolher o amigo é, em primeiro lugar ouvir. Alguns morrem sem nunca ter encontrado alguém que lhes tenha prestado a homenagem de calar-se totalmente para ouvi-los. São poucos os que sabem ouvir, porque poucos estão vazios de si mesmos, e o seu eu faz muito barulho. Se você souber ouvir, muitos virão lhe fazer confidências.
Muitos se queixam da falta de amigos, mas poucos se preocupam em realizar em si as qualidades próprias para conquistar amigos e conservá-los.
Se você quiser ser agradável às pessoas, fale-lhes daquilo que lhes interessa e não daquilo que interessa a você.
É só na época da seca que conhecemos as boas fontes, e na adversidade, os bons amigos. Meu amigo é aquele que me socorre, não o que tem pena de mim.
A amizade é alimentada pelo diálogo; que é uma troca de idéias em busca da verdade; muito diferente da discussão que é uma luta entre dois, onde cada um defende a sua opinião. A verdadeira amizade não pode ser alimentada pela discussão; somente pelo diálogo.
Ao invés de demonstrar exaustivamente que o amigo está errado, ajude-o a descobrir a verdade por si mesmo; é muito mais nobre e pedagógico.
Se você quiser agir sobre o seu amigo, de verdade, para que ele mude, comece por amá-lo sinceramente, desinteressadamente.
O outro tem a tendência a ser aquilo que você pensa e diz que ele é; portanto não faça críticas duras, mas use de complacência com o amigo; destaque mais as suas qualidades que os seus defeitos, pois nenhum de nós gosta de ser caracterizado por seus defeitos.
O maior esforço da amizade não deve ser apenas mostrar nossos próprios defeitos a um amigo, mas fazer com que ele veja os dele, sem causar-lhe mágoa. O maior bem que podemos fazer-lhes não é oferecer-lhes nossa riqueza, mas levá-los a descobrir a deles.
O elogio sincero tem um poder mágico. Se quiser que o outro progrida, felicite-o sinceramente. Revelar os dons do outro é fazê-lo se descobrir e crescer.
A amizade também exige que se corrija o amigo que erra; mas devemos censurar os amigos na intimidade; e elogia-os em público. Nada é tão nocivo a uma amizade como a critica ao amigo na frente de outras pessoas; isso humilha e destrói a confiança.
Nunca desista de ajudar o amigo a vencer uma batalha; não há nem haverá ninguém que tenha caído tão baixo que esteja fora do alcance do amor infinito de Deus e do nosso socorro.
Infelizmente a inveja ataca muitas amizades e às vezes até as faz morrer. O amigo verdadeiro não disputa o sucesso com o amigo; ao contrário, se alegra com o maior sucesso do outro. Amigo não é só aquele que sabe se debruçar com piedade sobre o nosso sofrimento, mas aquele que sabe olhar sem inveja a nossa felicidade e o nosso sucesso. Muitos “amigos” ficam desesperados diante do maior sucesso alcançado pelo outro.
Poucas são as pessoas dotadas de bastante caráter para se alegrarem com os sucessos de um amigo sem uma sombra de inveja. Infelizmente algumas pessoas regozijam-se interiormente das deficiências de seus melhores amigos.
Não hesite em se sujar para tirar um amigo da lama. E saiba que a amizade, cuja fonte é Deus, não se esgota nunca.
Uma amizade só é verdadeira e duradoura se é baseada na fidelidade. O pior que seus inimigos o dizem na cara nunca será tão desagradável quanto o que seus melhores amigos dizem de você pelas costas. Cuidado, porque para te magoar, são necessários um inimigo e um amigo: um inimigo para te caluniar e um “amigo” para te transmitir a calúnia.





Prof. Felipe Aquino

quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Liturgia Diária - – Assumir o nosso posto de guardiões da fé


 
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1a Leitura - Apocalipse 18,1-2. 21-23; 19,1-3.9.
Leitura do livro do Apocalipse de são João.
18 1 Depois disso, vi descer do céu outro anjo que tinha grande poder, e a terra foi iluminada por sua glória.
2 Clamou em alta voz, dizendo: “Caiu, caiu Babilônia, a Grande. Tornou-se morada dos demônios, prisão dos espíritos imundos e das aves impuras e abomináveis”.
21 Então um anjo poderoso tomou uma pedra do tamanho de uma grande mó de moinho e lançou-a no mar, dizendo: “Com tal ímpeto será precipitada Babilônia, a grande cidade, e jamais será encontrada.
22 Já não se ouvirá mais em ti o som dos citaristas, dos cantores, dos tocadores de flauta, de trombetas. Nem se encontrará em ti artífice algum de qualquer espécie. Não se ouvirá mais em ti o ruído do moinho,
23 não brilhará mais em ti a luz de lâmpada, não se ouvirá mais em ti a voz do esposo e da esposa; porque teus mercadores eram senhores do mundo, e todas as nações foram seduzidas por teus malefícios”.
19 1 Depois disso, ouvi no céu como que um imenso coro que cantava: “Aleluia! A nosso Deus a salvação, a glória e o poder,
2 porque os seus juízos são verdadeiros e justos. Ele executou a grande Prostituta que corrompia a terra com a sua prostituição, e pediu-lhe contas do sangue dos seus servos”.
3 Depois recomeçaram: “Aleluia! Sua fumaça sobe pelos séculos dos séculos”.
9 Ele me diz, então: “Escreve: Felizes os convidados para a ceia das núpcias do Cordeiro”. Palavra do Senhor.

Salmo - 99/100
São bem-aventurados os que foram convidados
Para a ceia nupcial das bodas do Cordeiro!

Aclamai o Senhor, ó terra inteira,
servi ao Senhor com alegria,
ide a ele cantando jubilosos!

Sabei que o Senhor, só ele, é Deus,
ele mesmo nos fez, e somos seus,
nós somos seu povo e seu rebanho.

Entrai por suas portas dando graças,
e em seus átrios com hinos de louvor;
dai-lhe graças, seu nome bendizei!

Sim, é bom o Senhor e nosso Deus,
sua bondade perdura para sempre,
seu amor é fiel eternamente!

Evangelho - Lucas 21,20-28
Aleluia, aleluia, aleluia.
Levantai vossa cabeça e olhai, pois a vossa redenção se aproxima! (Lc 21,28)

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
Naquele tempo, 21 20 disse Jesus aos seus discípulos: “Quando virdes que Jerusalém foi sitiada por exércitos, então sabereis que está próxima a sua ruína.
21 Os que então se acharem na Judéia fujam para os montes; os que estiverem dentro da cidade retirem-se; os que estiverem nos campos não entrem na cidade.
22 Porque estes serão dias de castigo, para que se cumpra tudo o que está escrito.
23 Ai das mulheres que, naqueles dias, estiverem grávidas ou amamentando, pois haverá grande angústia na terra e grande ira contra o povo.
24 Cairão ao fio de espada e serão levados cativos para todas as nações, e Jerusalém será pisada pelos pagãos, até se completarem os tempos das nações pagãs.
25 Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas. Na terra a aflição e a angústia apoderar-se-ão das nações pelo bramido do mar e das ondas.
26 Os homens definharão de medo, na expectativa dos males que devem sobrevir a toda a terra. As próprias forças dos céus serão abaladas.
27 Então verão o Filho do Homem vir sobre uma nuvem com grande glória e majestade.
28 Quando começarem a acontecer estas coisas, reanimai-vos e levantai as vossas cabeças; porque se aproxima a vossa libertação”.
Palavra da Salvação.

 Reflexão 

Neste Evangelho Jesus nos dá ciência dos fenômenos que advirão no mundo e com as pessoas, antes da Sua vinda gloriosa. A maioria das pessoas se apavora quando ouve falar desses prognósticos, porém, os que têm a percepção dos ensinamentos evangélicos, compreendem que as palavras de Jesus vêm nos edificar e nos ajudam a manter a esperança na nossa libertação. Estamos vivendo o tempo que precede o Advento, tempo de espera e arrependimento, ocasião propicia para que estejamos conscientes das nossas ações e atentos (as) ao que podem significar as coisas que acontecem ao nosso redor. Se prestarmos bem atenção, iremos perceber que muitos sinais já se fazem notar hoje, no mundo.  O mundo à nossa volta, se angustia e sofre, muitas pessoas passam por dificuldades e se sentem perdidas, no entanto, isto é prenúncio de libertação. Jesus mesmo nos esclarece quando diz: “Quando estas coisas começarem a acontecer, levantai-vos e erguei a cabeça, porque a vossa libertação está próxima”.  Não podemos mudar os prognósticos de Jesus, pois todos esses fatos já estão acontecendo. Todavia, podemos nos apossar desta Palavra e acolher mais uma vez o Salvador que veio para nos dar uma vida nova. No Natal nós todos temos a oportunidade de reviver o mistério da encarnação de Jesus e assumir o nosso posto de guardiões da fé sem temor, na certeza de que o tempo da libertação se aproxima e deixando que a manifestação da vida de Jesus ocorra primeiramente no nosso coração. - Qual é a percepção que você tem das palavras de Jesus? -  Você se atemoriza quando ouve falar desses acontecimentos? - O que você vê acontecer no mundo, hoje, já confirma isto? - Jesus já veio para você?





Helena Serpa 

Você se aceita como é?

tumblrlbulmo4ECg1qe7m6fAntes de lamentar e lamuriar o que você não tem, agradeça o que você já tem!
Cada um de nós é riquíssimo no seu ser. Fomos feitos à imagem de Deus; o que mais poderíamos desejar? Deus entrou dentro de Si mesmo para lá ir buscar o nosso molde.
Como, então, você pode ficar reclamando das qualidades que você não tem? Não seria isto ser ingrato com Deus?
Antes de lamentar e lamuriar o que você não tem, agradeça o que você já tem, e tudo o que recebeu gratuitamente Dele.
Olhe primeiro para as suas mãos perfeitas… e diga muito obrigado Senhor!
Pense nos teus olhos que enxergam longe, teus ouvidos que ouvem o cantar dos pássaros, e diga obrigado Senhor!
Olhe para a beleza e vigor da sua juventude, e agradeça ao bom Pai, de quem procede toda dádiva boa.
A pior qualidade de um filho é a ingratidão diante do pai.
Jesus ficou muito aborrecido quando curou dez leprosos (uma doença incurável na época!), mas só um (samaritano) voltou para agradecer. E este não era judeu, isto é, o único que não era considerado pertencente ao povo de Deus.
Você recebeu uma grande herança de Deus, que está dentro de você; sua inteligência, sua liberdade, vontade, capacidade de amar, sua memória, consciência, etc., enfim, seus talentos, que Deus espera que você faça crescer para o seu bem e o dos outros.
A primeira coisa para que você possa multiplicar esses talentos, é aceitar-se como você é, física e espiritualmente.
Não fique apenas olhando para os seus problemas, numa espécie de introspecção mórbida, porque senão você acabará não vendo as suas qualidades; e isto te tornará escravo do teu complexo de inferioridade.
São Paulo disse que somos como que “vasos de barro”, mas que trazemos um tesouro de Deus escondido aí dentro (cf. 1Cor4, 7).

Eu não estou dizendo que você deve se esconder dos seus problemas, ou fazer de conta que eles não existem, não é isto. Reconheça-os e aceite-os; e, com fé em Deus, e confiança em você, lute para superá-los, sem ficar derrotado e lamuriando a própria sorte.
Saiba que é exatamente quando vencemos os nossos problemas e quando superamos os nossos limites, que crescemos como pessoas humanas.
Não tenha medo dos seus problemas, eles existem para serem resolvidos. Um amigo me dizia que todo problema tem solução; e que, quando um deles não tem solução, então, deixa de ser problema. “O que não tem remédio, está remediado”, diz o povo. Não adianta ficar chorando o leite derramado.
É na crise e na luta que o homem cresce. É só no fogo que o aço ganha têmpera. É sob as marteladas do ferreiro que a lâmina vira um espada.
Por isso, é importante eliminar as suas atitudes negativas.
Deus tem um desígnio para você e para cada um de nós; uma bela missão a ser cumprida, e você pode estar certo de que Ele lhe deu os talentos necessários para cumpri-la.
Deus quer que você seja um aliado dele, um cooperador Seu, na obra da construção do mundo. Ele não nos entregou o mundo acabado, exatamente para poder nos dar a honra e a alegria de sermos seus colaboradores nesta bela obra.
Ele precisa de nossas mãos e de nossa inteligência, Ele quer usar os seus talentos.
O homem mais infeliz é aquele que se fecha em si mesmo e não usa os seus talentos para o bem dos outros. Esse se torna deprimido.
Na parábola dos talentos, Jesus mostrou que só foi pedido um talento a mais àquele que tinha ganhado um; mas que foi pedido dez novos talentos ao que tinha dado dez. Deus é coerente.
Você sabe que é “único” aos olhos de Deus, irrepetível; logo, você recebeu talentos que só você tem; então, Deus espera que você desenvolva esta bela herança, sendo aquilo que você é.
É um ato de maturidade ter a humildade de reconhecer os seus limites e aceitá-los; isto não é ser menor ou menos importante; é ser real.
Aceite suas limitações, seus problemas, seu físico, sua família, sua cor, sua casa, também seus pais e seus irmãos, por mais difíceis que sejam… e comece a trabalhar com fé e paciência, para melhorar o que for possível.
Se você não começar por aceitar o seu físico, aquilo que você vê, também não aceitará os defeitos que você não vê.
Você corre o risco de não gostar de você se não aceitar o seu corpo. Muitos se revoltam contra si mesmos e contra Deus por causa disto.
Você só poderá gostar de você – amar a si mesmo – se aceitar-se como é, física e espiritualmente. Caso contrário não será feliz.
É claro que é bom aprender as coisas boas com os outros, mas não podemos querer imitá-los em tudo.
Você não pode ficar se comparando com outra pessoa, e quem sabe, ficar até deprimido porque não tem os mesmos sucessos dela. Cada um é um diante de Deus.
Também não se deixe levar pelo julgamento que as pessoas fazem de você. Saiba de uma coisa: você não será melhor porque as pessoas o elogiam, mas também não será pior porque o criticam.
Como dizia São Francisco, “sou, o que sou diante de Deus.”
Certa vez iam por uma estrada um velho, um menino e um burro.
O velho puxava o burro e o menino estava sobre o animal.
Ao passarem por uma cidade, ouviram alguém dizer:
“Que menino sem coração, deixa o velho ir a pé. Devia ir puxando o burro e colocar o velho sobre este!”
Imediatamente o menino desceu do burro e colocou o velho lá em cima, e continuaram a viagem.
Ao passar por outro lugar, escutaram alguém dizer:
“Que velho folgado, deixa o menino ir a pé, e vai sobre o burro!”
Então, eles pararam e começaram a pensar no que fazer:
O velho disse ao menino:
Só nos resta uma alternativa: irmos a pé carregando o burro nos nossos braços!…”
Moral da estória: é impossível agradar a todos!




Prof. Felipe Aquino

quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Liturgia Diária - Confiança e abandono

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1a Leitura - Apocalipse 15,1-4
Leitura do livro do Apocalipse de são João.
15 1 Vi ainda, no céu, outro sinal, grande e maravilhoso: sete Anjos que tinham os sete últimos flagelos, porque por eles é que se deve consumar a ira de Deus.
2 Vi também como que um mar transparente, irisado de fogo, e os vencedores, que haviam escapado à Fera, à sua imagem e ao número do seu nome, conservavam-se de pé sobre esse mar com as cítaras de Deus.
3 Cantavam o cântico de Moisés, o servo de Deus, e o cântico do Cordeiro, dizendo: “Grandes e admiráveis são as tuas obras, Senhor Deus Dominador. Justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei das nações!
4 Quem não temerá, Senhor, e não glorificará o teu nome? Só tu és santo e todas as nações virão prostrar-se diante de ti, porque se tornou manifesta a retidão dos teus juízos”.
Palavra do Senhor.

Salmo - 97/98
Como são grandes e admiráveis vossas obras,
Ó Senhor e nosso Deus onipotente!

Cantai ao Senhor Deus um canto novo,
porque ele fez prodígios!
Sua mão e o seu braço forte e santo
alcançaram-lhe a vitória.

O Senhor fez conhecer a salvação,
e, às nações, sua justiça;
recordou o seu amor sempre fiel
pela casa de Israel.

Aplauda o mar com todo ser que nele vive,
o mundo inteiro e toda gente!
As montanhas e os rios batam palmas
e exultem de alegria.

Na presença do Senhor, pois ele vem,
vem julgar a terra inteira.
Julgará o universo com justiça
e as nações com eqüidade.

Evangelho - Lucas 21,12-19
Aleluia, aleluia, aleluia.
Permanece fiel até a morte e a coroa da vida eu te darei! (Ap 2,10)

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
Naquele tempo, 21 12 disse Jesus aos seus discípulos: “Antes de tudo isso, vos lançarão as mãos e vos perseguirão, entregando-vos às sinagogas e aos cárceres, levando-vos à presença dos reis e dos governadores, por causa de mim.
13 Isto vos acontecerá para que vos sirva de testemunho.
14 Gravai bem no vosso espírito de não preparar vossa defesa,
15 porque eu vos darei uma palavra cheia de sabedoria, à qual não poderão resistir nem contradizer os vossos adversários.
16 Sereis entregues até por vossos pais, vossos irmãos, vossos parentes e vossos amigos, e matarão muitos de vós.
17 Sereis odiados por todos por causa do meu nome.
18 Entretanto, não se perderá um só cabelo da vossa cabeça.
19 É pela vossa constância que alcançareis a vossa salvação”.
Palavra da Salvação.
 
Reflexão 

É permanecendo firmes que ireis ganhar a vida!”  Neste Evangelho Jesus continua a nos dar valiosos ensinamentos de como deveremos nos comportar diante dos acontecimentos que nos sobrevém. Assim sendo, Ele nos convoca a dar testemunho de fé e a permanecer firmes na hora da provação nos valendo de todas as oportunidades para dar ao mundo o testemunho da nossa fé quando enfrentamos as adversidades da nossa vida. Assim, portanto, Ele nos aconselha: “Fazei o firme propósito de não planejar com antecedência a própria defesa;” Seria incoerência da nossa parte  dizer que temos fé, se estivermos sempre preocupados com o nosso futuro perdendo noites de sono fazendo cálculos de como iremos enfrentar as dificuldades e os desafios do nosso dia a dia. Agindo assim, nós estaremos sendo infiéis à Palavra de Deus que nos exorta à confiança e ao abandono. Mesmo sendo pecadores (as) e cheios (as) de fragilidades Jesus nos dá a esperança de vitória quando formos entregues aos inimigos, que são aqueles que nos querem arrancar de Deus. A Sua Palavra é garantia para nós.  Precisamos permanecer firmes e esperançosos, pois, muito embora Jesus não nos garanta que não sejamos perseguidos, Ele nos afiança a nossa defesa nos momentos de aflição.   Não podemos arrefecer o ânimo diante das perseguições, mas continuar vigilantes na fé e confiantes na vitória da nossa vida, mesmo que os perseguidores sejam os da nossa própria casa. - Você já entende que os momentos de dificuldade são as ocasiões em que você poderá testemunhar a sua fé? Você tem feito isto?  – Você costuma fazer cálculos de como irá defender-se na hora da perseguição? – Em quem você confia nos momentos de tribulação? – Você acredita na ação do Espírito Santo em você?
Helena Serpa

O que é o Advento e como podemos vivê-lo?

O Advento é o tempo de preparação para celebrar o Natal e começa quatro domingos antes desta festa. Além disso, marca o início do novo Ano Litúrgico católico e em 2018 começará no domingo, 2 de dezembro.
Advento vem do latim “ad-venio”, que quer dizer “vir, chegar”. Começa com o domingo mais próximo da festa de Santo André (30 de novembro) e dura quatro semanas.
O Advento está dividido em duas partes: as primeiras duas semanas servem para meditar sobre a vinda do Senhor quando ocorrer o fim do mundo; enquanto as duas seguintes servem para refletir concretamente sobre o nascimento de Jesus e sua irrupção na história do homem no Natal.
Nos templos e casas são colocadas as coras do Advento e se acende uma vela a cada domingo. Do mesmo modo, os paramentos do sacerdote e as toalhas do altar são roxos, como símbolo de preparação e penitência. A exceção é o terceiro domingo, o Domingo Gaudete (da alegria), no qual pode se usar a cor rósea.
A fim de fazer sensível esta dupla preparação de espera, durante o Advento, a Liturgia suprime alguns elementos festivos. Na Missa, não é proclamado o hino do Glória.
O objetivo desses simbolismos é expressar de maneira tangível que, enquanto dura a peregrinação do homem, falta-lhe algo para seu gozo completo. Quando o Senhor se fizer presente no meio do seu povo, a Igreja terá chegado à sua festa completa, representada pela Solenidade do Natal.
Muitos católicos sabem do Advento, mas talvez as preocupações no trabalho, as provas na escola, os ensaios com o coral ou teatro de Natal, a arrumação do presépio e a compra dos presentes fazem com que se esqueçam do verdadeiro sentido deste tempo. Por isso, é preciso recordar que a principal preparação neste período deve ser interior, na espera da vinda de Jesus.
No tempo do Advento, faz-se um apelo aos cristãos, a fim de que vivam de maneira mais profunda algumas práticas específicas, como: a vigilância na fé, na oração, na busca de reconhecer o Cristo que vem nos acontecimentos e nos irmãos; a conversão, procurando consertar os próprios caminhos e andar nos caminhos do Senhor, para seguir Jesus em direção Reino do Pai; o testemunho da alegria que Jesus traz, através de uma caridade paciente e carinhosa para com os outros; a pobreza interior, de um coração disponível para Deus, como Maria, José, João Batista, Zacarias, Isabel; a alegria, na feliz expectativa do Cristo que vem e na invencível certeza de que Ele não falhará.



Fonte: https://www.acidigital.com/noticias/o-que-e-o-advento-e-como-podemos-vive-lo-82591

terça-feira, 27 de novembro de 2018

Liturgia Diária - Jesus anuncia a destruição do Templo.

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1a Leitura - Apocalipse 14,14-19
Leitura do livro do Apocalipse de são João.
14 14 Eu vi ainda uma nuvem branca, sobre a qual se sentava como que um “Filho do Homem”, com a cabeça cingida de coroa de ouro e na mão uma foice afiada.
15 Outro anjo saiu do templo, gritando em voz alta para aquele que estava assentado na nuvem: “Lança a tua foice e ceifa, porque é chegada a hora de ceifar, pois está madura a seara da terra”. 16 O Ser que estava assentado na nuvem lançou então a foice à terra, e a terra foi ceifada. 17 Outro anjo saiu do templo do céu. Tinha também uma foice afiada. 18 E outro anjo, aquele que tem poder sobre o fogo, saiu do altar e bradou em alta voz para aquele que tinha a foice afiada: “Lança a foice afiada e vindima os cachos da vinha da terra, porque maduras estão as suas uvas”. 19 O anjo lançou a sua foice à terra e vindimou a vinha da terra, e atirou os cachos no grande lagar da ira de Deus.
Palavra do Senhor.

Salmo - 95/96
O Senhor vem julgar nossa terra.

Publicai entre as nações: “Reina o Senhor!”
Ele firmou o universo inabalável,
e os povos ele julga com justiça.

O céu se rejubile e exulte a terra,
aplauda o mar com o que vive em suas águas;
os campos com seus frutos rejubilem
e exultem as florestas e as matas.

Na presença do Senhor, pois ele vem,
porque vem para julgar a terra inteira.
Governará o mundo todo com justiça,
e os povos julgará com lealdade.

Evangelho - Lucas 21,5-11
Aleluia, aleluia, aleluia.
Permanece fiel até a morte, e a coroa da vida eu te darei! (ap 2,10).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
Naquele tempo, 21 5 como chamassem a atenção de Jesus para a construção do templo feito de belas pedras e recamado de ricos donativos, Jesus disse:
6 “Dias virão em que destas coisas que vedes não ficará pedra sobre pedra: tudo será destruído”. 7 Então o interrogaram: “Mestre, quando acontecerá isso? E que sinal haverá para saber-se que isso se vai cumprir?” 8 Jesus respondeu: “Vede que não sejais enganados. Muitos virão em meu nome, dizendo: ‘Sou eu’; e ainda: ‘O tempo está próximo’. Não sigais após eles. 9 Quando ouvirdes falar de guerras e de tumultos, não vos assusteis; porque é necessário que isso aconteça primeiro, mas não virá logo o fim”. 10 Disse-lhes também: “Levantar-se-ão nação contra nação e reino contra reino. 11 Haverá grandes terremotos por várias partes, fomes e pestes, e aparecerão fenômenos espantosos no céu”.
Palavra da Salvação.

Reflexão

Jesus estava observando as pessoas que apreciavam o Templo de Jerusalém. Então Jesus disse que ali não ficaria pedra sobre pedra.

Jesus anuncia a destruição do  Templo de Jerusalém o que realmente aconteceu anos mais arde, no ano 70 dC pelos romanos. Hoje só restam alguns muros, e a outra parte que foi reconstruída.

            Para aquele povo, a destruição do Templo seria a pior coisa que poderia acontecer.  Por que Deus habitava naquele santo lugar.
           E os discípulos mesmo com um ar de incredulidade, perguntaram a Jesus quando essas coisas iriam acontecer, e quais seriam os sinais. Então Jesus alertou os discípulos para que não se deixassem enganar e não seguissem a qualquer voz que se parecesse com a voz dele. Hoje temos muitas vozes que clamam a existência de Deus, que falam em milhares, e pedem muito dinheiro aos seus seguidores.
           Caríssimas e caríssimos. Não andemos por caminhos diferentes do Evangelho, não seguimos a vozes que se pareçam com a voz de Jesus, mas sim, sigamos a verdadeira palavra, que nos vem pela voz da Igreja.
            E ao fazer esta profecia a respeito do famoso Templo de Jerusalém, Jesus estava também se referindo ao fim dos tempos e à sua morte de cruz, seguida da ressurreição. Só que ninguém entendeu esta parte, pois todos os que ouviram Jesus, só pensaram na parte material e visível. 
            Prezados irmãos. Não devemos depositar na matéria, o sentido final da nossa vida e a causa primeira  da nossa felicidade. Não nos esqueçamos de que não levaremos nada no nosso caixão. Tudo o que acumulamos ficará para os outros. Assim, nesta vida tudo passa, tudo tem o seu fim, principalmente a nossa vida biológica. O verdadeiro sentido dessa vida está em viver com os olhos voltados para a vida que dura para sempre, nos preparando para merecê-la um dia.
            Na nossa existência terrena, temos de valorizar mais a parte invisível, o mundo espiritual, que é a verdadeira causa da nossa felicidade, principalmente a felicidade futura. Quanto a parte material da nossa vida, ela nunca nos satisfaz, nunca estaremos  verdadeiramente saciados, quanto mais temos mais o queremos, e assim vamos acumulando coisas e dinheiro de modo que não nos sobra tempo para nos dedicar a parte espiritual, a parte mais importante, aquela que nos vai proporcionar  a passagem para a parte verdadeiramente feliz da nossa vida, que é a própria VIDA ETERNA.
Caríssimos. Precisamos valorizar mais os valores definitivos do que os valores transitórios da nossa caminhada terrena. Porque somente os valores definitivos é que vão garantir a nossa plena realização na outra vida. Estejamos pois sempre nos preparando, para não sermos pegos de surpresa.  Pois não sabemos quando acontecerá isto, nem qual vai ser o sinal de que estas coisas estão para acontecer.
Se cuida!



José Salviano

Este mundo vai acabar?

Mundo-Imagem-divulgaçao-internet“Nós, porém, segundo sua promessa, esperamos novos céus e uma nova terra, nos quais habitará a justiça” 2 Pd 3,13

O ensinamento da Igreja diz que não; diz que ele será “transformado”. Haverá “céus novos e da terra nova” (2 Pd 3,13; Ap 21,1). O nosso Catecismo diz que “no fim dos tempos, o Reino de Deus chegará à sua plenitude. Então, os justos reinarão com Cristo para sempre, glorificados em corpo e alma, e o próprio universo material será transformado” (§ 1042; §1060). Então, o universo não vai “sumir”, mas passará por uma renovação que não sabemos como será.
Jesus não fala em fim do mundo como se ele fosse desaparecer; mas fala em “renovação” do mundo:
“Em verdade vos declaro: no dia da renovação do mundo, quando o Filho do Homem estiver sentado no trono da glória, vós, que me haveis seguido, estareis sentados em doze tronos para julgar as doze tribos de Israel” (Mt 19, 28).

O Catecismo reafirma que chegará o tempo da “restauração de todas as coisas, e com o gênero humano também o mundo todo”, que está intimamente ligado ao homem e por meio dele atinge sua finalidade, encontrará sua restauração definitiva em Cristo” (cf. CIC, §1042).
“Também o universo visível está destinado a ser transformado, “a fim de que o próprio mundo, restaurado em seu primeiro estado, esteja, sem mais nenhum obstáculo, a serviço dos justos” (Santo Irineu, Adv. Haer. 5,32,1), participando de sua glorificação em Cristo ressuscitado (§ 1047).
Sabemos que o pecado do homem feriu também a criação material que saiu ilesa das mãos de Deus. São Paulo diz que ela sofre por causa do pecado. “Quanto ao cosmos – diz o Catecismo – a Revelação afirma a profunda comunidade de destino do mundo material e do homem: pois sabemos que a criação inteira geme e sofre as dores de parto até o presente (Rm 8,19-23)” (CIC, § 1046).
Não era para a terra produzir espinhos e abrolhos, e nem o homem deveria tirar dela o pão de cada dia com o suor do seu rosto. Isso é fruto do pecado; mas Deus restituirá à Criação o seu estado original. Como será isso?
Não sabemos, não temos capacidade intelectual para compreender tão grande e misteriosa transformação; por isso não adiantaria nada Deus nos revelar mais do que revelou.

Esta renovação do mundo, que há de transformar a humanidade e renovar o mundo, e que a Sagrada Escritura a chama de “céus novos e terra nova” para nós é misteriosa (2Pd 3,13), supera nosso entendimento.
“Ignoramos o tempo da consumação da terra e da humanidade e desconhecemos a maneira de transformação do universo. Passa certamente a figura deste mundo deformada pelo pecado, mas aprendemos que Deus prepara uma nova morada e nova terra. Nela reinará a justiça, e sua felicidade irá satisfazer e superar todos os desejos de paz que sobem aos corações dos homens” (CIC, §1048).




Prof. Felipe Aquino