terça-feira, 30 de junho de 2020

Liturgia Diária - – As tempestades que nos abalam.


  Vida Reluz - Acalma minha tempestade - YouTube
1a Leitura - Amós 3,1-8;4,11-12
Leitura da profecia de Amós.

3 1 Ouvi, israelitas, o oráculo que o Senhor pronunciou contra vós, contra todo o povo, disse ele, que tirei do Egito.
2 Dentre todas as raças da terra só a vós conheço; por isso vos castigarei por todas as vossas iniqüidades.
3 Porventura caminharão juntos dois homens, se não tiverem chegado previamente a um acordo?
4 Rugirá por acaso o leão na floresta, sem que tenha achado alguma presa? Gritará o leãozinho no covil, se não tiver apanhado alguma coisa?
5 Cairá o pardal no laço posto no solo, se a armadilha não estiver armada? Levantar-se-á da terra o laço sem ter apanhado alguma coisa?
6 Tocará o alarme na cidade sem que o povo se assuste? Virá uma calamidade sobre uma cidade sem que o Senhor a tenha disposto?
7 (Porque o Senhor Javé nada faz sem revelar seu segredo aos profetas, seus servos.)
8 O leão ruge, quem não temerá? O Senhor Javé fala: quem não profetizará?
11 Causei no meio de vós uma confusão semelhante ao cataclismo divino de Sodoma e de Gomorra; ficastes como um tição que se tira do fogo, mas não vos voltastes para mim - oráculo do Senhor.
12 Por isso, Israel, eis o que te infligirei; e porque te farei isso, prepara-te, Israel, para sair ao encontro de teu Deus!
Palavra do Senhor.

Salmo - 5

Na vossa justiça guiai-me, Senhor!

Não sois um Deus a quem agrade a iniqüidade,
não pode o mau morar convosco;
nem os ímpios poderão permanecer
perante os vossos olhos.

Detestais o que pratica a iniqüidade
e destruís o mentiroso.
Ó Senhor, abominais o sanguinário,
o perverso e enganador.

Eu, porém, por vossa graça generosa,
posso entrar em vossa casa.
E, voltado reverente ao vosso templo,
com respeito vos adoro.

Evangelho - Mateus 8,23-27
Aleluia, aleluia, aleluia.
No Senhor ponho a minha esperança, espero em sua palavra (Sl 129,5).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
8 23 Jesus subiu a uma barca com seus discípulos.
24 De repente, desencadeou-se sobre o mar uma tempestade tão grande, que as ondas cobriam a barca. Ele, no entanto, dormia.
25 Os discípulos achegaram-se a ele e o acordaram, dizendo: “Senhor, salva-nos, nós perecemos!”
26 E Jesus perguntou: “Por que este medo, gente de pouca fé?” Então, levantando-se, deu ordens aos ventos e ao mar, e fez-se uma grande calmaria.
27 Admirados, diziam: “Quem é este homem a quem até os ventos e o mar obedecem?”
Palavra da Salvação.

Reflexão 

Confiar em que Jesus está sempre perto de nós é uma grande garantia para que possamos enfrentar as tempestades que nos abalam.  Por isso, o Evangelho da tempestade acalmada nos leva a refletir sobre o grau de confiança que temos na presença de Jesus na barca da nossa vida. A nossa fé é o termômetro, portanto, o que está à nossa vista, o que conseguimos tocar não é para nós  sinal de fé. Para viver a fé precisamos ir mais além, mesmo que nada comprovemos nem vejamos, nem sintamos.  

Não conseguimos ver Jesus literalmente, mas sabemos que Ele está muito perto de nós e age na nossa vida. Mesmo que às vezes venhamos a nos angustiar, necessitamos ter consciência de que Ele está conosco, aparentemente, “dormindo”, mas tem conhecimento de tudo o que se passa conosco.  Quando damos lugar a Jesus na barca que nos abriga, cedemos também a Ele autoridade para intervir e agir em nós em todos os momentos.     É importante que também saibamos clamar com confiança, pois Ele espera de nós a expressão do nosso desejo, o nosso apelo e a nossa súplica: “Senhor, salva-nos, pois estamos perecendo!”  O nosso clamor é um sinal de humildade e reconhecimento da nossa incapacidade, por isso é esta a oração que devemos fazer nos momentos de sufoco.  De uma maneira teológica nós sabemos que a Barca é a Igreja de Jesus que navega no mar do mundo. Como Igreja, nós sabemos que existe um chefe Supremo, aqui representado pelo Santo Padre, o Papa, que, inspirado pelo Espírito Santo não a deixará afundar, mesmo passando pelas dificuldades e perseguições do mar revolto do mundo. – Você costuma pedir socorro a Jesus na hora das tempestades, ou você apela mais para o socorro dos homens? – Já aconteceu de você também achar que Jesus está “dormindo” e não o (a) escuta? – O que você considera como tempestade na vida? – Você reconhece a autoridade do Santo Padre, o Papa Francisco?


Helena Serpa

A devoção ao Imaculado Coração de Maria.

marys-symbol13ihNo sábado seguinte à sexta feira da festa do Sagrado Coração de Jesus, a Igreja celebra a festa do Imaculado Coração de Maria.

Jesus e Maria nunca se separaram. Disse o Papa João Paulo II que Maria foi a que mais cooperou com a Redenção. Ela gerou o Verbo humanado e aos pés da Cruz o oferecia em sacrifício pela nossa salvação. Os dois corações estão entrelaçados.
Nas aparições de Nossa Senhora, tanto em Fátima como na França a santa Catarina Labourè, ela mostra seu coração cheio de compaixão pela humanidade. À Irmã Lucia, em Fátima ela falou, por exemplo da devoção dos CINCO PRIMEIROS SÁBADOS, no dia 10 de dezembro de 1925:
“Olha, minha filha, o meu coração cercado de espinhos que os homens ingratos a todos os momentos me cravam com blasfêmias e ingratidões. Tu, ao menos, procura consolar-me e diz que prometo assistir na hora da morte, com todas as graças necessárias para a salvação, a todos os que, no primeiro sábado de cinco meses seguidos, se confessarem, receberem a Sagrada Comunhão, rezarem um terço e me fizerem companhia durante quinze minutos, meditando nos 15 mistérios do Rosário, com o fim de me desagravar”.

Nossa Senhora mostrou o seu coração rodeado de espinhos, que significam os nossos pecados. Pediu que fizéssemos atos de desagravo para tirá-los, com devoção reparadora dos cinco primeiros sábados. Em recompensa prometeu-nos “todas as graças necessárias para a salvação”.
São cinco os primeiros sábados, segundo revelou Jesus, por serem “cinco as espécies de ofensas e blasfêmias proferidas contra o Imaculado Coração de Maria”.
1. As blasfêmias contra a Imaculada Conceição;
2. Contra a sua Virgindade;
3. Contra a Maternidade Divina recusando ao mesmo tempo recebê-la como Mãe dos homens;
4. Os que procuram infundir nos corações das crianças a indiferença, o desprezo e até o ódio contra esta Imaculada Mãe;
5. Os que A ultrajam diretamente nas suas sagradas imagens.

Em 27 de novembro de 1830, na Capela das Filhas da Caridade de S. Vicente de Paulo, em Paris, a Santíssima Virgem, se manifestou à humilde noviça Catarina Labouré. A Virgem apareceu sobre um globo, pisando uma serpente e segurando nas mãos um globo menor, oferecendo-o a Deus, num gesto de súplica. E disse:
“Este globo representa o mundo inteiro… e cada pessoa em particular”. De repente, o globo desapareceu e suas mãos se estenderam suavemente, derramando sobre o globo brilhantes raios de luz. Formou-se assim um quadro oval, rodeado pelas palavras: “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos à Vós”. Virou-se então o quadro, aparecendo no reverso, um “M” encimado por uma Cruz e, em baixo, os corações de Jesus e de Maria. E a Santíssima Virgem lhe pede: “Faça cunhar uma medalha, conforme este modelo”. E promete: “as pessoas que a trouxerem, com fé e confiança, receberão graças especiais”.
E assim foi cunhada, em Paris, esta medalha, que logo se espalhou pelo mundo inteiro, derramando graças tão numerosas e extraordinárias que o povo, espontaneamente, passou a chamá-la: “A Medalha Milagrosa”.
Por tudo isso, e muito mais, a Igreja celebra a solene Festa do Sagrado Coração de Maria no dia seguinte à Festa do Sagrado Coração de Jesus. São dias de muitas graças e salvação.


Prof. Felipe Aquino

O Amor do Coração Jesus.


Tríduo e Festa em Honra ao Sagrado Coração de Jesus - Paróquia São ...
28Vinde a mim todos vós que estais cansados e fatigados sob o peso dos vossos fardos, e eu vos darei descanso. 29Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração, e vós encontrareis descanso. 30Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve. (Mateus, 11, 28-30 )

Deus nos ama e precisa de nós para espalhar o Seu amor por onde andarmos!
Jesus Cristo veio ao mundo para nos revelar este Amor que é o jugo da Sua Misericórdia, da Sua Bondade e da Sua Justiça!

Foi para isso que Jesus Cristo se entregou morrendo numa Cruz e vertendo o Seu Sangue! Tudo por Amor!
Amor que se manifesta no nosso coração pelo Espírito Santo que recebemos no nosso Batismo e nos deu uma nova vida.

“O amor de Deus foi derramado no nosso coração pelo Espírito Santo que nos foi dado” (Rom 5,5) e isto nós provamos e comprovamos nos momentos em que mais confiamos na Sua Misericórdia.
Todos nós que estamos cansados de carregar o peso do nosso pecado, das nossas dores, das nossas dificuldades, necessitamos urgentemente nos voltar para o Coração de Jesus que é Poderoso no Amor.
Aprendendo a doutrina de Jesus nós podemos nos tornar mansos e humildes de coração para encontrar descanso, consolo, paz e alegria.
Aquele que verteu sangue e água do Seu lado direito nos lava, purifica e nos liberta da opressão do inimigo que teima em nos afastar da casa de Deus.

A casa de Deus são os Seus mandamentos onde o Amor é a primeira regra.
Nestes tempos difíceis aprendamos com Jesus a suportar a Cruz e entreguemos a Ele as nossas súplicas:

“Coração de Jesus, fonte de Misericórdia para nós, eu confio em Vós! 
 

Helena Colares Serpa

segunda-feira, 29 de junho de 2020

Liturgia Diária - "Segue-me..."

 Liturgia Diária 01/JUL/13 | Liturgia Diária da Palavra de Deus
1a Leitura - Amós 2,6-10.13-16
Leitura da profecia de Amós.

2 6 Oráculo do Senhor: “Por causa do triplo e do quádruplo crime de Israel, não mudarei meu decreto. Porque vendem o justo por dinheiro, e o pobre por um par de sandálias,
7 porque esmagam no pó da terra a cabeça do pobre, e transviam os pequenos, porque o filho e o pai dormem com a mesma jovem, o que é uma profanação do meu santo nome, 8 porque se estendem ao pé de cada altar sobre vestes recebidas em penhor, e bebem no templo do seu Deus o vinho dos que foram multados. 9 E, todavia, fui eu que exterminei diante deles os amorreus, cuja estatura se igualava à dos cedros, e que eram fortes como os carvalhos; destruí seus frutos de cima e suas riquezas de baixo; 10 fui eu que vos tirei do Egito e vos conduzi, através do deserto, durante quarenta anos, para vos dar a posse da terra dos amorreus; 13 Pois bem! Eis que eu vos vou fazer ranger como um carro carregado de feno. 14 Não haverá mais fuga possível para o homem ágil, o forte não encontrará mais sua força, o valente não salvará sua vida, 15 o arqueiro não poderá resistir, nem o homem de pés ligeiros poderá escapar, nem o cavaleiro salvará sua vida, 16 e o mais corajoso entre os valentes fugirá nu, naquele dia” - oráculo do Senhor.
Palavra do Senhor.

Salmo - 49/50

Entendei isto, todos vós que esqueceis o Senhor Deus!

“Como ousas repetir os meus preceitos
e trazer minha aliança em tua boca?
tu que odiaste minhas leis e meus conselhos
e deste as costas às palavras dos meus lábios!

Quando vias um ladrão, tu o seguias
e te juntavas ao convívio dos adúlteros.
Tua boca se abriu para a maldade
e tua língua maquinava a falsidade.

Assentado, difamavas teu irmão
e ao filho de tua mãe injuriavas.
Diante disso que fizeste, eu calarei?
Acaso pensar que eu sou igual a ti?
É disso que te acuso e repreendo
e manifesto essas coisas aos teus olhos.

Entendei isto, todos vós que esqueceis Deus,
para que eu não arrebate a vossa vida
sem que haja mais ninguém para salvar-vos!
Que me oferece um sacrifício de louvor,
este, sim, é que me honra de verdade.
A todo homem que procede retamente
eu mostrarei a salvação que vem de Deus”.

Evangelho - Mateus 8,18-22
Aleluia, aleluia, aleluia.

Oxalá ouvísseis hoje a sua voz: Não fecheis os corações como em Meriba! (Sl 94,8).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
8 18 Certo dia, vendo-se no meio de grande multidão, ordenou Jesus que o levassem para a outra margem do lago.
19 Nisto aproximou-se dele um escriba e lhe disse: “Mestre, seguir-te-ei para onde quer que fores”. 20 Respondeu Jesus: “As raposas têm suas tocas e as aves do céu, seus ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde repousar a cabeça”. 21 Outra vez um dos seus discípulos lhe disse: “Senhor, deixa-me ir primeiro enterrar meu pai”. 22 Jesus, porém, lhe respondeu: “Segue-me e deixa que os mortos enterrem seus mortos”.
Palavra da Salvação.

 Reflexão

A palavra de Deus, que chega até a nós através do evangelho de hoje, deixa-nos uma mensagem muito clara: para seguir Jesus, é preciso estar disposto a enfrentar desafios.
O seguimento a Jesus, é exigente, implica em mudança radical no nosso modo de viver, exige de nós, muito mais do que boa vontade, exige compromisso, fidelidade, desapego, disposição de ir mais além...
Jesus  é o caminho a verdade e a vida, nossa opção por Ele, tem que ser radical, do contrário, ficamos às margens do caminho, como meros expectados dos acontecimentos, um cristão pela metade, aquele  que escolheu a parte mais fácil da fé, que ficou só no louvor, sem comprometimento com a causa de Jesus...
Jesus usa várias formas para nos chamar ao seguimento a Ele,  é importante não deixarmos  que o seu chamado fique sem resposta. Devemos estar sempre atentos com os nossos sentidos bem apurados para não confundirmos o chamado de Jesus, com o chamado do mundo, Jesus nos chama para a vida, o mundo nos chama para a morte.
 Seguir Jesus, é optar pela vida, é estar sempre buscando algo novo, é sair das margens e avançar para águas mais profundas no desejo de atrair mais pessoas para o seguimento a Ele!  
Nossa vida não nos foi dada para ser guardada, e nem para ser vivida com reservas, Deus quer que todos nós vivamos intensamente, foi para nos encher de vida, que Ele nos enviou  seu Filho!
Jesus veio dar um novo sentido ao nosso existir, Ele nos convida a entrarmos no seu barco, pena, que muitos de nós, não atendemos ao seu chamado, nos justificando atrás das mais variadas desculpas: "Não vou dar conta, vou terminar meus estudos primeiro, vou esperar meus filhos crescerem, depois que eu me aposentar..." E assim, muitos, vão arrumando mil desculpas para fugir ao compromisso assumido com Jesus no nosso Batismo.
Jesus não desiste de nós, a todo instante, somos chamados a segui-lo, Ele não nos ilude com facilidades, mas nos garante uma grande recompensa: a vida eterna como herança.
 

Olivia Coutinho

São Pedro e São Paulo.

A solenidade de São Pedro e de São Paulo é uma das mais antigas da Igreja, sendo anterior até mesmo à comemoração do Natal. Já no século IV havia a tradição de, neste dia, celebrar três missas: a primeira na basílica de São Pedro, no Vaticano; a segunda na basílica de São Paulo Fora dos Muros e a terceira nas catacumbas de São Sebastião, onde as relíquias dos apóstolos ficaram escondidas para fugir da profanação nos tempos difíceis. E mais: depois da Virgem Santíssima e de São João Batista, Pedro e Paulo são os santos que têm mais datas comemorativas no ano litúrgico.

Além do tradicional 29 de junho, há: 25 de janeiro, quando celebramos a conversão de São Paulo; 22 de fevereiro, quando temos a festa da cátedra de São Pedro; e 18 de novembro, reservado à dedicação das basílicas de São Pedro e São Paulo.
Antigamente, julgava-se que o martírio dos dois apóstolos tinha ocorrido no mesmo dia e ano e que seria a data que hoje comemoramos. Porém o martírio de ambos deve ter ocorrido em ocasiões diferentes, com São Pedro crucificado de cabeça para baixo, na colina Vaticana, e São Paulo decapitado nas chamadas Três Fontes. Mas não há certeza quanto ao dia, nem quanto ao ano desses martírios. A morte de Pedro poderia ter ocorrido em 64, ano em que milhares de cristãos foram sacrificados após o incêndio de Roma, enquanto a de Paulo, no ano 67. Mas com certeza o martírio deles aconteceu em Roma, durante a perseguição de Nero.

Há outras raízes ainda envolvendo a data. A festa seria a cristianização de um culto pagão a Remo e Rômulo, os mitológicos fundadores pagãos de Roma. São Pedro e São Paulo não fundaram a cidade, mas são considerados os “Pais de Roma”. Embora não tenham sido os primeiros a pregar na capital do império, com seu sangue “fundaram” a Roma cristã. Os dois são considerados os pilares que sustentam a Igreja tanto por sua fé e pregação como pelo ardor e zelo missionários, sendo glorificados com a coroa do martírio, no final, como testemunhas do Mestre.

São Pedro é o apóstolo que Jesus Cristo escolheu e investiu da dignidade de ser o primeiro papa da Igreja. A ele Jesus disse: “Tu és Pedro e sobre esta pedra fundarei a minha Igreja”. São Pedro é o pastor do rebanho santo, é na sua pessoa e nos seus sucessores que temos o sinal visível da unidade e da comunhão na fé e na caridade. São Paulo, que foi arrebatado para o colégio apostólico de Jesus Cristo na estrada de Damasco, como o instrumento eleito para levar o seu nome diante dos povos, é o maior missionário de todos os tempos, o advogado dos pagãos, o “Apóstolo dos Gentios”. São Pedro e São Paulo, juntos, fizeram ressoar a mensagem do Evangelho no mundo inteiro e o farão para todo o sempre, porque assim quer o Mestre.

Outros Santos do mesmo dia: São Cássio, Santas Salomé e Judite e Santa Ema.


Prof; Felipe Aquino

domingo, 28 de junho de 2020

13º Domingo do Tempo Comum - Solenidade dos Apóstolos Pedro e Paulo.


 
1a Leitura - Atos 12,1-11

Leitura dos Atos dos Apóstolos 12,1-11
12 1 Por aquele mesmo tempo, o rei Herodes mandou prender alguns membros da Igreja para os maltratar.
2 Assim foi que matou à espada Tiago, irmão de João.
3 Vendo que isto agradava aos judeus, mandou prender Pedro. Eram então os dias dos pães sem fermento.
4 Mandou prendê-lo e lançou-o no cárcere, entregando-o à guarda de quatro grupos, de quatro soldados cada um, com a intenção de apresentá-lo ao povo depois da Páscoa.
5 Pedro estava assim encerrado na prisão, mas a Igreja orava sem cessar por ele a Deus.
6 Ora, quando Herodes estava para o apresentar, naquela mesma noite dormia Pedro entre dois soldados, ligado com duas cadeias. Os guardas, à porta, vigiavam o cárcere.
7 De repente, apresentou-se um anjo do Senhor, e uma luz brilhou no recinto. Tocando no lado de Pedro, o anjo despertou-o: “Levanta-te depressa”, disse ele. Caíram-lhe as cadeias das mãos.
8 O anjo ordenou: “Cinge-te e calça as tuas sandálias”. Ele assim o fez. O anjo acrescentou: “Cobre-te com a tua capa e segue-me”.
9 Pedro saiu e seguiu-o, sem saber se era real o que se fazia por meio do anjo. Julgava estar sonhando.
10 Passaram o primeiro e o segundo postos da guarda. Chegaram ao portão de ferro, que dá para a cidade, o qual se lhes abriu por si mesmo. Saíram e tomaram juntos uma rua. Em seguida, de súbito, o anjo desapareceu.
11 Então Pedro tornou a si e disse: “Agora vejo que o Senhor mandou verdadeiramente o seu anjo e me livrou da mão de Herodes e de tudo o que esperava o povo dos judeus”.
Palavra do Senhor.

Salmo - 33/34

De todos os temores me livrou o Senhor Deus.
 
Bendirei o Senhor Deus em todo tempo,
seu louvor estará sempre em minha boca.
Minha alma se gloria no Senhor;
que ouçam os humildes e se alegrem!
 

Comigo engrandecei ao Senhor Deus,
exaltemos todos juntos o seu nome!
Todas as vezes que o busquei, ele me ouviu
e de todos os temores me livrou.

 
Contemplai a sua face e alegrai-vos,
e vosso rosto não se cubra de vergonha!
Este infeliz gritou a Deus e foi ouvido,
e o Senhor o libertou de toda angústia.
 

O anjo do Senhor vem acampar
ao redor dos que o temem e os salva.
Provai e vede quão suave é o Senhor!
Feliz o homem que tem nele o seu refúgio!

2a Leitura - 2 Timóteo 4,6-8.17-18
Leitura da segunda carta de são Paulo a Timóteo.

4 6 Quanto a mim, estou a ponto de ser imolado e o instante da minha libertação se aproxima. 7 Combati o bom combate, terminei a minha carreira, guardei a fé. 8 Resta-me agora receber a coroa da justiça, que o Senhor, justo Juiz, me dará naquele dia, e não somente a mim, mas a todos aqueles que aguardam com amor a sua aparição. 17 Contudo, o Senhor me assistiu e me deu forças, para que, por meu intermédio, a boa mensagem fosse plenamente anunciada e chegasse aos ouvidos de todos os pagãos. E fui salvo das fauces do leão. 18 O Senhor me salvará de todo mal e me preservará para o seu Reino celestial. A ele a glória por toda a eternidade!
Palavra do Senhor.

Evangelho - Mateus 16,13-19
Aleluia, aleluia, aleluia.

Tu és Pedro e sobre esta pedra eu irei construir a minha igreja; e as portas do inferno não irão derrotá-la (MT 16,18)

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.

Naquele tempo, 16 13 chegando ao território de Cesaréia de Filipe, Jesus perguntou a seus discípulos: “No dizer do povo, quem é o Filho do Homem?” 14 Responderam: “Uns dizem que é João Batista; outros, Elias; outros, Jeremias ou um dos profetas”. 15 Disse-lhes Jesus: “E vós quem dizeis que eu sou?” 16 Simão Pedro respondeu: “Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo!” 17 Jesus então lhe disse: “Feliz és, Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que te revelou isto, mas meu Pai que está nos céus. 18 E eu te declaro: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela. 19 Eu te darei as chaves do Reino dos céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus”.
Palavra da Salvação.

 Reflexão

Hoje a Igreja celebra São Pedro e São Paulo Apóstolos. Pedro foi o primeiro chefe da Igreja, o primeiro Papa. Por isso, hoje é também o dia do Papa.  Lembremo-nos, portanto de rezar constantemente, pelo nosso Papa Francisco. 

Comemoramos São Pedro junto com São Paulo, porque esses dois apóstolos foram as duas colunas da Igreja. Paulo foi quem pregou o evangelho pelo mundo que era conhecido naquela época. O trabalho incansável de Paulo tornou universal a nossa Igreja Católica apostólica Romana.

Católica quer dizer universal, é Apostólica por ter continuidade através dos apóstolos e, é Romana, pelo fato do Bispo de Roma, o Santo Padre, ser o chefe da Igreja. A festa de São Pedro e São Paulo encerra o período junino, tão cheio de alegrias, de folclore e tradição.

No Evangelho de hoje, Jesus pergunta aos seus discípulos: “quem dizem que eu sou?” ‘Para uns, és João Batista, para outros, Elias, Jeremias ou algum dos profetas’. Essa foi a resposta que obteve. É assim que o povo via Jesus. Muito pouco para uma multidão que já havia presenciado tantos milagres e recebido tantas graças.

Por isso, Jesus lança uma pergunta direta aos seus discípulos: “E vocês, quem dizem que eu sou?” Pedro não pensa duas vezes, toma a palavra e, em nome de todos os presentes responde com convicção: ‘Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo!’ Com poucas palavras Pedro deixou transparecer toda sua fé.

Essa mesma pergunta Jesus dirige a cada um de nós, seus discípulos: Quem sou eu para você? Boa pergunta: Quem é Jesus para nós? Dois mil anos se passaram e muitos ainda vêm Jesus somente como um grande profeta. É visto como um grande homem, o maior que já apareceu na face da terra, e nada mais.

Como naquele tempo, ainda hoje, milhares e milhares de pessoas aguardam a vinda de um Messias conquistador, revestido de poder e glória humana. Um Messias vingador e totalmente diferente do Filho de Deus vivo.

Precisamos apresentar ao mundo o verdadeiro Messias, o Cristo Redentor, o Libertador. Muitos ainda não conhecem o Cristo Amor, o Messias Misericordioso que deu sua vida para salvar a humanidade.

O Cristo Ressuscitado está aí e espera muito de cada um de nós. Jesus precisa ser conhecido e amado. Unidos ao Santo Padre, o legítimo sucessor de Pedro, vamos levar esta mensagem ao mundo. Essa é a nossa missão.

“Feliz és tu Simão porque isso foi revelado a você por meu Pai... por isso te digo que és Pedro e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno jamais poderá vencê-la”. Esse foi o elogio que Pedro recebeu de Jesus. Em compensação, recebeu também a grande responsabilidade de unir e apascentar todo o rebanho que forma a Igreja.

Certamente nada poderá destruir a Igreja de Cristo. Uma Igreja unida, forte, construída sobre a rocha, alicerçada em Pedro e em seus sucessores. A boa notícia de hoje é esta: nós somos a Igreja de cristo! Unidos ao Santo Padre, com a coragem de Paulo e com a fé de Pedro, nós somos invencíveis.
 
 
jorge.lorente@miliciadaimaculada.org.br

Solenidade de São Pedro e São Paulo.




A solenidade de São Pedro e de São Paulo é uma das mais antigas da Igreja, sendo anterior até mesmo à comemoração do Natal. Depois da Virgem Santíssima e de São João Batista, Pedro e Paulo são os Santos que têm mais datas comemorativas no ano litúrgico. Além do tradicional 29 de junho, há: 25 de janeiro, quando celebramos a Conversão de São Paulo; 22 de fevereiro, temos a festa da Cátedra de São Pedro e 18 de novembro, reservado à Dedicação das Basílicas de São Pedro e São Paulo.
O martírio de ambos deve ter ocorrido em ocasiões diferentes: São Pedro, crucificado de cabeça para baixo na Colina Vaticana em 64, e São Paulo decapitado na chamada Três Fontes em 67. Mas não há certeza quanto ao ano desses martírios.
São Pedro e São Paulo não fundaram Roma, mas são considerados os “pais de Roma” e considerados os pilares que sustentam a Igreja tanto por sua fé e pregação, como pelo ardor e zelo missionário.
São Pedro é o apóstolo que Jesus Cristo escolheu e investiu da dignidade de ser o primeiro Papa da Igreja. A ele Jesus disse: “Tu és Pedro e sobre esta pedra fundarei a minha Igreja”. São Paulo é o maior missionário de todos os tempos, o advogado dos pagãos, o “Apóstolo dos gentios”.
No Brasil, em homenagem a São Pedro, fogueiras são acesas, mastros são erguidos com a sua bandeira, fogos são queimados. São Pedro é caracterizado como protetor dos pescadores. A brincadeira do pau-de-sebo está em várias regiões, estando diretamente relacionada com a festividade deste santo.


REFLEXÃO
Pedro, segurando as chaves, símbolo de seu apostolado como chefe da Igreja, e Paulo, missionário por excelência, são as duas colunas da Igreja, enraizadas no grande fundamento da fé, que é Jesus Cristo. Celebrar a festa destes apóstolos nos permite vislumbrar a aproximação do Reino de Deus, que nasce de nosso envolvimento com a causa do evangelho.
ORAÇÃO
Príncipes dos apóstolos e doutores do Universo, São Pedro e São Paulo, rogai ao Mestre de todas as coisas que dê a paz ao mundo e às nossas almas a sua grande misericórdia. Fazei de nós seguidores fiéis de Jesus e inspirai-nos o zelo missionário. Amém!


Fonte: Portal A12

7 chaves para entender por que São Pedro e São Paulo são celebrados juntos.

Hoje, a Igreja celebra a Solenidade de São Pedro e São Paulo, entretanto, há algumas dúvidas sobre as verdadeiras razões do motivo de a festa de ambos os apóstolos ser celebrada no mesmo dia.
A seguir, 7 chaves que permitem entender isso:

1. Santo Agostinho de Hipona expressou que eram “um só”
Em um sermão do ano 395, o Doutor da Igreja, Santo Agostinho de Hipona, expressou que São Pedro e São Paulo, “na realidade, eram como um só. Embora tenham sido martirizados em dias diferentes, deram o mesmo testemunho. Pedro foi à frente; Paulo o seguiu. Celebramos o dia festivo consagrado para nós pelo sangue dos apóstolos. Amemos a fé, a vida, os trabalhos, os sofrimentos, os testemunhos e as pregações destes dois apóstolos”.
2. Ambos padeceram em Roma

Foram detidos na prisão Mamertina, também chamada Tullianum, localizada no foro romano na Roma Antiga. Além disso, foram martirizados nessa mesma cidade, possivelmente por ordem do imperador Nero.
São Pedro passou seus últimos anos em Roma liderando a Igreja durante a perseguição e até o seu martírio no ano 64. Foi crucificado de cabeça para baixo, a pedido próprio, por não se considerar digno de morrer como seu Senhor. Foi enterrado na colina do Vaticano e a Basílica de São Pedro está construída sobre seu túmulo.
São Paulo foi preso e levado a Roma, onde foi decapitado no ano 67. Está enterrado em Roma, na Basílica de São Paulo Extramuros.

3. São fundadores da Igreja de Roma
Na homilia de 2012 na Solenidade de São Pedro e São Paulo, o Papa Bento XVI assegurou que “a sua ligação como irmãos na fé adquiriu um significado particular em Roma. De fato, a comunidade cristã desta Cidade viu neles uma espécie de antítese dos mitológicos Rómulo e Remo, o par de irmãos a quem se atribui a fundação de Roma”.

4. São padroeiros de Roma e representantes do Evangelho
Na mesma homilia, o Santo Padre chamou esses dois apóstolos de “padroeiros principais da Igreja de Roma”.
“Desde sempre a tradição cristã tem considerado São Pedro e São Paulo inseparáveis: na verdade, juntos, representam todo o Evangelho de Cristo”, detalhou.

5. São a versão contrária de Caim e Abel
O Santo Padre também apresentou um paralelismo oposto com a irmandade apresentada no Antigo Testamento entre Caim e Abel.
“Enquanto nestes vemos o efeito do pecado pelo qual Caim mata Abel, Pedro e Paulo, apesar de ser humanamente bastante diferentes e não obstante os conflitos que não faltaram no seu mútuo relacionamento, realizaram um modo novo e autenticamente evangélico de ser irmãos, tornado possível precisamente pela graça do Evangelho de Cristo que neles operava”, relatou o Santo Padre Bento XVI.

6. Porque Pedro é a “rocha”
Esta celebração recorda que São Pedro foi escolhido por Cristo – “tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja” – e humildemente aceitou a missão de ser “a rocha” da Igreja e apascentar o rebanho de Deus, apesar de suas fragilidades humanas.
Os Atos dos Apóstolos ilustram seu papel como líder da Igreja depois da Ressurreição e Ascenção de Cristo. Pedro dirigiu os apóstolos como o primeiro Papa e assegurou que os discípulos mantivessem a verdadeira fé.
Como explicou em sua homilia o Sumo Pontífice Bento XVI, “na passagem do Evangelho de São Mateus (…), Pedro faz a sua confissão de fé em Jesus, reconhecendo-O como Messias e Filho de Deus; fá-lo também em nome dos outros apóstolos. Em resposta, o Senhor revela-lhe a missão que pretende confiar-lhe, ou seja, a de ser a ‘pedra’, a ‘rocha’, o fundamento visível sobre o qual está construído todo o edifício espiritual da Igreja”.

7. São Paulo também é coluna do edifício espiritual da Igreja
São Paulo foi o apóstolo dos gentios. Antes de sua conversão, era chamado Saulo, mas depois de seu encontro com Cristo e conversão, continuou seguindo para Damasco, onde foi batizado e recuperou a visão. Adotou o nome de Paulo e passou o resto de sua vida pregando o Evangelho sem descanso às nações do mundo mediterrâneo.

“A iconografia tradicional apresenta São Paulo com a espada, e sabemos que esta representa o instrumento do seu martírio. Mas, repassando os escritos do Apóstolo dos Gentios, descobrimos que a imagem da espada se refere a toda a sua missão de evangelizador. Por exemplo, quando já sentia aproximar-se a morte, escreve a Timóteo: ‘Combati o bom combate’ (2Tm 4,7); aqui não se trata seguramente do combate de um comandante, mas daquele de um arauto da Palavra de Deus, fiel a Cristo e à sua Igreja, por quem se consumou totalmente. Por isso mesmo, o Senhor lhe deu a coroa de glória e colocou-o, juntamente com Pedro, como coluna no edifício espiritual da Igreja”, expressou Bento XVI em sua homilia.

Fonte: https://www.acidigital.com/noticias/7-chaves-para-entender-por-que-sao-pedro-e-sao-paulo-sao-celebrados-juntos-71142