segunda-feira, 30 de setembro de 2019

Liturgia Diária – A salvação de Jesus é universal.

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1a Leitura - Zacarias 8,1-8
Leitura da profecia de Zacarias.
8 1 A palavra do Senhor foi-me de novo dirigida nestes termos: "Eis o que diz o Senhor dos exércitos:
2 consumo-me de ardente amor por Sião; estou animado em favor dela de uma violenta cólera.
3 Assim fala o Senhor: eis que volto a Sião, venho residir em Jerusalém. Jerusalém chamar-se-á a cidade-fidelidade, e a montanha de Sião, a montanha-santidade.
4 Eis o que diz o Senhor dos exércitos: ver-se-ão ainda velhos e velhas sentados nas praças de Jerusalém, tendo cada um na mão o seu bastão.
5 As praças da cidade regorgitarão de meninos e meninas que brincarão nas suas praças. 6 Eis o que diz o Senhor dos exércitos: se isso parecer um milagre aos olhos dos sobreviventes desse povo, naqueles dias, acaso será impossível aos meus olhos? - oráculo do Senhor dos exércitos.
7 Eis o que diz o Senhor dos exércitos: vou libertar o meu povo, tirá-lo das terras do Levante e do Poente
8 e conduzi-lo a Jerusalém, onde habitará; será o meu povo e eu serei o seu Deus na fidelidade e na justiça".
Palavra do Senhor.

Salmo - 101/102
O Senhor edificou Jerusalém
e apareceu na sua glória!
 
As nações respeitarão o vosso nome,
e os reis de toda a terra, a vossa glória;
quando o Senhor reconstruir Jerusalém
e aparecer com gloriosa majestade,
ele ouvirá a oração dos oprimidos
e não desprezará a sua prece.
 
Para as futuras gerações se escreva isto,
e um povo novo a ser criado louve a Deus.
Ele inclinou-se de seu templo nas alturas,
e o Senhor olhou a terra do alto céu,
para os gemidos dos cativos escutar
e da morte libertar os condenados.
 
Assim também a geração dos vossos servos
terá casa e viverá em segurança,
e ante vós se firmará sua descendência.
Para que cantem o seu nome em Sião
e louve ao Senhor Jerusalém
quando os povos e as nações se reunirem
e todos os impérios o servirem.

Evangelho - Lucas 9,46-50
Aleluia, aleluia, aleluia.
Veio o filho do homem, a fim de servir dar sua vida em resgate por muitos (Mc 10,45).
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
Naqueles tempo, 9 46 veio-lhes então o pensamento de qual deles seria o maior.
47 Penetrando Jesus nos pensamentos de seus corações, tomou um menino, colocou-o junto de si e disse-lhes:
48 "Todo o que recebe este menino em meu nome, a mim é que recebe; e quem recebe a mim, recebe aquele que me enviou; pois quem dentre vós for o menor, esse será grande".
49 João tomou a palavra e disse: "Mestre, vimos um homem que expelia demônios em teu nome, e nós lho proibimos, porque não é dos nossos".
50 Mas Jesus lhe disse: "Não lho proibais; porque, o que não é contra vós, é a vosso favor". Palavra da Salvação.

Reflexão

Sempre com muita simplicidade e firmeza Jesus tirava as dúvidas dos seus discípulos, lhes esclarecendo que o pensamento do mundo não é igual ao que pensa Deus. Por isso, precisamos modificar a ideia que o mundo nos ensina a respeito do poder e da autoridade a fim de que possamos compreender o messianismo de Jesus. Neste Evangelho Jesus nos esclarece que no reino dos céus, tem poder aquele (a) que presta serviço por amor. Enquanto nós estivermos buscando o poder que domina e reprime, não poderemos construir o reino de Deus aqui na terra. 
No reino de Deus é grande, quem com humildade, se dispõe a imitar Jesus que veio ao mundo para entregar-se e servir por amor. Portanto, para tornarmo-nos grandes temos que nos fazer pequenos e humildes, dependentes do poder amoroso de Deus. Por isso, é que precisamos nos tornar como crianças, pois elas não se envergonham de reconhecer a sua incapacidade e limitação e se põem completamente abandonadas com confiança nos braços do pai ou da mãe, porque sabem que com eles terão amparo e segurança.   Todos os que estão prestando serviço no anúncio do Evangelho de Jesus, têm importância no reino dos céus, mesmo que não façam parte de um mesmo círculo e de uma mesma religião, pois a salvação de Jesus é universal.  - Você é uma pessoa dependente de Deus ou autossuficiente? - O que você entende de “ser como criança”? - Você sabe ceder para outra pessoa algo que, por direito, seria seu, somente para agradar a Deus? -  Você acha que todos têm condição de falar em Nome de Jesus?
Helena Serpa

São Jerônimo.


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O século IV depois de Cristo, que teve o seu momento culminante no ano de 380 com o edito do Imperador Teodósio no qual se estabelecia que a fé cristã devia ser adotada por todas as populações do império, está repleto de grande figuras de santos: Atanásio, Hilário, Ambrósio, João Crisóstomo, Basílio e Jerônimo, dálmata, nascido entre 340 e 350 na cidadezinha de Strido. 
Romano de formação, São Jerônimo é um espírito enciclopédico. Sua obra literária nos revela a cada instante o filósofo, o retórico, o gramático, o dialético, capaz de escrever e pensar em latim, em grego, em hebraico, escritor de estilo rico, puro e robusto ao mesmo tempo. A ele devemos a tradução em latim do Antigo e Novo Testamento, que se tornou, com o título de Vulgata, a Bíblia oficial do cristianismo. 

Jerônimo é uma personalidade fortíssima: em toda parte por onde vai suscita entusiasmos ou polêmicas. Em Roma ataca os vícios e hipocrisias e preconiza também novas formas de vida religiosa, atraindo para elas algumas influentes damas patrícias (de Roma), que o seguiram depois na vida eremítica de Belém. A fuga da sociedade deste exilado voluntário era um gesto ditado por um sincero desejo de paz interior, não sempre duradouro, uma vez que, para não ser esquecido, reaparecia, de vez em quando com algum novo livro. Os “rugidos deste leão do deserto” eram ouvidos tanto no Ocidente como no Oriente. Suas violências verbais não perdoavam ninguém. Teve palavras duras para com Ambrósio, com Basílio e com o próprio Agostinho, que teve de engolir amargos bocados. Isso é confirmado pela correspondência entre os dois grandes doutores da Igreja, chegada a nós quase inteira. 

Mas sabia aliviar as intemperanças do seu caráter quando ao polemista prevalecia o diretor espiritual. Toda vez que terminava um livro ia fazer uma visita às monjas que dirigia na vida ascética num mosteiro não distante do seu. Ele as escutava, respondendo às suas perguntas. Estas mulheres inteligentes e vivas foram como um filtro às suas explosões menos oportunas e ele as recompensava com o sustento e o alimento de uma cultura espiritual bíblica. 

Este homem extraordinário estava consciente de suas próprias culpas e de seus limites (batia-se no peito com pedras por causa dos seus pecados), mas estava consciente também dos seus merecimentos. No livro Homens Ilustres, onde apresenta um perfil biográfico dos homens ilustres, conclui com um capítulo dedicado a ele mesmo. Morreu aos 72 anos, em 420, em Belém.

Outros Santos do mesmo dia: Santo Gregório o Iluminador, Santo Honório de Cantuaria, Santo Simão de Crépy, Santo Amato de Nusco, Santo Antonio Placenza, Santa Greca, Beato João Nicolau Cordier.



Prof. Felipe Aquino

domingo, 29 de setembro de 2019

26º Domingo do Tempo comum - Ignorar o pobre é ignorar o próprio Jesus.

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1a Leitura - Amós 6,1.4-7
Leitura da profecia de Amós.
6 1Ai daqueles que vivem comodamente em Sião, e daqueles que vivem tranqüilos no monte da Samaria; ai dos nobres do primeiro dos povos, aos quais acorre a casa de Israel. 4Deitados em leitos de marfim, estendidos em sofás, comem os cordeiros do rebanho e os novilhos do estábulo.
5Deliram ao som da harpa, e, como Davi, inventam para si instrumentos de música; 6bebem o vinho em grandes copos, perfumam-se com óleos preciosos, sem se compadecerem da ruína de José. 7Por isso serão deportados à frente dos cativos, e terão fim os banquetes dos voluptuosos.
Palavra do Senhor.

Salmo - 145/146
Bendize, minha alma, e louva ao Senhor!

O Senhor é fiel para sempre,
faz justiça aos que são oprimidos;
ele dá alimento aos famintos,
é o Senhor quem liberta os cativos.

O Senhor abre os olhos aos cegos,
o Senhor faz erguer-se o caído;
o Senhor ama aquele que é justo.
É o Senhor quem protege o estrangeiro.

ele ampara a viúva e o órgão,
mas confunde os caminhos dos maus.
O Senhor reinará para sempre!
Ó Sião, o teu Deus reinará
para sempre e por todos os séculos!

2a Leitura - 1 Timóteo 6,11-16
Leitura da primeira carta de são Paulo a Timóteo.
6 11 Mas tu, ó homem de Deus, foge desses vícios e procura com todo empenho a piedade, a fé, a caridade, a paciência, a mansidão.
12 Combate o bom combate da fé. Conquista a vida eterna, para a qual foste chamado e fizeste aquela nobre profissão de fé perante muitas testemunhas. 13 Em presença de Deus, que dá a vida a todas as coisas, e de Cristo Jesus, que ante Pôncio Pilatos abertamente testemunhou a verdade, 14 recomendo-te que guardes o mandamento sem mácula, irrepreensível, até a aparição de nosso Senhor Jesus Cristo, 15 a qual a seu tempo será realizada pelo bem-aventurado e único Soberano, Rei dos reis e Senhor dos senhores, 16 o único que possui a imortalidade e habita em luz inacessível, a quem nenhum homem viu, nem pode ver. A ele, honra e poder eterno! Amém.
Palavra do Senhor.

Evangelho - Lucas 16,19-31
Aleluia, aleluia, aleluia.
Jesus Cristo, sendo rico, se fez pobre por amor; para que sua pobreza nos, assim, enriquecesse (2Cor 8,9).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
Naquele tempo, 16 19disse Jesus: "Havia um homem rico que se vestia de púrpura e linho finíssimo, e que todos os dias se banqueteava e se regalava.

20Havia também um mendigo, por nome Lázaro, todo coberto de chagas, que estava deitado à porta do rico. 21Ele avidamente desejava matar a fome com as migalhas que caíam da mesa do rico. Até os cães iam lamber-lhe as chagas. 22Ora, aconteceu morrer o mendigo e ser levado pelos anjos ao seio de Abraão. Morreu também o rico e foi sepultado. 23E estando ele nos tormentos do inferno, levantou os olhos e viu, ao longe, Abraão e Lázaro no seu seio. 24Gritou, então: 'Pai Abraão, compadece-te de mim e manda Lázaro que molhe em água a ponta de seu dedo, a fim de me refrescar a língua, pois sou cruelmente atormentado nestas chamas'. 25Abraão, porém, replicou: 'Filho, lembra-te de que recebeste teus bens em vida, mas Lázaro, males; por isso ele agora aqui é consolado, mas tu estás em tormento. 26Além de tudo, há entre nós e vós um grande abismo, de maneira que, os que querem passar daqui para vós, não o podem, nem os de lá passar para cá'. 27O rico disse: 'Rogo-te então, pai, que mandes Lázaro à casa de meu pai, pois tenho cinco irmãos, 28para lhes testemunhar, que não aconteça virem também eles parar neste lugar de tormentos'. 29Abraão respondeu: 'Eles lá têm Moisés e os profetas; ouçam-nos!' 30O rico replicou: 'Não, pai Abraão; mas se for a eles algum dos mortos, arrepender-se-ão'. 31Abraão respondeu-lhe: 'Se não ouvirem a Moisés e aos profetas, tampouco se deixarão convencer, ainda que ressuscite algum dos mortos'.
Palavra da Salvação.

Reflexão

O Evangelho que a liturgia deste Domingo, nos convida a refletir, vem nos falar de uma realidade, que nós, como  seguidores de Jesus, não podemos conformar: a injustiça social. Como cristãos verdadeiros, comprometidos com o evangelho, não podemos fechar os olhos diante a esta triste realidade que aí está: irmãos nossos, vivendo às margens da sociedade, sobrevivendo das migalhas que caem da mesa daqueles, que tomam para si, o quê, de direto, também pertence a eles.  
A desigualdade  social, uns com tanto, outros sem nada, fere o coração de Jesus como aquela lança, que pelas as mãos de um soldado, perfurou o seu lado.  
 
Através de uma parábola, Jesus nos alerta, sobre a importância de cuidarmos dos pobres como que dizendo:   são os pobres, os amigos de Deus, que abrirão as portas do céu para nós!
 Na  história, Jesus não cita o nome do rico, somente o nome do pobre, que chamava Lázaro, o que reafirma a sua predileção pelos os pobres, estes, Jesus os conhece pelo nome. O rico, não chegou a maltratar Lázaro diretamente, o seu pecado, foi ignorá-lo, foi por causa sua indiferença a um pobre, que ele perdeu a oportunidade de alcançar, através da caridade, a vida eterna.
É importante compreendermos: Deus não é contra os ricos,  o que Ele condena, é  o mal uso da riqueza, o enriquecimento ilícito às custas do empobrecimento do outro. A condenação do rico da parábola, não foi pelo  fato  dele ser rico e sim, pelo o bem que ele deixou de fazer a um pobre.
 
Podemos comparar o rico desta história, com aqueles que detêm o poder e com muitos de nós, que dizemos seguidores de Jesus, mas ignoramos os seus prediletos, que são os pobres.
O Lázaro representa o povo ignorado, sofrido e oprimido e  como existe Lázaros espalhados pelo mundo afora!
Outra coisa que deve chamar a nossa atenção nesta parábola, é que Lázaro, mesmo sendo pobre, sobrevivendo das migalhas que caía da mesa do rico, não reclamava da vida, o que vem nos dizer, que ele tinha total confiança na promessa de Deus, promessa esta, que se cumpriu, com o seu acolhimento no céu! 
O texto, deixa claro, que é impossível transpor o abismo que separa o inferno do paraíso. A ponte que nos liga ao céu, deve ser construída aqui na terra, no aqui e no agora, através de nossos gestos concretos de amor ao próximo, depois da nossa passagem, não há como construí-la.

Não esperemos que o pobre venha até nós, para que possamos ajudá-lo, a exemplo de Jesus, vamos até ele, certifiquemos de suas necessidades, conheçamos a sua história, demonstremos interesse por ele, e não esqueçamos: a fome do pobre, nem sempre é só de pão, é também fome de amor...
Precisamos aprender a olhar o irmão, com o olhar de Jesus, um olhar que não apenas constate as suas necessidades, mas que nos leve a ajudá-lo.
Como filhos e filhas do mesmo Pai, irmãos em Cristo, formamos uma só família, portanto, somos corresponsáveis pela vida do nosso irmão, se o seu problema, chegou até a nós, não podemos transferi-lo para outros.
É bom tomarmos consciência, de que no nosso julgamento final, seremos muito mais cobrados pelo o bem que deixamos de fazer, do que pelo o que fizemos de errado.
O que vai nos salvar, não é as nossas orações bonitas, o símbolos religiosos que carregamos, e sim, o nosso amor a Deus transformado em serviço, o amor vivido na prática da caridade.
No rosto desfigurado do pobre, está estampado o semblante de Jesus, ignorá-lo, é ignorar o próprio Jesus.
 

Olívia Coutinho

sábado, 28 de setembro de 2019

Liturgia Diária - O Filho do homem será entregue.


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1a Leitura - Zacarias 2,5-9.14-15
Leitura da profecia de Zacarias.
2 5 Levantando os olhos, olhei e vi um homem que tinha na mão um cordel de agrimensor.
6 Perguntei-lhe: "Aonde vais?" "A Jerusalém", respondeu ele, para ver qual é a sua largura e o seu comprimento.
7 O anjo porta-voz conservava-se imóvel, quando veio ao seu encontro outro anjo que lhe disse:
8 "Corre! Fala a este jovem. Dize-lhe: Jerusalém vai ficar sem muros, por causa da multidão de homens e de animais que haverá no meio dela.
9 Eu mesmo - oráculo do Senhor - serei para ela um muro de fogo que a cercará; serei no meio dela a sua glória.
14 Solta gritos de alegria, regozija-te, filha de Sião. Eis que venho residir no meio de ti - oráculo do Senhor.
15 Naquele dia se achegarão muitas nações ao Senhor, e se tornarão o meu povo: habitarei no meio de ti, e saberás que fui enviado a ti pelo Senhor dos exércitos".
Palavra do Senhor.

Salmo - Jr 31
O Senhor nos guardará qual pastor a seu rebanho.

Ouvi, nações, a palavra do Senhor
 e anunciai-a nas ilhas mais distantes:
“Quem dispersou Israel vai congregá-lo
e o guardará qual pastor a seu rebanho!”

Pois, na verdade, o Senhor remiu Jacó
e o libertou do poder prepotente.
Voltarão para o monte de Sião,
entre brados e cantos de alegria
afluirão para as bênçãos do Senhor.

Então a virgem dançará alegremente,
também o jovem e o velho exultarão;
mudarei em alegria o seu luto,
serei consolo e conforto após a guerra.

Evangelho - Lucas 9,43-45
Aleluia, aleluia, aleluia.
Jesus Cristo salvador destruiu o mal e a morte; fez brilhar pelo Evangelho a luz e a vida imperecíveis (2Tm 1,10).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
Naquele tempo, 9 43 todos ficaram pasmados ante a grandeza de Deus. Como todos se admirassem de tudo o que Jesus fazia, disse ele a seus discípulos:
44 "Gravai nos vossos corações estas palavras: O Filho do Homem há de ser entregue às mãos dos homens!"
45 Eles, porém, não entendiam esta palavra e era-lhes obscura, de modo que não alcançaram o seu sentido; e tinham medo de lhe perguntar a este respeito.
Palavra da Salvação.

Reflexão

Diante de tanta gente que procurava Jesus por causa das coisas que Ele fazia e das palavras que saíam de sua boca, Ele adverte aos seus discípulos que não ficassem com os olhos e as mentes na admiração e não se deixassem levar pela correnteza do povo que a Ele fluía.
Aquele que o povo procura ver, o homem que faz milagres, que alimenta o povo como que por “mágica” e não o Filho do Homem, o Filho do dono de tudo quanto existe, mas que para salvar os homens seus irmãos, deveria morrer numa cruz.
Cristo insiste em anunciar a Sua Paixão e Morte. Primeiro veladamente à multidão, e depois com mais clareza aos discípulos no Evangelho de hoje. Estes, porém, não entendem as Suas palavras, não porque não sejam claras, mas pela falta das disposições adequadas, pela falta de fé.

Talvez você também fique chocado: como é possível o Filho do dono da vida morrer? Se isso tiver de acontecer contigo é sinal de que ainda não chegou para ti o entendimento pleno do mistério do sofrimento, o significado da cruz. E então deves escutar o comentário de São João Crisóstomo: “Ninguém se escandalize ao contemplar uns Apóstolos tão imperfeitos, porque ainda não tinha chegado a Cruz nem tinha sido dado o Espírito Santo.”
Os discípulos tinham uma admiração e carinho extraordinários por Jesus. Percebendo isso, Jesus avisou-os: O Filho do Homem será entregue aos homens. Para nós, que sabemos o que Jesus passou da Quinta-feira Santa até a Crucificação, essa frase de Jesus é muito clara, mas o que tem de mais interessante no Evangelho de hoje é fazer o exercício de se colocar no lugar dos discípulos, e tentar entender o que se passava em seus corações e mentes.

O Evangelho de Lucas diz que os discípulos não alcançaram o sentido, e tinham medo de perguntá-lo a respeito. Eles não alcançaram o sentido porque não se passava em suas cabeças que Jesus poderia ser entregue à morte! E tinham medo de perguntá-lo porque sabiam que não iriam gostar do que iriam ouvir.
Os discípulos admitiram a fragilidade de não fazerem perguntas a Jesus sobre esse assunto porque tinham medo. Será que nós também não temos medo de saber sobre algum assunto desagradável?
Se os discípulos tivessem perguntado a Jesus sobre o que Ele estava falando, certamente poderiam ter se preparado melhor para os acontecimentos… Se o exame tivesse sido analisado a tempo, uma vida poderia ter sido salva… Se o assunto delicado tivesse sido conversado com calma, talvez muitos aborrecimentos pudessem ter sido evitados…

É preciso que o Filho do Homem seja entregue nas mãos dos homens para que nós tenhamos a vida e vida em plenitude. E quem no-lo confirma é o próprio Jesus: se o grão de trigo caído na terra não morre, permanece só. Mas se morre dá muito fruto. Permita que te diga meu irmão, a vida autêntica vai ser entregue nas mãos dos homens, para que os homens a possuam. Pois, na lógica humana, só é vivo quem tem a vida e para nós a termos é necessário que alguém a conceda. E então se justifica a entrega da vida de Jesus aos homens. No Evangelho segundo João 10,10 Jesus diz: eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância. Como a teríamos em plenitude se Ele não morresse na cruz?

Senhor, dá-me a graça de entender que a vida autêntica de fé e de missão é entrega e doação plena como vós mesmos fizestes. Que eu seja um dom, uma doação para os meus irmãos e irmãs. O mistério da Cruz, que não é outro senão o mistério Pascal da salvação do mundo em Cristo morto e ressuscitado domina toda a vida de Jesus. Para os discípulos de todos os tempos, ele será sempre uma realidade misteriosa, difícil de ser acreditada. No entanto, é nele que se revela todo o mistério de Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador.


Pe Bantu

Olhe para as montanhas e eleve sua alma.

IMG_5299“Uma alma que se eleva, eleva o mundo inteiro.” Beata Elisabeth Leseur
O que podemos aprender com as montanhas?
Primeiro, de um ponto de vista científico, devemos entender que existe diferença entre montes, montanhas, serras, cordilheiras… Cada qual com suas características; são umas das mais belas criações de Deus, e ajudam a formar o nosso mundo geográfico, geologicamente falando. As denominações mais antigas indicavam as montanhas como conjuntos de montes, que, por sua vez, seriam elevações consideráveis do terreno. No entanto, hoje não iremos nos ater em definições, mas em que nos representam visualmente.
Você já parou para admirar a beleza das montanhas? Nós que moramos no Vale do Paraíba-SP, temos o grande privilégio de estarmos cercados de montanhas, entre a serra do Mar e a serra da Mantiqueira. Ambas são maravilhosas. Mas para entender o que elas realmente querem nos dizer é preciso admirá-las com os olhos do coração, é preciso elevar a alma!
Que beleza poder olhar para essas elevações de pedra e terra, sempre tão altas, firmes, cheias de cores e de vida… Lembram-nos que é necessário “olhar para o alto”, que temos de deixar de olhar para nós mesmos para estar com Deus e ouvir Sua voz.
Em toda nossa história, os montes ou as montanhas, tiveram um papel interessante. Veja bem:
Em Gênesis, depois do grande dilúvio, em que Deus arrasou a terra, quando talvez Noé estivesse perdendo a esperança de refazer a vida… enquanto ainda estavam na arca, envoltos por água de todos os lados, qual foi o primeiro sinal de terra que viram? Os cumes das montanhas! Leia Gênesis 8,5.
Depois, foi num monte (Sinai) que Moisés recebeu de Deus os Dez mandamentos.

Foi num monte (Tabor) que Jesus se transfigurou diante de Pedro, Tiago e João e lhes mostrou um raio da Sua divindade; foi num monte, às margens do mar da Galileia, que Jesus fez o grande Sermão da Montanha; era nos montes que Ele se recolhia para rezar, estar na intimidade com o Pai. Foi num monte que multiplicou os pães. Foi num monte (das Oliveiras), que Ele suou sangue na Sua agonia mortal, quando aceitou a vontade do Pai e se preparou para declarar Seu amor por mim e por você… Enfim, foi num monte, no alto do Calvário, que Jesus deu sua vida e derramou seu sangue por nós! Ali ele “matou” a nossa morte eterna com a Sua morte e abriu para a humanidade um Mar de Misericórdia. E foi do monte das Oliveiras que Ele subiu aos Céus.

Sim, Deus nos fala nas alturas; e as alturas falam de Deus. Por isso, os monges gostam de colocar seus mosteiros nas alturas, bem acima das misérias do mundo.
O salmista canta com alegria o poder de Deus revelado no rosto das montanhas:
“Nas Suas mãos estão as profundezas da Terra,e os cumes das montanhas lhe pertencem” (Sl 94,4).
Olhando para essas belas montanhas da Mantiqueira, notamos um detalhe interessante. Nos seus picos foram formadas duas imagens, que o nosso povo chama de “homem deitado” e “focinho de cão”; um ao lado do outro. Parece até que Deus quis desenhar na pedra bruta do monte o rosto humano, criado à sua imagem e semelhança, para nos mostrar a sua grandeza, e o amor que tem por cada homem. Ao lado, um cão, o animal que mais lhe é fiel.
São Domingos de Gusmão quis que os seus dominicanos assim se chamassem, porque os queria como “Domini canis” (= cães do Senhor). Que seus filhos fossem fiéis a Deus como o cão é fiel a seu dono. Quem sabe olhar para a pedra fria da montanha é capaz de ver nela uma mensagem de Deus. Se até na pedra da montanha Deus pode esculpir um rosto animal e um rosto humano, é preciso deixar que Ele possa esculpir em nossa alma o Seu Rosto divino. São Paulo disse que “Deus nos predestinou para sermos conforme a imagem do Seu Filho” (Rm 8,29).
Certamente se passaram séculos para o rosto humano ser moldado na pedra da montanha rígida; da mesma forma Ele usa toda a nossa vida para que Seu Rosto seja moldado em nosso coração.

Prof. Felipe Aquino

sexta-feira, 27 de setembro de 2019

Liturgia Diária – Revelação do Espírito Santo.

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1a Leitura - Ageu 1,15-2,9
Leitura da profecia de Ageu.
1 15aos vinte e quatro dias do sexto mês.
21No segundo ano do reinado de Dario, no vigésimo primeiro dia do sétimo mês, a palavra do Senhor fez-se ouvir por intermédio do profeta Ageu nestes termos:
2"Fala ao governador de Judá, Zorobabel, filho de Salatiel, ao sumo sacerdote Josué, filho de Josedec, e ao resto do povo. 3Haverá alguém entre vós que tenha visto esta casa em seu primeiro esplendor? E em que estado a vedes agora! Tal como está, não parece ela insignificante aos vossos olhos? 4Todavia, ó Zorobabel, tem ânimo, diz o Senhor. Coragem, Josué, filho de Josedec, sumo sacerdote! Coragem todos vós, habitantes da terra, diz o Senhor. Mãos à obra! Eu estou convosco - oráculo do Senhor dos exércitos. 5Segundo o pacto que fiz convosco quando saístes do Egito, meu espírito habitará convosco. Não temais. 6Porque isto diz o Senhor dos exércitos: Ainda um pouco de tempo, e abalarei céu e terra, mares e continentes; 7sacudirei todas as nações, afluirão riquezas de todos os povos e encherei de minha glória esta casa, diz o Senhor dos exércitos. 8A prata e o ouro me pertencem - oráculo do Senhor dos exércitos. 9O esplendor desta casa sobrepujará o da primeira - oráculo do Senhor dos exércitos".
Palavra do Senhor.

Salmo - 42/43
Espera em Deus! Louvarei novamente o meu Deus salvador!

Fazei justiça, meu Deus, e defendei-me
contra a gente impiedosa;
do homem perverso e mentiroso
libertai-me, ó Senhor!

Sois vós o meu Deus e meu refúgio:
por que me afastais?
Pó que ando tão triste e abatido
pela opressão do inimigo?

Enviai vossa luz, vossa verdade:
elas serão o meu guia;
que me levem ao vosso monte santo,
até a vossa morada!

Então irei aos altares do Senhor,
Deus da minha alegria.
Vosso louvor cantarei ao som da harpa,
meu Senhor e meu Deus!

Evangelho - Lucas 9,18-22
Aleluia, aleluia, aleluia.
Veio o filho do homem, a fim de servir e dar sua vida em resgate por muitos (Mc 10,45).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
9 18Num dia em que ele estava a orar a sós com os discípulos, perguntou-lhes: "Quem dizem que eu sou?"
19Responderam-lhe: "Uns dizem que és João Batista; outros, Elias; outros pensam que ressuscitou algum dos antigos profetas". 20Perguntou-lhes, então: "E vós, quem dizeis que eu sou?" Pedro respondeu: "O Cristo de Deus". 21Ordenou-lhes energicamente que não o dissessem a ninguém. 22Ele acrescentou: "É necessário que o Filho do Homem padeça muitas coisas, seja rejeitado pelos anciãos, pelos príncipes dos sacerdotes e pelos escribas. É necessário que seja levado à morte e que ressuscite ao terceiro dia".
Palavra da Salvação.

Reflexão 
 
Aos poucos Jesus ia revelando aos Seus discípulos os mistérios que envolviam o Seu Projeto de Salvação e os arguia para que tivessem consciência da Sua missão junto deles.
Por isso, quando se dirigiu a eles e lhes perguntou o que “os outros” diziam Dele, era apenas um pretexto para que tivessem pleno conhecimento da Sua identidade como Salvador da humanidade e aprendessem a expor a sua opinião de uma forma consciente e concreta. Jesus tinha uma missão específica e queria prepará-los para quando chegasse a hora. A opinião dos Seus discípulos sobre Ele era muito importante, pois contava com eles para que o Seu Ministério continuasse. Por isso, a resposta de Pedro foi providencial. Jesus percebeu nela a ação do Espírito Santo e sabia que o Pai lhe revelara a verdade. Por isso, continuou confidenciando-lhes o que iria acontecer com Ele.  Na medida em que caminhamos com Jesus Ele também nos atrai para um lugar à parte e nos confidencia os planos do Pai para a nossa vida. Nos nossos momentos de oração e comunhão com o Senhor, o Espírito Santo também nos revela a vontade do Pai para nós e sonda o nosso coração para as coisas que precisamos entender.  Hoje, também, Jesus quer de nós o conhecimento aprofundado da Sua pessoa, para que, como Pedro, tenhamos a convicção no Espírito Santo e possamos também afirmar: “Tu és o Cristo de Deus!”  Assim sendo, teremos a esperança e a confiança plena de que, depois do sofrimento e, mesmo da morte, nós também, como Ele, seremos ressuscitados. -   Você tem ficado sozinho (a) com Jesus?   -  O que Ele tem lhe revelado nesses momentos? Você já pode afirmar com convicção que Jesus é o Cristo de Deus, e é o Senhor da sua vida?


Helena Serpa 

Gotas de esperança.


tercoos Não desanime diante de sua dor. Receba algumas gotas de esperança…




Alguém entre vós está triste? Reze! Está alegre? Cante. Está alguém enfermo? Chame os sacerdotes da Igreja, e estes façam oração sobre ele, urgindo-o com óleo em nome do Senhor. 
A oração da fé salvará o enfermo e o Senhor o restabelecerá. Se ele cometeu pecados, ser-lhe-ão perdoados. Confessai os vossos pecados uns aos outros, e orai uns pelos outros para serdes curados. A oração do justo tem grande eficácia. Elias era um homem pobre como nós e orou com fervor para que não chovesse sobre a terra, e por três anos e seis meses não choveu. Orou de novo, e o céu deu chuva, e a terra deu o seu fruto. Meus irmãos, se alguém fizer voltar ao bom caminho algum de vós que se afastou para longe da verdade, saiba: aquele que fizer um pecador retroceder do seu erro, salvará sua alma da morte e fará desaparecer uma multidão de pecados – Tg 5, 13-20.
Falas, respondeu-lhe ele, como uma insensata. Aceitamos a felicidade da mão de Deus: não devemos também aceitar a infelicidade? Em tudo isso, Jó não pecou por palavras – Jó 2, 10.

Caiu a chuva, vieram as enchente, sopraram os ventos e investiram contra aquela casa; ela, porém, não caiu, porque estava edificada na rocha – Mt 7, 25.
Ninguém há no mundo sem nenhuma tribulação ou angústia, quer seja rei quer Papa. Quem é que vive mais feliz? Aquele, de certo, que sabe sofrer alguma coisa por Deus – Tomás de Kempis, A Imitação de Cristo, I, 22 I.
Como amava a Vontade de Deus aquela doente que atendi espiritualmente! Via na doença, longa, penosa e múltipla (não tinha nada sadio), a bênção e as predileções de Jesus; e, embora afirmasse na sua humildade que merecia castigo, a terrível dor que sentia em todo o seu organismo não era um castigo, era uma misericórdia. – falamos da morte. E do Céu. E do que havia de dizer a Jesus e a Nossa Senhora… E de como ali “trabalharia” mais do que aqui… Queria morrer quando Deus quisesse…, mas – exclamava, cheia de felicidade -, que bom se fosse hoje mesmo! Contemplava a morte com a alegria de quem sabe que, ao morrer, vai ter com seu Pai – São Josemaria Escrivá, Forja, 1034.

Sem dúvida, são dignos de louvor os desígnios de Deus, que inflige castigos temporais aos seus para preservá-los dos eternos, que afunda para erguer, corta para curar, humilha para exaltar – São Pedro Damião, Cartas, 8, 6.
Viver é enfrentar dificuldades, sentir no coração alegrias e dissabores, e é nesse forja que o homem pode adquirir fortaleza, paciência e magnanimidade, serenidade – São Josemaria Escrivá, Amigos de Deus, 77.
Se alguma contradição sobreviver-te, bendiz o Senhor, que dispõe as coisas da melhor maneira; pensa que a mereceste, que mereceria mais ainda e que és indigno de todo o consolo; poderás pedir com toda a simplicidade ao Senhor que te livres dela, se for da sua vontade; pede-lhe que te dê forças para tirar méritos dessa contrariedade – Giachinno Pecci (Papa Leão XIII), A prática da humildade, 23.

Deus quer provar-vos como o ouro é provado no crisol. O fogo limpa o ouro da sua escória, tornando-o mais autêntico e precioso. O mesmo faz Deus com o servo bom que espera e mantém-se constante no meio da tribulação – São Jerônimo Emiliano, Homília a seus irmãos de religião, 21-VI-1535.
Está é a diferença entre nós e aqueles que não conhecem a Deus: estes queixam-se e murmuram diante da adversidade; para nós, as situações adversas não nos afastam da virtude, mas afiançam-nos nela – São Cipriano, De mortalitate, 13.
Cristão, Cristo está a dormir na tua barca; acorda-o que Ele increpará a tempestade, e far-se-á a calma – Santo Agostinho, Sermão 361.
Se tivéssemos a devida fé, a Santa Missa seria para nós um remédio para todos os males que nos pudessem angustiar durante a nossa vida – São João Maria Vianney, Sermão sobre a Santa Missa.

Desceu dos céus para estar próximo dos atribulados, para estar conosco na tribulação – São Bernardo, Sermão 17.
Com tão bom Amigo presente – Nosso Senhor Jesus Cristo -, com tão bom capitão, que quis ser o primeiro a padecer, pode-se sofrer todas as coisas. Ele ajuda e dá força, nunca falta, é Amigo verdadeiro – Santa Teresa de Jesus, Vida, 22.
Se o nosso primeiro fundamento for uma fé sólida e correta, pela qual cremos ser verdade de tudo o que diz a Escritura […], consideramos a tribulação um belo presente de Deus, um presente que Ele dá especialmente aos seus amigos especiais; alfo cujo contrário é perigoso quando se prolonga por muito tempo; algo que, não fosse enviado por Deus, os homens teriam de impor a si próprios e buscar pela penitência; algo que nos preserva de cometer dos pecados que, sem ele, cometeríamos; algo que nos faz dar menos valor ao mundo; algo que diminui em muito as nossas penas no purgatório; algo que muito aumenta a nossa recompensa no Céu; algo em que todos os Apóstolo O seguiram de perto; algo que o Nosso Salvador exortou todos os homens a buscar; algo sem o qual Ele nos disse que não seríamos seus discípulos; algo sem o qual nenhum homem atinge o Céu.

Todo aquele que refletir sobre essas cosias e guarda-las bem na memória, não murmurará nem resmungará. Pelo contrário: primeiro a sua paciência fará com que dê valor à sua pena, e ele então crescerá em bondade e julgará a si mesmo digno da tribulação. E então julgará que Deus a enviou para o seu bem, e sentir-se-á movido a agradecer a Deus por ela… assim, a sua graça aumentará e Deus lhe dará tal conforto quando ele considerar que Deus está ainda mais próximo de si na tribulação […], de maneira que a sua alegria diminuirá muito a sua dor. E não buscará conforto alhures, mas terá uma especial confiança em Deus e buscará a ajuda d’Ele, submetendo toda a sua vontade ao beneplácito divino. E rezará a Deus no seu coração, e rezará para que os seus amigos rezem a Ele, e especialmente pelos sacerdotes, como recomenda São Tiago. E então irá primeiramente à Confissão, para fazer-se limpo diante de Deus, pronto para partir e alegre de ir-se para Deus […]. se fizermos isso, ouso dizer, não viveremos aqui sequer meia hora menos do que deveríamos, mas esse conforto fará nossos corações mais leves e, logo, a dor da nossa tribulação diminuirá, e aumentarão as chances de recuperarmo-nos e vivermos mais – São Thomas More, Diálogo da fortaleza conta a tribulação, I, 20.
A todo o momento, a Virgem consola o nosso temor, excita a nossa fé, fortalece a nossa esperança, dissipa a nossa desconfiança e anima a nossa pusilanimidade – São Bernardo, Homília na Natividade da Bem-aventurada Virgem Maria, 7.
Não estás só. – Aceita com alegria a tribulação. – Não sentes na tua mão, pobre criança, a mão da tua Mãe: é verdade. – Mas… não tens visto as mães da terra, de braços estendidos, seguirem os seus meninos quando se aventuraram, temerosos, a dar os primeiros passos sem ajuda de ninguém? – Não estás só; Maria está junto de ti. – São Josemaria Escrivá, Caminho, 900.

Retirado do livro: “Orações Diante da Doença”. Ed. Cultor de Livros.