sábado, 30 de junho de 2018

Liturgia Diária - Eu não sou digno


 
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1a Leitura - Lamentações 2,2.10-14.18-19
Leitura do livro das Lamentações.
2 2 O Senhor destruiu sem piedade todas as moradias de Jacó. E em seu furor arruinou as fortificações da filha de Judá. Lançou por terra e conspurcou o reino e seus príncipes.
10 Sentados no chão, taciturnos, jazem os anciãos da filha de Sião. Jogaram poeira sobre os cabelos; vestiram-se com sacos; e as virgens de Jerusalém pendem a fronte para a terra.
11 Ardiam-me os olhos, de tantas lágrimas; fremiam minhas entranhas. Minha bílis se espalhou por terra, ante a ruína da filha de meu povo, quando nas ruas da cidade desfaleciam os meninos e as crianças de peito.
12 “Onde há pão (e onde há vinho)?!”, diziam eles às mães, desfalecendo, quais feridos, nas ruas da cidade, e entregando a alma no regaço materno.
13 Que dizer? A quem te comparar, filha de Jerusalém? Quem irá salvar-te e consolar-te, ó virgem, filha de Sião? É imensa como o mar tua ruína: quem poderá curar-te?
14 Os teus profetas tinham visões apenas extravagantes e balofas. Não manifestaram tua malícia, o que teria poupado teu exílio. Os oráculos que te davam eram apenas mentiras e enganos.
18 Seu coração clama ao Senhor. Ó muralha da filha de Sião, transborda dia e noite a torrente de tuas lágrimas! Não te dês descanso, e teus olhos não cessem de chorar!
19 Levanta-te à noite; grita ao início de cada vigília; que se derrame teu coração ante a face do Senhor. Ergue para ele as mãos, pela vida de teus filhos que caem de inanição, em todos os cantos das ruas.
Palavra do Senhor.


Salmo - 73/74
Não esqueçais até o fim
a humilhação dos vossos pobres.

Ó Senhor, por que razão nos rejeitais para sempre
e vos irais contra as ovelhas do rebanho que guiais?
Recordai-vos deste povo que outrora adquiristes,
desta tribo que remistes para ser a vossa herança
e do monte de Sião que escolhestes por morada!

Dirigi-vos até lá para ver quanta ruína:
no santuário o inimigo destruiu todas as coisas;
e, rugindo como feras, no local das grandes festas,
lá puseram suas bandeiras vossos ímpios inimigos.

Pareciam lenhadores derrubando uma floresta,
ao quebrarem suas portas com martelos e com malhos.
Ó Senhor, puseram fogo mesmo em vosso santuário!
Rebaixaram, profanaram o lugar onde habitais!

Recordai vossa aliança! A medida transbordou,
porque nos antros desta terra só existe violência!
Que não se escondam envergonhados o humilde e o pequeno,
mas glorifiquem vosso nome o infeliz e o indigente!


Evangelho - Mateus 8,5-17
Aleluia, aleluia, aleluia.
Cristo tomou sobre si nossas dores, carregou em seu corpo as nossas fraquezas (Mt 8,17).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
Naquele tempo, 8 5 entrou Jesus em Cafarnaum. Um centurião veio a ele e lhe fez esta súplica:
6 "Senhor, meu servo está em casa, de cama, paralítico, e sofre muito".
7 Disse-lhe Jesus: "Eu irei e o curarei".
8 Respondeu o centurião: "Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha casa. Dizei uma só palavra e meu servo será curado.
9 Pois eu também sou um subordinado e tenho soldados às minhas ordens. Eu digo a um: ‘Vai’, e ele vai; a outro: ‘Vem’, e ele vem; e a meu servo: ‘Faze isto’, e ele o faz".
10 Ouvindo isto, cheio de admiração, disse Jesus aos presentes: "Em verdade vos digo: não encontrei semelhante fé em ninguém de Israel.
11 Por isso, eu vos declaro que multidões virão do Oriente e do Ocidente e se assentarão no Reino dos céus com Abraão, Isaac e Jacó,
12 enquanto os filhos do Reino serão lançados nas trevas exteriores, onde haverá choro e ranger de dentes".
13 Depois, dirigindo-se ao centurião, disse: "Vai, seja-te feito conforme a tua fé". Na mesma hora o servo ficou curado.
14 Foi então Jesus à casa de Pedro, cuja sogra estava de cama, com febre.
15 Tomou-lhe a mão, e a febre a deixou. Ela levantou-se e pôs-se a servi-los.
16 Pela tarde, apresentaram-lhe muitos possessos de demônios. Com uma palavra expulsou ele os espíritos e curou todos os enfermos.
17 Assim se cumpriu a predição do profeta Isaías: "Tomou as nossas enfermidades e sobrecarregou-se dos nossos males".
Palavra da Salvação.
 
 Reflexão
 
Não somos dignos de receber tantas graças de Deus. Muito menos, nunca seremos dignos de receber Jesus Eucarístico.
Porém, pela sua infinita bondade, recebemos diariamente, 24 horas, todas as graças que necessitamos.
Mesmo os criminosos, aqueles que seguiram os caminhos de satanás, continuam respirando. O Pai poderia eliminá-los em apenas um sopro. Mais a Ira de Deus é lenta. Ele continua esperando que respondamos as oportunidades de conversão que diariamente nos disponibiliza.
Aquele pagão tinha muito mais fé do que aqueles que se julgavam os santos, os escolhidos por Deus. Os israelitas. E Jesus ficou admirado.
E assim disse Jesus: Nem em Israel, encontrei tamanha fé!
Aquele homem não se sentiu digno da  presença de Jesus em sua casa. E pediu que Jesus operasse a cura dali mesmo. Pois ele acreditava no seu poder.
Aliás, Jesus nem precisava mesmo ir até a sua casa para efetuar aquela cura. Para Jesus não há  distância. Para Deus nada é impossível!
Somos indignos de receber Jesus Eucarístico. Somos indignos de ter Jesus em nós, na nossa alma.
Porém, Deus em sua infinita bondade, quis vir até nós. Ele quis habitar em nós, e foi por isso que criou, inventou um modo disso acontecer.
Ele tomou o pão, o abençoou, e disse: “Isto é o meu corpo. Tomai e comei todos vós...”
Muitas vezes nós comungamos e nem sequer, pensamos na imensidão desse mistério! Jesus dentro de nós! É muita bondade por parte de Deus Pai! Isso é maravilhoso!
Ter Jesus eucarístico em nós, dentro de nós, é sublime, é divino, é... não tem palavras par expressar tamanha graça! Tamanho milagre!
E quando estiver em mim e Eu em ti, peça o que quiseres e eu vos darei...”  Foram palavras de Jesus. Palavras de salvação. São palavras que nos salvam no momento exato em que mais necessitamos do poder e da graça de Deus!
É naquele momento em que acabamos de receber a Hóstia consagrada, naquele momento em que somos elevados pelo poder de Deus, elevados ao sem encontro, numa experiência com o nosso Salvador. Sim. Ele nos salva do nosso egoísmo, dos nossos sofrimentos, perseguições, doenças, desemprego, fome, exclusões, enfim, do pecado que nos escraviza e nos afasta dele!...
Portanto, aquele é o momento exato, o momento certo, de maior oportunidade para fazermos os nossos pedidos. Pois Jesus nos garantiu: E quando estiver em mim e Eu em ti, peça o que quiseres e eu vos darei...
Senhor eu não sou digno... mas dizei uma só palavra. Para Jesus, basta uma só palavra, e tudo será transformado. Qualquer coisa.
Mas e se nada acontecer? E se o nosso pedido não for atendido?
Foi por que o que pedimos não estava dentro dos planos de Deus, não estava de acordo com a sua vontade, ou não pedimos com fé o suficiente como o fez aquele homem a Jesus.
É preciso ter sempre em mente essas três possibilidades, antes de sair por aí dizendo que Deus não atende os nossos pedidos.
Muitas das coisas que pedimos a Deus não são realmente desnecessárias, ou não tem nenhum cabimento, ou pedimos sem nem mesmo pensar no que estamos pedindo. E isso sem falar que muitos por aí, pedem para testar a Deus, ou o pior, tem gente que pede que Deus prejudique o seu irmão, por inveja, por ciúmes, por vingança, por pura maldade...
Pedindo desse jeito, nunca vamos conseguir nada!
Vamos pedir com fé, vamos pedir coisas que proporcionam a nossa salvação, e a salvação do nosso irmão, coisas que sejam dignas e eficientes para a glória de Deus!
Pedi e recebereis, batei e vos abrirá... 
 
 
 
José Salviano
 

“Eu não preciso de Deus para ser bom”

 
O Catequista

O que podemos pensar dessa e de outras afirmações típicas dos ateus?

Há pessoas que se consideram autossuficientes em sua “bondade”. O venerável Arcebispo Fulton Sheen se referia ironicamente a elas como como the nice people – pessoas legais.
As pessoas legais veem a crença em Deus como necessária somente aos mais fracos, que precisam que uma força divina os obrigue a agir de forma ética e solidária, sob ameaça de punição.
De fato, não é preciso ter uma religião para ser um cidadão correto. “Todos temos um código moral intrínseco. Não preciso dos Dez Mandamentos para saber que não devo matar alguém”, disse o autor agnóstico Dan Brown. Essa declaração está de acordo com o ensinamento de São Paulo:
Os pagãos, que não têm a lei, fazendo naturalmente as coisas que são da lei, embora não tenham a lei, a si mesmos servem de lei; eles mostram que o objeto da lei está gravado nos seus corações, dando-lhes testemunho a sua consciência, bem como os seus raciocínios, com os quais se acusam ou se escusam mutuamente. (Romanos 2, 14-15)
A ideia comum de “boa pessoa” é simplesmente a de alguém que não mata e não rouba, e que, eventualmente, até pratica alguns atos de solidariedade. Isso é bem distante do ideal cristão de “homem novo”: aquele que busca alcançar a santidade. Para sem bom (dentro do critério de bondade meramente mundano), ninguém precisa de religião. Mas para ser santo, só mesmo implorando a graça de Deus.
Essa diferença fica clara no encontro de Cristo com o jovem rico. O jovem não matava, não roubava, respeitava os pais, não mentia. Tudo isso ele já fazia, mesmo antes de ter encontrado o Senhor. Porém, Jesus lhe indicou que, se o seu desejo era ir além e alcançar a perfeição, deveria deixar seus bens e segui-Lo (Mateus 19,16-21).
Cristo e o Evangelho não são métodos de aprimoramento pessoal. Quem vê a religião assim, acaba desanimando e abandonando a prática religiosa, ou então se afunda cada vez mais no moralismo – uma prática devocional que se reduz ao seguimento de regras. Porque, mais cedo ou mais tarde, a pessoa descobre que não precisa de Cristo para ser uma pessoa legal (nice people), com um comportamento considerado ético e até admirável pela sociedade.
O cristianismo não tem por objetivo nos ensinar a ser pessoas legais, mas sim nos mostrar como podemos morrer e nascer de novo, ressurgindo para o mundo como novas criaturas. Por isso, Jesus disse a Nicodemos: “quem não nascer de novo não poderá ver o Reino de Deus” (João 3, 3).
Essa morte que precede o renascimento espiritual, necessariamente, passa pela dor de carregar com amor as nossas cruzes diárias – desde as pequeninas até as grandes cruzes.
“Eu era um bêbado. Vivia drogado. Hoje estou curado, pois encontrei Jesus! Encontrei Jesus!” (Grupo Asa de Águia. Xô Satanás). Os versos desse “clássico” da música axé expressam uma verdade: a religião tem um efeito moralizador, que injeta equilíbrio em vidas que antes estavam perdidas no caos. São muitos os testemunhos de pessoas que viviam no crime, na prostituição ou escravizadas pelas drogas, e que só se libertaram dessas amarras após abraçarem alguma prática religiosa. Obviamente, isso não é ruim, é muito bom. Entretanto, a religião não existe meramente para isso.
Reduzir o papel da religião à tarefa de nos tornar “bons meninos” e “boas meninas” (ou “homens e mulheres de bem”) é equipará-la à prática esportiva, à psicanálise, às ONGs ou à meditação. Porque, assim como muitos largaram as drogas, o crime e a prostituição graças à igreja, outros tantos conseguiram o mesmo efeito por aqueles outros meios.
Jesus Cristo não tomou bofetada na cara e morreu na cruz para fazer o mesmo que um bom terapeuta, um grande amor humano ou uma mãe brava com uma chinela nas mãos poderiam fazer. Ele é Deus! A proposta de Cristo não é nos tornar pessoas melhores: é nos fazer NOVAS CRIATURAS.
Dar-vos-ei um coração novo e em vós porei um espírito novo; tirar-vos-ei do peito o coração de pedra e dar-vos-ei um coração de carne. Dentro de vós meterei meu espírito, fazendo com que obedeçais às minhas leis e sigais e observeis os meus preceitos. (Ezequiel 36 26-27)
A Boa Nova é uma doutrina de regeneração radical, não de mero aprimoramento. É uma proposta de vida para pessoas que se reconhecem como nada sem Deus. Isso fica evidente na parábola do fariseu e do publicano:
Subiram dois homens ao templo para orar. Um era fariseu; o outro, publicano. O fariseu, em pé, orava no seu interior desta forma: Graças te dou, ó Deus, que não sou como os demais homens: ladrões, injustos e adúlteros; nem como o publicano que está ali. Jejuo duas vezes na semana e pago o dízimo de todos os meus lucros. O publicano, porém, mantendo-se à distância, não ousava sequer levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, tem piedade de mim, que sou pecador! Digo-vos: este voltou para casa justificado, e não o outro. Pois todo o que se exaltar será humilhado, e quem se humilhar será exaltado. (Lucas 18, 10-14)
Essa passagem do Evangelho é desconcertante! A pessoa mostrada por Cristo como referência é um exemplo de arrependimento, não um exemplo de moral. Porque somente quem reconhece o seu nada está pronto para reconhecer que precisa ser preenchido pelo tudo de Deus.
Nisso consiste o plano de Deus para a nossa vida: nos transformar em um “outro Cristo”: “Eu vivo, mas já não sou eu; é Cristo que vive em mim” (Gálatas 2, 20).
Quem pratica a religião simplesmente como um meio de se “manter na linha” é o tipo que mais facilmente se desespera e perde a fé quando as coisas vão mal. Quando as doenças, as traições, os problemas financeiros, a morte de alguém amado ou a humilhação batem à porta, a pessoa se revolta, pois não acha justo Deus ter permitido tais sofrimentos abaterem alguém “tão bom” como ele: “Ain, eu não merecia isso!”.
Antes de tudo, Deus não espera de nós um bom comportamento, mas sim ARREPENDIMENTO e FÉ. Sobre essa dupla base, ELE FARÁ A SUA OBRA EM NÓS, Ele transformará nosso coração por meio da ação do Espírito Santo. Por isso São Paulo ensina que seremos salvos pela fé, e não pelas obras, para que ninguém se vanglorie (Efésios 2, 8,9).
Transformados pela graça de Deus, podemos ser cada vez mais capazes de realizar as boas obras, que são o sinal de uma fé verdadeira. Pois Cristo nos criou para as boas ações, que devem ser por nós praticadas (Efésios 2, 10).




(via Catequista)

sexta-feira, 29 de junho de 2018

Liturgia Diária - A cura da nossa lepra

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1a Leitura - 2 Reis 25,1-12
Leitura do segundo livro dos Reis.
25 1 No ano nono de seu reinado, no décimo dia do décimo mês, Nabucodonosor veio com todo o seu exército contra Jerusalém; levantou seu acampamento diante da cidade e fez aterros em redor dela.
2 O cerco da cidade durou até o décimo primeiro ano do reinado de Sedecias.
3 No nono dia do (quarto) mês, como a cidade se visse apertada pela fome e a população não tivesse mais o que comer,
4 fizeram uma brecha na muralha da cidade, e todos os homens de guerra fugiram de noite pelo caminho da porta que está entre os dois muros, junto do jardim do rei. Entretanto, os caldeus cercavam a cidade. Os fugitivos tomaram o caminho da planície do Jordão,
5 mas o exército dos caldeus perseguiu o rei e alcançou-o nas planícies de Jericó. Então as tropas de Sedecias o abandonaram e se dispersaram.
6 O rei foi preso e conduzido a Rebla, diante do rei de Babilônia, o qual pronunciou sentença contra ele.
7 Degolou na presença de Sedecias os seus filhos, furou-lhe os olhos e o levou para Babilônia ligado com duas cadeias de bronze.
8 No sétimo dia do quinto mês, no décimo nono ano do reinado de Nabucodonosor, rei de Babilônia, Nabuzardã, chefe da guarda e servo do rei de Babilônia, entrou em Jerusalém.
9 Incendiou o templo do Senhor, o palácio real e todas as casas da cidade.
10 E as tropas que acompanhavam o chefe da guarda demoliram o muro que cercava Jerusalém.
11 Nabuzardã, chefe da guarda, deportou para Babilônia o que restava da população da cidade, os que já se tinham rendido ao rei de Babilônia e todo o povo que restava.
12 O chefe da guarda só deixou ali alguns pobres como viticultores e agricultores.
Palavra do Senhor.


Salmo - 136/137
Que se prenda a minha língua ao céu da boca
se de ti, Jerusalém, eu me esquecer! 

Junto aos rios da Babilônia
nos sentávamos chorando,
com saudades de Sião.
Nos salgueiros por ali
penduramos nossas harpas.

Pois foi lá que os opressores
nos pediram nossos cânticos;
nossos guardas exigiam
alegria na tristeza:
“Cantai hoje para nós
algum canto de Sião!”

Que se cole a minha língua
e se prenda ao céu da boca
se de ti não me lembrar!
Se não for Jerusalém
minha grande alegria!

Evangelho - Mateus 8, 1-4
Aleluia, aleluia, aleluia. Cristo tomou sobre si nossas dores, carregou em seu corpo as nossas fraquezas (Mt 8,17).
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
8 1 Tendo Jesus descido da montanha, uma grande multidão o seguiu.
2 Eis que um leproso aproximou-se e prostrou-se diante dele, dizendo: “Senhor, se queres, podes curar-me”.
3 Jesus estendeu a mão, tocou-o e disse: “Eu quero, sê curado”. No mesmo instante, a lepra desapareceu.
4 Jesus então lhe disse: “Vê que não o digas a ninguém. Vai, porém, mostrar-te ao sacerdote e oferece o dom prescrito por Moisés em testemunho de tua cura”.
Palavra da Salvação. 
 
Reflexão 
 
Hoje, também, Jesus continua estendendo a mão para nos tocar e curar as nossas impurezas purificando a nossa alma dos males que nos afetam.   Hoje, também, como aquele leproso, nós podemos nos dirigir a ele e pedir que cure a nossa lepra “Senhor, se queres, tu tens poder de me purificar”. Ele está sempre atento às nossas necessidades e, com certeza, conhece todas as nossas carências, tem um plano para realizar na nossa vida e, na hora devida, atenderá às nossas reivindicações. A vontade de Deus para nós é sempre o bem e a felicidade e, com efeito, sempre irá querer para nós tudo o que nos fará felizes. A lepra representa o pecado que nos desarmoniza com Deus, conosco e também com o nosso próximo. Deus nos perdoa de acordo com o nosso coração, mas é preciso que demos o testemunho indo cumprir o que Jesus mandou: “mas vai mostrar-te ao sacerdote...” Em primeiro lugar o Senhor nos deseja purificar e extirpar de nós a raiz do nosso pecado. Na medida em que nos humilhamos e pedimos confiantes a cura do nosso coração Deus também vai realizando em nós uma obra de purificação. O ir ao sacerdote é uma forma de expressar humildade e obediência à palavra do Senhor confessando as nossas faltas e reconhecendo o nosso estado de pecador.  – O que você entende por: “vai mostrar-te ao sacerdote”? – Para você o que significa a confissão dos pecados? Você acha que precisa humilhar-se diante de Deus e dos homens para conseguir alguma coisa?




Helena Serpa

São Pedro e São Paulo Apóstolos


 



Hoje a Igreja do mundo inteiro celebra a santidade de vida de São Pedro e São Paulo apóstolos

Estes santos são considerados “os cabeças dos apóstolos” por terem sido os principais líderes da Igreja Cristã Primitiva, tanto por sua fé e pregação, como pelo ardor e zelo missionários.
Pedro, que tinha como primeiro nome Simão, era natural de Betsaida, irmão do Apóstolo André. Pescador, foi chamado pelo próprio Jesus e, deixando tudo, seguiu ao Mestre, estando presente nos momentos mais importantes da vida do Senhor, que lhe deu o nome de Pedro.
Em princípio, fraco na fé, chegou a negar Jesus durante o processo que culminaria em Sua morte por crucifixão. O próprio Senhor o confirmou na fé após Sua ressurreição (da qual o apóstolo foi testemunha), tornando-o intrépido pregador do Evangelho através da descida do Espírito Santo de Deus, no Dia de Pentecostes, o que o tornou líder da primeira comunidade. Pregou no Dia de Pentecostes e selou seu apostolado com o próprio sangue, pois foi martirizado em uma das perseguições aos cristãos, sendo crucificado de cabeça para baixo a seu próprio pedido, por não se julgar digno de morrer como seu Senhor, Jesus Cristo. Escreveu duas Epístolas e, provavelmente, foi a fonte de informações para que São Marcos escrevesse seu Evangelho.
Paulo, cujo nome antes da conversão era Saulo ou Saul, era natural de Tarso. Recebeu educação esmerada “aos pés de Gamaliel”, um dos grandes mestres da Lei na época. Tornou-se fariseu zeloso, a ponto de perseguir e aprisionar os cristãos, sendo responsável pela morte de muitos deles.
Converteu-se à fé cristã no caminho de Damasco, quando o próprio Senhor Ressuscitado lhe apareceu e o chamou para o apostolado. Recebeu o batismo do Espírito Santo e preparou-se para o ministério.
Tornou-se um grande missionário e doutrinador, fundando muitas comunidades. De perseguidor passou a perseguido, sofreu muito pela fé e foi coroado com o martírio, sofrendo morte por decapitação. Escreveu treze Epístolas e ficou conhecido como o “Apóstolo dos gentios”.


São Pedro e São Paulo, rogai por nós!

Lágrimas de amor

Por LedyX/Shutterstock

Quem não é capaz de se arrepender não sabe o que é amar de verdade.

Uma das maiores desgraças que um ser humano pode ter é não ser capaz de se arrepender.
Por outras palavras, aquele que passar a vida sem ter aprendido a chorar interiormente os seus pecados, por amor a Deus, por amor a Cristo, será fatalmente um ser humano achatado, mutilado na sua grandeza e diminuído na sua dignidade.
Será um homem ou uma mulher que espiritualmente não chegará a vingar. E se se trata de um cristão, e especialmente de um cristão praticante – no sentido vulgar e não muito exato dessa expressão (cumpridor das obrigações religiosas) –, o malogro será ainda maior.
Aquele que não “sabe” arrepender-se, fica estagnado, cego; cristaliza nos seus defeitos, rotinas e mediocridades, e morre ignorando o que significa a palavra amor, mais especificamente, aquela que encabeça o primeiro e principal de todos os mandamentos: “Amarás a Deus sobre todas as coisas”.
Enquanto não brotar uma lágrima de verdadeiro arrependimento, o coração humano, mesmo o que parece bom e limpo, não possuirá o segredo da porta de acesso ao Coração de Cristo, ou seja, ao Amor com maiúscula.
As lágrimas penitentes são essa chave. Sem elas, para nós, pecadores, não há outra que abra.
Tomara que, avançando nessa escola da dor sincera, chegue um dia que, além de doer-nos das nossas faltas graves, sejamos capazes de derramar uma pequena lágrima – sem escrúpulos doentios…
… por termos sido esquecidiços ou indelicados com Deus,
por termos omitido a oração habitual,
por termos faltado aos propósitos de melhoria que lhe oferecemos,
por termos reincidido num pouco de ira,
por termos perdido o tempo que Ele nos concede,
por termos sido egoístas,
por termos dito uma palavra que magoou o irmão…
Nesse dia teremos passado na primeira prova da matéria mais importante da vida: a que se aprende na escola do Amor.


(Via Padre Faus. Resumido do livro Lágrimas de Cristo, lágrimas dos homens, de F. Faus)

quinta-feira, 28 de junho de 2018

Liturgia Diária - Condição para entrar no reino dos céus


 
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1a Leitura - 2 Reis 24,8-17
Leitura do livro do segundo livro dos Reis.
24 8 Joaquin tinha dezoito anos quando começou a reinar, e reinou durante três meses em Jerusalém. Sua mãe chamava-se Noesta, filha de Elnatã, e era natural de Jerusalém.
9 Fez o mal aos olhos do Senhor, como o tinha feito seu pai.
10 Foi nesse tempo que vieram os homens de Nabucodonosor, rei de Babilônia, contra Jerusalém, e sitiaram-na.
11 Depois, Nabucodonosor veio pessoalmente diante da cidade, enquanto suas tropas a sitiavam.
12 Joaquin, rei de Judá, foi ter com o rei de Babilônia, ele e sua mãe, suas tropas, seus oficiais e seus eunucos; e o rei de Babilônia o prendeu. Isso foi no oitavo ano de seu reinado.
13 E como o Senhor tinha anunciado, levou dali todos os tesouros do templo do Senhor e do palácio real, e quebrou todos os objetos de ouro que Salomão, rei de Israel, tinha feito para o santuário do Senhor.
14 Levou para o cativeiro toda a Jerusalém, todos os chefes e todos os homens de valor, ao todo dez mil, com todos os ferreiros e artífices; só deixou os pobres.
15 Deportou Joaquin para Babilônia, com sua mãe, suas mulheres, os eunucos do rei e os grandes da terra.
16 Todos os homens de valor, em número de sete mil, os ferreiros e os artífices, em número de mil, e todos os homens aptos para a guerra, o rei de Babilônia os deportou para Babilônia.
17 Em lugar de Joaquin, o rei de Babilônia constituiu rei seu tio Matanias, cujo nome mudou para Sedecias.
Palavra do Senhor.

Salmo - 78/79
Por vosso nome e vossa glória,
Libertai-nos, ó Senhor

Invadiram vossa herança os infiéis,
profanaram, ó Senhor, o vosso templo,
Jerusalém foi reduzido a ruínas!
Lançaram aos abutres como pasto
Os cadáveres dos vossos servidores;
E às feras da floresta entregaram
Os corpos dos fiéis, vosso eleitos.

Derramaram o seu sangue como água
em torno das muralhas de Sião,
E não houve quem lhes desse sepultara!
Nós nos tornamos o opróbrio dos vizinhos,
um objeto de desprezo e zombaria
Para os povos e àqueles que nos cercam.
Mas até quando, ó Senhor, veremos isso?
Conservareis eternamente a vossa irá?
Como fogo arderá a vossa cólera?

Não lembreis as nossas culpas do passado,
mas venha logo sobre passado,
mas venha logo sobre nós vossa bondade,
Pois estamos humilhados em extremo.
Ajudai-nos, nosso Deus e salvador!
Por vosso nome e vossa glória, libertai-nos!
Por vosso nome, perdoai nossos pecados!

Evangelho - Mateus 7, 21-29
Aleluia, aleluia, aleluia.
Eu sou a luz do mundo; aquele que me segue não caminha entre as trevas, mas terá a luz da vida (Jo 8,12).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
Naquele tempo, 7 21 disse Jesus: “Nem todo aquele que me diz: Senhor, Senhor, entrará no Reino dos céus, mas sim aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus.
22 Muitos me dirão naquele dia: ‘Senhor, Senhor, não pregamos nós em vosso nome, e não foi em vosso nome que expulsamos os demônios e fizemos muitos milagres?’
23 E, no entanto, eu lhes direi: ‘Nunca vos conheci. Retirai-vos de mim, operários maus!’
24 Aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as põe em prática é semelhante a um homem prudente, que edificou sua casa sobre a rocha.
25 Caiu a chuva, vieram as enchentes, sopraram os ventos e investiram contra aquela casa; ela, porém, não caiu, porque estava edificada na rocha.
26 Mas aquele que ouve as minhas palavras e não as põe em prática é semelhante a um homem insensato, que construiu sua casa na areia.
27 Caiu a chuva, vieram as enchentes, sopraram os ventos e investiram contra aquela casa; ela caiu e grande foi a sua ruína”.
28 Quando Jesus terminou o discurso, a multidão ficou impressionada com a sua doutrina. 29 Com efeito, ele a ensinava como quem tinha autoridade e não como os seus escribas.
Palavra da Salvação.

Reflexão
 
Neste Evangelho Jesus nos revela que a condição para que entremos no reino dos céus é estar firme no seguimento da vontade de Deus manifestada na sua Palavra. Ele nos conscientiza de que a nossa entrada no reino dos céus não acontecerá em vista de “palavras pronunciadas, orações recitadas e pregações bem elaboradas. Por esta razão, não nos adiantará clamar e chamar Senhor, Senhor, e não pôr em prática a Sua vontade que se traduz nas nossas ações. Os nossos atos têm mais eficácia do que as nossas palavras, portanto, se não praticarmos o que proferirmos tudo será igual a nada.  Praticar o mal é não fazer conforme nos direciona a Palavra de Deus e agir conforme os nossos próprios pensamentos humanos, seguindo a nossa vontade. Por isso, Jesus nos mostra no Evangelho que ouvir a Palavra e praticá-la é como construir a casa na rocha. A casa construída sobre a rocha é a vida do homem que caminha à luz da Palavra de Deus seguindo os Seus ensinamentos para enfrentar os desafios do dia a dia. A Rocha é Deus! A Rocha é o Seu Amor! A Rocha é a vontade de Deus! Assim sendo, todos aqueles que se ajustam à Sua vontade, terão uma vida firme, confiante e as tempestades, os terremotos, os ventos não os abalarão. As dificuldades da nossa vida são momentos preciosos para percebermos se estamos ou não firmados sobre a R0CHA. Quando passamos pelas dificuldades, mas não perdemos o rumo, é sinal de que estamos fundados e protegidos sob a guarda de Deus. - Como você está construindo a casa da sua vida: na rocha ou na areia? – Você já experimentou alguma tempestade na sua vida? Como ficou a sua casa? –- Você sente firmeza nos seus pés nas horas das dificuldades? - Você acha que a sua vida está firmada sobre a Rocha  ou você é um “homem sem juízo”? - Em que a Palavra de Deus tem o (a) instruído. 
 
 
 
 
Helena Serpa

A árvore dos desejos

RAINBOW FIELD
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Esta parábola nos mostra como podemos sabotar nossas vidas - ou não 😉

Era uma vez…
Um homem caminhou pela floresta pensando em suas preocupações, pensando em seus muitos problemas. Exausto, ele parou para descansar na sombra de uma árvore, mas era uma árvore mágica que instantaneamente concedeu todos os desejos de qualquer um que o tocasse.
O homem estava com sede, então ele pensou que gostaria de ter água fresca. Instantaneamente, um copo de água fria apareceu em sua mão. Surpreso, ele olhou para a água e bebeu. Quando ele saciou sua sede, percebeu que estava com fome e desejou ter algo para comer. Um prato de comida apareceu diante dele.
“Meus desejos se realizam”, pensou o homem, incrédulo.
“Se realmente é assim, eu quero ter uma bela casa”, disse ele em voz alta.
A casa apareceu no prado que se estendia à sua frente. Um grande sorriso cruzou seu rosto enquanto ele desejava que os servos se encarregassem daquela maravilhosa casa. Quando eles apareceram, ele percebeu que de alguma forma tinha sido abençoado com poder incrível e desejou ter uma mulher bonita, amorosa e inteligente com quem compartilhar sua boa sorte.
Quando a mulher apareceu diante de seus olhos, o homem disse: “Espere um minuto, isso é ridículo. Eu nunca fui tão sortudo na vida. Isso não pode acontecer comigo “.
Ele não terminou de dizer essas palavras quando tudo desapareceu.
Resignado, o homem disse para si mesmo: “Eu sabia, algo tão maravilhoso não poderia acontecer comigo”. E ele foi embora, aborrecido, pensando em seus muitos problemas.
Para muitas pessoas, como o homem da história, coisas maravilhosas acontecem com ele, que depois desaparecem como que por mágica, simplesmente porque pensam que não as merecem.
Essa parábola nos convida a refletir sobre o que esperamos da vida e o que acreditamos que podemos alcançar.
E você, vai passar o resto da vida se lamentando ou aproveitando as oportunidades que tem? Talvez estas não sejam grandiosas como na parábola, mas certamente estão aí, ao seu redor: a presença de pessoas do bem, a oportunidade de cuidar da sua saúde, sua família, seu trabalho…
Que tal olhar para tudo de bom que a vida tem a lhe oferecer e aproveitar cada dia como uma oportunidade de ser feliz e fazer os outros felizes?


(Texto adaptado de Resiliência Mag)

quarta-feira, 27 de junho de 2018

Liturgia diária - Os falsos profetas de hoje

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1a Leitura - 2 Reis 22,8-13; 23,1-3
Leitura do segundo livro dos Reis.
22 8 O sumo sacerdote Helcias disse ao escriba Safã: “Encontrei no templo do Senhor o livro da Lei”. Helcias deu esse livro a Safã,
9 o qual, depois de tê-lo lido, voltou ao rei e prestou-lhe contas da missão que lhe fora confiada: “Teus servos juntaram o dinheiro que se encontrava no templo e entregaram-no aos encarregados do templo do Senhor”.
10 O escriba Safã disse ainda ao rei: “O sacerdote Helcias entregou-me um livro”.
11 E leu-o em presença do rei. Quando o rei ouviu a leitura do livro da Lei, rasgou as vestes,
12 e ordenou ao sacerdote Helcias, a Aicão, filho de Safã, a Acobor, filho de Mica, ao escriba Safã e ao seu oficial Azarias, o seguinte:
13 “Ide e consultai o Senhor de minha parte, da parte do povo e de todo o Judá, acerca do conteúdo deste livro que acaba de ser descoberto. A cólera do Senhor deve ser grande contra nós, porque nossos pais não obedeceram às palavras deste livro, nem puseram em prática tudo o que aí está prescrito”.
23 1 O rei convocou à sua presença todos os anciãos de Judá e de Jerusalém,
2 e subiu ao templo do Senhor com todos os homens de Judá e todos os habitantes de Jerusalém, os sacerdotes, profetas e todo o povo, pequenos e grandes. Leu então, diante deles, o texto completo do livro da Aliança que fora descoberto no templo do Senhor.
3 O rei, de pé na tribuna, renovou a aliança em presença do Senhor, comprometendo-se a seguir o Senhor, a observar os seus mandamentos, suas instruções e suas leis, de todo o seu coração e de toda a sua alma, e a cumprir todas as cláusulas da aliança contida no livro. Todo o povo concordou com essa aliança.
Palavra do Senhor


Salmo - 118/119
Ensinai-me a viver vossos preceitos, ó Senhor! 
Ensinai-me a viver vossos preceitos;
quero guarda-los fielmente até o fim! 

Dai-me o saber, e cumprirei a vossa lei,
e de todo o coração a guardarei. 

Guiai meus passos no caminho que traçastes,
pois só nele encontrarei felicidade. 

Inclinai meu coração às vossas leis,
e nunca ao dinheiro e à avareza. 

Desviais o meu olhar das coisas vãs,
dai-me a vida pelos vossos mandamentos!


Evangelho - Mateus 7,15-20
Aleluia, aleluia, aleluia. Ficai em mim e eu em vós ficarei, diz Jesus; quem em mim permanece há de dar muito fruto (Jo 15,4s).
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
7 15 Disse Jesus: “Guardai-vos dos falsos profetas. Eles vêm a vós disfarçados de ovelhas, mas por dentro são lobos arrebatadores.
16 Pelos seus frutos os conhecereis. Colhem-se, porventura, uvas dos espinhos e figos dos abrolhos?
17 Toda árvore boa dá bons frutos; toda árvore má dá maus frutos.
18 Uma árvore boa não pode dar maus frutos; nem uma árvore má, bons frutos.
19 Toda árvore que não der bons frutos será cortada e lançada ao fogo.
20 Pelos seus frutos os conhecereis”.
Palavra da Salvação.

Reflexão 
 
Na nossa ânsia por coisas novas ou então, por querer ter conhecimento do que virá, nós também, muitas vezes caímos nas mãos dos falsos profetas. Jesus, então, neste Evangelho, nos ensina a identifica-los. Os falsos profetas são aqueles que aproximam de nós com aparência de verdadeiros santos e, principalmente, aqueles por quem nos sentimos atraídos (as) em vista do que aparentam e do que apregoam, no entanto, não agem em conformidade com o que dizem. No nosso dia a dia encontramos pessoas as mais diversas, que têm enorme influência na nossa vida, mas não nos levam para o bem. Por isso, Jesus nos chama a atenção para que tenhamos cuidado e nos orienta a que, antes de cairmos na tentação de segui-las e obedecê-las, procuremos conhecê-las observando as suas ações, atitudes, gestos, comportamento.  Às vezes encontramos pessoas “iluminadas” que nos dão conselhos até para praticar o que é mal. A esses, Jesus denomina de “falsos profetas”, pois, “em nome de Deus” nos aconselham e nos fazem propostas as mais diversas, com o intuito de nos desvirtuar dos verdadeiros conceitos evangélicos.  Assim sendo, não devemos nos enganar com os falsos profetas que se apresentam a nós como pessoas de Deus. Devemos observar, as suas ações e suas consequências, a fim de que possamos optar pelo caminho de Deus. Para que tenhamos a garantia de que são pessoas de Deus ou não, Jesus nos manda observar os seus frutos comparando-as com árvores que produzem frutos bons e árvores que produzem frutos maus. Não nos deixemos enganar: o mau vem do maligno que tenta nos confundir, mas o fruto do Espírito é o bem, que é cheio de paz, amor, serenidade, bondade, alegria, longanimidade, paciência etc. Se, as pessoas que nos abordam, não têm atitudes coerentes com a paz, brandura, temperança, sinceridade, então já podemos perceber que elas não são árvores que dão bons frutos. No entanto, precisamos perceber, também, se não estamos enquadrados no perfil de “falsos profetas que se vestem com peles de ovelha, mas por dentro são lobos ferozes.” Nós também somos como as árvores e, na medida em que nos deixamos ser tratadas e adubadas pelo Senhor, seguindo os Seus ensinamentos, a nossa vida será profícua e fecunda e, assim poderemos contribuir para que o mundo se eleve. Do contrário, seremos como uma árvore sem serventia que será cortada e jogada no fogo, isto é, desaparecemos na nossa inoperância. – O que você considera como fruto bom e como fruto mal? - Você tem tido contato com pessoas que o (a) aconselham? – Qual é o sentimento que você tem ao conversar com elas? - Você confirma na Palavra de Deus os conselhos que essas pessoas lhe dão?  – Você é daquelas pessoas ávidas por novidades e gosta de ler tudo o quanto causa polêmica, pondo em julgamento a Palavra de Deus? – Que frutos você tem dado para o mundo?




Helena Serpa 

O que é o Opus Dei? O que Dan Brown acertou e o que errou?

ST JOSEMARIA ESCRIVA,OPUS DEI
Opus Dei Communications Office | CC BY-NC-SA 2.0

Bem longe do que dizem certas crenças populares, o Opus Dei é uma luminosa organização que leva os leigos a viverem o cotidiano com Deus e para Deus

A respeito do Opus Dei, o novelista Dan Brown acertou duas coisas:
1) O Opus Dei existe.
2) O Opus Dei é uma organização católica.
De resto, seu popular livro O Código Da Vinci levou muita gente a imaginar o Opus Dei como uma seita secreta que opera nas sombras da Igreja…
A realidade é o exato oposto.
O Opus Dei (“Obra de Deus”, em latim) foi fundado em 1928, em Madri, na Espanha, por São Josemaria Escrivá, que impulsionou um modo de vida católico focado na realidade dos leigos no dia-a-dia.

Isto pode ser resumido nos seguintes traços básicos:

Filiação divina: pelo batismo, nós, cristãos, somos filhos de Deus e, portanto, somos chamados a viver um relacionamento filial, confiante, amoroso com Ele em todos os momentos.
Vida diária: por isso mesmo, somos chamados a procurar a plenitude da vida cristã, que é a identificação com Jesus Cristo, nas circunstâncias reais e concretas da vida e das atividades de todos os dias, oferecendo tudo a Deus. “A santidade ‘grande’ está em cumprir os ‘deveres pequenos’ de cada instante”, ensinava o fundador do Opus Dei.
Santificar o trabalho, santificar-se no trabalho, santificar com o trabalho: como decorrência direta, “o eixo da espiritualidade específica do Opus Dei é a santificação do trabalho cotidiano”, a ser feito por amor a Deus e ao próximo, contribuindo para o desenvolvimento digno da sociedade.
Caridade e apostolado: os fiéis do Opus Dei são chamados a testemunhar a sua fé cristã mediante todas as suas atividades cotidianas e em todo relacionamento humano, praticando o amor a Deus e ao próximo na solução de problemas e necessidades dos outros. “Ao esforçar-nos ombro a ombro nos mesmos trabalhos com nossos companheiros, amigos e parentes, poderemos ajudar-lhes a chegar a Cristo”, dizia o fundador.
Oração e sacrifício: a intimidade com Deus e a abnegação pessoal ajudam os membros do Opus Dei a cultivarem o espírito e o autodomínio.
Unidade de vida: São Josemaria explicou que os cristãos que trabalham no mundo não devem viver “uma vida dupla: por um lado, a relação com Deus e, por outro, distinta e separada, a vida familiar, profissional e social. Há uma única vida, feita de carne e espírito, e é esta vida que, tanto na alma quanto no corpo, deve ser santa e cheia de Deus”.
Liberdade: nas suas atuações profissionais, familiares, políticas, econômicas, culturais, etc., os fiéis do Opus Dei devem agir com liberdade e com responsabilidade pessoal, respeitando a liberdade e as opiniões alheias.

Seita secreta?

Um dos motivos pelos quais o Opus Dei é às vezes visto como uma “organização secreta” é o fato de não ter padres ou religiosos que usem um hábito distinto, sendo formado, em vez disso, principalmente por leigos comuns, que não usam identificações peculiares nem costumam chamar a atenção para o seu pertencimento à Obra. Curiosamente, é justo essa simplicidade e naturalidade dos fiéis do Opus Dei no cotidiano o que costuma ser interpretado, por quem os desconhece, como algo “misterioso” ou “enigmático”.
Na realidade, eles simplesmente são convidados a viver o cristianismo na prática, em tudo o que dizem e fazem, seja como trabalhadores de fábrica, seja como gerentes de escritório, ou varredores de rua, ou pais e mães que trabalham em casa… Não importa a sua ocupação: qualquer que ela seja, eles são chamados a vivê-la na perfeição cristã.
A ficção até pode parecer mais “divertida”, mas a realidade do Opus Dei é mais fascinante, bela e surpreendente do que qualquer novela apelativa. É uma realização poderosa do “chamado universal à santidade”, reiterado pelo Concílio Vaticano II, que tem levado muitas pessoas de todos os âmbitos a conhecerem e viverem um relacionamento mais profundo com Deus na vida concreta de cada dia.




Philip Kosloski / Redação da Aleteia