Leitura da carta de são Paulo aos Romanos.
10 9Portanto, se com tua boca confessares que Jesus é o
Senhor, e se em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os
mortos, serás salvo.
10É crendo de coração que se obtém a justiça, e é professando com palavras que se chega à salvação.
11A Escritura diz: "Todo o que nele crer não será confundido".
12Pois não há distinção entre judeu e grego, porque todos têm um mesmo Senhor, rico para com todos os que o invocam,
13porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.
14Porém, como invocarão aquele em quem não têm fé? E como
crerão naquele de quem não ouviram falar? E como ouvirão falar, se não
houver quem pregue?
15E como pregarão, se não forem enviados, como está escrito: "Quão formosos são os pés daqueles que anunciam as boas novas?"
16Mas não são todos que prestaram ouvido à boa nova. É o que exclama Isaías: "Senhor, quem acreditou na nossa pregação"?
17Logo, a fé provém da pregação e a pregação se exerce em razão da palavra de Cristo.
18Pergunto, agora: "Acaso não ouviram? Claro que sim! Por
toda a terra correu a sua voz, e até os confins do mundo foram as suas
palavras".
Palavra do Senhor.
Seu som ressoa e se espalha em toda a terra.
Os céus proclamam a glória do Senhor,
e o firmamento, a obra de suas mãos;
o dia ao dia transmite essa mensagem,
a noite à noite publica essa notícia.
Não são discursos nem frases ou palavras,
nem são vozes que possa ser ouvidas;
seu som ressoa e se espalha em toda a terra,
chega aos confins do universo a sua voz.
Aleluia, aleluia, aleluia.
Vinde após mim, disse o Senhor, e eu ensinarei a pescar gente (Mt 4,19).
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
4 18 Jesus, caminhando ao longo do mar da Galiléia, viu dois
irmãos: Simão (chamado Pedro) e André, seu irmão, que lançavam a rede ao
mar, pois eram pescadores.
19 E disse-lhes: “Vinde após mim e vos farei pescadores de homens”.
20 Na mesma hora abandonaram suas redes e o seguiram.
21 Passando adiante, viu outros dois irmãos: Tiago, filho de
Zebedeu, e seu irmão João, que estavam com seu pai Zebedeu consertando
as redes. Chamou-os,
22 e eles abandonaram a barca e seu pai e o seguiram.
Palavra da Salvação.
Reflexão
Celebramos hoje a Festa de S. André, Apóstolo, irmão de S. Pedro. Jesus Cristo, que escolheu doze discípulos dentre os seus vários seguidores, para que estivessem com Ele de mais perto (cf. Mc 3, 14), ao longo de sua vida aqui na terra deu mostras de uma especial predileção por quatro Apóstolos: S. João e S. Tiago, filhos de Zebedeu, por um lado; S. André e S. Pedro, por outro. Esses dois pares de irmãos presenciaram os momentos mais importantes da vida do Senhor: a ressurreição da filha de Jairo, a Transfiguração, a agonia mortal no Horto das Oliveiras etc. Ora, dado que Deus tem os seus prediletos, escolhidos a dedo para o bem dos outros, e nunca age sem uma razão conveniente, pode-se dizer que Jesus escolheu estes irmãos, propondo-os como modelo a ser imitado pelos outros fiéis, porque em cada um deles resplandecem as virtudes em que mais nos devemos exercitar.
S. João, com efeito, é o Apóstolo da contemplação, da devoção filial à Virgem Maria, da perseverança aos pés da Cruz, da intimidade com o Coração Sagrado de Nosso Senhor. S. Pedro, ao contrário, é o Apóstolo da ação, da fé operante, da evangelização sem fronteiras. S. André, por sua vez, é o Apóstolo da Cruz, da perfeita configuração com o Cristo que sofre: ele, unindo-se à Paixão do Mestre, foi crucificado em uma crux decussata, ou seja, em forma de “x”. S. André participou, assim, na própria carne do mistério da Paixão redentora de Nosso Senhor e, desse modo, seguiu o único caminho, aberto por Ele, que todos nós devemos de percorrer antes de entrarmos na glória da Ressurreição. — Que este santo Apóstolo interceda hoje por nós e nos alcance as graças necessárias para abraçarmos a Cruz quando, como e onde o Senhor quiser.
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