A popularidade dessa rede tem dado as pessoas o que elas procuram: satisfazer a curiosidade, diversão, espiritualidade, se relacionar com o próximo, se exibir, espalhar spam e outras mais, com muitos problemas.
Quando só havia emails, os powerpoints enchiam nossa caixa de email e desperdiçavam nosso tempo. Hoje temos o Facebook no qual é mais fácil mandar um spam ou uma piada em formato de foto, porque quase ninguém lê mais. Essa grande quantidade de piada e materiais que as pessoas oferecem acaba sendo um verdadeiro multiplicador de ociosidade. Umas das definições da preguiça segundo Tanquerey*: “Doença da vontade que recusa o esforço”. Claro tudo é fácil na internet amar alguém e navegar por fotos. A preguiça pois, nos leva a evitar a sacrifício e então nos leva a ficar mais afastados do que é um pouco de sacrifício que é a oração. A preguiça que nos faz cortar a oração de hoje por cinco minutos, amanhã já pede dez.
No Facebook, é também a forma mais fácil de se exibir e esperar que alguém te de atenção, porque é tão prático colocar uma foto quanto é prático receber comentários dela.
Sobre concupiscência diz São João 1Jo 2, 16: “Tudo quanto há no mundo é concupiscência da carne, concupiscência dos olhos e soberba da vida”. Segundo Tanquerey* a concupiscência (cobiça) dos olhos se divide em curiosidade doentia ou vã curiosidade** e amor aos bens da terra. Nas redes sociais temos a curiosidade em querer ver tudo o que colocam e o que fazem. A curiosidade é segundo o mesmo autor: "o desejo imoderado de ver, ouvir, conhecer o que se passa no mundo. (...) Que é um desregramento do espírito, um entibiamento do coração (...), que não nos deixa tempo de pensar em nós."
Todo esse facebook e redes similares e sites viram um refúgio de consolação aliada a preguiça do qual é mais fácil rir do humor do que procurar estar com amigos ou uma boa oração. Essas fotos e vídeos de humor, além de causar perda de tempo, revelam-se as vezes armadilhas em que as pessoas vão parar em sites de humor com fotos e mensagens sensuais.
Será que algumas pessoas acham que trocar sorrisos, comentários e simpatia pela internet é mais prazeroso que ao vivo? Se for é porque tem algo errado. Mas por outro lado essas redes sociais podem ajudar a conhecer um pouco mais alguém que você não conhece ao vivo porque nunca tiveram oportunidade de se falar ou reencontrar alguém.
Segundo pesquisa americana*** 53% dos jovens de 18 a 29 anos entram na internet por nenhum motivo apenas para passar tempo, então poderíamos dizer que apenas vício, mas sabemos quantas pessoas hoje desperdiçam tempo com coisas materiais do que espirituais.
No Facebook e certas redes (como os emails e internet) viraram o centro da religião (espiritualidade) do pensamento positivo, onde qualquer mensagem de valores universais é publicada e mal se sabe a interpretação que a pessoa que ler pode dar, claro que para quem não é cristão praticante pode acabar interpretando do modo mais egoísta que puder. Mensagens, por exemplo, ‘Siga seus sonhos’, poucos hoje em dia tem discernimento para seguir um sonho que não seja egoísta, este é aquele que coloca as coisas materiais e prazeres acima de tudo.
Assim, somado as mensagens espirituais apenas sobre Deus, mas sem religião, estamos caminhando realmente para o que quer o movimento pagão New Age (Nova Era): Pessoas espiritualizadas, mas sem nenhuma religião. Na Bíblia, tais, é identificado como morno. Pessoas conformadas e amornadas com o que lê a cada dia, sem um verdadeiro alimento, enquanto os fatos estatísticos mostram pessoas cada vez mais infelizes.
Para quem pretende evangelizar transformam rapidamente em um local para não evangelizar, não que não sirva, mas porque quando se entra lá há muitas distrações como algumas faladas aqui que não sobra espaço nem para pensar o que fazer.
A conclusão é, essas redes podem democratizar a informação, mas tira você da vida real, e produz pessoas sem fé, apenas com o 'acreditar' de valores universais.
*A vida espiritual comentada e explicada, Adolph Tanquerey, Anápolis, 2007. Ed. Aliança Eucarística Mariana
**Segundo o autor, a curiosidade de que se trata, é o desejo imoderado de ver, ouvir, conhecer o que se passa no mundo, por exemplo, as secretas intrigas que nele se urdem, não para daí tirar algum proveito espiritual, mas para gozar desse frívolo conhecimento.
Angelo Farias
Sinaisdostempos.org
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