A Presidência da CNBB, na sua sede em Brasília, concedeu
uma Coletiva de Imprensa que marcou o encerramento da reunião do Conselho
Episcopal Pastoral (CONSEP) ocorrido de 28 a 30 Agosto. Na mesa estavam
presentes: Dom Raymundo Damasceno Assis, Presidente da CNBB, Dom José Belisário
da Silva, Vice-presidente e Dom Leonardo Ulrich Steiner, Secretário Geral da
CNBB.
“Dentre os colegiados, a Consep é um dos mais importantes
pois forma a instância de consulta e deliberação da CNBB” que se reune a cada
mês, foi o que disse o Cardeal Dom Raymundo Damasceno na abertura da
Coletiva.
Segundo o Cardeal Dom Damasceno os temas tratados na
reunião foram: a campanha pelo voto limpo, buscando analisar o melhor modo de
dar orientações práticas aos eleitores católicos e pessoas de boa vontade; a
campanha da fraternidade, refletindo sobre possíveis mudanças no modo da
elaboração das Campanhas em si, ultimando também o tema da campanha do Próximo
ano ““Fraternidade e Juventude” com o lema “Eis-me aqui, envia-me!” (Is 6,8) e,
anunciando o tema da Campanha da Fraternidade de 2014 “Fraternidade e Mobilidade
Humana”; a reforma do Código Penal, andamento das discussões sobre o Código
Florestal, ambiente atual das campanhas eleitorais, a Política Indigenista
(revogação da portaria nº 303 da AGU), encontro dos povos do campo que reclamou
pela Reforma Agrária. Tratou-se também o tema da V semana Social Brasileira que
acontecerá do 22 ao 25 de maio de 2013, na qual se refletirá o Papel do Estado
na vida do povo brasileiro; e, por último a CONSEP refletiu sobre o resultado do
último Censo do IBGE, que indicou uma diminuição no número de
Católicos;
Em seguida, Dom José Belisário da Silva, arcebispo de São
Luís e Vice-presidente da CNBB, fez a leitura da Nota da CNBB “Em defesa dos
direitos dos povos indígenas” (que pode ser lida clicando
aqui).
Ao ser perguntado por ZENIT sobre a Reforma do Código
Penal Brasileiro, o Cardeal Dom Raymundo Damasceno disse: “A nossa principal preocupação era sobre o
curto prazo para a participação popular. Mas, parece ser que foi prorrogado até
o fim de outubro; contudo, se for necessário, estaremos a favor de que se faça
uma nova prorrogação” com o fim de que se possa ter mais participação de todos
os setores da sociedade.
Também disse o Cardeal Dom Raymundo que “há uma falta de
certos princípios básicos” no Anteprojeto, como “a vida, a defesa da vida sem
nenhuma limitação, desde o começo até o fim, a questão relativa ao doente
terminal, etc”, e – continuou – “são todas questões que nos preocupam porque a
vida, para nós, é o primeiro valor”. Também destacou o “bem público, pois
constatamos que a maioria dos crimes que existem são contra o patrimônio
público”. Enfatizou também a super população dos presídios brasileiros já que
aumentar as penalidades seria causar um caos maior do que o que já temos, com
mais de 500 mil presos em território brasileiro. “Que além da prisão hajam
outras penas alternativas”, disse o Cardeal.
Dom Leonardo Ulrich Steiner, secretário Geral da CNBB,
completando a pergunta de ZENIT, destacou que há uma comissão que assessora a
CNBB para poder apresentar as propostas ao Anteprojeto, com a presença de
pessoas muito preparadas na área penal, como o Dr. Claudio Fonteles, ex
subprocurador geral da República e o Dr. José, que acompanha a Pastoral
carcerária e tem muita experiência na área, entre outros.
Nenhum comentário:
Postar um comentário