quinta-feira, 31 de outubro de 2019

Liturgia Diária - O caminho é caminhar.

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1a Leitura - Romanos 8,31-39
Leitura da carta de são Paulo aos Romanos.
8 31Que diremos depois disso? Se Deus é por nós, quem será contra nós?
32Aquele que não poupou seu próprio Filho, mas que por todos nós o entregou, como não nos dará também com ele todas as coisas? 33Quem poderia acusar os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica. 34Quem os condenará? Cristo Jesus, que morreu, ou melhor, que ressuscitou, que está à mão direita de Deus, é quem intercede por nós! 35Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação? A angústia? A perseguição? A fome? A nudez? O perigo? A espada? 36Realmente, está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte o dia inteiro; somos tratados como gado destinado ao matadouro. 37Mas, em todas essas coisas, somos mais que vencedores pela virtude daquele que nos amou. 38Pois estou persuadido de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem o presente, nem o futuro, nem as potestades, 39nem as alturas, nem os abismos, nem outra qualquer criatura nos poderá apartar do amor que Deus nos testemunha em Cristo Jesus, nosso Senhor.
Palavra do Senhor.


Salmo - 108/109
Salvai-me, Senhor, segundo a vossa bondade!

Agi a meu favor, ó Senhor Deus,
por amor do vosso nome, libertai-me,
pois vossa lealdade é benfazeja!
Necessitado e infeliz, eis o que sou,
dentro de mim meu coração está ferido!

Senhor, meu Deus, vinde ajudar-me e salvar-me
segundo vosso amor e compaixão.
Para que nisso reconheçam vossa mão
e saibam que sois vós que o fizestes!

Celebrarei o meu Senhor em alta voz,
em meio à multidão hei de louvá-lo.
Pois ele defende o indigente e o salva
daqueles que condenam sua alma.

Evangelho - Lucas 13,31-35
Aleluia, aleluia, aleluia.
Bendito é o rei que vem em nome do Senhor! Glória a Deus nos altos céus e na terra paz aos homens! (Lc 19,38;2,14)

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
13 31No mesmo dia chegaram alguns dos fariseus, dizendo a Jesus: "Sai e vai-te daqui, porque Herodes te quer matar".
32Disse-lhes ele: "Ide dizer a essa raposa: eis que expulso demônios e faço curas hoje e amanhã; e ao terceiro dia terminarei a minha vida. 33É necessário, todavia, que eu caminhe hoje, amanhã e depois de amanhã, porque não é admissível que um profeta morra fora de Jerusalém. 34Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os enviados de Deus, quantas vezes quis ajuntar os teus filhos, como a galinha abriga a sua ninhada debaixo das asas, mas não o quiseste! 35Eis que vos ficará deserta a vossa casa. Digo-vos, porém, que não me vereis até que venha o dia em que digais: 'Bendito o que vem em nome do Senhor!'"
Palavra da Salvação.

Reflexão 
 
Apesar dos fariseus na sua ignorância O prevenirem de que Herodes procurava matá-lo, Jesus caminhava firmemente para Jerusalém onde teria que cumprir com a Sua Missão. Por isso mesmo não estava preocupado com o que Herodes poderia fazer com Ele, e, afirmava que continuaria operando milagres até que seus dias terminassem. Jesus não queria parar, Ele sabia muito bem o que o esperava em Jerusalém, mas era para lá que deveria caminhar.  Jerusalém era a cidade santa, onde estava erguido o templo e seria lá que Jesus morreria e, depois de três dias, ressuscitaria. Jerusalém é também para nós, hoje, o nosso destino, é a Jerusalém celeste para onde caminhamos.

 O caminho é caminhar, pois Jesus Cristo já abriu o caminho para nós, portanto, não precisaremos ser flagelados nem crucificados, pois, Ele mesmo já o foi por nós. Todavia, necessitamos caminhar com coragem para atravessar os vales sombrios da nossa vida, na certeza de que com Ele nós sairemos vitoriosos. Jesus ainda chora por Jerusalém, isto é, por aqueles que não O acolhem, não O escutam e, como para os judeus naquele tempo, também prevê para os descrentes de hoje um tempo de abandono e dispersão. Somos missionários do Senhor, e enquanto aqui estamos temos a missão de ir em busca de todos aqueles que não acolhem a Jesus como Salvador e Senhor e, por isso, como os judeus - vivem abandonados, sem templo somente à espera da morte. Se cumprirmos bem a nossa missão, estejamos certos de que um dia todos dirão: "Bendito aquele que vem em nome do Senhor!" Ai, então, Jesus será reconhecido por todos. - Você tem caminhado em busca da santidade? - Você foge da realidade quando percebe algum indício de sofrimento? – Em algum momento você teve vontade de parar de caminhar? - Você tem seguido os passos de Jesus Cristo? - Será que Jesus também chora por você assim como chorou por causa de Jerusalém? 


Helena Serpa

Oito coisas que você deve saber sobre o Halloween antes de fantasiar seu filho.

SONY DSC“O que o demônio faz para afastar-nos do caminho de Jesus? A tentação começa de forma sutil, mas cresce: sempre cresce. Esta cresce e contagia o outro, é transmitida e tenta ser comunitária. E, finalmente, para tranquilizar a alma, justifica-se. Cresce, contagia e se justifica”, advertiu o Papa Francisco em abril de 2014.

Próximos à noite de Halloween, celebrada a cada 31 de outubro, compartilhamos oito coisas que todo cristão deve saber acerca desta festa pagã que pouco a pouco foi difundida no mundo inteiro.
1. A origem do nome
A Solenidade de todos os Santos é comemorada no dia 1º de novembro e é celebrada na Igreja desde às vésperas. Halloween significa “All hallow’s eve”, palavra que provém do inglês antigo, e que significa “véspera de todos os santos”.
2. As raízes celtas
No século VI a.C., os celtas do norte da Europa celebravam o fim de ano com a festa do “Samhein” (ou Samon), festividade do sol, iniciada na noite do 31 de outubro e que marcava o fim do verão e das colheitas. A respeito, eles acreditavam que naquela noite o deus da morte permitia aos mortos retornarem à terra, fomentando um ambiente de terror.
Segundo a religião celta, as almas de alguns defuntos estavam dentro de animais ferozes e podiam ser libertadas com sacrifícios de toda índole aos deuses sacrifícios, inclusive sacrifícios humanos. Uma forma de evitar a maldade dos espíritos malignos, fantasmas e outros monstros era disfarçando-se para tratar de assemelhar-se a eles e desta maneira passavam despercebidos ante seus olhares.

3. Sua mistura com o cristianismo
Quando os povos celtas foram cristianizados, nem todos renunciaram os seus costumes pagãos. Do mesmo modo, a coincidência cronológica da festa pagã de “Samhein” com a celebração de todos os Santos e a dos defuntos, comemorada no dia seguinte (2 de novembro), fez com que as crenças cristãs fossem misturadas com as antigas superstições da morte.
Através da chegada de alguns irlandeses aos Estados Unidos, introduziu-se neste país o Halloween, que chegou a ser parte do folclore popular do país. Logo, incluindo a contribuição cultural de outros migrantes, introduziu-se a crença das bruxas, fantasmas, duendes, drácula e diversos monstros. Mais tarde, esta celebração pagã foi difundida no mundo inteiro.
4. Uma das principais festas satânicas
Segundo o testemunho de algumas pessoas que praticaram o satanismo e logo se converteram ao cristianismo, o Halloween é considerada a festa mais importante para os cultos demoníacos, porque se inicia o novo ano satânico e é como uma espécie de “aniversário do diabo”. E nesta data os grupos satânicos sacrificam os jovens e especialmente as crianças, pois são os preferidos de Deus.
5. Doces ou travessuras?
No Halloween, as crianças e alguns adultos costumam se disfarçar de seres horríveis e temerários e vão de casa em casa exigindo “trick or treat” (doces ou travessuras). A crença é que se não lhes dá alguma guloseima, os visitantes farão uma maldade ao residente do lugar. Muitas pessoas acreditam que o início deste costume está na perseguição dos católicos na Inglaterra, onde suas casas eram ameaçadas.
6. Jack e a abóbora
Existe uma antiga lenda irlandesa, em que se conta de um homem chamado Jack que tinha sido tão mau em vida que supostamente não podia nem entrar no inferno por ter enganado muitas vezes o demônio. Assim, teve que permanecer na terra vagando pelos caminhos com uma lanterna, feita de um vegetal vazio com um carvão aceso.
As pessoas supersticiosas, para afugentar Jack, colocavam uma lanterna similar na janela ou à frente de sua casa. Mais adiante, quando isto se popularizou, o vegetal para fazer a lanterna passou a ser uma cabaça com buracos em forma do rosto de uma caveira ou bruxa.

7. Um grande negócio
Hollywood contribuiu à difusão do Halloween com uma série de filmes nos quais a violência gráfica e os assassinatos criam no espectador um estado mórbido de angústia e ansiedade. Estes filmes são vistos por adultos e crianças, criando nestes últimos medo e uma ideia errônea da realidade. Do mesmo modo, as máscaras, as fantasias, os doces, as maquiagens entre outros artigos são motivos para que alguns empresários fomentem o “consumo do terror” e favorecem a imitação dos costumes norte-americanos.
8. A festa à fantasia
Segundo Padre Jordi Rivero, grande apologista, celebrar uma festa à fantasia não é intrinsecamente ruim, sempre e quando se cuidar que esta não esteja contra o pudor, o respeito pelas coisas sagradas e a moral em geral.
É por esta razão que nos últimos anos cresceu a comemoração alternativa do “Holywins” (a santidade vence), que consiste em disfarçar-se do Santo ou Santa favorita e participar a noite de 31 de outubro em diversas atividades da paróquia, como Missas, vigílias, grupos de oração pelas ruas, adoração eucarística, através de cantos, músicas e danças em “chave cristã”.

quarta-feira, 30 de outubro de 2019

Liturgia Diária - A porta estreita é a vivência do amor.

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1a Leitura - Romanos 8,26-30
Leitura da carta de são Paulo aos Romanos.
8 26 Outrossim, o Espírito vem em auxílio à nossa fraqueza; porque não sabemos o que devemos pedir, nem orar como convém, mas o Espírito mesmo intercede por nós com gemidos inefáveis.
27 E aquele que perscruta os corações sabe o que deseja o Espírito, o qual intercede pelos santos, segundo Deus. 28 Aliás, sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são os eleitos, segundo os seus desígnios. 29 Os que ele distinguiu de antemão, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que este seja o primogênito entre uma multidão de irmãos. 30 E aos que predestinou, também os chamou; e aos que chamou, também os justificou; e aos que justificou, também os glorificou.
Palavra do Senhor.

Salmo - 12/13
Senhor, eu confiei na vossa graça!

Olhai, Senhor, meu Deus, e respondei-me!
Não deixeis que se me apague a luz dos olhos
e se fechem, pela morte, adormecidos!
Que o inimigo não me diga: ‘Eu triunfei!’
Nem exulte o opressor por minha queda.

Uma vez que confiei no vosso amor,
meu coração, por vosso auxílio, rejubile
e que eu vos cante pelo bem que me fizestes!

Evangelho - Lucas 13,22-30
Aleluia, aleluia, aleluia.

Pelo evangelho o Pai nos chamou, a fim de alcançarmos a glória de nosso Senhor Jesus Cristo (2Ts 2,14)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.

Naquele tempo, 13 22 sempre em caminho para Jerusalém, Jesus ia atravessando cidades e aldeias e nelas ensinava. 23 Alguém lhe perguntou: “Senhor, são poucos os homens que se salvam?” Ele respondeu: 24 “Procurai entrar pela porta estreita; porque, digo-vos, muitos procurarão entrar e não o conseguirão. 25 Quando o pai de família tiver entrado e fechado a porta, e vós, de fora, começardes a bater à porta, dizendo: ‘Senhor, Senhor, abre-nos’, ele responderá: ‘Digo-vos que não sei de onde sois’. 26 Direis então: ‘Comemos e bebemos contigo e tu ensinaste em nossas praças’. 27 Ele, porém, vos dirá: ‘Não sei de onde sois; apartai-vos de mim todos vós que sois malfeitores’. 28 Ali haverá choro e ranger de dentes, quando virdes Abraão, Isaac, Jacó e todos os profetas no Reino de Deus, e vós serdes lançados para fora. 29 Virão do oriente e do ocidente, do norte e do sul, e sentar-se-ão à mesa no Reino de Deus. 30 Há últimos que serão os primeiros, e há primeiros que serão os últimos”.
Palavra da Salvação.
 
Reflexão 
 
Seguindo para Jerusalém Jesus dava aos Seus discípulos as últimas recomendações, pois lá, finalmente, seria coroada a sua Missão de Salvador da humanidade. E assim, Ele lhes deu um direcionamento oportuno para nós também, hoje: "Fazei todo esforço possível para entrar pela porta estreita...muitos tentarão entrar e não conseguirão". E foi mais além no seu ensinamento quando lhes falou no dono da casa que fechou a porta para aqueles que achavam que O conheciam somente porque tinham estado com Ele, dizendo: “afastai-vos de mim todos vós que praticais a injustiça!” Diante desta realidade nós também podemos refletir a respeito da nossa ação missionária quando entendemos que convivemos com Jesus na oração, no serviço, no louvor, falando e apregoando em Seu Nome, entretanto, continuamos com as nossas práticas injustas. Nem tentamos entrar pela porta estreita, pois, as facilidades da vida nos atrapalham. Assim, procuramos o que nos dá menos trabalho, o que não nos impede de satisfazer os nossos desejos, colocamos os nossos interesses acima daquelas pessoas que necessitam mais do que nós e tudo isso é como uma armadura que nos impede de entrar pela porta da justiça.  
 
A nossa adesão à salvação que Jesus veio nos dar implica no nosso esforço para superar as nossas inclinações para uma vida fácil, livre dos problemas e dos sacrifícios pessoais. Precisamos nos questionar em todas as vezes que conseguimos as coisas com muita facilidade, sem esforço próprio, adotando o modelo do mundo, voltados somente para nós e esquecendo-nos de que a justiça é o parâmetro que Deus definiu para chegarmos ao céu. E a justiça é a vivência do amor, do perdão, da bondade, da partilha, da solidariedade, da renúncia, consequentemente a porta estreita é a justiça. Mesmo que tenhamos pregado em Nome de Jesus, mesmo que nos achemos servos e servas fiéis, se não praticarmos a justiça, não teremos lugar à mesa do reino de Deus. 
 
A justiça que precisamos praticar requer uma vida de renúncia de nós mesmos (as), de humildade e serviço, de abstinência da nossa vontade própria, de domínio da nossa carne e de uma entrega absoluta ao Espírito Santo de Deus que nos conduz. – Como está a sua justiça? – Você tem procurado o caminho mais fácil, que exige menos esforço ou tem sido fiel à Palavra e aos ensinamentos de Jesus que nos manda amar ao próximo como a nós mesmos (as)?
 
 
 
Helena Serpa 

O que é a Festa de Halloween?

O Halloween é uma festa comum nos EUA e Europa e é celebrada no dia 31 de Outubro, de origem pagã.
A comemoração veio dos antigos Celtas, um povo que habitava a Grã-Bretanha (Inglaterra, Escócia, Irlanda) a mais de 2000 anos atrás, vindos da Ásia. Os Celtas realizavam a colheita nessa época do ano, e, segundo um antigo ritual de sua religião druida, os espíritos das pessoas mortas voltariam à Terra durante a noite, no último dia do ano, que para eles era o dia 31 de outubro e queriam, entre outras coisas, se alimentar e assustar as pessoas. Acreditavam também no aparecimento das bruxas, mulheres que tinham vida sexual com demônios e que faziam muito mal às pessoas, ao gado, às plantações, etc.

Com isso, os Celtas costumavam se vestir com máscaras assustadoras para afastar estes espíritos e as bruxas. Esse episódio era conhecido como o “Samhaim”. Com o passar do tempo, os cristãos chegaram à Grã-Bretanha, converteram os Celtas especialmente com o trabalho de São Patrício no século IV e São Columbano no século VI. Com isso, a Igreja Católica transformou este ritual pagão, em uma festa religiosa. Ela passou a ser celebrada nesta mesma época e, ao invés de honrar espíritos e forças ocultas, o povo recém catequizado, deveria honrar os santos, daí veio o “All Hallows Day”: o “Dia de Todos os Santos”. Mas, a tradição entre estes povos continuou, e além de celebrarem o Dia de Todos os Santos, eles celebravam também a noite da véspera do Dia de Todos os Santos com as máscaras assustadoras e com comida. A noite era chamada de “All Hallows Evening”, abreviando-se, veio o Halloween.

Retirado do livro: “Falsas Doutrinas – Seitas e Religiões”. Prof. Felipe Aquino (Org.). Ed. Cléofas.

terça-feira, 29 de outubro de 2019

A semente de mostarde e o fermento.

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1a Leitura - Romanos 8,18-25
Leitura da carta de são Paulo aos Romanos.
8 18 Tenho para mim que os sofrimentos da presente vida não têm proporção alguma com a glória futura que nos deve ser manifestada.
19 Por isso, a criação aguarda ansiosamente a manifestação dos filhos de Deus. 20 Pois a criação foi sujeita à vaidade (não voluntariamente, mas por vontade daquele que a sujeitou), 21 todavia com a esperança de ser também ela libertada do cativeiro da corrupção, para participar da gloriosa liberdade dos filhos de Deus. 22 Pois sabemos que toda a criação geme e sofre como que dores de parto até o presente dia. 23 Não só ela, mas também nós, que temos as primícias do Espírito, gememos em nós mesmos, aguardando a adoção, a redenção do nosso corpo. 24 Porque pela esperança é que fomos salvos. Ora, ver o objeto da esperança já não é esperança; porque o que alguém vê, como é que ainda o espera? 25 Nós que esperamos o que não vemos, é em paciência que o aguardamos.
Palavra do Senhor.


Salmo - 125/126
Maravilhas fez conosco o Senhor,
exultemos de alegria!

Quando o Senhor reconduziu nossos cativos,
parecíamos sonhar;
encheu-se de sorriso nossa boca,
nossos lábios, de canções.

Entre os gentios se dizia: “Maravilhas
fez com eles o Senhor!”
Sim, maravilhas fez conosco o Senhor,
exultemos de alegria!

Mudai a nossa sorte, ó Senhor,
como torrentes no deserto.
Os que lançam as sementes entre lágrimas
ceifarão com alegria.

Chorando de tristeza sairão,
espalhando suas sementes;
 cantando de alegria voltarão,
carregando os seus feixes!

Evangelho - Lucas 13,18-21
Aleluia, aleluia, aleluia.

Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, pois revelaste os mistérios do teu reino aos pequeninos, escondendo-os aos doutores! (Mt 11,25)

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.

Naquele tempo, 13 18 Jesus dizia ainda: “A que é semelhante o Reino de Deus, e a que o compararei? 19 É semelhante ao grão de mostarda que um homem tomou e semeou na sua horta, e que cresceu até se fazer uma grande planta e as aves do céu vieram fazer ninhos nos seus ramos”. 20 Disse ainda: “A que direi que é semelhante o Reino de Deus? 21 É semelhante ao fermento que uma mulher tomou e misturou em três medidas de farinha e toda a massa ficou levedada”.
Palavra da Salvação.
 
 Reflexão
 
Jesus usava os exemplos mais simples possíveis, e em outra passagem chega a dizer que explicava essas coisas em parábolas a fim de confundir os doutores, justamente porque os doutores não tinham contato com coisas simples como plantar sementes, preparar massa de pão ou de bolo então eles tinham mais dificuldade de entender, e às vezes se confundiam.

Hoje, Ele se desafia. Com que poderei comparar o Reino dos Céus? Primeiro Ele compara com o homem que lança uma semente de mostarda no seu jardim. A semente gera uma árvore que os pássaros do céu fazem ninhos em seus galhos. Qualquer pessoa simples daquela época sabia que a semente de mostarda é a menor dentre todas as sementes, e que gera uma árvore enorme… E o que isso tem a ver com o Reino dos Céus? Veja que comparação linda: o homem que atirou a semente é o próprio Jesus; a semente é o Evangelho; o terreno é o nosso coração; e a árvore que vai crescendo a partir daquela semente é a nossa vida, que é próprio Reino dos Céus onde as aves do céu fazem ninho, ou seja, as crianças de todas as idades vêm se aconchegar aonde as pessoas vêm colher frutos para saciar sua fome de Deus onde tantos vêm descansar à sua sombra quando estão cansados… e mesmo quando vem o lenhador e corta o seus galhos ou até o seu tronco, a árvore exala perfume sobre o machado que a feriu, mas não morre antes de espalhar novas sementes pelo mundo afora.
A segunda comparação foi com o fermento que se mistura com 3 porções de farinha até que tudo fique fermentado. Jesus entendia até de cozinha! Quem cozinha sabe que não é só jogar o fermento e pronto… Existe todo um processo para fazer o fermento penetrar na massa. E eu fico imaginando aquelas mulheres, quando iam preparar o pão, fazendo as analogias a cada gesto durante a preparação do pão. A farinha é o nosso ser, e o fermento é o Amor. Enquanto a massa vai sendo misturada com o fermento, ela precisa ser batida, amassada, deformada e remodelada, para que o fermento se misture e fique igualmente distribuído em toda a massa, para que no momento de ir ao fogo, o pão resista ao calor e cresça por igual. 

Nós também precisamos ser amassados, deformados e remodelados para que o amor preencha todas as áreas da nossa vida. Enquanto houver áreas sem fermento, aquela área deverá ser amassada e sofrer um pouco mais, até que o fermento do amor entre nela. Tudo isso para que, no momento de ir ao fogo, o nosso pão cresça por igual, sem áreas deformadas pela falta do fermento.
Você deve ter observado que essa reflexão ficou grande, mas poderia ter ficado ainda maior, pela beleza e riqueza deste Evangelho. Jesus também se desafiaria para encontrar uma comparação interessante, com algo que você está habituado a ver no seu cotidiano, só para fazer você entender o que é o Reino dos Céus, e desejar, com todas as forças, fazer parte dele.
Senhor, faça com que eu seja instrumento de seu Reino para que ele chegue à todas as pessoas, sem exceção, mormente aos pobres e marginalizados.


Pe Bantu

3 erros (e 3 acertos) que cometemos durante a oração

Felizmente, a Igreja nos ajuda a encontrar as atitudes certas em relação ao modo como rezamos
No trigésimo domingo do tempo comum, ano C, Jesus traz boas e más notícias para nós em relação à oração.
A má notícia é que, muitas vezes, cometemos os mesmos erros de oração que o fariseu comete em sua história. Porém, a boa notícia é que a Igreja se certificou de que também imitamos o coletor de impostos algumas vezes.
Nosso primeiro erro é que direcionamos nossa oração para o lugar errado.
“O fariseu assumiu sua posição e fez esta oração a si mesmo”, diz Jesus.
Não apenas fazemos isso, mas, às vezes, nos orgulhamos disso. Quando dizemos que somos mais “espirituais” do que “religiosos”, provavelmente queremos dizer que somos reflexivos e compreendemos a dimensão mais profunda de nossas vidas.
Podemos até rezar. Nós refletimos sobre nossas vidas, tentando ser a melhor versão de nós mesmos, e entramos em contato com nossos sentimentos. E isso é bom, em seu devido lugar. Mas pense no que isso pode significar: “refletir” é literalmente autocontemplação, e focar em nós mesmos significa “assumir uma posição” inapropriadamente próxima da de Deus.
Graças a Deus, a Igreja constantemente nos coloca de volta na posição de cobrador de impostos.
“Mas o cobrador de impostos ficou à distância e nem sequer levantou os olhos para o céu, mas bateu no peito e orou: ‘Ó Deus, seja misericordioso comigo, um pecador’”, diz Jesus.
A Igreja garante que todos façamos o seguinte: quando rezamos o Ato Penitencial no início da Missa, literalmente batemos no peito como o publicano e ecoamos seu pedido de misericórdia.
Nosso segundo erro é comparar-nos a maus modelos.
Em seguida, o fariseu diz: “Ó Deus, agradeço por não ser como o resto da humanidade – ganancioso, desonesto, adúltero – ou mesmo como esse cobrador de impostos”.
Comparando-se a pecadores endurecidos, ele é tão absurdo quanto um corredor que se compara a pessoas aleijadas ou como nós quando olhamos para nossas vidas e as comparamos com pessoas que não tiveram os dons que tivemos – os discípulos que nos alcançaram e a graça da conversão.
Seu orgulho o faz imaginar que o “resto da humanidade” é ruim. Fazemos isso o tempo todo – julgando os de outro partido político ou religião, ou de outros católicos que não são como nós.
Mais uma vez, a Igreja ajuda a evitar esse erro, lembrando-nos quem estamos imitando e com quem estamos.
O cobrador de impostos se concentra na misericórdia de Deus – e se coloca na categoria “pecador”.

A Igreja nos ajuda a fazer a mesma coisa, mas colocando Jesus Cristo diante de nós como nosso exemplo e nos colocando diretamente na companhia de pecadores em nossa igreja.
O que nos leva ao terceiro erro: esperamos que Deus fique impressionado conosco.
Em seguida, o fariseu se vangloria de Deus, dizendo: “Jejuo duas vezes por semana e pago o dízimo em toda a minha renda”.
Eu não posso ser a única pessoa que faz isso também. Parece que a minha vida espiritual tem dois modos: ou estou aquém dos meus objetivos e me sinto culpado por isso, ou realmente consegui agir e me sinto o maior presente da humanidade para Deus.
Tanto a culpa como o orgulho estão errados. Como o Salmo diz: “O Senhor está próximo do coração partido, e daqueles que são esmagados pelo espírito, ele salva”. E, como diz a primeira leitura, Deus “não conhece favoritos”.
Ele é Deus; qualquer ganho que obtemos é apenas a cooperação com a realidade dele, e qualquer falha que cometemos em nossas vidas é apenas uma oportunidade perdida.
O cobrador de impostos é o único na história que impressiona Jesus, e São Paulo conhece seu segredo.
O segredo do coletor de impostos é que ele recebe de Deus o que precisa. É o mesmo com São Paulo.

A princípio, pode parecer que São Paulo, na segunda leitura, é muito parecido com o fariseu. Soa como se gabar quando ele diz: “Eu competi bem; Eu terminei a corrida; Eu tenho mantido a fé. A partir de agora, a coroa da justiça me espera.
Mas veja o contexto. Essa “coroa de justiça” será concedida “a todos que almejaram sua aparência” e Paulo é incluído apenas porque “o Senhor me apoiou e me deu força” depois que ele “foi resgatado da boca do leão”, ele diz .

Em resumo, Paulo segue a fórmula que a Igreja nos apresentou em outubro. Os Evangelhos apresentaram três imagens de oração: o leproso que agradeceu a Jesus por sua cura, a viúva confrontando o juiz injusto e hoje. A lição: nossa oração deve ter a base da gratidão e da humildade.


Fonte: https://pt.aleteia.org/2019/10/25/3-erros-e-3-acertos-que-cometemos-durante-a-oracao/

segunda-feira, 28 de outubro de 2019

Liturgia Diária – Aprendendo a discernir com Jesus.


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1a Leitura - Efésios 2,19-22
Leitura da carta de são Paulo aos Efésios.
2 19 Conseqüentemente, já não sois hóspedes nem peregrinos, mas sois concidadãos dos santos e membros da família de Deus,
20 edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, tendo por pedra angular o próprio Cristo Jesus.
21 É nele que todo edifício, harmonicamente disposto, se levanta até formar um templo santo no Senhor.
22 É nele que também vós outros entrais conjuntamente, pelo Espírito, na estrutura do edifício que se torna a habitação de Deus.
Palavra do Senhor.

Salmo - 18/19A
Seu som ressoa e se espalha em toda a terra.

Os céus proclamam a glória do Senhor,
e o firmamento, a obra de suas mãos;
o dia ao dia transmite essa mensagem,
a noite à noite publica essa notícia.

Não são discursos nem frases ou palavras,
nem são vozes que possa ser ouvidas;
seu som ressoa e se espalha em toda a terra,
chega aos confins do universo a sua voz.

Evangelho - Lucas 6, 12-19
Aleluia, aleluia, aleluia.
A vós, ó Deus, louvamos, a vós, Senhor, cantamos; vos louva, ó Senhor, o corro dos apóstolos!

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
6 12 Naqueles dias, Jesus retirou-se a uma montanha para rezar, e passou aí toda a noite orando a Deus.
13 Ao amanhecer, chamou os seus discípulos e escolheu doze dentre eles que chamou de apóstolos:
14 Simão, a quem deu o sobrenome de Pedro; André, seu irmão; Tiago, João, Filipe, Bartolomeu,
15 Mateus, Tomé, Tiago, filho de Alfeu; Simão, chamado Zelador;
16 Judas, irmão de Tiago; e Judas Iscariotes, aquele que foi o traidor.
17 Descendo com eles, parou numa planície. Aí se achava um grande número de seus discípulos e uma grande multidão de pessoas vindas da Judéia, de Jerusalém, da região marítima, de Tiro e Sidônia, que tinham vindo para ouvi-lo e ser curadas das suas enfermidades.
18 E os que eram atormentados dos espíritos imundos ficavam livres.
19 Todo o povo procurava tocá-lo, pois saía dele uma força que os curava a todos.
Palavra da Salvação.

Reflexão
 
Jesus subiu à montanha para orar e pedir ao Pai discernimento, pois sabia da grande responsabilidade que teria em escolher dentre muitos, os doze apóstolos que seriam as colunas da Sua Igreja. Por isso, quando desceu, estava seguro de que os escolhidos eram seguramente aqueles que o Pai Lhe havia indicado, apesar das diferenças de temperamento e até de caráter, dos defeitos e virtudes. Ele sabia que todos teriam a sua função, no plano de Salvação de Deus e não perdeu tempo, começou a ensiná-los por meio das Suas ações, gestos e palavras. Assim, os apóstolos escolhidos, caminharam e aprenderam com Ele a ter intimidade com o Pai, a orar, e, principalmente, a edificar o reino dos céus. Embora haja os desacertos por causa da nossa fraqueza espiritual, com Jesus nós também aprendemos a orar para conhecer a vontade de Deus confiando no discernimento feito, sob a ação do Espírito Santo. 
 
Mesmo que, às vezes, no primeiro contratempo, depois que oramos e discernimos algo, possamos duvidar da nossa oração e do direcionamento que nos foi dado, precisamos nos manter firmes e confiantes. Jesus nunca duvidou de que a Sua escolha fosse segundo a vontade do Pai, mesmo que entre os escolhidos houvesse traidor, covardes e incrédulos. Aprendamos, portanto, com Jesus, a subir a montanha para orar e, ao descer, possamos enfrentar a multidão, os traidores e covardes com serenidade e segurança. – Você costuma orar ao Pai antes de tomar suas decisões?  – Mesmo quando há algum contratempo você confia no direcionamento do Senhor?
 – Você acha que Deus escuta a sua oração? 
 
 
Helena Serpa

Como sabemos que Deus é misericordioso?

jesusEm muitas passagens da Sagrada Escritura, Deus mostra-Se misericordioso, especialmente na parábola do Pai misericordioso (Lc 15,11-32), que vai ao encontro do filho perdido e o acolhe incondicionalmente, para celebrar com ele a alegre festa do reencontro e da reconciliação. [1846, 1870]

Já no Antigo Testamento Deus fala pelo profeta Ezequiel: <> (Ez 33,11) Jesus é enviado às <> (Mt 15,24), e Ele sabe que <> (Mt 9,12). Por isso, Ele come com os publicanos e os pecadores, antes de interpretar a Sua morte, no fim da Sua vida terrena, como uma iniciativa do amor misericordioso de Deus: <> (Mt 26,28).

Fonte: YOUCAT

domingo, 27 de outubro de 2019

30º Domingo do Tempo Comum - "Pois quem se eleva será humilhado."


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1a Leitura - Eclesiástico 35,15-17.20-22
Leitura do livro do Eclesiástico.
35 15Nada esperes de um sacrifício injusto, porque o Senhor é teu juiz, e ele não faz distinção de pessoas.
16O Senhor não faz acepção de pessoa em detrimento do pobre, e ouve a oração do ofendido. 17Não despreza a oração do órfão, nem os gemidos da viúva. 20Aquele que adora a Deus na alegria será bem recebido, e sua oração se elevará até as nuvens. 21A oração do humilde penetra as nuvens; ele não se consolará, enquanto ela não chegar (a Deus), e não se afastará, enquanto o Altíssimo não puser nela os olhos. 22O Senhor não concederá prazo: ele julgará os justos e fará justiça. O fortíssimo não terá paciência com (os opressores), mas esmagar-lhes-á os rins.
Palavra do Senhor.

Salmo - 33/34
O pobre clama a Deus e ele escuta:
o Senhor liberta a vida dos seus servos.

Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo,
seu louvor estará sempre em minha boca.
Minha alma se gloria no Senhor;
que ouçam os humildes e se alegrem.

Mas ele volta a sua face contra os maus,
para da terra apagar sua lembrança.
Clamam os justos, e o Senhor bondoso escuta
e de todas as angústias os liberta.

Do coração atribulado ele está perto
e conforta os de espírito abatido.
Mas o Senhor liberta a vida dos seus servos,
e castigado não será quem nele espera.

2a Leitura - 2 Timóteo 4,6-8.16-18
Leitura da segunda carta de são Paulo a Timóteo.
4 6Quanto a mim, estou a ponto de ser imolado e o instante da minha libertação se aproxima.
7Combati o bom combate, terminei a minha carreira, guardei a fé. 8Resta-me agora receber a coroa da justiça, que o Senhor, justo Juiz, me dará naquele dia, e não somente a mim, mas a todos aqueles que aguardam com amor a sua aparição. 16Em minha primeira defesa não houve quem me assistisse; todos me desampararam! (Que isto não seja imputado.) 17Contudo, o Senhor me assistiu e me deu forças, para que, por meu intermédio, a boa mensagem fosse plenamente anunciada e chegasse aos ouvidos de todos os pagãos. E fui salvo das fauces do leão. 18O Senhor me salvará de todo mal e me preservará para o seu Reino celestial. A ele a glória por toda a eternidade! Amém.
Palavra do Senhor.

Evangelho - Lucas 18,9-14
Aleluia, aleluia, aleluia.
O Senhor reconciliou o mundo em Cristo, confiando-nos sua palavra; a palavra da reconciliação, a palavra que hoje, aqui, nos salva (2Cor 5,19).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
18 9Jesus lhes disse ainda esta parábola a respeito de alguns que se vangloriavam como se fossem justos, e desprezavam os outros:
10Subiram dois homens ao templo para orar. Um era fariseu; o outro, publicano. 11O fariseu, em pé, orava no seu interior desta forma: "Graças te dou, ó Deus, que não sou como os demais homens: ladrões, injustos e adúlteros; nem como o publicano que está ali. 12Jejuo duas vezes na semana e pago o dízimo de todos os meus lucros". 13O publicano, porém, mantendo-se à distância, não ousava sequer levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: "Ó Deus, tem piedade de mim, que sou pecador! 14Digo-vos: este voltou para casa justificado, e não o outro. Pois todo o que se exaltar será humilhado, e quem se humilhar será exaltado".
Palavra da Salvação.

Reflexão
 
No evangelho que a liturgia deste Domingo nos convida a refletir, temos como parâmetro para a nossa  avaliação, duas modalidade de oração: A oração arrogante de um fariseu e a oração com humildade de um  publicano.
No Domingo anterior, Jesus ressalta  a necessidade de rezar sempre, hoje, Ele vem nos dizer, através de uma pequena parábola, que nem toda oração chega a Deus.
O sentido desta  parábola, não é questionar a nossa forma de rezar, e sim, a nossa forma de viver, pois o nosso viver, tem que ser uma oração, ser a expressão do que somos interiormente. Não é com palavras, que vamos mostrar a Deus, quem somos, e sim, com o nosso modo de viver, que deve ser coerente com o evangelho.

Se nos perguntássemos, com qual dos dois personagens desta parábola, nos identificamos, provavelmente, responderíamos que era com o que fora justificado por Deus por causa da sua humildade: o publicano. Se assim respondêssemos, estaríamos tendo a mesma postura do fariseu que se colocou diante de Deus como o melhor, um sinal, de que ainda conservamos um pouco de farisaísmo em nós.
(O farisaísmo é um mal, ainda presente no nosso meio. A postura farisaica, é um entrave em nossas comunidades, quem mantém esta postura, é moralista, permanece fixado nas práticas antigas, rituais vazios, não se abre ao novo.)
E voltando a parábola: nenhum dos dois personagens desta parábola, serve de modelo para nós, pois tanto o fariseu, quanto o publicano, não eram justos.
 
O fariseu, embora  cumprisse todas as leis, preceitos, rituais, não vivia a lei maior, que é a lei do o amor, ele vestia o manto da bondade, mas na prática, não vivia essa bondade, Jesus,  já havia chamado os fariseus de sepulcros caiados.(Mt23,27)  Por outro lado, o publicano, também não era um homem correto, não por ser um cobrador de imposto, até porque, esta profissão, lhes era imposta pelos romanos, a injustiça que o publicano, como todos os cobradores de impostos praticavam, era cobrar o imposto além do que era devido e embolsar  a diferença.
O que diferenciou os dois, foi a postura de cada um diante de Deus. O fariseu, não colocou Deus como o centro de sua oração, colocou ele mesmo, o que ele fez, foi vangloriar-se, em momento algum, ele demonstrou necessitado de Deus. Enquanto que o publicano foi humilde, envergonhado de suas atitudes não corretas, ele reconheceu-se pecador, necessitado da misericórdia de Deus, foi por isto, que ele voltou para casa justificado.
O que podemos pegar de exemplo do publicano e colocar na nossa vida, é a sua humildade em reconhecer-se pecador. Precisamos ter a humildade de reconhecer as nossas imperfeições, os nossos erros, para que possamos corrigi-los enquanto há tempo.

A nossa oração deve ser sincera, deve estar sincronizada com nosso modo de viver, ter um vínculo profundo com o nosso desejo de conversão, de buscar uma vida nova em Jesus! Uma oração que não nos leve à conversão, é uma oração vazia que jamais chegará a Deus!
Para que a nossa oração chegue a Deus, não precisamos usar muitas palavras, descrever quem somos, o que fazemos de bom, como fez o fariseu, pois Deus conhece o nosso interior, sabe quais são as nossas intenções.
A nossa vida, deve ser marcada pela a vida de comunhão e acima de tudo, de humildade, pois a humildade é a virtude que mais nos aproxima da perfeição. Uma pessoa não é humilde de nascença, ela vai se tornando humilde, à medida que ela vai reconhecendo as suas imperfeições, a sua necessidade da misericórdia de Deus.
Jesus, com  sua vida, nos ensina o caminho que nos leva a salvação, que é o caminho da humildade, caminho este, que Ele mesmo percorreu, ora se misturando com os pobres e marginalizados, ora sentando à mesa da refeição com os seus adversários.
“Quem é humilde, não presume que o é, pois dentre todas as virtudes, somente a humildade ignora a si mesma.” 



 Olivia Coutinho