sábado, 30 de novembro de 2019

Liturgia Diária – Os primeiros discípulos eram irmãos.

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1a Leitura - Romanos 10,9-18
Leitura da carta de são Paulo aos Romanos.
10 9Portanto, se com tua boca confessares que Jesus é o Senhor, e se em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo.
10É crendo de coração que se obtém a justiça, e é professando com palavras que se chega à salvação.

11A Escritura diz: "Todo o que nele crer não será confundido".
12Pois não há distinção entre judeu e grego, porque todos têm um mesmo Senhor, rico para com todos os que o invocam,
13porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.
14Porém, como invocarão aquele em quem não têm fé? E como crerão naquele de quem não ouviram falar? E como ouvirão falar, se não houver quem pregue?
15E como pregarão, se não forem enviados, como está escrito: "Quão formosos são os pés daqueles que anunciam as boas novas?"
16Mas não são todos que prestaram ouvido à boa nova. É o que exclama Isaías: "Senhor, quem acreditou na nossa pregação"?

17Logo, a fé provém da pregação e a pregação se exerce em razão da palavra de Cristo. 18Pergunto, agora: "Acaso não ouviram? Claro que sim! Por toda a terra correu a sua voz, e até os confins do mundo foram as suas palavras".
Palavra do Senhor.

Salmo - 18/19A
Seu som ressoa e se espalha em toda a terra.

Os céus proclamam a glória do Senhor,
e o firmamento, a obra de suas mãos;
o dia ao dia transmite essa mensagem,
a noite à noite publica essa notícia.

Não são discursos nem frases ou palavras,
nem são vozes que possa ser ouvidas;
seu som ressoa e se espalha em toda a terra,
chega aos confins do universo a sua voz.

Evangelho - Mateus 4,18-22
Aleluia, aleluia, aleluia.
Vinde após mim, disse o Senhor, e eu ensinarei a pescar gente (Mt 4,19).
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
4 18 Jesus, caminhando ao longo do mar da Galiléia, viu dois irmãos: Simão (chamado Pedro) e André, seu irmão, que lançavam a rede ao mar, pois eram pescadores.
19 E disse-lhes: “Vinde após mim e vos farei pescadores de homens”. 20 Na mesma hora abandonaram suas redes e o seguiram. 21 Passando adiante, viu outros dois irmãos: Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João, que estavam com seu pai Zebedeu consertando as redes. Chamou-os, 22 e eles abandonaram a barca e seu pai e o seguiram.
Palavra da Salvação.

Reflexão 
 
Os primeiros apóstolos, Simão e André, Tiago e João eram irmãos, trabalhavam juntos em família, eram pescadores e estavam em plena atividade na sua ocupação. Estas particularidades servem hoje de pano de fundo para a nossa reflexão. Percebemos, então, que eles tinham uma profissão, tinham uma história, viviam entre a família, no entanto, ao chamado de Jesus, “imediatamente deixaram as redes, a barca e o pai e O seguiram!” Hoje também Jesus deseja atrair para si as nossas famílias com as quais convivemos. Nós também temos uma história, temos os nossos problemas, e, por isso mesmo, precisamos ser fortalecidos espiritualmente para dar testemunho ao mundo de que seguir a Jesus é a condição primeira para que possamos cumprir com o desígnio de Deus para nossa vida em família. O nosso trabalho, a nossa ocupação, a rotina da nossa existência não devem ser impedimento para que sigamos a Jesus e vivamos os Seus ensinamentos. 

Deixar imediatamente, as redes, a barca e o pai, significa atender o chamado de Jesus que tem a autoridade de quem sabe o que é melhor para cada um de nós, e por isso, tem a primazia nas nossas eleições. Jesus nos convoca a ser “pescadores de homens”, no meio da nossa família por meio do nosso testemunho de fidelidade a Deus e aos irmãos. O Seu chamado é irrevogável e intransferível, por isso, é necessário, que estejamos livres de qualquer empecilho, desapegados (as) de tudo quanto nos prende, mesmo que seja o trabalho, a profissão, a família ou os bens. Mesmo que sejamos muito ocupados (as), Jesus nos chama, pois os seus escolhidos são justamente àqueles que se comprometem e que têm que renunciar a alguma coisa. Jesus deseja que o nosso coração esteja livre de tudo e de todos para segui-Lo, vivendo a Lei do Seu Amor. – Você também foi chamado (a) por Jesus? – Quando foi que Jesus o (a) convocou? Você lembra? – Você já disse sim a Jesus no serviço do reino ou ainda está dando desculpas esfarrapadas? – Aproveite o tempo de agora, não perca as oportunidades!


Helena Serpa

Cinco detalhes sobre a Coroa do Advento que talvez você desconheça.

fotoCoronaAdvientodetalles2015Vale a pena conferir essas dicas…
A Igreja se prepara para iniciar o tempo de Advento neste domingo, 02 de dezembro, e como é tradição os fiéis se reunirão para rezar e acender a primeira vela da Coroa do Advento. Confira a seguir, cinco detalhes que todo cristão deve saber sobre a Coroa.

1. Tradição e evangelização
A Coroa do Advento tem a sua origem em uma tradição pagã europeia. No inverno, acendiam-se algumas velas que representavam o “fogo do deus sol” com a esperança de que a sua luz e o seu calor voltassem. Os primeiros missionários aproveitaram esta tradição para evangelizar as pessoas. A partir de seus próprios costumes ensinavam-lhes a fé católica.
2. Por que deve ter uma forma circular?
O círculo não tem princípio, nem fim. É sinal do amor de Deus que é eterno, sem princípio nem fim, e também do nosso amor a Deus e ao próximo, o qual nunca deve terminar.
3. Usar ramos verdes
Verde é a cor da esperança e da vida. Deus quer que esperemos a sua graça, o seu perdão misericordioso e a glória da vida eterna no final de nossa vida. O desejo mais importante deve ser querer chegar a uma união mais forte com Deus, nosso Pai, assim como a árvore e seus ramos.

4. Leva quatro velas
As quatro velas permitem refletir na experiência da escuridão provocada pelo pecado, o qual deixa o homem cego e o afasta de Deus. Depois da primeira queda do homem, Deus foi dando pouco a pouco uma esperança de salvação que iluminou todo o universo, como as velas da Coroa.
Neste sentido, assim como as trevas se dissipam com cada vela que acendemos, os séculos foram se iluminando cada vez mais com a próxima chegada de Cristo ao mundo.
As quatro velas colocadas na Coroa de Advento são acendidas semana a semana, nos quatro domingos do advento e com uma oração especial.
5. Inclui uma vela rosada
Tradicionalmente as velas da Coroa de Advento são três roxas e uma rosa, esta é acendida no terceiro Domingo do Advento. Este dia é conhecido também como “Domingo Gaudete”, ou da alegria, devido à primeira palavra do prefácio da Missa: Gaudete (regozijem-se).
Durante a Celebração Eucarística deste dia, os paramentos do sacerdote e as toalhas do altar são com detalhes rosa, simbolizando a alegria e convidando os fiéis a se alegrar porque o Senhor já está perto.
Em alguns lugares, todas as velas da Coroa são substituídas por velas vermelhas e, na Noite de Natal, é colocada no centro da coroa uma vela branca, simbolizando Cristo como centro de tudo que existe.
Sugestões
a) Recomenda-se fazer a coroa de Advento em família, aproveitando a ocasião para ensinar as crianças o sentido e o significado de tal símbolo do Natal.
b) A coroa deverá estar em um lugar privilegiado da casa, de preferência onde seja facilmente visível a todos, recordando assim a vinda cada vez mais próxima do Senhor Jesus e a importância de preparar-se bem para este momento.
c) É conveniente fixar um horário para se fazer a liturgia da coroa do Advento de maneira que seja uma ocasião familiar e ordenada, com a participação consciente de todos.
d) Recomenda-se repartir as funções de cada membro da família durante a liturgia. Um acende a vela, outro lê a passagem bíblica, outro faz algumas preces, a fim de que todos possam participar e que seja uma ocasião de encontro familiar.


Abel Camasca

sexta-feira, 29 de novembro de 2019

Liturgia Diária – Os sinais do reino de Deus.

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1a Leitura - Daniel 7,2-14
Leitura da profecia de Daniel.
Eu, Daniel, 7 2 via, no transcurso de minha visão noturna, os quatro ventos do céu precipitarem-se sobre o Grande Mar.
3 Surgiram das águas quatro grandes animais, diferentes uns dos outros.

4 O primeiro parecia-se com um leão, mas tinha asas de águia. Enquanto o olhava, suas asas foram-lhe arrancadas, foi levantado da terra e erguido sobre seus pés como um homem, e um coração humano lhe foi dado.
5 Apareceu em seguida outro animal semelhante a um urso; erguia-se sobre um lado e tinha à boca, entre seus dentes, três costelas. Diziam-lhe: "Vamos! Devora bastante carne!" 6 Depois disso, vi um terceiro animal, idêntico a uma pantera, que tinha nas costas quatro asas de pássaro; tinha ele também quatro cabeças. O império lhe foi atribuído.
7 Finalmente, como eu contemplasse essas visões noturnas, vi um quarto animal, medonho, pavoroso e de uma força excepcional. Possuía enormes dentes de ferro; devorava, depois triturava e pisava aos pés o que sobrava. Ao contrário dos animais precedentes, ostentava dez chifres.

8 Como estivesse ocupado em observar esses chifres, eis que surgiu, entre eles outro chifre menor, e três dos primeiros foram arrancados para dar-lhe lugar. Este chifre tinha olhos idênticos aos olhos humanos e uma boca que proferia palavras arrogantes.
9 Continuei a olhar, até o momento em que foram colocados os tronos e um ancião chegou e se sentou. Brancas como a neve eram suas vestes, e tal como a pura lã era sua cabeleira; seu trono era feito de chamas, com rodas de fogo ardente.
10 Saído de diante dele, corria um rio de fogo. Milhares e milhares o serviam, dezenas de milhares o assistiam! O tribunal deu audiência e os livros foram abertos.
11 Olhei então, devido à balbúrdia causada pelos discursos arrogantes do chifre, olhei até o momento em que o animal foi morto, seu corpo subjugado e a fera jogada ao fogo.

12 Quanto aos outros animais, o domínio lhes foi igualmente retirado, mas a duração de sua vida foi fixada até um tempo e uma data.
13 Olhando sempre a visão noturna, vi um ser, semelhante ao filho do homem, vir sobre as nuvens do céu: dirigiu-se para o lado do ancião, diante de quem foi conduzido.
14 A ele foram dados império, glória e realeza, e todos os povos, todas as nações e os povos de todas as línguas serviram-no. Seu domínio será eterno; nunca cessará e o seu reino jamais será destruído.
Palavra do Senhor.

Salmo - Dn 3
Louvai-o e exaltai-o pelos séculos sem fim!

Montes e colinas, bendizei o Senhor!
Plantas da terra, bendizei o Senhor!
Mares e rios, bendizei o Senhor!

Fontes e nascentes, bendizei o Senhor!
Baleias e peixes, bendizei o Senhor!

Pássaros do céu, bendizei o Senhor!
Feras e rebanhos, bendizei o Senhor!

Evangelho - Lucas 21, 29-33
Aleluia, aleluia, aleluia.
Levantai vossa cabeça e olhai, pois a vossa redenção se aproxima! (Lc 21,28).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.

2129Jesus acrescentou ainda esta comparação: "Olhai para a figueira e para as demais árvores.
30Quando elas lançam os brotos, vós julgais que está perto o verão. 31Assim também, quando virdes que vão sucedendo estas coisas, sabereis que está perto o Reino de Deus. 32Em verdade vos declaro: não passará esta geração sem que tudo isto se cumpra. 33Passarão o céu e a terra, mas as minhas palavras não passarão".
Palavra da Salvação.

Reflexão
 
Meditando com este Evangelho, nós percebemos que há certos sinais que nos são fáceis de visualizar aqui na terra: ventania, nuvens sobrecarregadas de chuvas, calor forte, o tempo propício para colher os frutos, árvores carregadas de flores e tudo que nos remete a algum pensamento em relação ao clima e ao tempo. O exemplo da figueira nos alerta a não ficarmos alienados (as) e sim, atentos aos sinais do reino de Deus que é construído sutilmente dentro de nós, no nosso dia a dia, na nossa caminhada com Ele, apesar de quase não o perceber. Ele, então, nos ensina a entender e perceber a presença do reino de Deus em nós, assim como percebemos o aspecto das coisas que vivenciamos. 
 
Assim como há a aparência externa também há sinalização de que o reino dos céus está próximo de nós. Esta sinalização nos ocorre quando percebemos a manifestação do Espírito Santo que nos leva a um estado de espírito que antes não conseguíamos alcançar, a saber: coração grato, alegre, em paz, amor aos irmãos, desejo de santidade, misericórdia, perdão. Quando você perceber em si mesmo (a), esses sinais, saiba que o reino de Deus está próximo, isto é, Jesus está em você, agindo e motivando para uma vida nova. Um novo céu e uma nova terra começam a acontecer em nós quando vivenciamos a Palavra do Senhor que nos dá nova direção a fim de que possamos, desde já, viver o Seu reino aqui na terra. O céu e a terra visíveis, um dia passarão, o mundo será renovado e o reino de Deus, definitivamente, será estabelecido quando Jesus voltar! No entanto, desde já e no agora da nossa vida podemos distinguir os seus sinais.  - Você sabe diagnosticar o que se passa dentro do seu coração? – Onde está o reino de Deus? – Quais são os sinais de que o reino de Deus está perto de você? – Como o reino de Deus pode acontecer dentro do coração do homem?
 
 
Helena Serpa

Aprendendo com a natureza.

Deus é o criador de tudo, nada existe sem que tenha sido criado por Ele; toda a natureza é obra do seu amor, sabedoria e bondade.
São Tomás de Aquino dizia que: “Aberta a mão pela chave do amor, as criaturas surgiram”. Por isso, a Liturgia reza na Missa: “os Céus e a Terra proclamam a Vossa Glória”; e mais: “Tudo o que criastes proclama o Vosso louvor”; por isso é “nosso dever e salvação dar-Vos graça em todo tempo e lugar Pai Santo…”
A Sagrada Escritura diz que: “No princípio, Deus criou o céu e a terra” (Gn 1,1). “Foi pela fé que compreendemos que os mundos foram formados por uma palavra de Deus. Por isso é que o mundo visível não tem sua origem em coisas manifestas” (Hb 11,3). “No princípio era o Verbo… e o Verbo era Deus… Tudo foi feito por ele, e sem ele nada foi feito” (Jo 1,1-3).
Como toda a natureza (mineral, vegetal, animal, humana) é obra de Deus, então, ela traz em si sinais da perfeição de Deus. O nosso Catecismo diz no § 293: “Eis uma verdade fundamental que a Escritura e a Tradição não cessam de ensinar e de celebrar: “O mundo foi criado para a glória de Deus”; não para aumentá-la, mas para manifestá-la. O salmista canta: “Quão numerosas são as tuas obras, Senhor, e todas fizeste com sabedoria!” (Sl 104,24).
Os Apóstolos São Pedro e São Paulo compararam o Reino de Deus a uma lavoura, por isso passei a observá-las. Na minha casa eu tenho uma pequena horta onde cultivo couves, alfaces e espinafres. Nos intervalos do trabalho vou ali e descanso cuidando das plantas, e aprendo com a natureza.

Sem molhar bastante o canteiro não consigo retirar as ervas daninhas com a raiz; e se não for assim, a erva logo renasce. Então aprendi que também para retirar as ervas daninhas das almas, os pecados, com a Confissão, é preciso molhar bastante o terreno da alma com orações e meditações, senão a erva daninha não sai com a raiz. Não podemos fazer uma conversão apressada, na base da emotividade, às pressas, sem “molhar profundamente a alma” com a água da graça de Deus, senão a erva do pecado volta a crescer e mata a boa planta.
Aprendi também que é preciso estar atento porque a cada dia nascem novas ervas más e é preciso arrancá-las na raiz. Um provérbio chinês diz que não é a erva daninha que mata a planta, mas a preguiça do lavrador.
Aprendi também que a boa plantinha nasce muito pequena e frágil e que é preciso cuidá-la com muito carinho, não deixando de regá-la todos os dias. Assim também é na evangelização; se as almas abertas a Deus não forem “regadas” diariamente pela oração, vida sacramental, meditação da Palavra de Deus, etc., a plantinha da fé não sobrevive. Não adiante molhar muito planta apenas uma vez por semana; é preciso regá-las todos os dias. Mozart disse que quando ele ficava um dia sem tocar seu piano, no dia seguinte ele notava que estava pior; quando ficava dois dias sem tocar, os mais íntimos notavam; quando ficava três dias sem tocar, toda a plateia notava.

Aprendi também que se o canteiro não for bem preparado, a terra bem afofada, as pedras retiradas, o adubo colocado, a planta não cresce. Fiquei pensando na evangelização: se não houver uma terra bem preparada a semente não brota; e se brota, não cresce; e se cresce, não dá fruto; e se dá fruto, é minguado. É por isso que Jesus caminhou três anos com os Apóstolos, molhando a terra de suas almas, afofando o chão duro dos seus corações, adubando com as orações, pregações, milagres, paciência, amor, etc.
Este é um pequeno exemplo de que podemos aprender muito com a natureza, porque ela é divina, como disse um grande cientista: a criação é uma obra de arte que Deus escreveu na linguagem matemática. Observe o seu silêncio, a sua perfeição, a sua beleza… e você verá que “tudo o que criastes proclama o Vosso louvor”.

Prof. Felipe Aquino

quarta-feira, 27 de novembro de 2019

Liturgia Diária – Coerência de fé.

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1a Leitura - Daniel 5,1-6.13-14.16-17.23-28
Leitura da profecia de Daniel.
5 1 O rei Baltazar deu uma festa para seus mil nobres, em presença dos quais pôs-se a beber vinho.
2 Excitado pela bebida, mandou trazer os vasos de ouro e de prata que seu pai Nabucodonosor tinha arrebatado ao templo de Jerusalém, a fim de que o rei, seus nobres, suas mulheres e suas concubinas deles se servissem para beber.

3 Trouxeram então os vasos de ouro que tinham sido arrebatados ao templo de Deus em Jerusalém. O rei, seus nobres, suas mulheres e suas concubinas beberam neles
4 e, depois de terem bebido vinho, entoaram o louvor aos deuses de ouro e prata, bronze, ferro, madeira e pedra.
5 Ora, nesse momento, eis que surgiram dedos de mão humana a escrever, defronte do candelabro, no revestimento da parede do palácio real. O rei, à vista dessa mão que escrevia,
6 mudou de cor; pensamentos tétricos assaltaram-no; os músculos de seus rins relaxaram-se e seus joelhos entrechocaram-se.
13 Daniel foi então introduzido diante do rei, o qual lhe disse: "és realmente Daniel, o deportado de Judá, que meu pai trouxe aqui da Judéia?

14 Ouvi dizer a teu respeito que o espírito dos deuses habita em ti e que se encontram em ti uma luz, uma inteligência e uma sabedoria singulares.
16 Ora, asseguraram-me que tu és mestre na arte das interpretações e das soluções de enigmas. Portanto, se puderes ler esse texto e me dar o seu significado, serás revestido de púrpura, usarás ao pescoço um colar de ouro e ocuparás o terceiro lugar no governo do reino".
17 Respondeu Daniel ao rei: "Guarda teus presentes; concede-os a outros! Lerei, todavia, este texto ao rei e dar-lhe-ei o significado.

23 Tu te ergueste contra o Senhor do céu. Trouxeram-te os vasos de seu templo, nos quais bebestes o vinho, tu, teus nobres, tuas mulheres e tuas concubinas. Deste louvor aos deuses de prata e ouro, bronze, ferro, madeira e pedra, cegos, surdos e impassíveis, em lugar de dar glória ao Deus de quem depende o teu sopro (vital) e todo teu destino.
24 Assim, por ordem sua, essa mão foi enviada e essas palavras foram traçadas.
25 O texto aqui escrito (se lê): MENÊ, TEQUEL e PERÊS.
26 Eis o significado dessas palavras: MENÊ - Deus contou (os anos) de teu reinado e nele põe um fim;
27 TEQUEL - foste pesado na balança e considerado leve demais;
28 PERÊS - teu reino vai ser dividido e entregue aos medos e persas.
Palavra do Senhor.

Salmo - Dn 3
Louvai-o e exaltai-o pelos séculos sem fim!

Lua e sol, bendizei o Senhor!
Astros e estrelas, bendizei o Senhor!

Chuvas e orvalhos bendizei o Senhor!
Brisas e ventos, bendizei o Senhor!

Fogo e calor, bendizei o Senhor!
Frio e ardor, bendizei o Senhor!

Evangelho - Lucas 21,12-19
Aleluia, aleluia, aleluia.
Permanece fiel até a morte e a coroa da vida eu te darei! (Ap 2,10)

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
Naquele tempo, 21 12disse Jesus aos seus discípulos: "Antes de tudo isso, vos lançarão as mãos e vos perseguirão, entregando-vos às sinagogas e aos cárceres, levando-vos à presença dos reis e dos governadores, por causa de mim. 13Isto vos acontecerá para que vos sirva de testemunho. 14Gravai bem no vosso espírito de não preparar vossa defesa, 15porque eu vos darei uma palavra cheia de sabedoria, à qual não poderão resistir nem contradizer os vossos adversários. 16Sereis entregues até por vossos pais, vossos irmãos, vossos parentes e vossos amigos, e matarão muitos de vós. 17Sereis odiados por todos por causa do meu nome. 18Entretanto, não se perderá um só cabelo da vossa cabeça. 19É pela vossa constância que alcançareis a vossa salvação".
Palavra da Salvação.

Reflexão 
 
Neste Evangelho Jesus nos ensina a enfrentar os “reis e governadores” deste mundo e a dar um testemunho coerente com a nossa fé.  Assim sendo, não precisamos nos preocupar nem nos atemorizar diante dos fatos que exigem de nós uma reação ou uma atitude prévia de defesa e nos aconselha: “ Fazei o firme propósito de não planejar com antecedência a própria defesa;”  As ocasiões em que somos desafiados a dar depoimento da nossa fidelidade são oportunidades que temos para pôr em prática os ensinamentos evangélicos e para demonstrar a nossa fé. Se, afirmamos que temos fé, mas perdemos noites de sono fazendo cálculos de como iremos nos defender nas situações difíceis da nossa vida ou trememos diante das situações de confronto com os maus, estamos sendo infiéis à Palavra de Deus que nos exorta à confiança e ao abandono. A nossa fé não nos impedirá de que sejamos perseguidos, nem de que tomemos decisões, mas nos garante uma defesa no momento de aflição e de dúvida. Diante das perseguições nunca poderemos desistir, pois, é permanecendo firmes na fé que iremos ganhar a vida mesmo que os perseguidores os mais poderosos. Quem aprende a confiar na Palavra de Jesus não perderá a batalha contra o inimigo.  – Você perde o sono procurando fórmulas para se defender de alguém? – Nos momentos de tribulação em quem você tem confiado? – Você acredita na ação do Espírito Santo em si? – Você tem receio de falar em Nome de Jesus? – Como você tem enfrentado o inimigo?


Helena Serpa

Este mundo vai acabar?

Mundo-Imagem-divulgaçao-internet“Nós, porém, segundo sua promessa, esperamos novos céus e uma nova terra, nos quais habitará a justiça” 2 Pd 3,13

O ensinamento da Igreja diz que não; diz que ele será “transformado”. Haverá “céus novos e da terra nova” (2 Pd 3,13; Ap 21,1). O nosso Catecismo diz que “no fim dos tempos, o Reino de Deus chegará à sua plenitude. Então, os justos reinarão com Cristo para sempre, glorificados em corpo e alma, e o próprio universo material será transformado” (§ 1042; §1060). Então, o universo não vai “sumir”, mas passará por uma renovação que não sabemos como será.
Jesus não fala em fim do mundo como se ele fosse desaparecer; mas fala em “renovação” do mundo:
“Em verdade vos declaro: no dia da renovação do mundo, quando o Filho do Homem estiver sentado no trono da glória, vós, que me haveis seguido, estareis sentados em doze tronos para julgar as doze tribos de Israel” (Mt 19, 28).

O Catecismo reafirma que chegará o tempo da “restauração de todas as coisas, e com o gênero humano também o mundo todo”, que está intimamente ligado ao homem e por meio dele atinge sua finalidade, encontrará sua restauração definitiva em Cristo” (cf. CIC, §1042).
“Também o universo visível está destinado a ser transformado, “a fim de que o próprio mundo, restaurado em seu primeiro estado, esteja, sem mais nenhum obstáculo, a serviço dos justos” (Santo Irineu, Adv. Haer. 5,32,1), participando de sua glorificação em Cristo ressuscitado (§ 1047).
Sabemos que o pecado do homem feriu também a criação material que saiu ilesa das mãos de Deus. São Paulo diz que ela sofre por causa do pecado. “Quanto ao cosmos – diz o Catecismo – a Revelação afirma a profunda comunidade de destino do mundo material e do homem: pois sabemos que a criação inteira geme e sofre as dores de parto até o presente (Rm 8,19-23)” (CIC, § 1046).
Não era para a terra produzir espinhos e abrolhos, e nem o homem deveria tirar dela o pão de cada dia com o suor do seu rosto. Isso é fruto do pecado; mas Deus restituirá à Criação o seu estado original. Como será isso?
Não sabemos, não temos capacidade intelectual para compreender tão grande e misteriosa transformação; por isso não adiantaria nada Deus nos revelar mais do que revelou.

Esta renovação do mundo, que há de transformar a humanidade e renovar o mundo, e que a Sagrada Escritura a chama de “céus novos e terra nova” para nós é misteriosa (2Pd 3,13), supera nosso entendimento.
“Ignoramos o tempo da consumação da terra e da humanidade e desconhecemos a maneira de transformação do universo. Passa certamente a figura deste mundo deformada pelo pecado, mas aprendemos que Deus prepara uma nova morada e nova terra. Nela reinará a justiça, e sua felicidade irá satisfazer e superar todos os desejos de paz que sobem aos corações dos homens” (CIC, §1048).

Prof. Felipe Aquino

terça-feira, 26 de novembro de 2019

Liturgia Diária - A destruição do Templo.


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1a Leitura - Daniel 2,31-45
Leitura da profecia de Daniel.
Naqueles dias, Disse Daniel a Nabucodonosor: 2 31 "Senhor: contemplavas, e eis que uma grande, uma enorme estátua erguia-se diante de ti; era de um magnífico esplendor, mas de aspecto aterrador.
32 Sua cabeça era de fino ouro, seu peito e braços de prata, seu ventre e quadris de bronze,

33 suas pernas de ferro, seus pés metade de ferro e metade de barro.
34 Contemplavas (essa estátua) quando uma pedra se descolou da montanha, sem intervenção de mão alguma, veio bater nos pés, que eram de ferro e barro, e os triturou.
35 Então o ferro, o barro, o bronze, a prata e o ouro foram com a mesma pancada reduzidos a migalhas, e, c3omo a palha que voa da eira durante o verão, foram levados pelo vento sem deixar traço algum, enquanto que a pedra que havia batido na estátua tornou-se uma alta montanha, ocupando toda a região.
36 Eis o sonho. Agora vamos dar ao rei a interpretação.
37 Senhor: tu que és o rei dos reis, a quem o Deus dos céus deu realeza, poder, força e glória;

38 a quem ele deu o domínio, onde quer que habitem, sobre os homens, os animais terrestres e os pássaros do céu, tu és a cabeça de ouro.
39 Depois de ti surgirá um outro reino menor que o teu, depois um terceiro reino, o de bronze, que dominará toda a terra.
40 Um quarto reino será forte como o ferro: do mesmo modo que o ferro esmaga e tritura tudo, da mesma maneira ele esmagará e pulverizará todos os outros.
41 Os pés e os dedos, parte de terra argilosa de modelar, parte de ferro, indicam que esse reino será dividido: haverá nele algo da solidez do ferro, já que viste ferro misturado ao barro.

42 Mas os dedos, metade de ferro e metade de barro, mostram que esse reino será ao mesmo tempo sólido e frágil.
43 Se viste o ferro misturado ao barro, é que as duas partes se aliarão por casamentos, sem porém se fundirem inteiramente, tal como o ferro que não se amalgama com o barro.
44 No tempo desses reis, o Deus dos céus suscitará um reino que jamais será destruído e cuja soberania jamais passará a outro povo: destruirá e aniquilará todos os outros, enquanto que ele subsistirá eternamente.
45 Foi o que pudeste ver na pedra deslocando-se da montanha sem a intervenção de mão alguma, e reduzindo a migalhas o ferro, o bronze, o barro, a prata e o ouro. Deus, que é grande, dá a conhecer ao rei a sucessão dos acontecimentos. O sonho é bem exato, e sua interpretação é digna de fé".
Palavra do Senhor.

Salmo - Dn 3
Louvai-o e exaltai-o pelos séculos sem fim!

Obras do Senhor, bendizei o Senhor!
Louvai-o e exaltai-o pelos séculos sem fim!
Céus do Senhor, bendizei o Senhor!
Anjos do Senhor, bendizei o Senhor!

Águas do alto céu, bendizei o Senhor!
Potências do Senhor, bendizei o Senhor!

Evangelho - Lucas 21,5-11
Aleluia, aleluia, aleluia.
Permanece fiel até a morte, e a coroa da vida eu te darei! (ap 2,10).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.

Naquele tempo, 21 5 como chamassem a atenção de Jesus para a construção do templo feito de belas pedras e recamado de ricos donativos, Jesus disse: 6"Dias virão em que destas coisas que vedes não ficará pedra sobre pedra: tudo será destruído". 7Então o interrogaram: "Mestre, quando acontecerá isso? E que sinal haverá para saber-se que isso se vai cumprir?" 8Jesus respondeu: "Vede que não sejais enganados. Muitos virão em meu nome, dizendo: 'Sou eu'; e ainda: 'O tempo está próximo'. Não sigais após eles. 9Quando ouvirdes falar de guerras e de tumultos, não vos assusteis; porque é necessário que isso aconteça primeiro, mas não virá logo o fim". 10Disse-lhes também: "Levantar-se-ão nação contra nação e reino contra reino. 11Haverá grandes terremotos por várias partes, fomes e pestes, e aparecerão fenômenos espantosos no céu".
Palavra da Salvação.

 Reflexão

A destruição do famoso Templo de Jerusalém  profetizada  por Jesus,  aconteceu de fato no ano 70  d.C.  E aquela destruição significou a destruição de uma religiosidade somente baseada na Lei, e não na caridade, no amor a Deus e ao próximo. Uma religiosidade egoísta e acima de tudo hipócrita, por parte  dos saduceus.

Jesus é o novo Templo,  assim como nós também podemos ser templos de Deus. Ao receber a Eucaristia, somos templos vivos do Pai celeste, aquele que quis habitar em nós, na pessoa de Jesus eucarístico.  Deste modo, a pessoa humana tem esse privilégio.  De ser habitada pelo Filho de Deus que é o próprio Deus, e Ele provou isso pelos seus milagres.

A família cristã  também pode ser um Templo de Deus, pois ela é uma pequena igreja. 

Antigamente, as pessoas  se reuniam em casa para celebrar a Eucaristia.  Com o aumento da população, foi sendo construídos templos  para  acolher os fiéis reunidos em nome de Deus, o qual se faz presente no meio de nós até hoje, e será assim para  sempre.

O universo por sua  vez, também é um templo de Deus. Pois  o seu Espírito paira sobra as águas,  nas nuvens, na chuva que cai, no sorriso de uma criança,  e na beleza de toda a natureza criada por Deus.

Para aquele povo, a destruição do Templo seria a pior coisa que poderia acontecer.  Por que Deus habitava naquele santo lugar.
E os discípulos mesmo com um ar de incredulidade, perguntaram a Jesus quando essas coisas iriam acontecer, e quais seriam os sinais. Então Jesus alertou os discípulos para que não se deixassem enganar e não seguissem a qualquer voz que se parecesse com a voz dele. Hoje temos muitas vozes que clamam a existência de Deus, que falam em milhares, e pedem muito dinheiro aos seus seguidores.

Caríssimas e caríssimos. Não andemos por caminhos diferentes do Evangelho, não seguimos a vozes que se parecem com a voz de Jesus, mas sim, sigamos a verdadeira palavra, que nos vem pela voz da Igreja.

E ao fazer esta profecia a respeito do famoso Templo de Jerusalém, Jesus estava também se referindo ao fim dos tempos e à sua morte de cruz, seguida da ressurreição. Só que ninguém entendeu esta parte, pois todos os que ouviram Jesus, só pensaram na parte material e visível. 

Prezados irmãos. Não devemos depositar na matéria, o sentido final da nossa vida e a causa primeira  da nossa felicidade. Não nos esqueçamos de que não levaremos nada no nosso caixão. Tudo o que acumulamos ficará para os outros. Assim, nesta vida tudo passa,  tudo tem o seu fim, principalmente a nossa vida biológica. O verdadeiro sentido dessa vida está em viver com os olhos voltados para a vida que dura para sempre, nos preparando para merecê-la um dia.

Na nossa existência terrena, temos de valorizar mais a parte invisível, o mundo espiritual, que é a verdadeira causa da nossa felicidade, principalmente a felicidade futura. Quanto a parte material da nossa vida, ela nunca nos satisfaz, nunca estaremos  verdadeiramente saciados, quanto mais temos mais o queremos, e assim vamos acumulando coisas e dinheiro de modo que não nos sobra tempo para nos dedicar a parte espiritual, a parte mais importante, aquela que nos vai proporcionar  a passagem para a parte verdadeiramente feliz da nossa vida, que é a própria VIDA ETERNA.

Caríssimos. Precisamos valorizar mais os valores definitivos do que os valores transitórios da nossa caminhada terrena. Porque somente os valores definitivos é que vão garantir a nossa plena realização na outra vida. Estejamos,  pois sempre nos preparando, para não sermos pegos de surpresa.  Pois não sabemos quando acontecerá isto, nem qual vai ser o sinal de que estas coisas estão para acontecer.
Se cuida!


José Salviano