sábado, 28 de março de 2020

5º Domingo da Quaresma - A Ressurreição de Lázaro.

 Jovens – Lição 09 – O milagre da ressurreição de Lázaro – AdautoMatos



1a Leitura - Ezequiel 37,12-14
Leitura do livro do profeta Jeremias.
37 12 Eis o que diz o Senhor Javé: "Ó meu povo, vou abrir os vossos túmulos; eu vos farei sair deles para vos transportar à terra de Israel.
13 Sabereis então que eu é que sou o Senhor, ó meu povo, quando eu abrir os vossos túmulos e vos fizer sair deles,
14 quando eu meter em vós o meu espírito para vos fazer voltar à vida e quando vos hei de restabelecer em vossa terra. Sabereis então que sou eu o Senhor, que o disse e o executei - oráculo do Senhor".
Palavra do Senhor.

Salmo - 129/130
No Senhor, toda graça e redenção!
Das profundezas eu clamo a vós, Senhor,
escutai a minha voz!
Vossos ouvidos estejam bem atentos
ao clamor da minha prece!
Se levardes em conta nossas faltas,
quem haverá de subsistir?
Mas em vós se encontra o perdão,
eu vos temo e em vós espero.
No Senhor ponho a minha esperança,
Espero em sua palavra.
A minha alma espera no Senhor
mais que o vigia pela aurora.
Espere Israel pelo Senhor
mais que o vigia pela aurora!
Pois no Senhor se encontra toda graça
e copiosa redenção.
Ele vem libertar a Israel
de toda a sua culpa.

2a Leitura - Romanos 8,8-11
Leitura da carta aos Romanos.
Irmãos, 8 8 os que vivem segundo a carne não podem agradar a Deus.
9 Vós, porém, não viveis segundo a carne, mas segundo o Espírito, se realmente o espírito de Deus habita em vós. Se alguém não possui o Espírito de Cristo, este não é dele.
10 Ora, se Cristo está em vós, o corpo, em verdade, está morto pelo pecado, mas o Espírito vive pela justificação.
11 Se o Espírito daquele que ressuscitou Jesus dos mortos habita em vós, ele, que ressuscitou Jesus Cristo dos mortos, também dará a vida aos vossos corpos mortais, pelo seu Espírito que habita em vós.
Palavra do Senhor.

Evangelho - João 11,1-45 ou 3-7.17.20-27.33-45
Glória a vós, ó Cristo, verbo de Deus.
Eu sou a ressurreição, eu sou a vida. Quem crê em mim não morrerá eternamente (Jo 11,25s).
 
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
Naquele tempo, 11 1 Lázaro caiu doente em Betânia, onde estavam Maria e sua irmã Marta. 2 Maria era quem ungira o Senhor com o óleo perfumado e lhe enxugara os pés com os seus cabelos. E Lázaro, que estava enfermo, era seu irmão.
3 Suas irmãs mandaram, pois, dizer a Jesus: "Senhor, aquele que tu amas está enfermo".
4 A estas palavras, disse-lhes Jesus: "Esta enfermidade não causará a morte, mas tem por finalidade a glória de Deus. Por ela será glorificado o Filho de Deus".
5 Ora, Jesus amava Marta, Maria, sua irmã, e Lázaro.
6 Mas, embora tivesse ouvido que ele estava enfermo, demorou-se ainda dois dias no mesmo lugar.
7 Depois, disse a seus discípulos: "Voltemos para a Judéia".
8 Mestre, responderam eles, "há pouco os judeus te queriam apedrejar, e voltas para lá?"
9 Jesus respondeu: "Não são doze as horas do dia? Quem caminha de dia não tropeça, porque vê a luz deste mundo.
10 Mas quem anda de noite tropeça, porque lhe falta a luz".
11 Depois destas palavras, ele acrescentou: "Lázaro, nosso amigo, dorme, mas vou despertá-lo".
12 Disseram-lhe os seus discípulos: "Senhor, se ele dorme, há de sarar".
13 Jesus, entretanto, falara da sua morte, mas eles pensavam que falasse do sono como tal.
14 Então Jesus lhes declarou abertamente: "Lázaro morreu.
15 Alegro-me por vossa causa, por não ter estado lá, para que creiais. Mas vamos a ele".
16 A isso Tomé, chamado Dídimo, disse aos seus condiscípulos: "Vamos também nós, para morrermos com ele".
17 À chegada de Jesus, já havia quatro dias que Lázaro estava no sepulcro.
18 Ora, Betânia distava de Jerusalém cerca de quinze estádios.
19 Muitos judeus tinham vindo a Marta e a Maria, para lhes apresentar condolências pela morte de seu irmão.
20 Mal soube Marta da vinda de Jesus, saiu-lhe ao encontro. Maria, porém, estava sentada em casa.
21 Marta disse a Jesus: "Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido!
22 Mas sei também, agora, que tudo o que pedires a Deus, Deus to concederá".
23 Disse-lhe Jesus: "Teu irmão ressurgirá".
24 Respondeu-lhe Marta: "Sei que há de ressurgir na ressurreição no último dia".
25 Disse-lhe Jesus: "Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que esteja morto, viverá.
26 E todo aquele que vive e crê em mim, jamais morrerá. Crês nisto?"
27 Respondeu ela: "Sim, Senhor. Eu creio que tu és o Cristo, o Filho de Deus, aquele que devia vir ao mundo".
28 A essas palavras, ela foi chamar sua irmã Maria, dizendo-lhe baixinho: "O Mestre está aí e te chama".
29 Apenas ela o ouviu, levantou-se imediatamente e foi ao encontro dele.
30 (Pois Jesus não tinha chegado à aldeia, mas estava ainda naquele lugar onde Marta o tinha encontrado.)
31 Os judeus que estavam com ela em casa, em visita de pêsames, ao verem Maria levantar-se depressa e sair, seguiram-na, crendo que ela ia ao sepulcro para ali chorar.
32 Quando, porém, Maria chegou onde Jesus estava e o viu, lançou-se aos seus pés e disse-lhe: "Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido!"
33 Ao vê-la chorar assim, como também todos os judeus que a acompanhavam, Jesus ficou intensamente comovido em espírito. E, sob o impulso de profunda emoção,
34 perguntou: "Onde o pusestes?" Responderam-lhe: "Senhor, vinde ver".
35 Jesus pôs-se a chorar.
36 Observaram por isso os judeus: "Vede como ele o amava!"
37 Mas alguns deles disseram: "Não podia ele, que abriu os olhos do cego de nascença, fazer com que este não morresse?"
38 Tomado, novamente, de profunda emoção, Jesus foi ao sepulcro. Era uma gruta, coberta por uma pedra.
39 Jesus ordenou: "Tirai a pedra. Disse-lhe Marta, irmã do morto: Senhor, já cheira mal, pois há quatro dias que ele está aí"
40 Respondeu-lhe Jesus: "Não te disse eu: Se creres, verás a glória de Deus?" Tiraram, pois, a pedra.
41 Levantando Jesus os olhos ao alto, disse: "Pai, rendo-te graças, porque me ouviste.
42 Eu bem sei que sempre me ouves, mas falo assim por causa do povo que está em roda, para que creiam que tu me enviaste".
43 Depois destas palavras, exclamou em alta voz: "Lázaro, vem para fora!"
44 E o morto saiu, tendo os pés e as mãos ligados com faixas, e o rosto coberto por um sudário. Ordenou então Jesus: "Desligai-o e deixai-o ir".
45 Muitos dos judeus, que tinham vindo a Marta e Maria e viram o que Jesus fizera, creram nele.
Palavra da Salvação.

Reflexão
Estamos no quinto Domingo da Quaresma, finalizando a nossa caminhada rumo a Páscoa do Senhor Jesus, o ponto mais alto da nossa fé!
Nestes dias, em que nos preparamos para esta grande festa, vamos revivendo os últimos passos de Jesus aqui na terra, colocando em prática tudo o que aprendemos durante esta  caminhada de fé.
A liturgia deste tempo de recolhimento interior, nos conscientizou de que a nossa vida, só tem sentido se vivida na perspectiva da vida eterna, nos fez mergulhar no mistério do amor do Pai, mostrando-nos o quão é grande o seu amor por nós!
Em todos os ensinamentos de Jesus, há sempre um apelo de conversão e neste tempo, este apelo se intensifica ainda mais, é o seu amor querendo falar mais forte ao nosso coração no desejo de nos recolocar no nosso verdadeiro lugar, que é o coração do Pai! Jesus não quer perder nenhum de nós, por isto Ele está sempre nos chamando à conversão, a uma conversão sincera, que nos leve ao arrependimento e ao perdão.
A palavra de Deus que chega até a nós, no evangelho de hoje, narra a belíssima cena da ressurreição de Lázaro, um episódio, que se deu em Betânia, uma aldeia  um tanto distante de Jerusalém. Jesus não se encontrava nesta região, quando recebeu a notícia de que Lázaro, seu amigo, estava doente. Ao tomar conhecimento deste fato, Ele disse: “Essa doença não leva a morte; ela serve para a glória de Deus, para que o Filho de Deus seja glorificado por ela.” “Essa doença não leva a morte.” Ao dizer essas palavras, Jesus afirma, que a doença que leva à morte, é o pecado, quem morre no pecado chegou ao seu fim, o que não era o caso de Lázaro.
Depois de receber a notícia de que Lázaro estava doente, Jesus não se apressou em ir até  ele, Ele só chegou em Betânia, quatro dias depois da sua morte.
Ao saber que Jesus estava chegando, Marta vai ao seu encontro, ela sabia, que a presença daquele amigo, lhe traria um grande conforto! Num desabafo profundo, Marta disse a Jesus: “Senhor se estivesses aqui o meu irmão não teria morrido.” Mal sabia Marta, que Jesus já estava ciente de tudo o que acontecera com Lázaro e que Ele só não interviu  antes, porque aquela “morte” seria aproveitada como fonte de vida para muitos, pois ao devolver a vida de Lázaro, muitos também, ganhariam vida, ou seja, ressuscitando Lázaro, muitos judeus passariam a crer Nele.
Enquanto Marta relata o acontecido para  Jesus, Maria, completamente desolada nada fala, apenas chora, à princípio, ela nem vai ao encontro de Jesus, indo somente, depois que Ele mandou chamá-la.
De joelho, diante de Jesus, Maria repete as mesmas palavras de Marta: “Senhor se estivesses aqui o meu irmão não teria morrido”.
A narrativa prossegue dizendo que enquanto caminhava em direção ao túmulo de Lázaro, Jesus se emociona chegando a chorar,  diante do túmulo, Ele ordena: “Tirai a pedra!” Marta interveio: “Senhor já cheira mal. Está morto há quatro dias.” Mas mediante, aos argumentos de Jesus, a pedra foi removida  e Jesus, após um diálogo com o Pai, chama Lázaro para fora, devolvendo-lhe a vida!
A ressurreição de Lázaro, não teve o sentido de privilegiar Marta e Maria, porque o irmão delas morreria novamente,(morte física) a ressurreição de Lázaro, foi no sentido de servir de sinal para que muitos pudessem ser salvos... Foi o que aconteceu: depois de Jesus devolver a vida de Lázaro, muitos passaram a crer em Jesus, entrando assim, no caminho da salvação!
Podemos tirar várias lições deste evangelho, dentre tantas, um grande aprendizado com a clareza da fé de Marta e de Maria, elas não questionaram Jesus pela morte do irmão e nem a sua demora em chegar lá. Apesar da dor, as duas irmãs, se mantiveram firmes na fé, reconhecendo Jesus como o Deus e Senhor de suas vidas: “Sim, Senhor, eu creio firmemente que tu és o Messias, o Filho de Deus, que devia vir ao mundo.”
Para quem tem fé, o impossível não existe, ainda que tudo possa lhe  parecer perdido como parecia perdido para Marta e Maria
Por mais escura e longa que seja a noite, podemos ter certeza: ela nunca será definitiva, depois da escuridão, vem sempre um novo dia e o sol volta a brilhar!
Quando perdemos um ente querido, parece que o mundo desaba sobre nós, ficamos sem chão, sem rumo, às vezes até vacilantes na fé. É importante entendermos: Deus permite que estas separações nos aconteçam, mas Ele não nos abandona, nos carrega no colo, enquanto fazemos essas difíceis travessias! Podemos perceber: quando tudo nos parece perdido, Jesus vem ao nosso encontro, como foi ao encontro de Marta e Maria. Ele não traz de volta, a vida terrena dos nossos entes queridos como trouxe a vida de Lázaro, mas mergulha conosco no oceano mais profundo da nossa dor, para depois nos reerguer, nos recolocar de pé.
O choro de Jesus diante a morte do amigo, vem nos mostrar a sua sensibilidade diante aos que sofrem. Sejamos como Ele: sensíveis diante aos que passam pela a dor da separação. A nossa presença junto de quem sofre, ainda que silenciosa, é confortante para os corações enlutados.

Olivia Coutinho

Liturgia Diária – Uma experiência pessoal com Jesus.

  Evangelho do dia: reação do povo e dos chefes (Jo 7,40-53 ...
1a Leitura - Jeremias 11,18-20
Leitura do livro do profeta Jeremias.
11 18 Instruído pelo Senhor, eu o desvendei. Vós me fizestes conhecer seus intentos.
19 E eu, qual manso cordeiro conduzido à matança, ignorava as maquinações tramadas contra mim: “destruamos a árvore em seu vigor. Arranquemo-la da terra dos vivos, e que seu nome caia no esquecimento”.
20 Vós sois, porém, Senhor dos exércitos, justo juiz que sondais os rins e os corações. Serei testemunha da vingança que tomarei deles e a vós confio minha causa.
Palavra do Senhor.

Salmo - 7
Senhor meu Deus, em vós procuro o meu refúgio.

Senhor meu Deus, em vós procuro o meu refúgio;
vinde salvar-me do inimigo, libertai-me!
Não aconteça que agarrem minha vida
como um leão que despedaça a sua presa,
sem que ninguém venha salvar-me e libertar-me!

Julgai-me, Senhor Deus, como eu mereço
e segundo a inocência que há em mim!
Ponde um fim à iniqüidade dos perversos
e confirmai o vosso justo, ó Deus-justiça,
vós que sondai os nossos rins e corações.

O Deus vivo é um escudo protetor
e salva aqueles que têm reto coração.
Deus é juiz e ele julga com justiça,
mas é um Deus que ameaça cada dia.

Evangelho - João 7,40-53
Glória a Cristo, palavra eterna do Pai, que é amor!
Felizes os que observam a palavra do Senhor de reto coração e produzem muitos frutos, até o fim perseverantes! (Lc 8,15)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
7 40 Ouvindo Jesus falar, alguns daquela multidão diziam: “Este é realmente o profeta”.
41 Outros diziam: “Este é o Cristo”. Mas outros protestavam: “É acaso da Galiléia que há de vir o Cristo?
42 Não diz a Escritura: O Cristo há de vir da família de Davi, e da aldeia de Belém, onde vivia Davi?”
43 Houve por isso divisão entre o povo por causa dele.
44 Alguns deles queriam prendê-lo, mas ninguém lhe lançou as mãos.
45 Voltaram os guardas para junto dos príncipes dos sacerdotes e fariseus, que lhes perguntaram: “Por que não o trouxestes?”
46 Os guardas responderam: “Jamais homem algum falou como este homem!”
47 Replicaram os fariseus: “Porventura também vós fostes seduzidos?
48 Há, acaso, alguém dentre as autoridades ou fariseus que acreditou nele?
49 Este poviléu que não conhece a lei é amaldiçoado!”
50 Replicou-lhes Nicodemos, um deles, o mesmo que de noite o fora procurar:
51 “Condena acaso a nossa lei algum homem, antes de o ouvir e conhecer o que ele faz?”
52 Responderam-lhe: “Porventura és também  tu galileu? Informa-te bem e verás que da Galiléia não saiu profeta”.
53 E voltaram, cada um para sua casa.
Palavra da Salvação.

Reflexão 

Ninguém jamais falou como este homem!” Era o que afirmavam os guardas encarregados de prenderem Jesus a mando daqueles que insistiam em não reconhecer a presença de Deus no meio deles. Os guardas se recusavam a fazê-lo, pois reconheciam Jesus pelas obras que realizava e pela Palavra que Ele dirigia às multidões. Naquele tempo havia divisão entre as pessoas em Israel, porque alguns reconheciam Jesus como Messias e outros O ignoravam pelo simples fato dele ser um nazareno.  Os que reconheciam Jesus era, justamente, gente do povo considerado maldito porque não tinham acesso à Lei, mas havia tido uma experiência com Jesus. E foi isto o que lhes abriu os olhos para acolherem-no como o Enviado de Deus.  “Os sábios”, doutores da Lei, que se diziam conhecedores das escrituras não O aceitavam alegando que da Galileia não viria o Messias. Eles desconheciam que Jesus nascera em Belém.  Conheciam as escrituras, mas não aceitavam a Jesus que veio tornar a lei uma regra de vida para a felicidade interior do homem. Assim como os sacerdotes e os fariseus, nós também vemos apenas as aparências e julgamos segundo o que o nosso raciocínio lógico nos conduz: estudamos as leis, conhecemos a história, porém, se não tivermos uma experiência pessoal com Jesus, um encontro com a Sua Palavra que faz vida na nossa vida, nunca iremos aceitá-Lo como nosso Salvador, Caminho, Verdade e Vida. Por amor a Deus, muitas vezes ferimos os nossos irmãos e irmãs negando o mandamento maior que é o amor ao próximo. Muitas vezes nos dividimos por causa de Jesus e nos apegamos às coisas que não têm importância em por isso, nos atrapalhamos e prejudicamos a vivência da regra de vida que é o amor a Deus e ao próximo como a nós mesmos. Somos inflexíveis nos nossos julgamentos e não deixamos que as outras pessoas se defendam e  justifiquem as suas ações.  – Você conhece a Lei de Deus? – Em que consiste a Lei e os mandamentos do Senhor? - O que você sabe sobre Jesus Cristo? Como Ele tem acontecido na sua vida? - Você já teve um encontro pessoal com Ele?


Helena Serpa

Papa: confiemos a Jesus os nossos medos, para que Ele os vença.

O Papa Francisco concedeu uma bênção especial Urbi et Orbi contra a pandemia do coronavírus. Estas foram suas palavras na celebração

O Papa Francisco usou a imagem da tempestade para explicar o drama que o mundo tem vivido com a pandemia do coronavírus.
O Santo Padre se inspirou no episódio evangélico da tempestade no barco (Mc 4, 35), em que os discípulos se desesperam enquanto Jesus dorme tranquilamente, em sua homilia da bênção especial “Urbi et Orbi”, que ele concedeu nessa sexta-feira ao mundo.
À semelhança dos discípulos do Evangelho, fomos surpreendidos por uma tempestade inesperada e furibunda. Demo-nos conta de estar no mesmo barco, todos frágeis e desorientados mas ao mesmo tempo importantes e necessários: todos chamados a remar juntos, todos carecidos de mútuo encorajamento. E, neste barco, estamos todos.
De acordo com o Papa, a tempestade desmascara a nossa vulnerabilidade e deixa a descoberto as falsas e supérfluas seguranças com que construímos os nossos programas, os nossos projetos, os nossos hábitos e prioridades.
Mostra-nos como deixamos adormecido e abandonado aquilo que nutre, sustenta e dá força à nossa vida e à nossa comunidade.
A tempestade põe a descoberto todos os propósitos de «empacotar» e esquecer o que alimentou a alma dos nossos povos; todas as tentativas de anestesiar com hábitos aparentemente «salvadores», incapazes de fazer apelo às nossas raízes e evocar a memória dos nossos idosos, privando-nos assim da imunidade necessária para enfrentar as adversidades.
Com a tempestade, caiu a maquilhagem dos estereótipos com que mascaramos o nosso «eu» sempre preocupado com a própria imagem; e ficou a descoberto, uma vez mais, aquela (abençoada) pertença comum a que não nos podemos subtrair: a pertença como irmãos.
Então Jesus desperta e diz aos discípulos: «Porque sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?»
Nesta tarde, Senhor, a tua Palavra atinge e toca-nos a todos. Neste nosso mundo, que Tu amas mais do que nós, avançamos a toda velocidade, sentindo-nos em tudo fortes e capazes. Na nossa avidez de lucro, deixamo-nos absorver pelas coisas e transtornar pela pressa.
Não nos detivemos perante os teus apelos, não despertamos face a guerras e injustiças planetárias, não ouvimos o grito dos pobres e do nosso planeta gravemente enfermo. Avançamos, destemidos, pensando que continuaríamos sempre saudáveis num mundo doente. Agora nós, sentindo-nos em mar agitado, imploramos-Te: «Acorda, Senhor!»
«Porque sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?», continua a ressoar a voz de Jesus.
Senhor, lanças-nos um apelo, um apelo à fé. Esta não é tanto acreditar que Tu existes, como sobretudo vir a Ti e fiar-se de Ti. Nesta Quaresma, ressoa o teu apelo urgente: «Convertei-vos…». «Convertei-Vos a Mim de todo o vosso coração» (Jl 2, 12).
Chamas-nos a aproveitar este tempo de prova como um tempo de decisão. Não é o tempo do teu juízo, mas do nosso juízo: o tempo de decidir o que conta e o que passa, de separar o que é necessário daquilo que não o é. É o tempo de reajustar a rota da vida rumo a Ti, Senhor, e aos outros.
O Papa então reconhece o trabalho de “tantos companheiros de viagem exemplares, que, no medo, reagiram oferecendo a própria vida. É a força operante do Espírito derramada e plasmada em entregas corajosas e generosas”.
É a vida do Espírito, capaz de resgatar, valorizar e mostrar como as nossas vidas são tecidas e sustentadas por pessoas comuns (habitualmente esquecidas), que não aparecem nas manchetes dos jornais e revistas, nem nas grandes passarelas do último espetáculo, mas que hoje estão, sem dúvida, a escrever os acontecimentos decisivos da nossa história: médicos, enfermeiros e enfermeiras, trabalhadores dos supermercados, pessoal da limpeza, curadores, transportadores, forças policiais, voluntários, sacerdotes, religiosas e muitos – mas muitos – outros que compreenderam que ninguém se salva sozinho.
“Quantos pais, mães, avôs e avós, professores mostram às nossas crianças, com pequenos gestos do dia a dia, como enfrentar e atravessar uma crise, readaptando hábitos, levantando o olhar e estimulando a oração! Quantas pessoas rezam, se imolam e intercedem pelo bem de todos! A oração e o serviço silencioso: são as nossas armas vencedoras”, prosseguiu o Papa.
«Porque sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?», repetiu mais uma vez o Santo Padre.
O início da fé é reconhecer-se necessitado de salvação. Não somos autossuficientes, sozinhos afundamos: precisamos do Senhor como os antigos navegadores, das estrelas. Convidemos Jesus a subir para o barco da nossa vida.
Confiemos-Lhe os nossos medos, para que Ele os vença. Com Ele a bordo, experimentaremos – como os discípulos – que não há naufrágio. Porque esta é a força de Deus: fazer resultar em bem tudo o que nos acontece, mesmo as coisas ruins. Ele serena as nossas tempestades, porque, com Deus, a vida não morre jamais.
Segundo o Papa Francisco, o Senhor interpela-nos e, no meio da nossa tempestade, convida-nos a despertar e ativar a solidariedade e a esperança, capazes de dar solidez, apoio e significado a estas horas em que tudo parece naufragar.
O Senhor desperta, para acordar e reanimar a nossa fé pascal. Temos uma âncora: na sua cruz, fomos salvos. Temos um leme: na sua cruz, fomos resgatados. Temos uma esperança: na sua cruz, fomos curados e abraçados, para que nada e ninguém nos separe do seu amor redentor.
No meio deste isolamento que nos faz padecer a limitação de afetos e encontros e experimentar a falta de tantas coisas, ouçamos mais uma vez o anúncio que nos salva: Ele ressuscitou e vive ao nosso lado.
Da sua cruz, o Senhor desafia-nos a encontrar a vida que nos espera, a olhar para aqueles que nos reclamam, a reforçar, reconhecer e incentivar a graça que mora em nós. Não apaguemos a mecha que ainda fumega (cf. Is 42, 3), que nunca adoece, e deixemos que reacenda a esperança.
“Abraçar a sua cruz significa encontrar a coragem de abraçar todas as contrariedades da hora atual, abandonando por um momento a nossa ânsia de omnipotência e possessão, para dar espaço à criatividade que só o Espírito é capaz de suscitar”, disse o Papa.
Significa encontrar a coragem de abrir espaços onde todos possam sentir-se chamados e permitir novas formas de hospitalidade, de fraternidade e de solidariedade. Na sua cruz, fomos salvos para acolher a esperança e deixar que seja ela a fortalecer e sustentar todas as medidas e estradas que nos possam ajudar a salvaguardar-nos e a salvaguardar. Abraçar o Senhor, para abraçar a esperança. Aqui está a força da fé, que liberta do medo e dá esperança.
“Senhor, abençoa o mundo, dá saúde aos corpos e conforto aos corações! Pedes-nos para não ter medo; a nossa fé, porém, é fraca e sentimo-nos temerosos. Mas Tu, Senhor, não nos deixes à mercê da tempestade. Continua a repetir- nos: «Não tenhais medo!». E nós, juntamente com Pedro, «confiamos-Te todas as nossas preocupações, porque Tu tens cuidado de nós»”, encerrou Francisco.

Redação da Aleteia

A chuva, o entardecer e o vazio versus o Papa, Maria e o Cristo Milagroso


Um cenário extraordinariamente impactante para uma bênção historicamente sem precedentes

Se já era histórica e extraordinária a bênção Urbi et Orbi, com o Santíssimo Sacramento da Eucaristia, que o Papa Francisco deu literalmente à Cidade e ao Mundo na tarde deste 27 de março de 2020, com transmissão e retransmissão pela televisão e pela internet ao alcance de bilhões de católicos e não católicos de todos os continentes, ela se tornou ainda mais impactante em meio a uma Praça de São Pedro arrepiantemente vazia, sob a melancólica chuva que caía sobre Roma e o Vaticano ao entardecer de uma sexta-feira em que novos milhares de seres humanos foram infectados pelo coronavírus e outros milhares partiram desta vida em decorrência da pandemia de Covid-19.
Foi para rogar a Deus o fim dessa provação e para conceder a indulgência plenária a uma humanidade enferma que Francisco decidiu oferecer hoje essa bênção tradicionalmente reservada apenas ao dia da eleição de um novo Papa, ao dia de Natal e ao domingo da Páscoa.
As impressionantes imagens do vazio na Praça de São Pedro, da chuva fria e da penumbra do anoitecer contrastaram dramaticamente com as imagens de um Papa que, quase mancando, mas vestido do branco da paz e da pureza, atravessou o vazio, a chuva e o anoitecer e caminhou rumo a Nossa Senhora, representada pela significativa imagem de Maria Sálus Pópuli Románi (Maria, Salvação do Povo Romano), e rumo a Cristo Senhor, representado pelo icônico Crucifixo Milagroso da igreja de São Marcelo, especialmente levado para esta ocasião até a Praça que abraça a humanidade inteira.
Nos dois links sugeridos ao final deste artigo, após a sequência das imagens abaixo, você pode ler mais sobre a devoção a Maria como Sálus Pópuli Románi e sobre o Crucifixo Milagroso da igreja de São Marcelo.
Vatican News
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Pope Francis Urbi et Orbe
YARA NARDI / POOL / AFP
Vincenzo PINTO | AFP
POPE URBI ET ORBI
Handout / VATICAN MEDIA / AFP
Capture Vatican News
POPE URBI ET ORBI
YARA NARDI / POOL / AFP
POPE URBI ET ORBI
ARA NARDI / POOL / AFP
POPE URBI ET ORBI
Vincenzo PINTO / AFP
 
 

sexta-feira, 27 de março de 2020

Litugia Diária - Jesus continua muito perto de nós.

  Evangelho do dia: Jesus na festa dos tabernáculos (Jo 7,1-2.10.25 ...
1a Leitura - Sabedoria 2,1.12-22
Leitura do livro da Sabedoria.
2 1 Dizem, com efeito, nos seus falsos raciocínios: "Curta é a nossa vida, e cheia de tristezas; para a morte não há remédio algum; não há notícia de ninguém que tenha voltado da região dos mortos".
12 "Cerquemos o justo, porque ele nos incomoda; é contrário às nossas ações; ele nos censura por violar a lei e nos acusa de contrariar a nossa educação.
13 Ele se gaba de conhecer a Deus, e se chama a si mesmo filho do Senhor!
14 Sua existência é uma censura às nossas idéias; basta sua vista para nos importunar.
15 Sua vida, com efeito, não se parece com as outras, e os seus caminhos são muito diferentes.
16 Ele nos tem por uma moeda de mau quilate, e afasta-se de nosso caminhos como de manchas. Julga feliz a morte do justo, e gloria-se de ter Deus por pai.
17 Vejamos, pois, se suas palavras são verdadeiras, e experimentemos o que acontecerá quando da sua morte,
18 porque, se o justo é filho de Deus, Deus o defenderá, e o tirará das mãos dos seus adversários.
19 Provemo-lo por ultrajes e torturas, a fim de conhecer a sua doçura e estarmos cientes de sua paciência.
20 Condenemo-lo a uma morte infame. Porque, conforme ele, Deus deve intervir".
21 Eis o que pensam, mas enganam-se, sua malícia os cega:
22 eles desconhecem os segredos de Deus, não esperam que a santidade seja recompensada, e não acreditam na glorificação das almas puras.
Palavra do Senhor.

Salmo - 33/34
Do coração atribulado está perto o Senhor.

O Senhor volta a sua face contra os maus
para da terra apagar sua lembrança.
Clamam os justos, e o Senhor bondoso escuta
e de todas as angústias os liberta.

Do coração atribulado ele está perto
e conforta os de espírito abatido.
Muitos males se abatem sobre os justos,
mas o Senhor de todos eles os liberta.

Mesmo os seus ossos ele os guarda e os protege,
e nenhum deles haverá de se quebrar.
Mas o Senhor liberta a vida dos seus servos,
e castigado não será quem nele espera.

Evangelho - João 7,1-2.10.25-30
Glória a Cristo, imagem do Pai, a plena verdade nos comunicai!
O homem não vive somente de pão, mas de toda palavra da boca de Deus.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
Naquele tempo, 7 1 depois disso, Jesus percorria a Galiléia. Ele não queria deter-se na Judéia, porque os judeus procuravam tirar-lhe a vida.
2 Aproximava-se a festa dos judeus chamada dos Tabernáculos.
10 Mas quando os seus irmãos tinham subido, então subiu também ele à festa, não em público, mas despercebidamente.
25 Algumas das pessoas de Jerusalém diziam: "Não é este aquele a quem procuram tirar a vida?
26 Todavia, ei-lo que fala em público e não lhe dizem coisa alguma. Porventura reconheceram de fato as autoridades que ele é o Cristo?
27 Mas este nós sabemos de onde vem. Do Cristo, porém, quando vier, ninguém saberá de onde seja".
28 Enquanto ensinava no templo, Jesus exclamou: "Ah! Vós me conheceis e sabeis de onde eu sou! Entretanto, não vim de mim mesmo, mas é verdadeiro aquele que me enviou, e vós não o conheceis.
29 Eu o conheço, porque venho dele e ele me enviou".
30 Procuraram prendê-lo, mas ninguém lhe deitou as mãos, porque ainda não era chegada a sua hora.
Palavra da Salvação.

Reflexão

Evitando atropelar os planos do Pai e tendo o maior cuidado para não se expor, Jesus cumpria a Sua missão. Caminhava no caminho que o Pai ia indicando e nunca hesitava em falar em alta voz quando era instruído. Ele sabia que os judeus O perseguiam porque não reconheciam Nele o Messias e entendiam que Ele fosse um impostor. Deus estava tão perto daquele povo e eles não O reconheciam! Na verdade, os homens não O reconheciam porque esperavam alguém que demonstrasse mais poder, que fizesse mais alarde e chamasse mais atenção, que viesse como um Rei para tirar Israel do domínio romano.  Hoje também Jesus continua muito perto de nós, caminha no nosso meio e fala claramente sobre a sua missão de Filho de Deus, mas, igualmente, ainda não nos conscientizamos da Sua presença e da Sua intervenção na nossa vida. Ele está vivo, ressuscitado e vitorioso e caminha conosco sempre. Deseja mudar a nossa história, contudo, nós como os antigos, ficamos nos perguntando: onde está Jesus, será que Ele está comigo?  Por que não O sinto, por que não O escuto? Jesus fazia questão de dizer que não tinha vindo por si mesmo, mas que havia sido enviado por Deus e fazia o que o Pai lhe mandasse fazer. No cumprimento da nossa missão também precisamos evitar seguir os nossos próprios pensamentos e planos humanos e esperar que Deus nos conduza. Todos nós que buscamos a santidade e esperamos o prêmio reservado às vidas puras, perceberemos a hora de falar e a hora de silenciar, de parar ou de prosseguir se estivermos em sintonia com o Espírito Santo de Deus.  Imitando a Jesus seremos fiéis operários da construção do reino do céu aqui na terra. - O que você espera acontecer na sua vida para que diga com toda a convicção que Jesus Cristo  está no meio de nós? - Você deseja colaborar com a edificação do reino de Deus no mundo? – A quem você tem ouvido?   – As pessoas sabem que você também é enviado (a) de Deus? 
 
Helena Serpa

Junte-se à bênção especial do Papa Francisco ao mundo nesta sexta.



 Às 18h de Roma (14h em Brasília, 17h em Portugal), o Papa concederá a bênção Urbi et Orbe, normalmente reservada para o Natal e a Páscoa


O Papa Francisco convoca os cristãos para mais um momento especial de oração. Será nesta sexta-feira, 27 de março, às 18h de Roma (14h Brasília, 17h Portugal), quando o Santo Padre presidirá uma oração no átrio da Basílica de São Pedro, com a praça vazia, para clamar ao Céu misericórdia nestes tempos difíceis de pandemia do coronavírus.
“Queremos responder à pandemia do vírus com a universalidade da oração, da compaixão, da ternura. Vamos permanecer juntos. Vamos demonstrar nossa proximidade às pessoas mais solitárias e exaustas”, disse o pontífice.
Os fiéis do mundo podem participar espiritualmente através da mídia e sintonizar a cerimônia, que incluirá a Liturgia da Palavra e a bênção com o Santíssimo Sacramento.
Francisco transmitirá a Bênção Apostólica Urbi et Orbi, dirigida à cidade de Roma e ao mundo. Essa bênção, que normalmente é concedida no Natal e na Páscoa, dará a possibilidade de receber a indulgência plenária.
É uma bênção especial que o Papa normalmente concede apenas duas vezes por ano, pela remissão das penas dos pecados. Nesta ocasião, torna-se ainda mais especial porque as pessoas não podem sair de casa para se confessar, receber comunhão ou simplesmente ir à igreja para rezar.
Ou seja, normalmente, a indulgência plenária é a remissão completa da pena temporal pelo pecado. Não exclui a recepção do sacramento da reconciliação. Em 20 de março de 2020, na homilia em Santa Marta, o Papa explicou o que fazer, nesta emergência da pandemia, quando não podemos ir a um padre nos confessarmos.

Por que a bênção do Papa esta sexta-feira é única na história?














“Urbi et Orbi”, um ato sem precedentes de proximidade do sucessor de Pedro a cada um de nós

Qual é o ato através do qual um Papa pode demonstrar sua proximidade aos fiéis espalhados pelo mundo em momentos de grave perigo?
Essa é a pergunta que Francisco se fez quando a pandemia do coronavírus explodiu.
A resposta não se limita a celebrar a missa pela internet, rádio e televisão, como ele tem feito todas as manhãs.
De fato, “acompanhar” a celebração pelos meios de comunicação, de acordo com a teologia, não significa “participar”. Não há sacramentos midiáticos. A televisão não substitui o sacramento da Eucaristia. Se não se pode ir à missa, a televisão pode ser uma grande ajuda, mas não é um sacramento.

Um gesto único do Papa

Então, qual é esse gesto a que o Papa pode recorrer para se tornar ativamente presente na vida de cada fiel? Há um ato único desse tipo: a benção papal “Urbi et Orbi”, traduzida do latim “para a cidade [de Roma] e para o mundo”.
É um ato que nenhum outro bispo pode realizar e que pode ocorrer efetivamente através da mídia para o bem das almas dos fiéis.
De fato, segundo a tradição teológica católica, a benção “Urbi et Orbi” concede remissão das penas dos pecados já perdoados, ou seja, confere indulgência plenária nas condições determinadas pelo Direito Canônico e explicitadas pelo Catecismo da Igreja (números 1471-1484).
As condições para receber a indulgência plenária são (cf. Indulgência: lei suprema da Igreja é a salvação das almas):
  • disposição interior de um total desapego ao pecado, mesmo venial;
  • confessar pecados;
  • receber a sagrada Eucaristia
  • rezar pelas intenções do Santo Padre.
Segundo a teologia católica (Catecismo da Igreja Católica, números 1422-1498), a culpa do pecado é redimida pelo Sacramento da Reconciliação (Confissão), de modo que a pessoa está novamente na graça de Deus, pela qual se salvará, se não voltar a cair em pecado mortal.
Agora, a confissão, como esta bênção, não é algo mágico. O pecado traz desordem à vida do crente, que permanece após a Confissão. Por esse motivo, é necessária a penitência imposta no sacramento.
O fiel precisa se purificar através de outras boas obras e, em último caso, através do sofrimento no Purgatório, de acordo com a teologia católica.
Uma vez que a indulgência plenária redime completamente a penalidade devida, o falecido sem ter caído novamente em pecado não precisa passar pelo Purgatório e vai direto para o Céu (cf. Catecismo da Igreja Católica, 1030-1032).
Segundo a Tradição, os efeitos da bênção “Urbi et Orbi” recaem sobre todos aqueles que a recebem com fé e devoção, mesmo a recebendo através dos meios de comunicação. Este é justamente o gesto precioso que o Papa quer dar a cada crente.

Um ato único na história

O Papa só concede a bênção em três ocasiões: quando é eleito sucessor de Pedro, no Natal e na Páscoa.
Por esse motivo, é possível afirmar que, na história, nunca ocorreu antes uma benção “Urbi et Orbi” de um Papa com a a Praça de São Pedro vazia, mas seguida mundialmente pelos fiéis através da mídia. Será um ato único na história.
Esta é a tradução ao português da fórmula de bênção “Urbi et Orbi” que o Papa pronunciará em latim nesta sexta-feira às 18h em Roma (14h em Brasília e 17h em Portugal).
* * *
“Que os santos apóstolos Pedro e Paulo, em cujo poder e autoridade confiamos, intercedam por nós diante do Senhor.”
Todos: “Amém”.
“Que pelas palavras e os méritos da Bem-Aventurada sempre Virgem Maria, de São Miguel Arcanjo, de São João Batista, dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo e de todos os santos, Deus Todo-Poderoso tenha piedade de vós, perdoe os vossos pecados e os conduza através de Jesus Cristo à vida eterna.”
Todos: “Amém”.
“Que o Todo-poderoso e misericordioso Senhor vos conceda a indulgência, a absolvição e a remissão de todos os vossos pecados, tempo para uma penitência verdadeira e proveitosa, o coração sempre contrito e a modificação da vida, a Graça e consolação do Espírito Santo e a perseverança final nas boas obras.”
Todos: “Amém”.
“E a bênção do Deus Todo-Poderoso (Pai, ​​Filho e Espírito Santo) desça sobre vós e permaneça para sempre.”
Todos: “Amém”.

Aqui apresentamos o texto em latim, se você deseja seguir as palavras textuais do Papa Francisco:
– Sancti Apostoli Petrus et Paulus, de quorum potestate et auctoritate confidimus, ipsi intercedant pro nobis ad Dominum.
– Amen.
– Precibus et meritis beatæ Mariæ semper Virginis, beati Michælis Archangeli, beati Ioannis Baptistæ et sanctorum Apostolorum Petri et Pauli et omnium Sanctorum misereatur vestri omnipotens Deus et dimissis peccatis vestris omnibus, perducat vos Iesus Christus ad vitam æternam.
– Amen.
– Indulgentiam, absolutionem et remissionem omnium peccatorum vestrorum, spatium veræ et fructuosæ penitentiæ, cor semper penitens et emendationem vitæ, gratiam et consolationem Sancti Spiritus et finalem perseverantiam in bonis operibus, tribuat vobis omnipotens et misericors Dominus.
– Amen.
– Et benedictio Dei omnipotentis (Patris et Filli et Spiritus Sancti) descendat super vos et maneat semper.
– Amen.