segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

OS BONS CARRASCOS.

 
Bons carrascos são os indivíduos que, embora bons, virtuosos, de boas intenções, mas levados, talvez, pela intriga, por uma excitação nervosa, por excesso de mal entendido e amargo zelo, maltratam-nos, perseguem-nos e nos fazem sofrer. E não é raro isto, São Pedro de Alcântara, cheio de compaixão para com Santa Teresa, disse-lhe que uma das maiores penas deste exílio era a que ela havia sofrido, isto é, a contradição das pessoas de bem.
Vede quantos exemplos desse martírio tão cruel para um coração sensível: São João da Cruz foi lançado numa prisão pelos Padres da Observância, privado da Santa Missa, em rigorosa abstinência, disciplina e insultos; Leão IX esteve prevenido contra São Pedro Damião, por causa das más línguas; Santo Afonso teve como um dos seus grandes perseguidores o Pe. Francisco de Paula, um homem de Deus, virtuosíssimo, de uma vida exemplar.
Disse o Pe. Luiz de La Puente, na “Vida do Padre Baltazar Alvares”: – “…Os mais santos, enfim, podem-se fazer sofrer mutuamente, ou porque se enganem, ou porque não compreendam as coisas do mesmo modo. Haverá sempre entre os homens diversidade de vida e de humores. Tenhamos paciência com os bons carrascos. Neste mundo não somos todos da mesma forma. Há tanta variedade de gênio, educação, temperamento e caráter! Os bons carrascos são inevitáveis!
Trecho retirado do Livro: O Breviário da Confiança – Mons. Ascânio Brandão

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