Leitura da Primeira Carta de São João.
Caríssimos, 14esta é a confiança que temos no filho de Deus: se lhe pedimos alguma coisa de acordo com a sua vontade, ele nos ouve. 15E se sabemos que ele nos ouve em tudo o que lhe pedimos, sabemos que possuímos o que havíamos pedido.
16Se alguém vê seu irmão cometer um
pecado que não conduz à morte, que ele reze, e Deus lhe dará a vida;
isto, se, de fato, o pecado cometido não conduz à morte. Existe um
pecado que conduz à morte, mas não é a respeito deste que eu digo que se
deve rezar.
17Toda iniquidade é pecado, mas existe pecado que não conduz à morte. 18Sabemos que todo aquele que nasceu de Deus não peca. Aquele que é gerado por Deus o guarda, e o Maligno não o pode atingir.
19Nós sabemos que somos de Deus, ao passo que o mundo inteiro está sob o poder do Maligno. 20Nós
sabemos que veio o Filho de Deus e nos deu inteligência para
conhecermos aquele que é o Verdadeiro. E nós estamos com o Verdadeiro,
no seu Filho Jesus Cristo. Este é o Deus verdadeiro e a Vida eterna. 21Filhinhos, guardai-vos dos ídolos.
— O Senhor ama seu povo, de verdade.
— O Senhor ama seu povo, de verdade.
— Cantai ao Senhor Deus um canto novo, e o seu louvor
na assembleia dos fiéis! Alegre-se Israel em quem o fez, e Sião se
rejubile no seu Rei!
— Com danças glorifiquem o seu nome, toquem harpa e
tambor em sua honra! Porque, de fato, o Senhor ama seu povo e coroa com
vitória os seus humildes.
— Exultem os fiéis por sua glória, e cantando se
levantem de seus leitos, com louvores do Senhor em sua boca. Eis a
glória para todos os seus santos.
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 22Jesus foi com seus discípulos para a região da Judeia. Permaneceu aí com eles e batizava. 23Também João estava batizando, em Enon, perto de Salim, onde havia muita água. Aí chegavam as pessoas e eram batizadas.
24João ainda não tinha sido posto no cárcere. 25Alguns discípulos de João estavam discutindo com um judeu a respeito da purificação. 26Foram
a João e disseram: “Rabi, aquele que estava contigo além do Jordão e do
qual tu deste testemunho, agora está batizando e todos vão a ele”.
27João respondeu: “Ninguém pode receber alguma coisa, se não lhe for dada do céu. 28Vós mesmos sois testemunhas daquilo que eu disse: ‘Eu não sou o Messias, mas fui enviado na frente dele’. 29É
o noivo que recebe a noiva, mas o amigo, que está presente e o escuta,
enche-se de alegria ao ouvir a voz do noivo. Esta é a minha alegria, e
ela é completa. 30É necessário que ele cresça e eu diminua”.
João Batista afirmava sua satisfação por Jesus
ter se manifestado e afirmava:é necessário que Ele cresça e eu diminua.
Através destes relatos percebemos que João Batista não apenas tinha
sido escolhido para anunciar a vinda de Jesus, onde o Reino de Deus seria
estabelecido, como também ele verdadeiramente cria e fazia-se notória sua
posição referente ao novo tempo de Deus que estava para vir sobre a terra por
intermédio de Jesus.
Algum tempo depois, João Batista foi preso (Lc 3:20) e uma mudança
repentina aconteceu em relação a sua convicção de que Jesus era o Filho de
Deus. Percebemos isto pois “quando João ouviu, no cárcere, falar das obras de
Cristo, mandou por seus discípulos perguntar-lhe: És tu aquele que estava para
vir ou havemos de esperar outro? Alguma coisa que João Batista ouviu sobre as
obras de Jesus causou-lhe dúvidas em seu coração com respeito a verdadeira
identidade de Jesus.
Depois dos discípulos de João terem ido até Jesus com este
questionamento, Jesus falou sobre esta questão dizendo:
“Pois veio João, que não comia nem bebia, e dizem: Tem demônio!
Veio o Filho do Homem, que come e bebe, e dizem: Eis aí um glutão e bebedor de
vinho, amigo de publicanos e pecadores! Mas a sabedoria é justificada por suas
obras.” (Mt 11:18-19)
João Batista veio com uma mensagem forte de arrependimento e
separação deste mundo, enquanto Jesus se misturou com o povo e vivia com
pecadores anunciando e manifestando o evangelho do Reino.
João Batista tinha um padrão mental de comportamento que colidiu
frontalmente com aquilo que Jesus fazia. Sem dúvida nenhuma, quando João
Batista ouviu sobre como Jesus vivia, isto lhe causou um desconforto e gerou-lhe
dúvidas no coração uma vez que a forma de Jesus atuar era completamente
diferente do padrão de João Batista.
Apesar de João Batista crer firmemente e anunciar a vinda de Jesus,
ele não conseguiu entender o novo paradigma que Jesus havia estabelecido e chegou
a duvidar que Jesus era o Filho de Deus. Foi ele quem anunciou Jesus, mas
praticamente não participou deste novo tempo, pois não conseguiu se alinhar com
aqueles novos conceitos trazidos por Jesus.
Quantos estão esperando ansiosamente por este novo tempo que está
por vir, mas não o experimentarão, porque será muito diferente daquilo que
estão vivendo hoje e não conseguirão transicionar para as coisas desta nova
unção. O tempo chegará e eles não experimentarão.
Quem não estiver disposto a mudar e entrar num modelo completamente
bíblico, deixando de lado tradições e costumes religiosos e eclesiásticos,
imaginando que não é necessário mudar para experimentar o grande avivamento dos
últimos tempos, verá ele acontecer ao seu redor, mas não participará dele.
Os seguidores do Precursor, que ficaram fora da comunidade cristã,
consideravam-no como a luz, mais do que como lâmpada, ou verdadeiramente como o
Messias; criavam disputas sobre os ritos de purificação, perguntando-se qual
seria o mais eficaz para retirar os pecados, ao ponto de lamentar-se pelos
sucessos obtidos por Jesus. As afirmações de João Batista a respeito de si
mesmo e nos confrontos com Cristo são, por um lado, o reflexo desse clima de
tensão e, por outro, a reafirmação do juízo que o movimento batista deveria
fazer sobre as relações entre os dois mestres.
Para o quarto evangelista, João não é o último dos profetas, o
Precursor ou Elias, mas a testemunha que fala, mais do que grita, porque viu.
Ele revela a natureza e a dignidade de Jesus, que gosta de fazer-se conhecer
através daqueles que o experimentaram. Assim transfigurado, João Batista passa
a fazer parte dos testemunhos que defendem Jesus contra o mundo, como o Pai, a
Escritura, as obras, o Espírito. Ele testemunha no sentido messiânico da própria
pessoa e do batismo que confere. E o faz diante da autoridade de Jerusalém e de
um grupo mais consistente, representante do povo de Israel: diante destes
reconhece o Messias que recebe a plenitude do Espírito e leva dois discípulos a
segui-lo. A afirmação sobre si mesmo em três respostas cada vez mais breves e
incisivas é, na realidade, uma afirmação sobre Cristo. João não é o Messias,
não é Elias, que uma tradição popular mantinha ainda vivo, pronto para aparecer
no momento oportuno, não é o grande profeta de quem falara Moisés (Deuteronômio
18,18). Ele é simplesmente a voz que foi enviada para preparar os corações para
a vinda de Jesus, em relação ao verdadeiro Messias ainda oculto ele é como um
servo.
Lembra-te sempre que a Humildade e simplicidade são o segredo da
felicidade! Pois para João Batista à medida que Jesus Crescia e sua fama se
espalhava por todos os lugares, deu-se conta de que sua missão estava sendo
cumprida e era fundamental ir sedendo lugar ao esposo:Assim também o que está
acontecendo com Jesus me faz ficar completamente alegre que Ele cresça e eu
diminua. Aprendamos com ele a virtude da humildade e da simplicidade para que
sejamos felizes.
CN
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