quarta-feira, 22 de agosto de 2012

REBELIÃO DOS FAMINTOS.


No mundo está eminente uma rebelião de famintos > Fonte: http://portuguese.ruvr.ru/tag_5469602/

Está chegando o dia anunciado pelo profeta Joel em 1, 15 Clamai ao Senhor: Ai, que dia! O dia do Senhor, com efeito, está próximo, e vem como um furacão desencadeado pelo Todo-poderoso. 16 Acaso não foi sob os nossos olhos que desapareceu todo o mantimento e se desvaneceram do templo de nosso Deus a alegria e o regozijo? 17 As sementes secaram sob os torrões, os celeiros estão vazios, os armazéns, arruinados, porque falta o trigo. 18 Como geme o rebanho, e como anda errante o gado por falta de pastagens! Até mesmo os rebanhos de ovelhas padecem. 19 Clamo a vós, Senhor, porque o fogo devorou a erva do deserto, a chama queimou todas as árvores do campo; 20 os próprios animais selvagens suspiram por vós, porque as correntes das águas secaram, e o fogo devorou a erva do deserto.
O aumento dos preços de grãos e do açúcar pode causar uma crise alimentar que será mais profunda e imprevisível do que a que estourou em 2007-2008. O perigo iminente obrigou a Organização para a Alimentação e Agricultura (FAO) a publicar informação que geralmente é confidencial - o índice da dinâmica dos preços dos alimentos.
Agora este índice aproxima-se do pico histórico alcançado em 2011. Mas os preços dos alimentos continuarão subindo até que isso for rentável para as autoridades financeiras internacionais, dizem especialistas.
Em fevereiro do ano passado, o índice agregado de preços para produtos alimentícios elevou-se a 238 pontos pelo método de cálculo da FAO. Depois de alguma redução, em julho de 2012 esse número subiu bruscamente de uma vez 6% e atingiu 213 pontos. Previsões ruins para safra de trigo na Rússia, milho e outros cereais nos EUA, arroz na Índia e açúcar no Brasil, naturalmente, refletem no custo da refeição. Mais precisamente - no seu aumento significativo.
Os analistas da FAO lembram que a última crise alimentar provocou revoltas nos 30 países mais pobres do mundo que justificadamente temem uma repetição da situação no futuro próximo. No entanto, alguns estados, sobretudo no Sudeste da África, já estão em estado de choque devido à escassez de alimentos, disse o gerente dos projetos do fundo de investimento Hi Capital Corporation, Anton Lubitch. E, infelizmente, o desenvolvimento dos eventos deixa poucos motivos para otimismo, disse ele em uma entrevista à Voz da Rússia:
"Os alimentos vão certamente ficar mais caros por dois motivos: em primeiro lugar, devido ao fato de haver uma disparidade no crescimento populacional entre os países produtores e países consumidores. Não é nenhum segredo que os países onde há fome se caracterizam por um crescimento populacional relativamente alto, embora com alta mortalidade. O segundo fator é certamente o bombeamento inflacionário da economia com dinheiro. Enquanto as autoridades financeiras do mundo, principalmente a Reserva Federal dos EUA, o Banco Central Europeu e o FMI se divertem, jogando na "roleta da inflação," os preços dos alimentos, bem como dos outros bens, vão crescer mais rápido que as taxas de inflação."
Enquanto isso, os analistas da ONU sugerem medidas razoáveis que ajudariam se não a evitar a crise alimentar, pelo menos a parar a queda de alguns países em direção a uma catástrofe humanitária. Assim, o diretor da FAO, Graciano José da Silva, exortou os EUA a reduzir temporariamente a produção de álcool destinado aos biocombustíveis – para isso geralmente se gasta até 40% da safra de milho. Esta ação irá permitir enviar mais milho para alimentação humana e animal.
Por sua vez, o perito da nossa companhia de rádio, Anton Lubitch, observa que a redução na produção de biocombustíveis nos EUA vai reduzir o aumento do custo do milho e do açúcar. Para os países, onde a parte substancial da população está passando fome, isto seria importante para impedir o crescimento dos preços dos alimentos e, consequentemente, aumentar sua disponibilidade para as pessoas. Mas o secretário da Agricultura dos EUA, Tom Vilsek disse que a suspensão da produção de álcool, provavelmente, não resultará em preços mais baixos para os grãos e o açúcar. Além disso, nos Estados Unidos, esta indústria gera empregos e mantém sob controle os preços da gasolina.
Segundo analistas das Nações Unidas, se a comunidade internacional ainda permitir uma nova crise alimentar, as suas consequências serão imprevisíveis. Em alguns países a situação não se limitará só a revoltas das pessoas com fome, o desastre poderá alastrar e terá também consequências para os atuais donos da situação.





Aarão

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