segunda-feira, 27 de agosto de 2012

DOM ORANI TEMPESTA, É NOVO PRESIDENTE DO CONSELHO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DO CONGRESSO NACIONAL.


 
 
  Escolhido por unanimidade pelos membros do colegiado, a posse aconteceu no último dia 8 de agosto, para um mandato de dois anos. Composto por 13 titulares e 13 suplentes, o Conselho atua como órgão auxiliar do Congresso Nacional, tendo como atribuição a elaboração de estudos, pareceres e recomendações sobre temas relacionados à comunicação e à liberdade de expressão.
Responsabilidade
De acordo com Dom Orani, cada segmento da sociedade brasileira é formado por cidadãos que têm o desejo e o direito de se comunicar, de se expressar e de fazer conhecer as próprias ideias. A presença de um bispo da Igreja Católica no Conselho expressa a postura favorável da sociedade ao direito que assiste a todos os cidadãos: o direito de expor o seu pensamento.
“A eleição como presidente para este mandato é um compromisso muito sério. Como escolhido, devo cuidar e zelar para que se respeite o direito de todos os conselheiros de fazer ouvir suas vozes, de se comunicar. Para mim é uma grande responsabilidade assumir este serviço ao Congresso Nacional”, disse.

Respeito à liberdade de todos
Quanto à questão do proselitismo religioso nas rádios e TVs brasileiras, Dom Orani recorda que todas as potencialidades humanas devem ser exercidas em favor do bem comum e para a promoção coletiva e de cada indivíduo.
Neste sentido, lembra o presidente, que a Constituição deve orientar qualquer questão, onde cada segmento da sociedade, sejam religiosos ou não, são chamados a exercer seu direito de comunicar seu pensamento, sempre respeitando aos demais segmentos e a liberdade de todos.
“Não podemos ter cidadãos de segunda classe sem algum direito apenas por ter ideias de algum segmento. As leis farão sua parte para que sejam respeitados os valores humanos e da liberdade”, pontua Dom Orani.
Programação de qualidade
Uma das preocupações do novo presidente e, consequentemente dos telespectadores, é a questão da qualidade dos programas veiculados pelas rádios e TVs.
Dom Orani assinala sobre os riscos das limitações, como exemplo é o caso da TV aberta, pelo fato que dependem de patrocínios e da classificação de audiência. Mas que o caminho, acrescentou, deve ser o aprimoramento, para oferecer ao povo brasileiro um serviço cada vez melhor.
“Como nada é perfeito, temos produções de qualidade duvidosa, mas também um número significativo de bons programas. Certamente, quanto mais programas promovendo valores como a família, a educação e pela promoção da saúde e dos valores éticos, melhor”, pontuou.
Marco Regulatório
A primeira reunião do Conselho está agendada para o dia 3 de setembro, em Brasília. Um dos assuntos da pauta, que está sendo cuidadosamente planejada, é referente ao Marco Regulatório, dada a sua importância e a carência da legislação brasileira nessa área.
“O Marco Regulatório deve ser um tema constante em nossos encontros, mas acredito que a pluralidade de ideias e experiências dos membros do Conselho poderá somar valiosas contribuições para a definição desse tão esperado instrumento de conduta para a nossa mídia”, lembrou Dom Orani.
Experiência em comunicação
Ainda como padre, na diocese paulista de São João da Boa Vista, Dom Orani já atuava na área de comunicação. Depois de ordenado ao episcopado, exerceu várias funções de relevância em âmbito nacional. Desde 1998, atua como membro do conselho superior do Instituto Brasileiro de Comunicação Cristã (Inbrac), mantenedor da RedeVida de Televisão e, por dois mandatos, como presidente da Comissão Episcopal para a Cultura, Educação e Comunicação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Enquanto arcebispo de Belém, no Pará, foi presidente da Fundação Nazaré de Comunicação, composta de rádio, jornal, portal e TV.
Dom Orani lembra que o seu trabalho junto à Pastoral da Comunicação certamente agregou conhecimento e experiência, seja do ponto de vista do avanço tecnológico, como das expectativas da sociedade plural.
“Mais do que conhecimento, os cargos exercidos deu-me consciência da grande importância do tema e suas potencialidades, tendo em vista a promoção do bem comum. Eles me ajudaram a ter uma visão global do assunto e das dificuldades que existem nessa disputa, que supõe disputa de poder e de influência na sociedade”, concluiu. (SP)

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