Blogueiro Jorge
Ferraz
1. Viúva terá de dividir pensão do
marido com a amante, decide juiz em GO. “O juiz da 3ª Vara da Fazenda Pública de
Goiás, Ary Queiroz, decidiu que uma viúva de um funcionário público do estado
terá de dividir a pensão que recebe com a amante do falecido marido. A ‘outra’
entrou na Justiça para ter direito ao benefício. Cabe recurso da
decisão”.
2. Amante é condenada a pagar US$ 9
milhões por ‘roubo de marido’. “A diretora de escola Anne Lundquist, de 49 anos,
se envolveu com Allan Schackelford, de 62, mesmo sabendo de seu casamento de 33
anos. Cynthia, a mulher traída, resolveu levar a amante para os tribunais e
venceu a ação num julgamento que durou dois dias”.
3. Escritura Pública reconhece união
afetiva a três. “Ela [a tabeliã de notas que lavrou a escritura] conta também
que se sentiu bastante a vontade para tornar pública essa união envolvendo três
pessoas, já que havia um desejo comum entre as partes, se tratava de pessoas
capazes, sem envolvimento de nenhum menor e sem litígio. Internamente não havia
dúvida de que as três pessoas consideravam viver como entidade familiar e
desejavam garantir alguns direitos”.
O que dizer? Uma vez perdida a referência moral que sustenta a
entidade familiar, esta se esfacela em mil pedaços: sendo arrastada para lá e
para cá, ao sabor das arbitrariedades individuais. Ora se confundem e se
igualam a legítima e a concubina, ora se quantifica monetariamente um adultério,
ora se institucionaliza o ménage à trois. Privada
de suas sólidas bases, a sociedade adoece e caminha, em vertiginosa velocidade,
em direção ao abismo que se recusa a enxergar.
Lembro-me de Santo Agostinho nas suas
Confissões (que cito de memória): “senti e experimentei não ser para saber que o
pão, agradável ao paladar sadio, é repugnante ao doente, e que a luz, desejada
pelos olhos sãos, é odiosa aos enfermos”. Isto que vale para os indivíduos
também se aplica às sociedades: basta uma simples mirada ao redor, basta olhar
para a nossa civilização decadente para o constatar com triste
clareza.
Nenhum comentário:
Postar um comentário