sexta-feira, 10 de agosto de 2012

ACHADO ARQUEOLÓGICO CONFIRMA EXISTÊNCIA HISTÓRICA DE SANSÃO.

Uma monumental sinagoga do período romano tardio (séculos IV e V d.C.) foi descoberta em escavações arqueológicas em Huqoq na Galileia, Israel, neste mês de julho. O anúncio foi feito pela Israel Antiquities Authority, a maior autoridade em Israel sobre a matéria.

As escavações estão sendo conduzidas por Jodi Magness, da Universidade da Carolina do Norte em Chapel Hill – UNC (EUA), e David Amit e Suá Kisilevitz, da Autoridade de Antiguidades de Israel, sob o patrocínio da UNC, da Universidade de Brigham Young de Utah; da Trinity University de Texas; da Universidade de Oklahoma – todas elas dos EUA –, e da Universidade de Toronto, Canadá.

Estudantes e funcionários da UNC e das entidades consorciadas participam dos trabalhos.

Huqoq é uma antiga aldeia judaica localizada a aproximadamente 2-3 km a oeste de Cafarnaum e Migdal (Magdala).

O mais impressionante é que as escavações revelaram partes de um piso de mosaico que fazia parte da decoração do edifício da sinagoga.
Jodi Magness, que é professora de judaísmo na Universidade da Carolina do Norte, destacou a “alta qualidade do trabalho artístico” no mosaico, noticiou a CNN.
Poucas sinagogas do período romano tardio ostentam mosaicos com cenas bíblicas, disse Magness.

De fato, no Antigo Testamento, Deus proibiu aos judeus representarem figuras antropomórficas ou de animais, devido à tendência que eles tinham à idolatria por imitação dos povos pagãos vizinhos. O episódio do bezerro de ouro narrado no Gênesis foi característico.

A introdução dessas figuras em sinagogas aconteceu por influência da cultura do Império Romano de Oriente.

Segundo Magness, só em mais duas sinagogas há imagens de Sansão. Uma fica num lugar próximo da Galileia, conhecido como Wadi Hamam, onde Sansão é representado dizimando os filisteus tendo uma queixada de burro como única arma. A outra fica no que é hoje a Turquia e retrata cenas da vida de Sansão.

O mosaico agora descoberto inclui dois rostos aparentemente do sexo feminino que flanqueiam um medalhão circular, no qual há uma inscrição hebraica que fala das recompensas pelas boas ações.

Sansão, obviamente, é muito representado na arte cristã primitiva, disse ela.

Sansão foi o penúltimo dos Juízes de Israel.

Os Juízes foram suscitados por Deus para liberar o povo eleito da opressão de seus inimigos, devolver-lhe a paz e a posse de suas terras. Estes líderes agiam em nome Justiça divina e, movidos por profundo senso de fidelidade a Deus, conduziam o povo.

Eles tinham poder de reis, mas eram escolhidos por Deus. Também tinham dons de profeta, dirigindo o povo segundo a vontade do Altíssimo.

Porém, os judeus se cansaram deles e pediram a Samuel, último Juiz, que lhes desse reis como os tinham os países vizinhos. O pedido desagradou enormemente a Samuel, que havia dado mostras incontrovertíveis de ser enviado de Deus.

Mas Deus, vendo a dureza de coração dos judeus, concedeu-lhes o solicitado, fazendo-lhes contudo saber, pela boca de Samuel, tudo o que haveriam de sofrer por causa desse pedido.

E nesse mosaico, feito de pequenos cubos de pedra colorida de alta qualidade, pode-se ver uma cena bíblica inusual. Trata-se do episodio em que Sansão, Juiz de Israel, amarrou tochas nas caudas de 300 raposas que ele prendeu duas a duas (como relatado no livro de Juízes 15), soltando-as em seguida sobre os campos e plantações dos filisteus, povo inimigo de morte dos judeus, fazendo grande estrago.
Os filisteus, indignados, avançaram em grandíssimo número contra Israel. Os judeus ficaram amedrontados, amarraram o chefe instituído por Deus e o entregaram aos inimigos.amuel ungiu Saul primeiro rei dos judeus.
Por sua parte, Sansão foi Juiz durante vinte anos e um herói que intervinha para garantir as promessas de Deus.

Ficou famoso pela sua força, que estava acima de toda capacidade humana e que só era compreensível por um auxílio patente do Espírito Santo. Também pela sua invencibilidade na guerra contra os filisteus, inimigos dos israelitas, cujos ataques militares e ciladas desfez espantosamente.

Mas Sansão pecou. Casou com Dalila, uma mulher filisteia à qual contou o segredo de sua força, e Deus se afastou dele. Dalila, então, o entregou aos inimigos, que lhe arrancaram os olhos e o fizeram escravo.

Sansão, porém arrependeu-se de seu pecado e fez penitência. Como fora cegado para sempre, pediu que o levassem ao templo onde os filisteus praticavam seus mais infames cultos.

E reconciliado com Deus, tomado da força que o Altíssimo lhe dava outrora, derrubou as colunas sobre a qual se apoiava o enorme edifício. O prédio desabou sobre os falsos sacerdotes e inúmeros idólatras, matando-os em grande número.

Sansão morreu realizando essa proeza e repousou em paz com Deus, cumprindo até o último suspiro sua missão de chefe e protetor de Israel.

Uma propaganda anti-religiosa quis espalhar que Sansão não existiu. Sua história, narrada pela Bíblia, não seria outra coisa senão uma adaptação feita pelos judeus do mito de Hércules, fruto da fantasia dos gregos.

As recentes descobertas em Huqoq falam no sentido de ratificar a veracidade histórica de sua existência e de suas façanhas pela causa do Rei e Juiz supremo do Universo.

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