Entenda o que a Igreja ensina em sua liturgia
Certamente
que quando queremos qualificar a Missa com um adjetivo ou genitivo de
isto ou daquilo outro, estamos a empobrecer e a reduzir a riqueza da
Missa. Porque toda Missa é de louvor, uma vez que a finalidade
latrêutica é a principal (glorificar a Deus), como toda Missa liberta,
ao ser o sacrifício da Redenção, e toda Missa cura, uma vez que
reconcilia e perdoa aos pecadores que somos nós.
Não existe Missa mais libertadora ou louvadora que outra; o que pode
ser enfatizado é a dimensão ou o destaque a uma das finalidades, o que
deve ser feito sem nunca esquecer as outras dimensões e aspectos.
Como tampouco devemos esquecer que a Missa não pertence ou é do padre
tal ou qual, já que estaríamos omitindo que o ministro principal de
toda ação litúrgica é o próprio Jesus Cristo.
Existe sim, uma maneira ou uma participação litúrgica que pode variar
de Missa para Missa. De fato, uma Missa pode envolver mais a assembléia
reunida, que tem mais possibilidades de expressar-se e gestualizar.
Embora seja importante esclarecer que a participação mais intensa e
profunda é a união interna com o Senhor, e que se faltar essa atitude de
deixar-se transformar pela graça divina, estaria faltando tudo.
O então Cardeal Ratzinger, depois Papa Bento XVI, afirmava no famoso
Relatório sobre a Fé, que a Missa não é um show ou espetáculo, e que a
Igreja vive de solenes reatualizações do mesmo sacrifício de Jesus na
cruz.
É necessário inculturar a Missa, com cantos e gestos, adaptá-la aos
diferentes contextos celebrativos, porém seja mais oportuno amá-la e
conhecê-la melhor, como a obra prima do Espírito Santo, o que exige de
nós uma atitude mais contemplativa e orante.
Toda Missa é a ação de um Deus que se doa, sinergia sagrada que santifica, liberta e cura a seu povo.
(via Fé Explicada)
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