domingo, 31 de julho de 2016

18º DOMINGO DO TEMPO COMUM - TOMAI CUIDADO COM TODO TIPO DE GANÂNCIA

A liturgia deste domingo questiona-nos acerca da atitude que assumimos face aos bens deste mundo. Sugere que eles não podem ser os deuses que dirigem a nossa vida; e convida-nos a descobrir e a amar esses outros bens que dão verdadeiro sentido à nossa existência e que nos garantem a vida em plenitude.
No Evangelho, através da “parábola do rico insensato”, Jesus denuncia a falência de uma vida voltada apenas para os bens materiais: o homem que assim procede é um “louco”, que esqueceu aquilo que, verdadeiramente, dá sentido à existência.
Na primeira leitura, temos uma reflexão do “qohélet” sobre o sem sentido de uma vida voltada para o acumular bens… Embora a reflexão do “qohélet” não vá mais além, ela constitui um patamar para partirmos à descoberta de Deus e dos seus valores e para encontramos aí o sentido último da nossa existência.
A segunda leitura convida-nos à identificação com Cristo: isso significa deixarmos os “deuses” que nos escravizam e renascermos continuamente, até que em nós se manifeste o Homem Novo, que é “imagem de Deus”.
1º leitura – Co (Ecle) 1,2; 2,21-23 - AMBIENTE
O livro de Qohélet é um livro de caráter sapiencial, escrito pelos finais do séc. III a.C.. Não sabemos quem é o autor… Em 1,1, apresenta-se o livro como “palavras de qohélet”; mas “qohélet” é uma forma participial do verbo “qhl” (“reunir em assembléia”): significa, pois, “aquele que participa na assembléia” ou, numa perspectiva mais ativa, “aquele que fala na assembléia”. O nome “Eclesiastes” (com que também é designado) é a forma latinizada do grego “ekklesiastes” (nome do livro na tradução grega do Antigo Testamento): significa o mesmo que “qohélet” – “aquele que se senta ou que fala na assembléia” (“ekklesia”).
Este “caderno de anotações” de um “sábio” é um escrito estranho e enigmático, sarcástico, inconformista, polêmico, que põe em causa os dogmas mais tradicionais de Israel. A sua preocupação fundamental, mais do que apontar caminhos, parece ser a de destruir certezas e seguranças. Levanta questões e não se preocupa, minimamente, em encontrar respostas para essas questões.
O tom geral do livro é de um impressionante pessimismo. O autor parece negar qualquer possibilidade de encontrar um sentido para a vida… Defende que o homem é incapaz de ter acesso à “sabedoria”, que não há qualquer novidade e que estamos fatalmente condenados a repetir os mesmos desafios, que o esforço humano é vão e inútil, que é impossível conhecer Deus e que, aconteça o que acontecer, nada vale a pena porque a morte está sempre no horizonte e iguala-nos com os ignorantes e os animais… Não é um livro onde se vão procurar respostas; é um livro onde se denuncia o fracasso da sabedoria tradicional e onde ecoa o grito de angústia de uma humanidade ferida e perdida, que não compreende a razão de viver.
MENSAGEM
Em concreto, no texto que hoje a liturgia nos propõe, o “qohélet” proclama a inutilidade de qualquer esforço humano. A partir da sua própria experiência, ele foi capaz de concluir friamente que os esforços desenvolvidos pelo homem ao longo da sua vida não servem para nada. Que adianta trabalhar, esforçar-se, preocupar-se em construir algo se teremos, no final, de deixar tudo a outro que nada fez? E o “qohélet” resume a sua frustração e o seu desencanto nesse refrão que se repete em todo o livro (25 vezes): “tudo é vaidade”. É uma conclusão ainda mais estranha quanto a “sabedoria” tradicional “excomungava” aquele que não fazia nada e apresentava como ideal do “sábio” aquele que trabalhava e que procurava cumprir eficazmente as tarefas que lhe estavam destinadas.
A grande lição que o “qohélet” nos deixa é a demonstração da incapacidade de o homem, por si só, encontrar uma saída, um sentido para a sua vida. O pessimismo do “qohélet” leva-nos a reconhecer a nossa impotência, o sem sentido de uma vida voltada apenas para o humano e para o material. Constatando que em si próprio e apenas por si próprio o homem não pode encontrar o sentido da vida, a reflexão deste livro força-nos a olhar para o mais além. Para onde? O “qohélet” não vai tão longe; mas nós, iluminados pela fé, já podemos concluir: para Deus. Só em Deus e com Deus seremos capazes de encontrar o sentido da vida e preencher a nossa existência.
ATUALIZAÇÃO
• Quase poderíamos dizer que o “qohélet” é o precursor desses filósofos existencialistas modernos que refletem sobre o sentido da vida e constatam a futilidade da existência, a náusea que acompanha a vida do homem, a inutilidade da busca da felicidade, o fracasso que é a vida condenada à morte (Jean Paul Sartre, Albert Camus, André Malraux…). As conclusões, quer do “qohélet”, quer das filosofias existencialistas agnósticas, seriam desesperantes se não existisse a fé. Para nós, os crentes, a vida não é absurda porque ela não termina nem se encerra neste mundo… A nossa caminhada nesta terra está, na verdade, cheia de limitações, de desilusões, de imperfeições; mas nós sabemos que esta vida caminha para a sua realização plena, para a vida eterna: só aí encontraremos o sentido pleno do nosso ser e da nossa existência.
• A reflexão do “qohélet” convida-nos a não colocar a nossa esperança e a nossa segurança em coisas falíveis e passageiras. Quem vive, apenas, para trabalhar e para acumular, pode encontrar aí aquilo que dá pleno significado à vida? Quem vive obcecado com a conta bancária, com o carro novo, ou com a casa com piscina num empreendimento de luxo, encontrará aí aquilo que o realiza plenamente? Para mim, o que é que dá sentido pleno à vida? Para que é que eu vivo?
2 leitura – Col. 3,1-5.9-11 - AMBIENTE
A segunda leitura deste domingo é, mais uma vez, um trecho dessa Carta aos Colossenses, em que Paulo polemiza contra os “doutores” para quem a fé em Cristo devia ser complementada com o conhecimento dos anjos e com certas práticas legalistas e ascéticas. Paulo procura demonstrar que a fé em Cristo (entendida como adesão a Cristo e identificação com Ele) basta para chegar à salvação.
Este texto integra a parte moral da carta (cf. Col. 3,1-4,1): aí Paulo tira conclusões práticas daquilo que afirmou na primeira parte (que Cristo basta para a salvação) e convoca os Colossenses a viverem, no dia a dia, de acordo com essa vida nova que os identificou com Cristo.
MENSAGEM
O texto que nos é proposto está dividido em duas partes.
Na primeira (vs. 1-4), Paulo apresenta, como ponto de partida e como base sólida da vida cristã, a união com Cristo ressuscitado. Os cristãos, pelo batismo, identificaram-se com Cristo ressuscitado; dessa forma, morreram para o pecado e renasceram para uma vida nova. Essa vida deve crescer progressivamente, mas manifestar-se-á em plenitude, quando Cristo “aparecer” (a carta aos Colossenses ainda alimenta nos cristãos a espera da vinda gloriosa de Cristo).
Na segunda parte (vs. 5.9-11), Paulo descreve as exigências práticas dessa identificação com Cristo ressuscitado. O cristão deve fazer morrer em si a imoralidade, a impureza, as paixões, os maus desejos, a cupidez, numa palavra, todos esses falsos deuses que enchem a vida do homem velho; e, por outro lado, deve revestir-se do Homem Novo – ou seja, deve renovar-se continuamente até que nele se manifeste a “imagem de Deus” (“sede perfeitos como perfeito é o vosso Pai do céu” – cf. Mt. 5,48). Quando isso acontecer, desaparecerão as velhas diferenças de povo, de raça, de religião e todos serão iguais, isto é, “imagem de Deus”. Foi isso que Cristo veio fazer: criar uma comunidade de homens novos, que sejam no mundo a “imagem de Deus”.
A identificação com Cristo ressuscitado – que resulta do batismo – é, portanto, um renascimento contínuo que deve levar-nos a parecer-nos cada vez mais com Deus.
ATUALIZAÇÃO
• Ser batizado é, na perspectiva de Paulo, identificar-se com Cristo e, portanto, renunciar aos mecanismos que geram egoísmo, ambição, injustiça, orgulho, morte – os mesmos que Jesus rejeitou como diabólicos; e é, em contrapartida, escolher uma vida de doação, de entrega, de serviço, de amor – os mecanismos que levaram Jesus à cruz, mas que também o levaram à ressurreição. Eu estou sendo coerente com as exigências do meu batismo? Na minha vida há uma opção clara pelas “coisas do alto”, ou essas “coisas da terra” (brilhantes, sugestivas, mas efêmeras) têm prioridade e condicionam a minha ação?
• O objetivo da nossa vida (esse objetivo que deve estar sempre presente diante dos nossos olhos e que deve constituir a meta para a qual caminhamos) é, de acordo com Paulo, a renovação contínua da nossa vida, a fim de que nos tornemos “imagem de Deus”. Aqueles que me rodeiam conseguem detectar em mim algo de Deus? Que “imagem de Deus” é que eu transmito a quem, diariamente, contata comigo?
• A comunidade cristã é essa família de irmãos onde as diferenças (de raça, de cultura, de posição social, de perspectiva política, etc.) são ilusórias, porque o fundamental é que todos caminham para ser “imagem de Deus”. Isto é realidade? Nas nossas comunidades (cristãs ou religiosas), todos os membros são tratados com igual dignidade, como “imagem de Deus”?
• Convém não esquecer que a construção do “Homem Novo” é uma tarefa que exige uma renovação constante, uma atenção constante, um compromisso constante. Enquanto estamos neste mundo, nunca podemos cruzar os braços e dar a nossa caminhada para a perfeição por terminada: cada instante apresenta-nos novos desafios, que podem ser vencidos ou que podem vencer-nos.
 
Evangelho – Lc. 12,13-21 - AMBIENTE
 Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
Naquele tempo, 12 13 disse a Jesus alguém do meio do povo: “Mestre, dize a meu irmão que reparta comigo a herança”.
14 Jesus respondeu-lhe: “Meu amigo, quem me constituiu juiz ou árbitro entre vós?”
15 E disse então ao povo: “Guardai-vos escrupulosamente de toda a avareza, porque a vida de um homem, ainda que ele esteja na abundância, não depende de suas riquezas”.
16 E propôs-lhe esta parábola: “Havia um homem rico cujos campos produziam muito”.
17 E ele refletia consigo: ‘Que farei? Porque não tenho onde recolher a minha colheita’.
18 Disse então ele: ‘Farei o seguinte: derrubarei os meus celeiros e construirei maiores; neles recolherei toda a minha colheita e os meus bens.
19 E direi à minha alma: ó minha alma, tens muitos bens em depósito para muitíssimos anos; descansa, come, bebe e regala-te’.
20 Deus, porém, lhe disse: ‘Insensato! Nesta noite ainda exigirão de ti a tua alma. E as coisas, que ajuntaste, de quem serão?’
21 Assim acontece ao homem que entesoura para si mesmo e não é rico para Deus”.
Palavra da Salvação.
Continuamos a percorrer o “caminho de Jerusalém” e a escutar as lições que preparam os discípulos para serem as testemunhas do Reino. A catequese, que Jesus hoje apresenta, é sobre a atitude face aos bens.
A reflexão é despoletada por uma questão relacionada com partilhas… Um homem queixa-se a Jesus porque o irmão não quer repartir com ele a herança. Segundo as tradições judaicas, o filho primogênito de uma família de dois irmãos recebia dois terços das possessões paternas (cf. Dt. 21,17. É possível que só fossem repartidos os bens móveis e que, para guardar intacto o patrimônio da família, a casa e as terras fossem atribuídas ao primogênito). O homem que interpela Jesus é, provavelmente, o irmão mais novo, que ainda não tinha recebido nada. Era freqüente, no tempo de Jesus, que os “doutores da lei” assumissem o papel de juízes em casos similares… Como é que Jesus Se vai situar face a esta questão?
MENSAGEM
Jesus escusa-Se, delicadamente, a envolver-Se em questões de direito familiar e a tomar posição por um irmão contra outro (“amigo, quem me fez juiz ou árbitro das vossas partilhas?” – v. 14). O que estava em causa na questão era a cobiça, a luta pelos bens, o apego excessivo ao dinheiro (talvez por parte dos dois irmãos em causa). A conclusão que Jesus tira (v. 15) explica porque é que Ele não aceita meter-Se na questão: o dinheiro não é a fonte da verdadeira vida. A cobiça dos bens (o desejo insaciável de ter) é idolatria: não conduz à vida plena, não responde às aspirações mais profundas do homem, não conduz a um autêntico amadurecimento da pessoa. A lógica do “Reino” não é a lógica de quem vive para os bens materiais; quem quiser viver na dinâmica do Reino deverá ter isto presente.
A parábola que Jesus vai apresentar na sequência (vs. 16-21) ilustra a atitude do homem voltado para os bens perecíveis, mas que se esquece do essencial – aquilo que dá a vida em plenitude. Apresenta-nos um homem previdente, responsável, trabalhador (que até podíamos admirar e louvar); mas que, de forma egoísta e obsessiva, vive apenas para os bens que lhe asseguram tranquilidade e bem-estar material (e nisso, já não o podemos louvar e admirar). Esse homem representa, aqui, todos aqueles cuja vida é apenas um acumular sempre mais, esquecendo tudo o resto – inclusive Deus, a família e os outros; representa todos aqueles que vivem uma relação de “circuito fechado” com os bens materiais, que fizeram deles o seu deus pessoal e que esqueceram que não é aí que está o sentido mais fundamental da existência.
A referência à ação de Deus, que põe repentinamente um ponto final nesta existência egoísta e sem significado, não deve ser muito sublinhada: ela serve, apenas, para mostrar que uma vida vivida desse jeito não tem sentido e que quem vive para acumular mais e mais bens é, aos olhos de Deus, um “insensato”.
O que é que Jesus pretende, ao contar esta história? Convidar os seus discípulos a despojar-se de todos os bens? Ensinar aos seus seguidores que não devem preocupar-se com o futuro? Propor aos que aderem ao Reino uma existência de miséria, sem o necessário para uma vida minimamente digna e humana? Não. O que Jesus pretende é dizer-nos que não podemos viver na escravatura do dinheiro e dos bens materiais, como se eles fossem a coisa mais importante da nossa vida. A preocupação excessiva com os bens, a busca obsessiva dos bens, constitui uma experiência de egoísmo, de fechamento, de desumanização, que centra o homem em si próprio e o impede de estar disponível e de ter espaço na sua vida para os valores verdadeiramente importantes – os valores do Reino. Quando o coração está cheio de cobiça, de avareza, de egoísmo, quando a vida se torna um combate obsessivo pelo “ter”, quando o verdadeiro motor da vida é a ânsia de acumular, o homem torna-se insensível aos outros e a Deus; é capaz de explorar, de escravizar o irmão, de cometer injustiças, a fim de ampliar a sua conta bancária. Torna-se orgulhoso e auto-suficiente, incapaz de amar, de partilhar, de se preocupar com os outros… Fica, então, à margem do Reino.
Atenção: esta parábola não se destina apenas àqueles que têm muitos bens; mas destina-se a todos aqueles que (tendo muito ou pouco) vivem obcecados com os bens, orientam a sua vida no sentido do “ter” e fazem dos bens materiais os deuses que condicionam a sua vida e o seu agir.
ATUALIZAÇÃO
• A Palavra de Deus que aqui nos é servida questiona fortemente alguns dos fundamentos sobre os quais a nossa sociedade se constrói. O capitalismo selvagem que, por amor do lucro, escraviza e obriga a trabalhar até à exaustão (e por salários miseráveis) homens, mulheres e crianças, continua vivo em tantos cantos do nosso planeta… Podemos, tranquilamente, comprar e consumir produtos que são fruto da escravidão de tantos irmãos nossos? Devemos consentir, com a nossa indiferença e passividade, em aumentar os lucros imoderados desses empresários/sanguessugas que vivem do sangue dos outros?
• Entre nós, o capitalismo assume um “rosto” mais humano nas teses do liberalismo econômico; mas continua a impor a filosofia do lucro, a escravatura do trabalhador, a prioridade dos critérios de planificação, de eficiência, de produção em relação às pessoas. Podemos consentir que o mundo se construa desta forma? Podemos consentir que as leis laborais favoreçam a escravidão do trabalhador? Que podemos fazer? Nós cristãos – nós Igreja – não temos uma palavra a dizer e uma posição a tomar face a isto?
• Qualquer trabalhador – muitos de nós, provavelmente – passa a vida numa escravatura do trabalho e dos bens, que não deixa tempo nem disponibilidade para as coisas importantes – Deus, a família, os irmãos que nos rodeiam. Muitas vezes, o mercado de trabalho não nos dá outra hipótese (se não produzimos de acordo com a planificação da empresa, outro ocupará, rapidamente, o nosso lugar); outras vezes, essa escravatura do trabalho resulta de uma opção consciente… Quantas pessoas escolhem prescindir dos filhos, para poder dedicar-se a uma carreira de êxito profissional que as torne milionárias antes dos quarenta anos… Quantas pessoas esquecem as suas responsabilidades familiares, porque é mais importante assegurar o dinheiro suficiente para as férias na Tailândia ou na República Dominicana… Quantas pessoas renunciam à sua dignidade e aos seus direitos, para aumentar a conta bancária… Tornamo-nos, assim, mais felizes e mais humanos? É aí que está o verdadeiro sentido da vida?
• O que Jesus denuncia aqui não é a riqueza, mas a deificação da riqueza. Até alguém que fez “voto de pobreza” pode deixar-se tentar pelo apelo dos bens e colocar neles o seu interesse fundamental… A todos Jesus recomenda: “cuidado com os falsos deuses; não deixem que o acessório vos distraia do fundamental”.
 
 
 
 
 
P. Joaquim Garrido, P. Manuel Barbosa, P. José Ornelas Carvalho

sábado, 30 de julho de 2016

JOVENS CRUCIFICADOS PARA CHEGAREM AO CÉU.

O martírio de um padre na França, exatamente um dia antes do início da Jornada na Cracóvia, deve servir de farol a todos os jovens católicos sedentos de uma verdadeira conversão. A alegria cristã sempre começa com a cruz.


Um dia antes que começasse, na Cracóvia, a 31.ª edição da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), a notícia sobre a morte do padre francês Jacques Hamel, covardemente assassinado dentro de uma igreja por militantes do Estado Islâmico, chocou o mundo inteiro. Misteriosa coincidência entre dois eventos aparentemente tão paradoxais impõe-nos ao pensamento a paixão, morte e ressurreição de Cristo, que é o que também deve viver a Igreja no fim dos tempos, após a sua própria via crucis.
De fato, a Igreja Católica nunca escondeu de seus fiéis o destino que está obrigada a percorrer até o retorno de Jesus. Nestas linhas contundentes do Catecismo, afirma-se claramente o itinerário do Corpo Místico de Cristo: "A Igreja não entrará na glória do Reino senão através dessa última Páscoa, em que seguirá o Senhor na sua morte e ressurreição" (n. 677). Isso significa que a cruz, embora tenha perdido o seu sentido para muitos cristãos, é uma condição inevitável no seguimento de Cristo, condição que, apesar de dolorosa, deve ser abraçada com alegria e esperança na salvação eterna.
São João Paulo II, que viveu o seu martírio silencioso ao longo de quase 26 anos de pontificado, entregou aos jovens justamente uma cruz como símbolo para a JMJ. Com este gesto, o papa desejava fazê-los comprometerem-se a uma vida de coragem autêntica, disposta a sacrificar-se santamente por aquele "mundo melhor" que não é outra coisa senão o Céu.
Foi por isso que, em 2004, o já moribundo pontífice aconselhava a juventude a não se ocupar "apenas da organização prática da Jornada Mundial da Juventude", mas a cuidar, "em primeiro lugar, da sua preparação espiritual, numa atmosfera de fé e de escuta da Palavra de Deus" [1]. A santidade de vida depende obrigatoriamente de nosso grau de amizade com Jesus, que cresce no cultivo da vida interior e cujos efeitos também incidem positivamente na ordem temporal por meio das virtudes, sobretudo a da caridade.
Nesses encontros mundiais, a Igreja também se manifesta como aquele "abraço de Deus no qual os homens aprendem também a abraçar os seus irmãos, descobrindo neles a imagem e semelhança divina, que constitui a verdade mais profunda do seu ser, e que é a origem da liberdade genuína" [2]. A reunião de jovens de tantas nacionalidades ao redor do Santo Padre, o Papa Francisco, dá testemunho da universalidade da fé cristã, da confiança no depósito da fé católico, apostólico e romano.
Ao mesmo tempo, porém, seria um erro grave pensar que a força do cristão depende de grandes aglomerações de pessoas, quando a Igreja é uma realidade muito mais interior que exterior. A força do cristianismo vem de católicos que, a exemplo do padre Jacques Hamel, derramam o seu sangue pela salvação das almas, vivem como os cristãos primitivos, muitas vezes numa Igreja das catacumbas, mas enraizados em Cristo e firmes na fé (cf. Cl 2, 7). Essa é a autêntica força cristã.
Com uma secularização tão agressiva nos dias de hoje, não se trata de pessimismo nenhum pensar numa Igreja Católica simplificada, como profetizava o então padre Joseph Ratzinger, já no final da década 1960. O martírio do sacerdote Jacques Hamel justamente no contexto da JMJ é sugestivo porque expulsa a ilusão dos números e da alegria efêmera que pode tomar conta dos corações, levando-os a uma falsa segurança e triunfalismo. Os cristãos precisam preparar-se para o martírio, seja branco ou vermelho, porque o "Reino não se consumará [...] por um triunfo histórico da Igreja, segundo um progresso ascendente, mas por uma vitória de Deus sobre o último desencadear do mal, que fará descer do Céu a sua Esposa" [3].
Apoiada no exemplo do profeta Jeremias, que ainda muito jovem aceitou dedicar-se à vocação para a qual Deus o chamou, a Igreja desafia os jovens desta época a abraçarem a cruz como remédio para a idolatria e defesa contra "a tentação de pensar nos mitos de fácil sucesso e do poder", quando é forte a proposta de "aderir a concepções evanescentes do sagrado que apresentam Deus sob a forma de energia cósmica, e de outras maneiras que não estão em sintonia com a doutrina católica" [4]. A Igreja os convida a serem verdadeiros adoradores de Cristo, que é a Rocha sobre a qual podem construir o seu futuro e um mundo mais justo e solidário, combatendo a corrupção, as ameaças contra a família e a vida, a pornografia, o sexo desregrado etc [5]. E, finalmente, a Igreja os motiva a não terem medo de remar contra a corrente, a serem uma minoria santa que, apesar disso, têm a força necessária para derrubar os tantos Golias deste e dos próximos séculos.
Nas Jornadas Mundiais da Juventude, os jovens também contam com o auxílio indispensável da "medianeira de todas as graças", a Virgem Santíssima. Ela, mais do que qualquer outra criatura, uniu-se à Paixão de Jesus para corredimir a humanidade de seus pecados, num momento em que a Igreja parecia pequena, humilhada e derrotada com as quedas de seu Esposo. Era naquele momento, no entanto, que o Corpo Místico de Cristo estava mais forte, pois vencia o pecado com a pureza de seu próprio sangue. E assim continuaria a vencer por mais dois mil anos através de mártires como o padre Jacques Hamel, que, acompanhados pela Mãe Dolorosa, puseram-se ao pé da Cruz para remir o mundo.
Para que a JMJ não fique no passado como apenas mais um encontro juvenil, destinado a compor álbuns de fotos no Facebook, os jovens da Jornada devem repetir o caminho de Maria e dos demais santos. Só assim serão capazes de alcançar o único "mundo melhor" verdadeiro e duradouro, que é a vida eterna. 









Por Equipe Christo Nihil Praeponere

Referências

  1. Papa São João Paulo II, Mensagem para a XX Jornada Mundial da Juventude (06 de agosto de 2004), n. 1.
  2. Papa Bento XVI, Discurso na visita à Catedral de Santiago de Compostela (06 de novembro de 2010).
  3. Catecismo da Igreja Católica, n. 677.
  4. Papa São João Paulo II, op. cit., n. 5.
  5. Idem.

LITURGIA DIÁRIA - É PROIBIDO FALAR A VERDADE

 
1a Leitura - Jeremias 26,11-16.24
Leitura do livro do profeta Jeremias.
Naqueles dias, 26 11 os sacerdotes e os profetas clamaram aos oficiais e à multidão: “Este homem merece a morte porque profetizou contra esta cidade, como todos ouvistes com vossos próprios ouvidos”.
12 Jeremias, porém, retrucou aos oficiais e ao povo: “Foi o Senhor quem me deu o encargo de proferir contra este povo e esta cidade os oráculos que ouvistes.
13 Reformai, portanto, vossa vida e modo de agir, escutando a voz do Senhor, vosso Deus, a fim de que afaste de vós o mal de que vos ameaça.
14 Quanto a mim entrego-me nas vossas mãos. Fazei de mim o que quiserdes e que melhor se vos afigure.
15 Sabei, porém, que se me condenardes à morte, será de sangue inocente que maculareis esta cidade e seus habitantes; pois, na verdade, foi o Senhor quem me ordenou vos transmitisse estes oráculos”.
16 Disseram, então, os oficiais e a multidão aos sacerdotes e profetas: “Este homem não merece a morte! Foi em nome do Senhor, nosso Deus, que nos falou”.
24 Contudo, a influência de Aicã, filho de Safã, protegeu Jeremias, impedindo que fosse entregue ao povo e condenado à morte.
Palavra do Senhor.

Salmo - 68/69
No tempo favorável, escutai-me, ó Senhor!
Retirai-me deste lodo, pois me afundo!
Libertai-me, ó Senhor, dos que me odeiam
e salvai-me destas águas tão profundas!
Que as águas turbulentas não me arrastem,
não me devorem violentos turbilhões
nem a cova feche a boca sobre mim!

Pobre de mim, sou infeliz e sofredor!
Que vosso auxílio me levante, Senhor Deus!
Cantando, eu louvarei o vosso nome
e, agradecido, exultarei de alegria!

Humildes, vede isto e alegrai-vos:
o vosso coração reviverá
se procurardes o Senhor continuamente!
Pois nosso Deus atende à prece dos seus pobres
e não despreza o clamor de seus cativos.


Evangelho - Mateus 14,1-12
Aleluia, aleluia, aleluia.
Felizes os que são perseguidos por causa da justiça do Senhor, porque o reino dos céus há de ser deles! (Mt 5,10).
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
14 1 Por aquela mesma época, o tetrarca Herodes ouviu falar de Jesus.
2 E disse aos seus cortesãos: “É João Batista que ressuscitou. É por isso que ele faz tantos milagres”.
3 Com efeito, Herodes havia mandado prender e acorrentar João, e o tinha mandado meter na prisão por causa de Herodíades, esposa de seu irmão Filipe.
4 João lhe tinha dito: “Não te é permitido tomá-la por mulher!”
5 De boa mente o mandaria matar; temia, porém, o povo que considerava João um profeta.
6 Mas, na festa de aniversário de nascimento de Herodes, a filha de Herodíades dançou no meio dos convidados e agradou a Herodes.
7 Por isso, ele prometeu com juramento dar-lhe tudo o que lhe pedisse.
8 Por instigação de sua mãe, ela respondeu: “Dá-me aqui, neste prato, a cabeça de João Batista”.
9 O rei entristeceu-se, mas como havia jurado diante dos convidados, ordenou que lha dessem;
10 e mandou decapitar João na sua prisão.
11 A cabeça foi trazida num prato e dada à moça, que a entregou à sua mãe.
12 Vieram, então, os discípulos de João transladar seu corpo, e o enterraram. Depois foram dar a notícia a Jesus.
Palavra da Salvação.

 Reflexão

A história de João Batista se adapta à nossa vida nos dias de hoje! Por falar a verdade ele foi preso e depois mandado degolar a fim de satisfazer aos caprichos da amante de Herodes que ofereceu a ela a sua cabeça como um presente! No nosso mundo  de hoje, também os que pregam os ensinamentos da Palavra de Deus, os que em Seu Nome denunciam as práticas abomináveis e as injustiças, também são de alguma forma exterminados. Mudam apenas os estilos e a maneira de se abafar a voz de alguém que tenta falar de Deus nos lugares onde tudo é permitido, nada faz mal e as coisas acontecem na maior naturalidade. E quem mais sofre as consequências dessas atitudes do mundo de hoje que se paganiza a olhos vistos são os jovens que, habitualmente, não possuem alguém que lhes aponte um caminho certo. Os João Batista de hoje, também não são bem vistos em muitos lugares onde se tem como norma não falar de religião, de Bíblia, de Igreja, de Nossa Senhora, de castidade, de matrimônio santo, de muitos outros assuntos, com o pretexto de se respeitar a diversidade de pensamentos. Por isso, hoje está na moda e é aplaudido por muitos de nós, o divórcio, o casamento entre homossexuais, a liberação da maconha, a maioridade antes do tempo, em nome de uma falsa liberdade cujo nome real é libertinagem. Se alguém de sã consciência ousar dar algum conselho aos jovens, no meio de muitas pessoas “entendidas”, falando, por exemplo, de castidade, de sexo somente no casamento, de namoro santo, de vestir-se sem expor demais o corpo, com certeza, será logo recriminado e considerado alienado e uma pessoa retrógada, antiquada. É assim que os  Herodes de hoje conseguem degolar os emissários de Deus.  Os Herodes estão em diversos lugares e também gostam de fazer promessas para agradar a quem eles desejam conquistar. Por isso, precisamos tomar consciência se também não estamos fazendo o papel de Herodes quando prometemos a alguém o que não nos é permitido oferecer e por causa das nossas promessas aos homens esquecemos a promessa que fazemos a Deus de amar-nos uns aos outros e partilhar com eles vida. Como nós podemos prometer tudo o que alguém nos pede, se não possuímos nem mesmo o dom de conservar a nossa vida? Podemos entregar a “cabeça” dos nossos irmãos de muitas maneiras: difamando, fazendo intrigas, levantando falso, matamos o corpo, mas nada podemos fazer com a alma. Deus é o Senhor de todos e age com justiça de acordo com as nossas ações. – Em nome de Deus você consegue falar de assuntos polêmicos no meio dos entendidos do mundo? – Você se sente à vontade em lugares onde tudo é permitido ou tem coragem de denunciar o que não é de Deus? –  Você já entregou a “cabeça” de alguém em troca dos seus interesses?   - Do que você será capaz de fazer para conseguir os seus intentos? – Você teme mais a Deus ou aos homens? – A quem mais você tem agradado: a Deus ou aos homens?







Helena Serpa

sexta-feira, 29 de julho de 2016

NINGUÉM VAI DIZER " JE SUIS LE PÉRE JACQUES" , COMO DISSERAM " JE SUIS CHARLIE HEBDO" ?

Martírio do padre francês: a batalha entre as trevas e a luz, desta vez em pleno altar da nossa adoração.

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A batalha entre as trevas e a luz, que tem sido travada desde o Éden, se torna ainda mais visível, desta vez em pleno altar da nossa adoração.
O grupo fanático Estado Islâmico (EI) reivindica a responsabilidade pelo covarde assassinato de um padre de 86 anos de idade, que celebrava a Santa Missa em uma igreja de Saint-Etienne-du-Rouvray, na Normandia. Entrando pela porta traseira da igreja, dois homens gritaram fidelidade ao grupo terrorista e iniciaram seu ataque.
O pe. Jacques Hamel, nascido em 1930 em Darnétal e ordenado sacerdote em 1958, era vigário da paróquia de Saint-Etienne-du-Rouvray e tinha celebrado seu jubileu de ouro em 2008. Além dele, também foram feitas reféns duas freiras e dois fiéis. Outra freira conseguiu escapar e chamar a polícia.
A garganta do padre foi cortada. Um dos fiéis, atacado da mesma forma hedionda, está em estado crítico.
O presidente François Hollande, que qualificou o ataque terrorista de “vil”, disse que o Estado Islâmico “declarou guerra contra nós. Temos de lutar essa guerra com todos os meios, respeitando o Estado de direito – que é o que nos torna uma democracia“.
O Papa foi informado e sente a profunda dor e horror desta violência absurda. Ele condena vigorosamente todas as formas de ódio e reza pelas pessoas atingidas“, disse em nome de Francisco o porta-voz do Vaticano, pe. Federico Lombardi, acrescentando que este ataque nos fere com ainda mais força “porque esta horrível violência ocorreu em uma igreja, um lugar sagrado em que o amor de Deus é anunciado“.
O jornal britânico The Sun informou que a igreja era um dos locais de culto católico mencionados numa lista negra descoberta em abril de 2015 em posse de um suspeito ligado ao EI.
Jean Duchesne, diretor executivo da Academia Católica da França e um dos fundadores da edição francesa da revista Communio, escreveu:
O que acaba de acontecer em Saint-Étienne-du-Rouvray só pode provocar horror e indignação diante de tamanho ódio covarde, cruel e estupidamente suicida. Depois de tantos ataques terroristas na França, mas também na Alemanha, é possível notar que, neste caso, os lunáticos não mataram completamente às cegas.
Até agora (…) os fanáticos vinham atacando certa ideia lisonjeira que os nossos cidadãos têm de si mesmos: a iconoclasta insolência do Charlie Hebdo, o culto pagão do esporte no Stade de France, a alegre mundanidade do Bataclan e dos cafés de Paris, os fogos de 14 de julho em Nice para celebrar uma revolução que promoveu ideais, mas que também produz o que há de pior (…)
Mas aqui, hoje, é algo completamente diferente. A condenação não era ao Ocidente em geral, nem à sua complacente e egoísta prosperidade, que pode parecer insultante aos pobres do mundo. Este foi um ataque à raiz da civilização europeia, à nossa fonte vivíssima (…): a celebração da Missa.
Devemos, portanto, perguntar: será que os franceses (e o mundo) se identificam com essas vítimas? Um padre idoso brutalmente assassinado, um punhado de fiéis e freiras? Será que vamos nos atrever a dizer ‘Je suis le père Jacques Hamel’, como foi proclamado e repetido massivamente aquele ‘Je suis Charlie Hebdo’?
Os cristãos só podem estar chocados e indignados, como qualquer ser humano civilizado, mas também abalado porque agora estão autorizados a pensar que as suas assembleias eucarísticas entraram na mira de atormentados por impulsos assassinos, estimulados por uma propaganda delirante. Os cristãos, mais uma vez, se encontram em confronto com o mistério do mal na sua brutalidade mais nua; o enigma insuportável de que o Amor não é amado.
Vamos continuar a ir à Missa, quaisquer que sejam os nossos medos, para receber o Amor que vence o ódio (…) e porque queremos amar aqueles que se consideram nossos inimigos, assim como aqueles que não se importam. As portas de nossas igrejas permanecerão abertas”.
Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós.
São Miguel Arcanjo, padroeiro da Normandia, rogai por nós.
Santa Teresa de Lisieux, tão próxima da igreja de Saint-Etienne-du-Rouvray, rogai por nós.








CONSAGRAÇÃO AO PRECIOSÍSSIMO SANGUE DE CRISTO

sangue
 Consagremos nossa vida ao poderoso sangue de Jesus Cristo.

O Sangue do Cordeiro é sinal da primeira Aliança:
O sangue sobre as casas em que habitais vos servirá de sinal (de proteção): vendo o sangue, passarei adiante, e não sereis atingidos pelo flagelo destruidor, quando eu ferir o Egito. (Êxodo 12,13)
Senhor Jesus cristo, em nome, e com o poder de vosso Sangue Precioso, selamos cada pessoa, fato ou acontecimento através dos quais o inimigo nos queira prejudicar.
Com o poder do Sangue de Jesus, selamos toda potência destruidora no ar, na terra, na água, no fogo, abaixo da terra, nos abismos do inferno e no mundo no qual hoje nos moveremos.
Com o poder do Sangue de Jesus, rompemos toda interferência e ação do Maligno. Pedimos-vos, Senhor, que envieis aos nossos lares e locais de trabalho a Santíssima Virgem Maria, acompanhada de São Miguel, São Gabriel, São Rafael e toda sua corte de santos anjos.
Com o poder do Sangue de Jesus, lacramos nossa casa, todos os que a habitam (nomear a cada um), as pessoas que o senhor a eles enviará, assim como todos os alimentos e os bens que generosamente nos concede para nosso sustento.
Com o poder do Sangue de Jesus, lacramos terra, portas, janelas, objetos, paredes e pisos, o ar que respiramos e na fé colocamos um círculo de seu Sangue ao redor de toda nossa família.

Com o poder do Sangue de Jesus, lacramos os lugares onde vamos estar neste dia e as pessoas, empresas e instituições com quem vamos tratar.
Com o poder do Sangue de Jesus, lacramos nosso trabalho material e espiritual, os negócios de nossa família, os veículos, as estradas, os ares, as ruas e qualquer meio de transporte que haveremos de utilizar.
Com o vosso Preciosíssimo Sangue, lacramos os atos, as mentes e os corações de nossa Pátria afim de que vossa paz e vosso Coração ao fim nela possam reinar.

Nós vos agradecemos Senhor, por vosso Preciosíssimo Sangue, pelo qual nós fomos salvos e preservados de todo mal. Amém
Muito maior do que o sangue de bodes e touros é o Sangue de Jesus o Cordeiro de Deus:
“Pois se o sangue de carneiros e de touros e a cinza de uma vaca, com que se aspergem os impuros, santificam e purificam pelo menos os corpos, quanto mais o Sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu como vítima sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência das obras mortas para o serviço do Deus vivo”? (Hebreus 9,14-15
“Em Cristo somos mais que vencedores” (Romanos 8,37)




Retirado do livro: Você conhece o Poder do Sangue de Cristo?. Prof.Felipe Aquino. Editora Cléofas

LITURGIA DIÁRIA - JESUS VISITA MARTA E MARIA

 
1a Leitura - 1 João 4,7-16
Leitura da primeira carta de São João.
4 7 Caríssimos, amemo-nos uns aos outros, porque o amor vem de Deus, e todo o que ama é nascido de Deus e conhece a Deus.
8 Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor.
9 Nisto se manifestou o amor de Deus para conosco: em nos ter enviado ao mundo o seu Filho único, para que vivamos por ele.
10 Nisto consiste o amor: não em termos nós amado a Deus, mas em ter-nos ele amado, e enviado o seu Filho para expiar os nossos pecados.
11 Caríssimos, se Deus assim nos amou, também nós nos devemos amar uns aos outros.
12 Ninguém jamais viu a Deus. Se nos amarmos mutuamente, Deus permanece em nós e o seu amor em nós é perfeito.
13 Nisto é que conhecemos que estamos nele e ele em nós, por ele nos ter dado o seu Espírito.
14 E nós vimos e testemunhamos que o Pai enviou seu Filho como Salvador do mundo.
15 Todo aquele que proclama que Jesus é o Filho de Deus, Deus permanece nele e ele em Deus.
16 Nós conhecemos e cremos no amor que Deus tem para conosco. Deus é amor, e quem permanece no amor permanece em Deus e Deus nele.
Palavra do Senhor.


Salmo - 33/34
Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo.

Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo,
seu louvor estará sempre e minha boca.
Minha alma se gloria no Senhor;
que ouçam os humildes e se alegrem!

Comigo engrandecei ao senhor Deus,
exaltemos todos juntos o seu nome!
Todas as vezes que o busquei, ele me ouviu
e de todos os temores me livrou.

Contemplai a sua face e alegrai-vos,
E vosso rosto não se cubra de vergonha!
Este infeliz gritou a Deus e foi ouvido,
E o Senhor o libertou de toda angústia.

O anjo do Senhor vem acampar
Ao redor dos que o temem e os salva.
Provai e vede quão suave é o Senhor!
Feliz o homem que tem nele o seu refúgio!

Respeitai o Senhor Deus, seus santos todos,
Porque nada faltará aos que o temem.
Os ricos empobrecem, passam fome,
Mas aos que buscam o Senhor não falta nada.

Evangelho - João 11,19-27
Aleluia, aleluia, aleluia.

Eu sou a luz do mundo; aquele que me segue não caminha entre as trevas, mas terá a luz da vida (Jo 8,12).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.

Naquele tempo, 11 19 muitos judeus tinham vindo a Marta e a Maria, para lhes apresentar condolências pela morte de seu irmão.
20 Mal soube Marta da vinda de Jesus, saiu-lhe ao encontro. Maria, porém, estava sentada em casa.
21 Marta disse a Jesus: "Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido!
22 Mas sei também, agora, que tudo o que pedires a Deus, Deus to concederá".
23 Disse-lhe Jesus: "Teu irmão ressurgirá".
24 Respondeu-lhe Marta: "Sei que há de ressurgir na ressurreição no último dia".
25 Disse-lhe Jesus: "Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que esteja morto, viverá.
26 E todo aquele que vive e crê em mim, jamais morrerá. Crês nisto?"
27 Respondeu ela: "Sim, Senhor. Eu creio que tu és o Cristo, o Filho de Deus, aquele que devia vir ao mundo".
Palavra da Salvação.

 Reflexão

As duas irmãs acolhem Jesus. Querem servir bem a Jesus. Só que de modos diferentes. Uma pela escuta atenta. Maria não se preocupa. Senta-se aos pés de Jesus como os discípulos no Oriente se sentam aos pés de seu mestre. Marta repreende Maria. Jesus a defende. Para ele basta pouca coisa. Marta passa a imagem daquela mulher trabalhadora, dona de casa, que tem prazer em receber as visitas e acolhê-las, desmanchando-se em cortesias. Ela é a típica mãezona das nossas cidades interioranas. As casas dessas senhoras são impecáveis em matéria de limpeza e organização. Os enfeites na geladeira, na estante da sala, nas paredes… A comida deliciosa, feita na hora e servida até a visita dizer que não agüenta mais comer. Só quem visita uma casa que tem uma “Marta” sabe o que é ser bem acolhido.
A alegria de mulheres assim é ver que a sua ilustre visita se sente bem em sua casa. Esse é o maior prazer que ela pode sentir. Mas esta atitude não basta para Jesus. Acabamos de ouvir como no Evangelho, quando Marta pede que Jesus mande sua irmã Maria ajudá-la. É bem provável que Jesus tenha dado aquele sorriso acolhedor para Marta, e as suas palavras devem ter sido bem mais amenas do que as escritas por Lucas. Jesus deve ter dito, com um sorriso: “Ô Marta, por que te preocupas tanto? Isso que você está fazendo é importante, mas vocês podem deixar para fazer noutra hora. Maria escolheu a melhor parte! Não a recrimine. Mais tarde ela vai lhe ajudar. Por enquanto, sente-se aqui conosco”. E Marta deve ter percebido que, de fato, estava deixando passar uma oportunidade rara de receber os ensinamentos do mestre Jesus, e deve ter se sentado para ouvi-lo.
Portanto, o importante é ouvir. Jesus certamente apreciava o trabalho de Marta, mas não aprovava que ela pensasse só no trabalho. Hoje devemos juntar as duas coisas: o trabalho e a escuta da Palavra, porque a melhor parte não é aquela que multiplica as coisas; a melhor parte é aquela que torna Deus presente em nós; então, o silêncio é mais eloqüente do que todas as palavras. No meio da escuridão do mundo de hoje, a escuta se torna difícil.
Vivemos num mundo apressado hoje. Corre para aqui corre para lá! Mas nos esquecemos que correr não quer dizer crescer. Na fúria consumista, o homem perde os valores da contemplação e da prece. O Senhor pede para parar um pouco e ouvir. Escute Deus falar-lhe das coisas do céu! Não tenha pressa de sair  quando está na missa. Ou na oração. Esqueça o tempo do mundo e viva o tempo da graça de Deus e com Deus.
Você escuta voluntariamente a Palavra de Deus? Na missa, o sermão não se torna enjoativo? O povo prefere estar parado na frente da televisão. O jornal e o rádio têm preferência à palavra divina proclamada na igreja.
Eu não saí muito da Santa Marta original do Evangelho… Todavia, conheço bem as “Santas Martas” que convivem em nosso meio: mães, avós, tias, vizinhas, amigas, que nos acolhem tão bem em suas casas, por mais ingratos que sejamos. Elas apenas oferecem o que têm de melhor. E, às vezes, precisam ser lembradas que ainda mais importante do que deixar a casa impecável para recebê-lo, é preciso abrir a porta do coração para receber Jesus.
Pai, que o meu agir não seja movido por um ativismo insensível à Palavra de Jesus. Antes, seja toda a minha ação decorrência da escuta atenta da Palavra do Teu Filho que é o Caminho, a Verdade e a Vida.






CN

quinta-feira, 28 de julho de 2016

OS 8 MAUS PENSAMENTOS E OS 5 GRAUS DA TENTAÇÃO.

Uma iluminadora lição a partir da tradição dos Padres do Oriente.

tentacao
Os oito maus pensamentos, na tradição dos Padres do Oriente, correspondem, no seu sentido, aos nossos sete pecados capitais. Eles nos lembram que o pecado se insinua ao coração através de um pensamento.
Essa tradição espiritual distingue cinco graus de tentação: a sugestão, a conversa, o combate, o consentimento e a paixão.
Vamos entendê-los mediante um exemplo: imagine que eu veja uma carteira caída no chão.
1 – No primeiro grau da tentação, que é a sugestão, eu percebo que ela está cheia de dinheiro. “Quantas coisas que eu poderia fazer com esse dinheiro…”.
2 – O segundo grau é a conversa. Em vez de fugir da tentação, começo a “conversar” com ela: “Seria melhor eu do que algum viciado, que vai gastar tudo em droga, bebida ou jogo…”.
3 – Chego então ao terceiro grau: o combate com a tentação.  “Eu deveria levá-la à delegacia, mas o que eles vão fazer? Não vão ficar eles com o dinheiro? Pego ou não pego?”. A tensão, neste grau, é a mais elevada: os sentimentos em conflito colidem entre remorso e desejo.
4 – O quarto grau é o consentimento. “Vou pegar, pronto”. Do ponto de vista da fé, o pecado só acontece neste instante; antes, era apenas tentação e discernimento. Agora, eu decidi. E, mesmo que alguém mais malandro me roubasse nesta mesma hora a carteira, o meu pecado já teria acontecido: eu já pequei em pensamento ao tomar aquela decisão.
5 – A paixão é a última etapa deste processo. Se eu me acostumar a ceder à tentação, não haverá mais freio contra as transgressões futuras: eu serei escravo da minha fraqueza.
Todo esse processo pode ser desencadeado por qualquer um dos 8 maus pensamentos, que, para os Padres do Oriente, são:
  • a gula
  • a luxúria
  • a avareza
  • a ira
  • a tristeza
  • a preguiça
  • a vanglória
  • a soberba.
Já vimos que não é tão fácil virar suas vítimas: é preciso atravessar vários estágios antes de cair na armadilha. Daí a sabedoria do provérbio: antes de se deixar levar pelo impulso, conte até dez. Melhor ainda: conte até cem.







LITURGIA DIÁRIA - DEUS LANÇA A SUA REDE NAS PROFUNDEZAS DO MAR HUMANO!

1a Leitura - Jeremias 18,1-6
Leitura da profecia de Jeremias.
18 1 Foi dirigida a Jeremias a palavra do Senhor nestes termos:
2 “Vai e desce à casa do oleiro, e ali te farei ouvir minha palavra”.
3 Desci, então, à casa do oleiro, e o encontrei ocupado a trabalhar no torno.
4 Quando o vaso que estava a modelar não lhe saía bem, como sói acontecer nos trabalhos de cerâmica, punha-se a trabalhar em outro à sua maneira.
5 Foi esta, então, a linguagem do Senhor: “casa de Israel, não poderei fazer de vós o que faz esse oleiro?” - oráculo do Senhor.
6 “O que é a argila em suas mãos, assim sois vós nas minhas, Casa de Israel”.
Palavra do Senhor.


Salmo - 145/146
Feliz quem se apoia no Deus de Jacó!

Bendize, minha alma, ao Senhor!
Bendize, minha alma, ao Senhor!
Bendirei ao Senhor toda a vida,
Cantarei ao meu Deus sem cessar!

Não ponhais vossa fé nos que mandam,
Não há homem que possa salvar.
Ao faltar-lhe o respiro, ele volta
Para a terra de onde saiu;
Nesses dia seus planos perecem.

É feliz todo homem que busca
Seu auxílio no Deus de Jacó
E que põe no Senhor a esperança.
O Senhor fez o céu e a terra,
fez o mar e o que neles existe.

Evangelho - Mateus 13,47-53
Aleluia, aleluia, aleluia.
Abre-nos, ó Senhor, o coração, para ouvirmos a palavra de Jesus! (At 16,14)

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
13 47 “O Reino dos céus é semelhante ainda a uma rede que, jogada ao mar, recolhe peixes de toda espécie.
48 Quando está repleta, os pescadores puxam-na para a praia, sentam-se e separam nos cestos o que é bom e jogam fora o que não presta.
49 Assim será no fim do mundo: os anjos virão separar os maus do meio dos justos
50 e os arrojarão na fornalha, onde haverá choro e ranger de dentes.
51 Compreendestes tudo isto? Sim, Senhor, responderam eles.
52 Por isso, todo escriba instruído nas coisas do Reino dos céus é comparado a um pai de família que tira de seu tesouro coisas novas e velhas”.
53 Após ter exposto as parábolas, Jesus partiu.
Palavra da Salvação.

Reflexão

O evangelho que a liturgia  de hoje coloca diante de nós, vem nos falar  através de uma parábola, da incomparável tolerância de Deus para com as fraquezas humanas!
O texto nos apresenta a parábola da rede lançada no mar! A mensagem que Jesus quer nos passar através desta parábola, é semelhante a mensagem da parábola do joio!
Tanto na parábola do joio, quanto nesta parábola, Jesus nos fala da paciência de Deus para com aqueles que ainda não acordaram para a vida! Para Deus, não existe caminho sem volta e nem ponto final para uma história de amor!
Deus é um  Pai  amoroso, Ele não quer que nenhum de seus filhos se perca, por isto, está sempre  lançando  a sua rede no mar humano, permitindo que os peixes(pessoas) bons e não bons, entre na sua rede e permaneçam juntos por um algum  tempo!
Um pescador profissional, ao lançar a sua rede no mar, não pode evitar que os peixes não bons, entrem na rede, já que é impossível controlar o que acontece nas profundezas do mar, só depois de retirar a rede para fora, é que ele pode fazer a seleção dos peixes, eliminando os pexes não bons!
 Deus, também,  não controla as profundezas do interior humano ou melhor,  Ele não quer controlar, pois  respeita a liberdade humana, só fazendo a seleção entre maus e bons, no dia do juízo final.
Ao permitir que bons e maus se misturem, Deus dá a todos a oportunidade de se converterem e chegarem a salvação!
Podemos comparar o nosso tempo de vida terrena, com a rede lançada por Deus no mar humano, este tempo presente, é o único espaço sagrado que Ele  nos concede, para buscarmos a nossa conversão.
Estamos todos na rede de Deus, somos os peixes atraídos por Jesus, o que não nos isenta de passarmos pela a mesma seleção junto com  todos os outros peixes! Não nos compete julgar o outro e nem acharmos que já estamos salvos, é Jesus quem fará esta seleção no dia do juízo final: Mt25,32-34.
No final do evangelho, Jesus acrescentou: “Assim, pois, todo mestre da lei que se torna discípulo do reino dos céus, é como um pai de família que tira do seu tesouro coisas novas e velhas”. Com essas palavras, Jesus quer nos dizer, que a construção do Reino dos céus, se faz através de uma mescla entre velho e novo! 
Para Jesus, não se deve apregoar a mudança de tudo, as coisas que se aprende no antigo testamento tem um grande valor. 
Jesus não veio mudar as leis antigas, Ele veio aprimorá-las, revesti-las de uma nova interpretação, os seus ensinamentos, que  é um convite a uma vida nova, são baseados no antigo testamento.
No antigo testamento, está escrito, “Não Matarás,” Jesus veio nos dizer o mesmo, convidando-nos a amar: “Amem-se”...
Jesus veio nos mostrar a face humana do Pai, apagar da nossa mente, a imagem de um Deus vingativo, mostrado no antigo testamento! Na pessoa de Jesus conhecemos o nosso Deus de amor, o Deus da vida que quis vestir-se das nossas fragilidades, exceto do pecado, para estar mais próximos de nós!
A porta de entrada para o  reino dos céus, é Jesus, Jesus é o caminho que nos conduz ao Pai, sem Ele não alcançaremos a plenitude da vida.





  Olívia Coutinho

quarta-feira, 27 de julho de 2016

PADRE DEGOLADO ENQUANTO REZAVA MISSA NA FRANÇA

O martírio do padre Jacques Hamel, de 84 anos,  em uma igreja da região da Normandia, norte da França. O Estado Islâmico já assumiu a autoria do ataque.



Dois homens armados com facas fizeram reféns um padre, duas freiras e dois fiéis em uma igreja de Saint-Etienne-du-Rouvray, na região da Normandia, no norte da França, na manhã desta terça-feira (26). O padre de 84 anos foi morto. Outros três reféns ficaram feridos - um em estado grave.

O Estado Islâmico reivindicou a autoria do atentado, que terminou após a polícia matar os dois terroristas. "Eles responderam aos chamados para atacar os países da coalizão internacional [luta contra o EI no Iraque e na Síria]", segundo a Amaq.

Poucos minutos antes, o presidente francês, François Hollande, já tinha declarado que os criminosos disseram pertencer ao grupo terrorista. Hollande, que foi até o local do crime, qualificou o ato como "um ignóbil atentado".

De acordo com o jornal francês "Le Figaro", os dois homens armados entraram na igreja durante uma missa. Fontes policiais informaram que pelo menos um deles usava barba e espécie de gorro de lã utilizado por muçulmanos.

[...]

O primeiro-ministro, Manuel Valls, expressou seu horror por este "ataque bárbaro contra uma Igreja". "Toda a França e todos os católicos estão feridos. Permaneceremos juntos", escreveu no Twitter.
Pouco menos de duas semanas depois do atentado que vitimou mais de 80 pessoas em Nice, no sul da França, o continente europeu conhece um novo mártir: o padre Jacques Hamel. Ele estava celebrando a Santa Missa no momento em que dois homens armados, cooptados pelo Estado Islâmico, invadiram a igreja e derramaram o seu sangue com uma lâmina.
Mal sabia esse sacerdote que, na manhã de hoje, ao levantar-se para oferecer o sacrifício do corpo e sangue do Senhor, ele acabaria entregando a própria vida em sacrifício e se configurando perfeitamente ao Crucificado. Quantos santos não aspiraram a vida inteira por esse ato de heroísmo! Que alegria tremenda não deve ser morrer por causa de nosso Senhor! Rezemos para que Cristo receba este sacerdote na glória do Céu, dê a ele o descanso eterno e nos conceda a graça de sua intercessão.
Rezemos também, neste dia trágico, por todos os franceses, para que redescubram depressa a alegria de serem católicos, unindo-se à Igreja dos mártires que sofre em todo o Oriente Médio. Seja o sangue desse sacerdote mártir a semente de novos cristãos.
Aproveitemos esta oportunidade, de nossa parte, para fazermos uma verdadeira meditação. Abaixo, disponibilizamos a vocês, visitantes e alunos de nosso site, o testemunho da irmã Maria de Guadalupe Rodrigo, missionária no Oriente Médio, que pinta um retrato impressionante da guerra na Síria e nos convida a levarmos a sério a nossa fé, porque, no fim das contas, ela é a única coisa que não nos pode ser tirada.
Hoje, mais do que em outros dias, que essa verdade se grave particularmente em nosso coração, devolvendo-nos aquilo que nunca deveríamos perder: a têmpera dos mártires. 






Por Equipe Christo Nihil Praeponere