sábado, 31 de julho de 2021

Liturgia Diária - O preço da fidelidade.

 Evangelho do dia 05 de agosto Sábado | Swjohn's Blog

Leitura (Levítico 25,1.8-17)

Leitura do livro do Levítico.
25 1O Senhor disse a Moisés no monte Sinai: "Dize aos israelitas o seguinte:
8"Contarás sete anos sabáticos, sete vezes sete anos, cuja duração fará um período de quarenta e nove anos.
9Tocarás então a trombeta no décimo dia do sétimo mês: tocareis a trombeta no dia das Expiações em toda a vossa terra.
10Santificareis o qüinquagésimo ano e publicareis a liberdade na terra para todos os seus habitantes. Será o vosso jubileu. Voltareis cada um para as suas terras e para a sua família.
11O qüinquagésimo ano será para vós um jubileu: não semeareis, não ceifareis o que a terra produzir espontaneamente, e não vindimareis a vinha não podada,
12pois é o jubileu que vos será sagrado. Comereis o produto de vossos campos.
13Nesse ano jubilar, voltareis cada um à sua possessão.
14Se venderdes ou comprardes alguma coisa de vosso próximo, ninguém dentre vós cause dano ao seu irmão.
15Comprarás ao teu próximo segundo o número de anos decorridos desde o jubileu, e ele te venderá segundo o número de anos de colheita.
16Aumentarás o preço em razão dos anos que restarem, e o abaixarás à medida que os anos diminuírem, porque é o número de colheitas que ele te vende.
17Ninguém prejudique o seu próximo. Teme o teu Deus. Eu sou o Senhor, vosso Deus".
Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial 66/67

Que as nações vos glorifiquem, ó Senhor,
que todas as nações vos glorifiquem.

Que Deus nos dê a sua graça e sua benção,
e sua face resplandeça sobre nós!
Que na terra se conheça o seu caminho
e a sua salvação por entre povos.

Exulte de alegria a terra inteira,
pois julgais o universo com justiça;
os povos governais com retidão
e guiais, em toda a terra, as nações.

A terra produziu sua colheita:
o Senhor e nosso Deus nos abençoa.
Que o Senhor e nosso Deus nos abençoe,
e o respeitem os confins de toda a terra!

Evangelho (Mateus 14,1-12)

Aleluia, aleluia, aleluia.
Felizes os que são perseguidos por causa da justiça do Senhor, porque o reino dos céus há de ser deles! (Mt 5,10).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
14 1Por aquela mesma época, o tetrarca Herodes ouviu falar de Jesus.
2 E disse aos seus cortesãos: "É João Batista que ressuscitou. É por isso que ele faz tantos milagres".
3Com efeito, Herodes havia mandado prender e acorrentar João, e o tinha mandado meter na prisão por causa de Herodíades, esposa de seu irmão Filipe.
4João lhe tinha dito: "Não te é permitido tomá-la por mulher!"
5De boa mente o mandaria matar; temia, porém, o povo que considerava João um profeta.
6Mas, na festa de aniversário de nascimento de Herodes, a filha de Herodíades dançou no meio dos convidados e agradou a Herodes.
7Por isso, ele prometeu com juramento dar-lhe tudo o que lhe pedisse.
8Por instigação de sua mãe, ela respondeu: "Dá-me aqui, neste prato, a cabeça de João Batista".
9O rei entristeceu-se, mas como havia jurado diante dos convidados, ordenou que lha dessem;
10e mandou decapitar João na sua prisão.
11A cabeça foi trazida num prato e dada à moça, que a entregou à sua mãe.
12Vieram, então, os discípulos de João transladar seu corpo, e o enterraram. Depois foram dar a notícia a Jesus.
Palavra da Salvação.

Reflexão

No texto de hoje nos deparamos com as circunstâncias da morte de João Batista. Ele havia denunciado ao tetrarca Herodes a imoralidade que ele estava cometendo ao coabitar com Herodíades, a mulher do seu irmão. Por um lado está a mulher furiosa, que se enche de ódio contra João Batista e queria vê-lo morto por causa das denúncias.

Por outro lado, Herodes tinha que decidir entre arrepender-se do que fazia e separar-se de Herodíades; continuar na situação em que se encontrava e sofrer crescente oposição do povo em seguida à denúncia de João Batista; ou ainda silenciá-lo de alguma forma.

Das três opções, influenciado por Herodíades, Herodes decidiu pela terceira, mas hesitava em matá-lo, porque sabia que João era um homem de bem, justo e santo, e respeitado pelo povo. Mandou, portanto, que fosse amarrado e colocado na prisão.

Quantas vezes, seguindo um caminho mau, somos alertados por alguém e temos a oportunidade de nos corrigir, mas preferimos continuar no pecado. Quantos pecadores são alertados pela pregação do Evangelho, e, ao invés de se converterem, eles se voltam contra a pessoa que lhe corrige e o próprio Evangelho, tornando-se inimigos de Cristo. Com isto eles pensam ganhar algum prazer nesta vida, mas perdem a vida eterna, permanecendo na condenação de Deus para sempre.

Não é fácil deixar uma situação de pecado, que nos agrada, para endireitar a nossa vida. Foi o que aconteceu com Herodes. Preferiu cometer uma grande injustiça, aprisionando João Batista para agradar Herodíades e abafar a sua própria consciência.

O dia do aniversário de Herodes foi celebrado com uma festa (só lemos de outra festa de aniversário na Bíblia, esta celebrada por Faraó – Gênesis 40:20). Foi quando ele cometeu outro grande erro. A filha de Herodíades, sobrinha de Herodes, dançou durante a festa. Seu nome não é mencionado na Bíblia, mas segundo a história profana ela era Salomé, que se casou mais tarde com outro tio, Filipe o tetrarca da Ituréia (Lucas 3:1). Ela dançou tão bem que agradou muito Herodes e os seus convidados. Para recompensá-la, Herodes lhe prometeu, com juramento, que lhe daria tudo o que pedisse, até a metade do seu reino (Marcos 6:23). Era uma promessa solene, e Salomé foi consultar a sua mãe sobre o que deveria pedir. Herodes era poderoso e rico, e as possibilidades eram muitas. Mas Herodíades estava focalizada em uma coisa só: João Batista tinha que morrer. Surgiu agora a oportunidade de conseguí-lo através da sua filha. Para a aflição de Herodes, sua sobrinha, instruída por sua mãe, pediu: “Dá-me aqui num prato a cabeça de João Batista.” Herodes havia feito um juramento, e os que estavam à mesa com ele eram testemunhas, portanto ele tinha que ser cumprido. Ninguém daria o valor de metade do seu reino à cabeça de João Batista: só mesmo Herodíades.

Na verdade não foi um triste fim para João Batista. Segundo o plano de Deus ele havia cumprido brilhantemente a sua missão, e havia agora chegado a hora dos seus discípulos se reunirem junto com os discípulos do Senhor Jesus, para aprenderem com Ele a arte de ser fiel a missão a nós confiada. Que o senhor te dê esta graça da fidelidade e de derramar o teu sangue se tal for necessário como fez João Batista em prol da verdade, da justiça e do amor de Deus!

 

 Pe Bantu

via CN 

Santo Inácio de Loyola.

 Inácio de Loyola – Wikipédia, a enciclopédia livre

Santo Inácio de Loyola, que viveu entre os anos de 1491 e 1556, era um cavaleiro impetuoso. Ferido no cerco de Pamplona, durante a convalescença, não encontrando leituras de cavalaria, de que era apaixonado, descobriu Jesus Cristo no Evangelho e na vida dos santos. Então quis dar-se a Jesus Cristo na Igreja. Amadureceu a sua conversão no mosteiro de Monte-Serrat iniciando-se na “devoção moderna”, sobretudo lendo a Imitação de Cristo na gruta de Manresa, onde teve experiências místicas e lançou as bases do seu famoso livro: Exercícios espirituais. Estudou filosofia e teologia em Paris, onde fundou a Companhia de Jesus, e em Veneza, onde foi ordenado sacerdote. Estabelecido em Roma, colocou sua companhia como um exército à disposição do Papa para a defesa da fé, reforma da Igreja e obra missionária. Intensa e vasta foi a sua ação apostólica juntamente com a de seus colaboradores. Abriu a sua companhia à cultura teológica e à cultura humana, a ponto de poder representar a igreja no campo das ciências e do pensamento moderno, e fez deles ilustres educadores. Hoje compreende-se melhor a figura de Inácio de Loyola à luz de seu profundo espírito de doação, da mística do serviço, de seu otimismo e dinamismo orientados para maior glória de Deus na Igreja e para a Igreja. A ascética inciana se esforça por criar nos fiéis uma mentalidade cristocêntrica. Inácio assimilou Cristo na oração psicológica, na obediência e na santidade de vida. 

 

https://cleofas.com.br/3107-santo-inacio-de-loyola/

sexta-feira, 30 de julho de 2021

Liturgia Diária - Se Maria é Virgem, por que Jesus teve “irmãos”?

  Buscando a Energia Crística. Ontem e Hoje - Portal Pegasus
Leitura (Levítico 23,1.4-11.15-16.27.34-37)

Leitura do livro do Levítico.

23 1O Senhor disse a Moisés: "Dize aos israelitas o seguinte: 4"Eis as festas do Senhor, santas assembléias que anunciareis no devido tempo.
5No primeiro mês, no décimo quarto dia do mês, entre as duas tardes, será a Páscoa do Senhor.
6E no décimo quinto dia desse mês, realizar-se-á a festa dos Pães sem Fermento em honra do Senhor: comereis pães sem fermento durante sete dias.
7Tereis no primeiro dia uma santa assembléia, e não fareis nenhum trabalho servil.
8Durante sete dias oferecereis ao Senhor sacrifícios pelo fogo. No sétimo dia haverá uma santa assembléia; e não fareis trabalho algum servil".
9O Senhor disse a Moisés: "Dize aos israelitas o seguinte:
10 quando tiverdes entrado na terra que vos hei de dar, e fizerdes a ceifa, trareis ao sacerdote um molho de espigas como primícias de vossa ceifa.
11O sacerdote agitará esse molho de espigas diante do Senhor, para que ele vos seja favorável: fará isso no dia seguinte ao sábado.
15"A partir do dia seguinte ao sábado, desde o dia em que tiverdes trazido o molho para ser agitado, contareis sete semanas completas.
16Contareis cinqüenta dias até o dia seguinte ao sétimo sábado, e apresentareis ao Senhor uma nova oferta.
27"No décimo dia do sétimo mês será o dia das Expiações. Tereis uma santa assembléia: humilhareis vossas, almas e oferecereis ao Senhor sacrifícios queimados pelo fogo.
34 No décimo quinto dia do sétimo mês, celebrar-se-á a festa dos Tabernáculos durante sete dias, em honra do Senhor.
35No primeiro dia haverá uma santa assembléia: não fareis nenhum trabalho servil.
36Durante sete dias oferecereis ao Senhor sacrifícios queimados pelo fogo. No oitavo dia tereis uma santa assembléia e oferecereis ao Senhor sacrifícios queimados pelo fogo. Será uma assembléia solene: não fareis trabalho algum servil.
37Estas são as solenidades do Senhor que anunciareis para haver santas assembléias, para oferecer ao Senhor sacrifícios queimados pelo fogo, holocaustos, oblações, vítimas e libações, cada coisa em seu dia.

Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial 80/81

Exultai no Senhor, nossa força.

Cantai salmos, tocai tamborim,
harpa e lira suaves tocai!
Na lua nova soai a trombeta,
na lua cheia, na festa solene!

Porque isso é costume em Jacó,
um preceito do Deus de Israel;
uma lei que foi dada a José,
quando o povo saiu do Egito.

Em teu meio não exista um deus estranho,
nem adores a um deus desconhecido!
Porque eu sou o teu Deus e teu Senhor,
que da terra do Egito te arranquei.

Evangelho (Mateus 13,54-58)

Aleluia, aleluia, aleluia.
A palavra do Senhor permanece eternamente, e esta é a palavra que vos foi anunciada (1Pd 1,25).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
13 54Jesus foi para a sua cidade e ensinava na sinagoga, de modo que todos diziam admirados: "Donde lhe vem esta sabedoria e esta força miraculosa?
55Não é este o filho do carpinteiro? Não é Maria sua mãe? Não são seus irmãos Tiago, José, Simão e Judas?
56E suas irmãs, não vivem todas entre nós? Donde lhe vem, pois, tudo isso?"
57E não sabiam o que dizer dele. Disse-lhes, porém, Jesus: "É só em sua pátria e em sua família que um profeta é menosprezado".
58E, por causa da falta de confiança deles, operou ali poucos milagres.
Palavra da Salvação.

Reflexão

No Evangelho de hoje, vemos o povo de Nazaré escandalizado diante da pregação de Cristo. Afinal, não é Ele o carpinteiro Jesus, conhecido de todos, filho de José e Maria, um pobre e “insignificante” casal? Com que razão, pois, Ele se arroga o poder de ensinar, não como os fariseus e mestres da Lei, mas como quem tem autoridade (cf. Mt 7, 29)? Sabemos que a resposta a estas inquietações dos nazarenos, como o próprio evangelista faz questão de notar, deve-se à incredulidade. Há, no entanto, uma outra pergunta que, mesmo para muitos crentes, costuma ser ocasião de escândalo e perplexidade. Se Jesus é Filho virginal de Maria, por que então se perguntam seus conterrâneos: “Seus irmãos não são Tiago, José, Simão e Judas? E suas irmãs não moram conosco?” De fato, fala-se muitas vezes nas SS. Escrituras de irmão e irmãs de Jesus (cf. Mt 13, 55-56; Lc 8, 19; Jo 2, 12; At 1, 14; 1Cor 9, 5; Gl 1, 19), o que parece implicar, obviamente, que Maria teve outros filhos além dele.

Antes de solucionar essa dificuldade, convém ter bem claro que é de fé expressamente definida que a SS. Virgem Maria permaneceu virgem intacta no nascimento de seu divino Filho e também depois, ao longo de toda a sua vida. Noutras palavras, ela foi virgem antes, durante e após o parto, sem jamais perder a integridade física, como atesta a Tradição bimilenar da Igreja e a generalidade dos Santos Padres, tanto gregos como latinos. Apoiados, contudo, naqueles supostos “irmãos” mencionados na Bíblia, muitos protestantes tendem a aceitar apenas a virgindade “ante partum”, a fim de salvaguardar a concepção miraculosa de Cristo, mas rejeitam, às vezes por mero desprezo à doutrina católica, que Maria tenha permanecido virgem depois de dar à luz. Ora, para entender como se compatibilizam, de um lado, o dogma da virgindade perpétua de Nossa Senhora e, de outro, as referidas passagens bíblicas devem-se ter em mente três coisas:

a) Em primeiro lugar, é somente a Igreja, de cujas mãos recebemos a Bíblia, que tem autoridade para determinar qual é a legítima interpretação da Bíblia, e não os fiéis individuais; b) além disso, sabemos que é frequente nas Escrituras o uso do nome “irmão” e “irmã” em sentido amplo, já que os hebreus não possuíam uma palavra específica para designar diferentes graus de parentesco, como entre primos, sobrinhos, tios etc. (cf. Gn 12, 5; 13, 8; 29, 15; Ex 2, 11; Ct 4, 9; 2Sm 19, 12-13); c) por fim, as mesmas Escrituras contêm indicativos claros, para quem os sabe ler sem preconceito, de que estes “irmãos” do Senhor eram, na verdade, ou primos ou membros mais ou menos próximos da família: no caso de Tiago, por exemplo, sabemos tratar-se de Tiago Menor — o Maior, com efeito, é irmão de S. João, filho de Zebedeu e Maria Salomé (cf. Lc 5, 10) —, cujos pais eram Alfeu e uma outra Maria, chamada mulher de Cléofas (cf. Mt 10, 3; 27, 56; Mc 15, 20; Jo 19, 25). Eis porque, aliás, o Senhor crucificado não confiou o cuidado de sua Mãe SS. a um de seu “irmãos”, como seria de esperar, mas a João, o discípulo amado (cf. Jo 19, 26-27).

 

https://padrepauloricardo.org

quinta-feira, 29 de julho de 2021

Liturgia Diária - "Eu creio que o Senhor é o Messias".

Christ in the House of Mary and Martha — Johann Friedrich Overbeck

Leitura (1 João 4,7-16)

Leitura da primeira carta de São João.

4 7Caríssimos, amemo-nos uns aos outros, porque o amor vem de Deus, e todo o que ama é nascido de Deus e conhece a Deus.
8Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor.
9Nisto se manifestou o amor de Deus para conosco: em nos ter enviado ao mundo o seu Filho único, para que vivamos por ele.
10Nisto consiste o amor: não em termos nós amado a Deus, mas em ter-nos ele amado, e enviado o seu Filho para expiar os nossos pecados.
11Caríssimos, se Deus assim nos amou, também nós nos devemos amar uns aos outros.
12Ninguém jamais viu a Deus. Se nos amarmos mutuamente, Deus permanece em nós e o seu amor em nós é perfeito.
13Nisto é que conhecemos que estamos nele e ele em nós, por ele nos ter dado o seu Espírito.
14E nós vimos e testemunhamos que o Pai enviou seu Filho como Salvador do mundo.
15Todo aquele que proclama que Jesus é o Filho de Deus, Deus permanece nele e ele em Deus.
16Nós conhecemos e cremos no amor que Deus tem para conosco. Deus é amor, e quem permanece no amor permanece em Deus e Deus nele.

Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial 33/34

Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo.

Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo,
seu louvor estará sempre e minha boca.
Minha alma se gloria no Senhor;
que ouçam os humildes e se alegrem!

Comigo engrandecei ao senhor Deus,
exaltemos todos juntos o seu nome!
Todas as vezes que o busquei, ele me ouviu
e de todos os temores me livrou.

Contemplai a sua face e alegrai-vos,
E vosso rosto não se cubra de vergonha!
Este infeliz gritou a Deus e foi ouvido,
E o Senhor o libertou de toda angústia.

O anjo do Senhor vem acampar
Ao redor dos que o temem e os salva.
Provai e vede quão suave é o Senhor!
Feliz o homem que tem nele o seu refúgio!

Respeitai o Senhor Deus, seus santos todos,
Porque nada faltará aos que o temem.
Os ricos empobrecem, passam fome,
Mas aos que buscam o Senhor não falta nada.

Evangelho (João 11,19-27)

Aleluia, aleluia, aleluia.
Eu sou a luz do mundo; aquele que me segue não caminha entre as trevas, mas terá a luz da vida (Jo 8,12).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.

Naquele tempo, 11 19muitos judeus tinham vindo a Marta e a Maria, para lhes apresentar condolências pela morte de seu irmão.
20Mal soube Marta da vinda de Jesus, saiu-lhe ao encontro. Maria, porém, estava sentada em casa.
21Marta disse a Jesus: "Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido!
22Mas sei também, agora, que tudo o que pedires a Deus, Deus to concederá".
23Disse-lhe Jesus: "Teu irmão ressurgirá".
24Respondeu-lhe Marta: "Sei que há de ressurgir na ressurreição no último dia".
25Disse-lhe Jesus: "Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que esteja morto, viverá.
26E todo aquele que vive e crê em mim, jamais morrerá. Crês nisto?"
27Respondeu ela: "Sim, Senhor. Eu creio que tu és o Messias, o Filho de Deus, aquele que devia vir ao mundo".

Palavra da Salvação.

Reflexão

Jesus se apresenta como a ressurreição e a vida, mostrando que a morte é apenas uma necessidade física. Para a fé cristã a vida não é interrompida com a morte, mas caminha para a sua plenitude. A vida plena da ressurreição já está presente naqueles que pertencem á comunidade de Jesus.
Há momentos na nossa vida em que achamos que tudo acabou e nos parece muito escuro. No entanto, é justamente nestas horas que nós temos de “esperar até mesmo a esperança”. Esperar a própria esperança quando não temos nada para esperar e recusar o desespero. Esta é a grande mensagem do Evangelho. A fé em Jesus Cristo gera em nós esperança, mesmo em presença da morte, como aconteceu com Marta.
Diante do fato consumado da morte do seu irmão, Marta foi ao encontro de Jesus e acreditou quando Ele lhe disse: “Teu irmão ressuscitará”. “Crês isso”? E ela respondeu: “Sim, Senhor, eu creio firmemente…” Na nossa vida também nós nos deparamos com situações de morte, no entanto, Jesus vem ao nosso encontro e nos propõe uma vida nova mediante a nossa fé. A nossa resposta de fé diante das propostas de Jesus é o grande segredo para permanecermos firmes nas horas das grandes provações. O nosso coração fica triste, porém “aos olhos do Pai ainda deve haver razão para alegria”. Quem crê em Jesus também crê que Ele pode ressuscitar em nós tudo o que nos parece ter morrido.
Diante do fato consumado nós precisamos crê para acolher as graças que nos vêm do céu. Mesmo que alguém muito querido tenha morrido nós nunca poderemos duvidar da força do amor de Jesus que quer nos salvar e nos fazer ver estrelas no céu de uma noite escura. Quando nós caminhamos na vida tendo convicção de que o poder amoroso de Deus pode nos conceder vida nova e nos tirar das situações de morte nós não tememos coisa alguma.
Crer em Jesus é o troféu mais valioso que nós podemos empunhar, pois é a condição prevista por Ele próprio para que tenhamos a vida eterna desde já. “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, mesmo que morra, viverá. E todo aquele que vive e crê em mim não morrerá jamais. Crês isto?
E você meu irmão, minha irmã, crê nisto também? – É assim que você pensa e espera? – Como você entende isto que Jesus falou: ainda que morra, viverá? E aquele que vive e crê em mim não morrerá jamais? – A que tipo de morte Jesus se refere?
Pai, dá-me a graça de compreender a ressurreição de Jesus como vitória da vida e como sinal de que a morte não tem a última palavra sobre o destino daqueles que crêem.
 
 
 
  Pe. Bantu Mendonça katchipwi Sayla

Santa Marta.

 Santa Marta - Santo do dia 29 de Julho - Santo Do Dia - Histórias do Santos  - Todos os Santos - Santos - Santos da Igreja Católica

As Escrituras contam que, em seus poucos momentos de descanso ou lazer, Jesus procurava a casa de amigos em Betânia, local muito agradável há apenas três quilômetros de Jerusalém. Lá moravam Marta, Lázaro e Maria, três irmãos provavelmente filhos de Simão, o leproso. Há poucas, mas importantíssimas citações de Marta nas Sagradas Escrituras. É narrado, por exemplo, o primeiro momento em que Jesus pisou em sua casa. Por isso existe a dúvida de que Simão fosse mesmo o pai deles, pois a casa é citada como se fosse de Marta, a mais velha dos irmãos. Mas ali chegando, Jesus conversava com eles e Maria estava aos pés do Senhor, ouvindo sua pregação. Marta, trabalhadora e responsável, reclamou da posição da irmã, que nada fazia, apenas ouvindo o Mestre. Jesus Cristo aproveita, então, para ensinar que os valores espirituais são mais importantes do que os materiais, apoiando Maria em sua ocupação de ouvir e aprender. Fala-se dela também quando da ressurreição de Lázaro. É ela quem mais fala com Jesus nesse acontecimento. Marta disse a Jesus: “Senhor, se tivesses estado aqui, o meu irmão não teria morrido. Mas mesmo agora, eu sei que tudo o que pedires a Deus, Deus dará”. Trata-se de mais uma passagem importante da Bíblia, pois do evento tira-se um momento em que Jesus chora: “O pranto de Maria provoca o choro de Jesus”. E o milagre de reviver Lázaro, já morto e sepultado, solicitado com tamanha simplicidade por Marta, que exemplifica a plena fé na onipotência do Senhor. Outra passagem é a ceia de Betânia, com a presença de Lázaro ressuscitado, uma prévia da última ceia, pois ali Marta serve a mesa e Maria lava os pés de Jesus, gesto que ele imitaria em seu último encontro coletivo com os doze apóstolos. Os primeiros a dedicarem uma festa litúrgica a Santa Marta foram os frades franciscanos, em 1262, e o dia escolhido foi 29 de julho. Ela se difundiu e o povo cristão passou a celebrar Santa Marta como a Padroeira dos Anfitriões, dos Hospedeiros, dos Cozinheiros, dos Nutricionistas e Dietistas. 

 

Prof. Felipe Aquino

 

quarta-feira, 28 de julho de 2021

Liturgia Diária - O tesouro escondido.

  XVII Domingo do Tempo Comum - PRAEDICAVERBUM.ORG
Leitura (Êxodo 34,29-35)

Leitura do livro do Êxodo.
34 29Moisés desceu do monte Sinai, tendo nas mãos as duas tábuas da lei. Descendo do monte, Moisés não sabia que a pele de seu rosto se tornara brilhante, durante a sua conversa com o Senhor.
30E, tendo-o visto Aarão e todos os israelitas, notaram que a pele de seu rosto se tornara brilhante e não ousaram aproximar-se dele.
31Mas ele os chamou, e Aarão com todos os chefes da assembléia voltaram para junto dele, e ele se entreteve com eles.
32Aproximaram-se, em seguida, todos os israelitas, a quem ele transmitiu as ordens que tinha recebido do Senhor no monte Sinai.
33Tendo Moisés acabado de falar, pôs um véu no seu rosto.
34Mas, entrando Moisés diante do Senhor para falar com ele, tirava o véu até sair. E, saindo, transmitia aos israelitas as ordens recebidas.
35Estes viam irradiar a pele de seu rosto; em seguida Moisés recolocava o véu no seu rosto até a próxima entrevista com o Senhor.
Palavra do Senhor.q

Salmo Responsorial 98/99

Santo é o Senhor nosso Deus!

Exaltai o Senhor nosso Deus
e prostrai-vos perante seus pés,
pois é santo o Senhor nosso Deus!

Eis Moisés e Aarão entre os seus sacerdotes.
E também Samuel invocava seu nome,
e ele mesmo, o Senhor, os ouvia.

Da coluna de nuvem falava com eles.
E guardavam a lei e os preceitos divinos
que o Senhor nosso Deus tinha dado.

Exaltai o Senhor nosso Deus
e prostrai-vos perante seu monte,
pois é santo o Senhor nosso Deus!

Evangelho (Mateus 13,44-46)

Aleluia, aleluia, aleluia.
Eu vos chamo meus amigos, pois vos dei a conhecer o que o Pai me revelou (Jo 15,15).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
Naquele tempo, Jesus disse à multidão: 13 44"O Reino dos céus é também semelhante a um tesouro escondido num campo. Um homem o encontra, mas o esconde de novo. E, cheio de alegria, vai, vende tudo o que tem para comprar aquele campo.
45O Reino dos céus é ainda semelhante a um negociante que procura pérolas preciosas.
46Encontrando uma de grande valor, vai, vende tudo o que possui e a compra".
Palavra da Salvação.

Reflexão

Jesus nos conta hoje duas pequenas parábolas. Na primeira, o Reino dos Céus é comparado a um tesouro escondido no campo, ou seja, que se oculta sob o véu obscuro da fé. Deus, com efeito, não se nos dá a conhecer plenamente, face a face, a rosto descoberto; Ele quer, sim, o nosso amor, mas sabe que, para que o amemos livremente, temos de aprender primeiro a confiar nEle, a tratar com Ele "como por espelho" (1 Cor 13, 12), descobrindo aos poucos o amor infinito dAquele que nos amou muito antes que pensássemos em O amar de volta. A alegria deste descobrimento, por sua vez, é descrita no Evangelho como uma renúncia da qual o Senhor mesmo é o protótipo: tendo achado no campo aquela riqueza escondida, o homem vai, cheio de júbilo, e "vende todos os seus bens e compra aquele campo", pois o próprio Cristo, embora fosse de condição divina, "não se prevaleceu de sua igualdade com Deus, mas aniquilou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e assemelhando-se aos homens" (Fl 2, 7), a fim de nos comprar por seu precioso sangue (cf. 1 Cor 6, 20; 7, 23; 1 Pd 1, 18). Ele tudo fez e a tudo renunciou propter nos homines et propter nostram salutem, "por nós, homens, e para a nossa a salvação", como professamos aos domingos.

Nessa curta mas luminosa parábola, o Senhor também nos faz notar a necessidade do recolhimento para a vida interior. De fato, o homem só pode pôr-se à busca de algo oculto e escondido se também ele, com paciência e aplicação, se ocultar e esconder dos olhos do mundo, à semelhança de um explorador que, para descobrir as maravilhas de uma caverna, não receia descer até às entranhas da terra, aonde não chega sequer a luz do sol. Assim também deve ser a nossa vida de oração e relacionamento com o Senhor: "Quando orares", diz Ele aos discípulos, "entra no teu quarto, fecha a porta e ora ao teu Pai em segredo; e teu Pai, que vê num lugar oculto, recompensar-te-á" (Mt 6, 6). Ora, que é este "quarto", que é este lugar "escondido" senão o nosso coração, a nossa interioridade? É lá que encontramos o tesouro oculto de que hoje ouvimos falar. Daí a necessidade da , para começarmos a buscá-lo; daí a necessidade do recolhimento e do silêncio, para conseguirmos encontrá-lo. Peçamos a Deus, pois, que nos exercite nessas virtudes e nos ajude a procurá-lo onde Ele tanto deseja habitar: no nosso coração. Que a Virgem Santíssima, Moradia consagrada a Deus, ilumine os nossos caminhos e nos ensine a amar o seu Filho como Ele quer ser amado por nós.

 

 https://padrepauloricardo.org

terça-feira, 27 de julho de 2021

Liturgia Diária - Explicação da Parábola do Joio.

  Artigo: Atitudes a cultivar para promover a comunhão | Artigos dos Bispos
Leitura (Êxodo, 33,7-11; 34,5-9.28)

Leitura do livro do Êxodo.

33 7Moisés foi levantar a tenda a alguma distância fora do acampamento. (E chamou-a tenda de reunião.) Quem queria consultar o Senhor, dirigia-se à tenda de reunião, fora do acampamento.
8Quando Moisés se dirigia para a tenda, todo mundo se levantava, cada um diante da entrada de sua tenda, para segui-lo com os olhos até que entrasse na tenda.
9E logo que ele acabava de entrar, a coluna de nuvem descia e se punha à entrada da tenda, e o Senhor se entretinha com Moisés.
10À vista da coluna de nuvem, todo o povo, em pé à entrada de suas tendas, se prostrava no mesmo lugar.
11O Senhor se entretinha com Moisés face a face, como um homem fala com seu amigo. Voltava depois Moisés ao acampamento, mas seu ajudante, o jovem Josué, filho de Nun, não se apartava do interior da tenda.
34 5O Senhor desceu na nuvem e esteve perto dele, pronunciando o nome de Javé.
6O Senhor passou diante dele, exclamando: "Javé, Javé, Deus compassivo e misericordioso, lento para a cólera, rico em bondade e em fidelidade,
7que conserva sua graça até mil gerações, que perdoa a iniqüidade, a rebeldia e o pecado, mas não tem por inocente o culpado, porque castiga o pecado dos pais nos filhos e nos filhos de seus filhos, até a terceira e a quarta geração".
8Moisés inclinou-se incontinente até a terra e prostrou-se,
9dizendo: "Se tenho o vosso favor, Senhor, dignai-vos marchar no meio de nós: somos um povo de cabeça dura, mas perdoai nossas iniqüidades e nossos pecados, e aceitai-nos como propriedade vossa".
28Moisés ficou junto do Senhor quarenta dias e quarenta noites, sem comer pão nem beber água. E o Senhor escreveu nas tábuas o texto da aliança, as dez palavras.

Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial 102/103

O Senhor é indulgente, é favorável.

O Senhor realiza obras de justiça
e garante o direito aos oprimidos;
revelou os seus caminhos a Moisés
e, aos filhos de Israel, seus grandes feitos.

O Senhor é indulgente, é favorável,
é paciente, é bondoso e compassivo.
Não fica sempre repetindo as suas queixas
nem guarda eternamente o seu rancor.

Não nos trata como exigem nossas faltas
nem nos pune em proporção às nossas culpas.
Quanto os seus por sobre a terra se elevam,
tanto é grande o seu amor aos que o temem.

Quanto dista o nascente do poente,
tanto afasta para longe os nossos crimes.
Como um pai se compadece de seus filhos,
o Senhor tem compaixão dos que o temem.

Evangelho (Mateus 13,36-43)

Aleluia, aleluia, aleluia.

A semente é de Deus a palavra, Cristo é o semeador; todo aquele que o encontra, vida eterna encontrou.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
13 36Então despediu a multidão. Em seguida, entrou de novo na casa e seus discípulos agruparam-se ao redor dele para perguntar-lhe: Explica-nos a parábola do joio no campo.
37Jesus respondeu: O que semeia a boa semente é o Filho do Homem.
38O campo é o mundo. A boa semente são os filhos do Reino. O joio são os filhos do Maligno.
39O inimigo, que o semeia, é o demônio. A colheita é o fim do mundo. Os ceifadores são os anjos.
40E assim como se recolhe o joio para jogá-lo no fogo, assim será no fim do mundo.
41O Filho do Homem enviará seus anjos, que retirarão de seu Reino todos os escândalos e todos os que fazem o mal
42e os lançarão na fornalha ardente, onde haverá choro e ranger de dentes.
43Então, no Reino de seu Pai, os justos resplandecerão como o sol. Aquele que tem ouvidos, ouça.
Palavra da Salvação.

 Reflexão

Nesta parábola, Ele fala como se a terra fosse um campo de trigo, no meio do qual nasce também o joio. E explica que o joio precisava crescer junto com o trigo até a colheita, para depois ser retirado, evitando assim que, ao arrancar o joio, com ele fosse arrancado o trigo. Diante da incompreensão dos discípulos Jesus se põe a explicar o significado de cada elemento que aparece na parábola. O que semeia a boa semente é o Filho do Homem. O campo é o mundo. A boa semente são os filhos do Reino. O joio são os filhos do Maligno. O inimigo que o semeou é o Diabo. A colheita é o fim do mundo. Os ceifadores são os anjos. Portanto, tanto Jesus como o Diabo são semeadores. Jesus semeia o bem, enquanto o Diabo semeia o mal. É como dissesse: Se você pratica o bem, colhe o bem, se pratica o mal, colhe o mal. Era a grande proposta de Deus para cada um de nós: o discernimento. Jesus não se propôs a separar o joio do trigo fora do tempo, e nem o demônio. Ambos estavam fazendo a sua parte: semeando.

Deus deseja que saibamos viver na busca do discernimento. Se o conseguirmos, estaremos preparados para a colheita. Jesus quis, pois, alertar para o seguinte: O Diabo está fazendo o mesmo que faço: semeando; se vocês souberem discernir o bem do mal e tiverem força para seguir o bem, no final, quando Deus vier julgar, e só Ele tem o poder de separar o bem do mal, vocês estarão preparados para participar do Reino do Pai.

Jesus quis dar uma explicação bem clara para que a humanidade, através dos séculos, assimilasse aquela verdade. Ele poderia ter explicado outras parábolas, também, mas não o fez. E por que esta foi explicada com tanto detalhe? Porque, aqui, Deus nos propõe que sejamos astutos e inteligentes.

A colheita será uma só. Tanto se colhe bem o trigo como o joio; tanto se faz uso do trigo como do joio, embora tenham sentidos diametralmente opostos. O importante é sabermos de que lado estamos nos posicionando. Devemos passar por esta vida dialogando sempre com Deus, pedindo, procurando, exercendo a experiência do discernimento, questionando-o: "Deus, eu não entendi! O que está acontecendo? Me explica! Jesus, vamos conversar? Hoje, quero te escutar."

Aqui aprendemos, também, como proceder num reino que não é nosso, não é de Deus, mas que é tão forte, que matou o Filho de Deus. Jesus ressuscitou para mostrar que existe um reino mais poderoso. Mas, quando humanizado, sofreu todos os pendores deste mundo. Não se cria um reino dentro de outro. Um tem de ser eliminado, para o outro existir.

Jesus quer nos dizer: Tenham o discernimento para viver num reino que não é de Deus. Saibam passar por isto com astúcia e sabedoria, para depois encontrarem, realmente, o Reino de Deus. Nesta vida terrena não o temos. Por isso pedimos: Venha a nós o vosso Reino! Deus quer que Seu Reino venha e substitua o que está aqui. Não se fortalece e nem se cria dois reinos no mesmo local. Dialogue com Deus, para que Ele possa lhe falar essas coisas. Para que tenha discernimento, tenha amor nas palavras, firmeza no momento de responder determinadas coisas, como provocações e questionamentos em sua vida. Em suas orações, deve sempre pedir a Deus: Meu Deus, eu quero ter a capacidade de estar do Teu lado, contado entre o trigo e não entre o joio. Daí me esta graça Senhor, eu quero ser tribo. Que as pressões dos filhos do Maligno jamais sejam suficientemente fortes para me levar a renunciar à minha condição de filho do Reino. Quero estar sempre a Teu serviço. 

 

Pe. Bantu Mendonça katchipwi Sayla

segunda-feira, 26 de julho de 2021

Liturgia Diária - Felizes os vossos olhos.

 Evangelho do Dia: O porque das Parábolas (Mt 13, 10-17) – Oratório São Luiz

Leitura (Eclesiástico 44,1.10-15)

Leitura do livro do Eclesiástico.

44 1Façamos o elogio dos homens ilustres, que são nossos antepassados, em sua linhagem.
10Os primeiros, porém, foram homens de misericórdia; nunca foram esquecidas as obras de sua caridade.
11Na sua posteridade permanecem os seus bens.
12Os filhos de seus filhos são uma santa linhagem, e seus descendentes mantêm-se fiéis às alianças.
13Por causa deles seus filhos permanecem para sempre, e sua posteridade, assim como sua glória, não terá fim.
14Seus corpos foram sepultados em paz, seu nome vive de século em século.
15Proclamem os povos sua sabedoria, e cante a assembléia os seus louvores!

Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial 131/132

O Senhor vai dar-lhe o trono
de seu pai, o rei Davi.

O Senhor fez a Davi um juramento,
uma promessa que jamais renegará:
"Um herdeiro que é fruto do teu ventre
colocarei sobre o trono em teu lugar!"

Pois o Senhor quis para si Jerusalém
e a desejou para que fosse sua morada:
"Eis o lugar do meu repouso para sempre,
eu fico aqui: este é o lugar que preferi!"

"De Davi farei brotar um forte herdeiro,
acenderei ao meu ungido uma lâmpada.
Cobrirei de confusão seus inimigos,
mas sobre ele brilhará minha coroa!"

Evangelho (Mateus 13,16-17)

Aleluia, aleluia, aleluia.
Esperavam estes pais a redenção de Israel, e o Espírito do Senhor estava sobre eles (Lc 2,25).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
13 16Disse Jesus aos seus discípulos: “Quanto a vós, felizes os vossos olhos, porque vêem! Ditosos os vossos ouvidos, porque ouvem!
17Eu vos declaro, em verdade: muitos profetas e justos desejaram ver o que vedes e não o viram, ouvir o que ouvis e não ouviram”.
Palavra da Salvação.

Reflexão

Os mistérios do Reino só serão conhecidos por aqueles que j´pa tiverem acolhido Jesus como Messias (os discípulos). Aceitar Jesus como o Messias, mesmo nos seus “fracassos”, faz compreender as contínuas dificuldades que sofre a implantação do Reino do Céu. E isso é uma bem-aventurança.
Jesus, que é a revelação do Pai manifesta a Sua face no meio dos homens e, proclama feliz aquele que “escuta e vê” o que Ele revela . Por isso, todos nós que reconhecemos Jesus como Senhor e Salvador temos acesso ao Pai e podemos nos comunicar com Ele. Antes de Jesus muitos desejaram vê-Lo e ouvi-Lo e não tiveram esta oportunidade. Nós, porém, podemos tocá-Lo e vê-Lo na Eucaristia, ouvir a Sua Palavra que nos alimenta a alma e o coração, por isso somos felizes. A Palavra do Senhor nos ensina a ser feliz e a desfrutar de tudo quanto o Pai providenciou para que vivamos uma vida promissora.
O próprio Jesus nos assegura isto! E por que Ele fala assim? Jesus nos ensina que a verdadeira felicidade é acolher a vontade do Pai expressa através da Sua Palavra. Não somente acolhe-la, mas vivenciá-la. Ver e ouvir aqui significa ter experiência, tocar com o coração, sentir a manifestação do Deus vivo em cada acontecimento. Pense na sua felicidade em relação a outras pessoas que tanto desejam e não conseguem.
Você tem conseguido ver e escutar o que o Senhor lhe revela? – Você se considera feliz? – O que você espera como resultado do seu modo de viver? – Você tem conseguido ver e escutar o que o Senhor lhe revela? – Você se considera feliz? – O que você espera como resultado do seu modo de viver? Medite agora no que você tem visto e ouvido!
Pai, dobra a dureza do meu coração que me impede de ouvir e compreender a palavra de teu Filho. Faze-me penetrar nos mistérios do Reino escondido nas parábolas.
 
 
 
  Pe. Bantu Mendonça katchipwi Sayla

domingo, 25 de julho de 2021

17º Domingo do Tempo Comum - O milagre da partilha!

 A Segunda Multiplicação Dos pães - Outra Festa no Deserto

Leitura (2 Reis 4,42-44)

Leitura do segundo livro dos Reis.
4 42 Veio um homem de Baalsalisa, que trazia ao homem de Deus, à guisa de primícias, vinte pães de cevada e trigo novo no seu saco. Dá-os a esses homens, disse Eliseu, para que comam.
43 Seu servo respondeu: Como poderei dar de comer a cem pessoas com isto? Dá-os a esses homens, repetiu Eliseu, para que comam. Eis o que diz o Senhor: Comerão e ainda sobrará.
44 E deu-os ao povo. Comeram e ainda sobrou, como o Senhor tinha dito.
Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial 144/145

Saciai os vossos filhos, ó Senhor!

Que vossas obras, ó Senhor, vos glorifiquem
e os vossos santos, com louvores, vos bendigam!
Narrem a glória e o esplendor do vosso reino
e saibam proclamar vosso poder!

Todos os olhos, ó Senhor, em vós esperam,
e vós lhes dais no tempo certo o alimento;
vós abris a vossa mão prodigamente
e saciais todo ser vivo com fartura.

É justo o Senhor em seus caminhos,
é santo em toda obra que ele faz.
ele está perto da pessoa que o invoca,
de todo aquele que o invoca lealmente.

Leitura (Efésios 4,1-6-2)

Leitura da carta de são Paulo aos Efésios.
4 1 Exorto-vos, pois, - prisioneiro que sou pela causa do Senhor -, que leveis uma vida digna da vocação à qual fostes chamados,
2 com toda a humildade e amabilidade, com grandeza de alma, suportando-vos mutuamente com caridade.
3 Sede solícitos em conservar a unidade do Espírito no vínculo da paz.
4 Sede um só corpo e um só espírito, assim como fostes chamados pela vossa vocação a uma só esperança.
5 Há um só Senhor, uma só fé, um só batismo.
6 Há um só Deus e Pai de todos, que atua acima de todos, por todos e em todos.
Palavra do Senhor.

Evangelho (João 6,1-15)

Um grande profeta surgiu, surgiu e entre nós se mostrou; é Deus que seu povo visita, seu povo, meu Deus visitou! (Lc 7,16)

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.

Naquele tempo, 1Jesus foi para o outro lado do mar da Galileia, também chamado de Tiberíades.

2Uma grande multidão o seguia, porque via os sinais que ele operava a favor dos doentes. 3Jesus subiu ao monte e sentou-se aí, com os seus discípulos.

4Estava próxima a Páscoa, a festa dos judeus.

5Levantando os olhos e vendo que uma grande multidão estava vindo ao seu encontro, Jesus disse a Filipe: “Onde vamos comprar pão para que eles possam comer?”

6Disse isso para pô-lo à prova, pois ele mesmo sabia muito bem o que ia fazer.

7Filipe respondeu: “Nem duzentas moedas de prata bastariam para dar um pedaço de pão a cada um”.

8Um dos discípulos, André, o irmão de Simão Pedro, disse: 9“Está aqui um menino com cinco pães de cevada e dois peixes. Mas o que é isto para tanta gente?”

10Jesus disse: “Fazei sentar as pessoas”. Havia muita relva naquele lugar, e lá se sentaram, aproximadamente, cinco mil homens.

11Jesus tomou os pães, deu graças e distribuiu-os aos que estavam sentados, tanto quanto queriam. E fez o mesmo com os peixes.

12Quando todos ficaram satisfeitos, Jesus disse aos discípulos: “Recolhei os pedaços que sobraram, para que nada se perca!”

13Recolheram os pedaços e encheram doze cestos com as sobras dos cinco pães, deixadas pelos que haviam comido. 14Vendo o sinal que Jesus tinha realizado, aqueles homens exclamavam: “Este é verdadeiramente o Profeta, aquele que deve vir ao mundo”.

15Mas, quando notou que estavam querendo levá-lo para proclamá-lo rei, Jesus retirou-se de novo, sozinho, para o monte.

Palavra da Salvação.

Reflexão

O evangelho que a liturgia deste domingo nos apresenta, mostra-nos mais uma vez, a sensibilidade de Jesus, diante a necessidade humana!
A fome de tantos irmãos é uma ferida que sangra constantemente no coração de Jesus!
 E está em nossas  mãos,  a cura desta ferida! Cura que vem de  um pequeno gesto de amor, que deve brotar do nosso coração e  nos levar a partilha!
Quem de nós, não tem “5 pães e dois peixes”? Tomemos para nós, o exemplo daquele menino, citado no evangelho, que partilhou tudo o que tinha para o seu sustento e ficou saciado!
É difícil acreditar, mas é a mais dura realidade: num mundo de tanta fartura, ainda hoje,  morrem milhares de pessoas vítimas do nosso abandono. São muitos os irmãos, que continuam morrendo  de fome, ou por doenças causadas pela desnutrição, conseqüência do nosso egoísmo,  que nos impede de abrirmos o nosso coração ao amor solidário, o amor que nos leva a partilha.
A todo instante, pessoas  necessitadas de  ajuda,  desfilam diante dos nossos olhos, são  irmãos nossos, pessoas desprovidas do mínimo necessário para a sua sobrevivência.  E quantas vezes, nós, que dizemos seguidores de Jesus, tampamos os nossos ouvidos para não ouvir os seus clamores, preferindo ignorá-los, para nos  isentar  de quaisquer responsabilidade sobre  eles. E assim,  vamos  buscando  mil desculpas para justiçar a nossa impassibilidade, diante a esta triste realidade.
Precisamos  aprender a olhar o irmão com o mesmo  olhar de Jesus,  um olhar que  não  vê somente a  sua necessidade, como também, ajuda-o a encontrar o caminho que o levará a solução de seus problemas.
A exemplo de Jesus, não podemos fechar os olhos diante as necessidades do nosso irmão e  muito menos, transferir para outros, a nossa responsabilidade para com eles.
Temos que nos  conscientizar de que somos co-responsáveis pela vida do outro, por tanto, não podemos permanecer indiferentes aos seus problemas, problemas que se chegaram até a nós, é porque  também são  nossos.
Podemos observar, que quase sempre, o que o nosso irmão precisa, não é muito, é sempre algo que está  ao nosso alcance, às vezes, é apenas um prato de comida, uma palavra de esperança, um tempo para escutá-lo, ou simplesmente um sorriso nosso.
  Como verdadeiros seguidores de Jesus, precisamos colocar em prática os seus ensinamentos e assim como Ele, estarmos  sempre atentos as necessidades do outro, prontos para ajudá-lo.
De nada adianta, erguermos as nossas mãos para louvar  a  Deus, se  não somos  capazes  de abaixá-las, para erguer um irmão.
O evangelho de hoje  narra o episódio que marcou o milagre da multiplicação dos pães: o milagre da partilha! O ponto fundamental deste acontecimento, é o amor, o amor que  leva a partilha.  
Sabemos que Jesus, se  quisesse, poderia realizar sozinho, a multiplicação dos pães, mas Ele  quis envolver todos os seus discípulos, até mesmo um menino, um anônimo, cujo o nome nem  é citado, apenas mais um no meio da multidão, o que vem nos mostrar  claramente, que Jesus, quer agir  no mundo, através do coração humano.
Jesus nos encarrega de saciar a fome de tantos irmãos, na certeza de que: colocando em suas mãos, o pouco que temos, Ele  transforma em muito!
Onde existe amor, existe partilha, onde existe partilha, Deus entra, e o milagre da multiplicação acontece!
É nosso compromisso cristão, despertar no outro, a necessidade de Deus, mas antes, é preciso saciar a sua fome, criar no seu coração a  necessidade  de Deus,  como fez Jesus: a  partir da necessidade do pão material, ele criou a necessidade do pão da vida eterna.
 
 
Olívia Coutinho