quarta-feira, 31 de outubro de 2012

O QUE É "HALLOWEEN" E O QUE SE CELEBRA REALMENTE NESTA DATA?



Significado
Halloween significa "All hallow's eve", palavra que provém do inglês antigo, e que significa "véspera de todos os santos", já que se refere de noite de 31 de outubro, véspera da Festa de Todos os Santos. Entretanto, o antigo costume anglo-saxão lhe roubou seu estrito sentido religioso para celebrar em seu lugar a noite do terror, das bruxas e dos fantasmas. Halloween marca um triste retorno ao antigo paganismo, tendência que se propagou também entre os povos espanos.
Origens
A celebração do Halloween se iniciou com os celtas, antigos habitantes da Europa Oriental, Ocidental e parte da Ásia Menor. Entre eles habitavam os druidas, sacerdotes pagãos adoradores das árvores, especialmente do carvalho. Eles acreditavam na imortalidade da alma, a qual diziam se introduzia em outro indivíduo ao abandonar o corpo; mas em 31 de outubro voltava para seu antigo lar a pedir comida a seus moradores, que estavam obrigados a fazer provisão para ela.
O ano celta concluía nesta data que coincide com o outono, cuja característica principal é a queda das folhas. Para eles significava o fim da morte ou iniciação de uma nova vida. Este ensino se propagou através dos anos junto com a adoração a seu deus o "senhor da morte", ou "Samagin", a quem neste mesmo dia invocavam para lhe consultar sobre o futuro, saúde, prosperidade, morte, entre outros. 

Quando os povos celtas se cristianizaram, não todos renunciaram aos costumes pagãos. Quer dizer, a conversão não foi completa. A coincidência cronológica da festa pagã com a festa cristã de Todos os Santos e a dos defuntos, que é o dia seguinte, fizeram com que se mesclasse. Em vez de recordar os bons exemplos dos santos e orar pelos antepassados, enchia-se de medo diante das antigas superstições sobre a morte e os defuntos.
Alguns imigrantes irlandeses introduziram Halloween nos Estados Unidos aonde chegou a ser parte do folclore popular. Acrescentaram-lhe diversos elementos pagãos tirados dos diferentes grupos de imigrantes até chegar a incluir a crença em bruxas, fantasmas, duendes, drácula e monstros de toda espécie. Daí propagou-se por todo mundo.
Em 31 de outubro de noite, nos países de cultura anglo-saxã ou de herança celta, celebra-se a véspera da festa de Todos os Santos, com toda uma cenografia que antes recordava aos mortos, logo com a chegada do Cristianismo às almas do Purgatório, e que agora se converteram em uma salada mental em que não faltam crenças em bruxas, fantasmas e coisas similares.
Em troca, nos países de cultura mediterrânea, a lembrança dos defuntos e a atenção à morte se centram em 2 de novembro, o dia seguinte à celebração da ressurreição e a alegria do paraíso que espera à comunidade cristã, uma família de "Santos" como a entendia São Pablo.
Diversas tradições se unem, mesclam-se e se influem mutuamente neste começo de novembro nas culturas dos países ocidentais. Na Ásia e África, o culto aos antepassados e aos mortos tem fortes raízes, mas não está tão ligado a uma data concreta como em nossa cultura. 

Abóbora, guloseimas, disfarces...
A abóbora foi acrescentada depois e tem sua origem nos países escandinavos e em seguida retornou a Europa e ao resto da América graças à colonização cultural de seus meios de comunicação e os séries e filmes importados.
Nos últimos anos, começa a fazer furor entre os adolescentes mediterrâneos e latino-americanos que esquecem suas próprias e ricas tradições para adotar a oca abóbora iluminada. No Hallowe'em (do All hallow's eve), literalmente a Véspera de Todos os Santos, a lenda anglo-saxã diz que é fácil ver bruxas e fantasmas. Os meninos se disfarçam e vão -com uma vela introduzida em uma abóbora esvaziada em que se fazem incisões para formar uma caveira- de casa em casa. Quando se abre à porta gritam: "trick or treat" (doces ou travessuras) para indicar que gastarão uma brincadeira a quem não os de uma espécie de propina em guloseimas ou dinheiro.
Uma antiga lenda irlandesa narra que a abóbora iluminada seria a cara de um tal Jack Ou'Lantern que, na noite de Todos os Santos, convidou o diabo a beber em sua casa, fingindo um bom cristão. Como era um homem dissoluto, acabou no inferno.
Com a chegada do cristianismo, enquanto nos países anglo-saxões tomava forma a procissão dos meninos disfarçados pedindo de porta em porta com a luminária em forma de caveira, nos mediterrâneos se estendiam outros costumes ligados a 1º e 2 de novembro. Em muitos povos espanhóis existe uma tradição de ir de porta em porta tocando, cantando e pedindo dinheiro para as "almas do Purgatório". Hoje em dia, embora menos que antigamente, seguem-se visitando os cemitérios, arrumam-se os túmulos com flores, recorda-se os familiares defuntos e se reza por eles; nas casas se falava da família, de todos os vivos e dos que tinham passado a outra vida e se consumiam doces especiais, que perduram para a ocasião, como na Espanha os pastéis redondos de vento ou os ossos de santo.
Enquanto isso, do outro lado do oceano e ao sul dos Estados Unidos, a tradição católica levada por espanhóis e portugueses se mesclava de acordo com cada país americano, mescla dos ritos locais pré-coloniais e com folclore do lugar.
Certamente na Galicia se unem duas tradições: a celta e a católica, por isso é esta a região da Espanha em que mais perdura a tradição da lembrança dos mortos, das almas do Purgatório, muito unidas ao folclore local, e as lendas sobre aparições e fantasmas. Em toda a Espanha perdura um costume sacrossanto que se introduziu nos hábitos culturais: a de representar nesta data alguma peça de teatro ligada ao mito de Dom Juan Tenorio. Foi precisamente este personagem, "o gozador de Sevilha ou o convidado de pedra", criado pelo frade mercedário e dramaturgo espanhol Tirso de Molina, que se atreveu a ir ao cemitério, nesta noite, para conjurar as almas de quem havia sido vítimas de sua espada ou de sua possessividade egoísta.
Em todas estas representações ritos e lembranças resiste um desejo inconsciente, pagão, de exorcizar o medo à morte, subtraindo a sua angústia. O mito antigo do retorno dos mortos converteu-se hoje em fantasmas ou dráculas com efeitos especiais nos filmes de terror. 





Fonte:www.acidigital.com

SERIADO ANTICATÓLICO E BLASFEMO É UMA CARICATURA FEITA POR IGNORANTES, DENUNCIA BISPO FRANCÊS.

Seriado anticatólico e blasfemo é uma caricatura feita por ignorantes, denuncia Bispo francês.


Dom Jean-Michel di Falco Léandri


O Bispo de Gap e d’Embrun (França), Dom Jean-Michel di Falco Léandri, deplorou a transmissão do seriado televisivo “Assim sejam” (Ainsi soient-ils) que agride à Igreja Católica ao apresentar os seminaristas, sacerdotes, bispos e inclusive ao Papa, envolvidos em histórias de corrupção, alcoolismo, sexo, abortos e luta de poderes, entre outros temas.
Ainsi soient-ils é transmitida todas as quintas-feiras no canal Arte, um canal que se apresenta como “cultural”. Os 8 capítulos que constituem a produção serão transmitidos até o dia 1º de novembro, dia que coincide com a celebração católica da Solenidade de Todos os Santos.
Em um artigo publicado em 11 de outubro, o Bispo que em maio de 2008 anunciou a aprovação por parte da Igreja das aparições de Nossa Senhora de Laus, comenta que viu os 8 capítulos do seriado “até o minuto final, como um dever”.
O Bispo afirma que “a pergunta que temos que fazer depois de ver isto é: ‘E Deus, onde está em tudo isso?’ Claramente não foi levado em consideração nem no casting, nem depois, agora que o bom Povo de Deus que é a Igreja, será mais uma vez ferido por esta imagem da Igreja feita por ignorantes”.
O Prelado comenta também que “a qualidade dos atores não está em discussão; porém, estão ao serviço de um cenário indigno deste nome. É tedioso, embora todos os ingredientes estejam presentes: sexo, adultério, dinheiro, corrupção, suicídio, aborto, alcoolismo, luta de poderes, conservadores e progressistas, luta de classes. Apesar de tudo, a “maionese” não fica no ponto devido às situações inverossímeis”.
O Bispo diz também que no seriado se apresenta um conjunto de “aproximações lingüísticas, relações entre as pessoas à moda antiga, vestuários de outro tempo, frases feitas, vazias e pseudo-piedosas e paro de contar por aqui. Tudo isto faz com que a produção perca uma hipotética credibilidade”.
Depois de recordar que o presidente da França, François Hollande, “pôs de moda a palavra ‘normal’”, o Prelado assinala que quando a gente vê o seriado “se pergunta o que é o ‘normal’ nesta produção”.
Para “coroar” tudo, refere Dom di Falco, Ainsi soient-ils apresenta a um presidente da Conferência Episcopal da França “isolado, ambicioso, imbuído de poder, desalmado, calculador, que prepara uma campanha para sua reeleição ao estilo dos homens maus da política. Tudo sob a autoridade de um Papa carnavalesco, preguiçoso e mal-humorado, submetido à vigilância de uma religiosa bigotona que o droga… quando lhe prepara o chá”.
O Bispo recorda também que nestes últimos tempos, “fala-se muito de caricaturas; há por todos os lados as de Maomé e do Islã, os cristãos tampouco se livram destas, porém estes fazem menos barulho (…) e não ameaçam ninguém a morte”.
“Depois da difusão das séries Os Borgia e Inquisitio, agora vem ‘Assim sejam’, sobre a vida em um seminário! Depois de relatos com pretensões históricas sobre uma caricatura sobre o passado, temos um relato sobre uma caricatura do presente”.
Certamente, prossegue o Bispo de Gap e d’Embrun, pode-se compreender o desejo de alguns de atacar o tremendo êxito do filme “De Deuses e Homens”, que relata o martírio de um grupo de monges trapenses assassinados por ódio à fé por parte dos muçulmanos: “se este for o caso, não é mais que uma tentativa fracassada, porque está muito longe daquela, com esta mascarada carnavalesca”.
De fato, diz o Prelado, “a visão da Igreja que aqui nos apresenta está de acordo às idéias de quem não a conhece. Em efeito, não esperava que a realidade fosse embelezada. Os homens permanecem homens, com suas debilidades, sua mediocridade. Os acontecimentos recentemente vividos, no círculo do mesmo Papa Bento XVI dão prova disso”.
“Devido a que somos homens imperfeitos, a Igreja é frágil e vulnerável em sua humanidade, mas está fortalecida pelo Espírito de Cristo que a habita e a anima”, ressalta o Bispo.

CAPELA DE ADORAÇÃO EUCARÍSTICA PERPÉTUA JUNTO A CLÍNICA DE ABORTOS SERÁ INAUGURADA NOS EUA.


Um grupo de ativistas pró-vida no estado de Oklahoma (Estados Unidos) planejam abrir em breve uma capela de adoração eucarística permanente, localizada-se a só uns metros de uma clínica de abortos.

“Estamos a 20 pés (7 metros) dos abortistas. Nós vamos colocar letreiros nas janelas que digam ‘Grávida? Precisa de ajuda? Venha aqui”, explica ao grupo ACI  Imprensa o sacerdote M. Price Oswalt, líder do projeto.

O Padre Price expressa ademais sua esperança de que a capela ajude a pôr “fim ao ABORTO através da reflexão orante e dos distintos meios de oração  É o maior dos bens (a Eucaristia) junto ao maior dos males (o aborto). O bem triunfará”.

O sacerdote, que é reitor do Santuário Nacional do Menino Jesus de Praga em Oklahoma, liderou este projeto com a ajuda da Holy Innocents Foundation (Fundação dos Santos Inocentes). A capela estará localizada ao lado da clínica de abortos Outpatient Services for Women.
O Pe. Price recordou que as mulheres que pensam em abortar precisam de ajuda: “na maioria das vezes essas mulheres estão em crise e realmente não sabem o que querem e por isso muitas vezes são empurradas ao aborto”.

A capela terá capacidade para albergar 50 pessoas. Ela contará com uma imagem da Virgem e outra de Santa Gianna Beretta Molla, uma santa italiana que ofereceu sua vida para que pudesse nascer o filho que esperava, e quem o sacerdote chamou de “moderna mártir da maternidade”.

O Padre respondeu às críticas que afirmam que a capela gerará nas mulheres que procuram o aborto um sentimento de culpa. “Uma capela pode ajudar a que o inconsciente se faça consciente. Quando você está na presença de Deus, o Espírito Santo obra em você. Ele ajuda que você se faça responsável pelo que for. (Se alguém se sentir culpado) deve saber que há esperança e que pode haver reconciliação com Deus”.

O projeto teve sua origem em uma capela de adoração eucarística perpétua na arquidiocese de Santa Fe, um projeto promovido pelo Padre Stephen Imbarrato.

Embora os recursos para a capela não provenham da arquidiocese, os líderes da iniciativa contam com a autorização do Arcebispo Paul Coakley que presidirá a dedicação do templo.
Para conhecer mais sobre a Holy Innocents Foundation visite o site (em inglês): 




LITURGIA DIÁRIA - A PORTA ESTREITA.


 

Primeira Leitura: Efésios 6, 1-9

XXX SEMANA COMUM
(verde - ofício do dia)

Leitura do - Naqueles dias, 1Filhos, obedecei a vossos pais segundo o Senhor; porque isto é justo. 2O primeiro mandamento acompanhado de uma promessa é: Honra teu pai e tua mãe, 3para que sejas feliz e tenhas longa vida sobre a terra (Dt 5,16). 4Pais, não exaspereis vossos filhos. Pelo contrário, criai-os na educação e doutrina do Senhor. 5Servos, obedecei aos vossos senhores temporais, com temor e solicitude, de coração sincero, como a Cristo, 6não por mera ostentação, só para agradar aos homens, mas como servos de Cristo, que fazem de bom grado a vontade de Deus. 7Servi com dedicação, como servos do Senhor e não dos homens. 8E estai certos de que cada um receberá do Senhor a recompensa do bem que tiver feito, quer seja escravo quer livre. 9Senhores, procedei também assim com os servos. Deixai as ameaças. E tende em conta que o Senhor está no céu, Senhor tanto deles como vosso, que não faz distinção de pessoas. - Palavra do senhor.

Salmo Responsorial(144)

REFRÃO: O Senhor cumpre sempre suas promessas!

1.
 Que vossas obras, ó Senhor, vos glorifiquem, e o vossos santos com louvores vos bendigam! Narrem a glória e o esplendor do vosso reino e saibam proclamar vosso poder! -R.

2.
 Para espalhar vossos prodígios entre os homens e o fulgor de vosso reino esplendoroso. O vosso reino é um reino para sempre, vosso poder, de geração em geração. -R.

3.
 O Senhor é amor fiel em sua palavra, é santidade em toda obra que ele faz. Ele sustenta todo aquele que vacila e levanta todo aquele que tombou. -R.


Evangelho: Lucas 13, 22-30


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas - Naquele tempo, 22Sempre em caminho para Jerusalém, Jesus ia atravessando cidades e aldeias e nelas ensinava. 23Alguém lhe perguntou: Senhor, são poucos os homens que se salvam? Ele respondeu: 24Procurai entrar pela porta estreita; porque, digo-vos, muitos procurarão entrar e não o conseguirão. 25Quando o pai de família tiver entrado e fechado a porta, e vós, de fora, começardes a bater à porta, dizendo: Senhor, Senhor, abre-nos, ele responderá: Digo-vos que não sei de onde sois. 26Direis então: Comemos e bebemos contigo e tu ensinaste em nossas praças. 27Ele, porém, vos dirá: Não sei de onde sois; apartai-vos de mim todos vós que sois malfeitores. 28Ali haverá choro e ranger de dentes, quando virdes Abraão, Isaac, Jacó e todos os profetas no Reino de Deus, e vós serdes lançados para fora. 29Virão do oriente e do ocidente, do norte e do sul, e sentar-se-ão à mesa no Reino de Deus. 30Há últimos que serão os primeiros, e há primeiros que serão os últimos. - Palavra da salvação.
catolicanet.com


 Homilia - Pe Bantu


A doutrina do “povo eleito” e da “Aliança” com Abraão, contida na Torá, dava ao povo judeu a certeza da salvação. Assim, aqueles que eram “filhos de Abraão” julgavam-se salvos.
Neste Evangelho Jesus fala, especialmente, para todos nós que caminhamos com Ele, meditamos na Sua Palavra e nos consideramos Seus servidores, mas não suportamos passar por provações, dificuldades e perseguições. O seguimento a Jesus Cristo implica, necessariamente, que passemos pela “porta estreita”, isto é, a via que para ser adentrada precisa que nós nos despojemos de toda a bagagem acumulada pela mentalidade do mundo, e, também, sejamos, purificados e alisados nas nossas arestas. A bagagem pode ser intelectual, psicológica, material, racional, idéias, pensamentos, julgamentos, pecados, etc. Portanto, é justo que passemos pelas dificuldades inerentes à nossa missão, em cada situação da nossa vida, as quais nos lapidam, para que estejamos aptos passar pela porta “estreita”.
Passar pela porta estreita requer de nós a vivência da humildade, da renúncia, da solidariedade, do perdão, da compreensão, da justiça que é o amor. Se não vivermos conforme os padrões evangélicos, mesmo que estejamos a serviço do Evangelho, nunca iremos caber na entrada que nos dá acesso a Casa do Pai. Isso não significa, porém, que só possamos ser salvos se passarmos por sofrimentos, todavia, por causa da nossa humanidade prepotente e vulnerável, somos seres que precisam ser polidos a fim de caber dentro da veste da santidade que o Senhor nos reservou. Às vezes, nós podemos estar ajuizando que pelo simples fato de que estejamos falando de Deus e anunciando o Seu amor, nós já temos garantida a nossa passagem pela “porta”. No entanto, o próprio Jesus fala que “virão homens do oriente e do ocidente… e tomarão lugar à mesa do reino de Deus!” Isso denota que os que ainda não tiveram acesso a Palavra de Deus, mas já a praticam, mesmo sem conhecê-La estão mais aptos a assumir o posto no reino de Deus e a participar do Banquete preparado para todos os povos. Entretanto, também podemos avaliar que nós, os que temos consciência dessa realidade, somos chamados a ser primeiros, quando, vivemos e assumimos as conseqüências da nossa adesão ao Evangelho, encarnando os ensinamentos da justiça de Deus na nossa vida.
Para você o que significa a porta estreita? – O que para você é mais difícil viver no seguimento de Jesus? – Você carrega muita bagagem: intelectual, material, idéias próprias, vontade própria? – O que você já tem desprezado para entrar pela porta estreita? Pai, conduze-me pelo verdadeiro caminho da salvação que passa pelo serviço misericordioso e gratuito a quem carece de meu amor.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

A RELAÇÃO ENTRE ANTIGO E NOVO TESTAMENTO.


40. Na perspectiva da unidade das Escrituras em Cristo, tanto os teólogos como os pastores necessitam de estar conscientes das relações entre o Antigo e o Novo Testamento. Em primeiro lugar, é evidente que o próprio Novo Testamento reconhece o Antigo Testamento como Palavra de Deus e, por conseguinte, admite a autoridade das Sagradas Escrituras do povo judeu.[131] Reconhece-as implicitamente, quando usa a mesma linguagem e frequentemente alude a trechos destas Escrituras; reconhece-as explicitamente, porque cita muitas partes servindo-se delas para argumentar. Uma argumentação baseada nos textos do Antigo Testamento reveste-se assim, no Novo Testamento, de um valor decisivo, superior ao de raciocínios simplesmente humanos. No quarto Evangelho, a este propósito Jesus declara que «a Escritura não pode ser anulada» (Jo 10, 35) e São Paulo especifica de modo particular que a revelação do Antigo Testamento continua a valer para nós, cristãos (cf. Rm 15, 4; 1 Cor 10, 11).[132] Além disso, afirmamos que «Jesus de Nazaré foi um judeu e a Terra Santa é terra-mãe da Igreja»;[133] a raiz do cristianismo encontra-se no Antigo Testamento e sempre se nutre desta raiz. Por isso a sã doutrina cristã sempre recusou qualquer forma emergente de marcionismo, que tende de diversos modos a contrapor entre si o Antigo e o Novo Testamento.[134]

 Além disso, o próprio Novo Testamento se diz em conformidade com o Antigo e proclama que, no mistério da vida, morte e ressurreição de Cristo, encontraram o seu perfeito cumprimento as Escrituras Sagradas do povo judeu. Mas é preciso notar que o conceito de cumprimento das Escrituras é complexo, porque comporta uma tríplice dimensão: um aspecto fundamental de continuidade com a revelação do Antigo Testamento, um aspecto de ruptura e um aspecto de cumprimento e superação. O mistério de Cristo está em continuidade de intenção com o culto sacrificial do Antigo Testamento; mas realizou-se de um modo muito diferente, que corresponde a muitos oráculos dos profetas, e alcançou assim uma perfeição nunca antes obtida. De facto, o Antigo Testamento está cheio de tensões entre os seus aspectos institucionais e os seus aspectos proféticos. O mistério pascal de Cristo está plenamente de acordo – embora de uma forma que era imprevisível – com as profecias e o aspecto prefigurativo das Escrituras; mas apresenta evidentes aspectos de descontinuidade relativamente às instituições do Antigo Testamento.

 41. Estas considerações mostram assim a importância insubstituível do Antigo Testamento para os cristãos, mas ao mesmo tempo evidenciam a originalidade da leitura cristológica. Desde os tempos apostólicos e depois na Tradição viva, a Igreja deixou clara a unidade do plano divino nos dois Testamentos graças à tipologia, que não tem carácter arbitrário mas é intrínseca aos acontecimentos narrados pelo texto sagrado e, por conseguinte, diz respeito a toda a Escritura. A tipologia «descobre nas obras de Deus, na Antiga Aliança, prefigurações do que o mesmo Deus realizou, na plenitude dos tempos, na pessoa do seu Filho encarnado».[135] Por isso os cristãos lêem o Antigo Testamento à luz de Cristo morto e ressuscitado. Se a leitura tipológica revela o conteúdo inesgotável do Antigo Testamento relativamente ao Novo, não deve todavia fazer-nos esquecer que aquele mantém o seu próprio valor de Revelação que Nosso Senhor veio reafirmar (cf. Mc 12, 29-31). Por isso «também o Novo Testamento requer ser lido à luz do Antigo. A catequese cristã primitiva recorreu constantemente a este método (cf. 1 Cor 5, 6-8; 10, 1-11)».[136] Por este motivo, os Padres sinodais afirmaram que «a compreensão judaica da Bíblia pode ajudar a inteligência e o estudo das Escrituras por parte dos cristãos».[137]

 Assim se exprimia, com aguda sabedoria, Santo Agostinho sobre este tema: «O Novo Testamento está oculto no Antigo e o Antigo está patente no Novo».[138] Deste modo, tanto em âmbito pastoral como em âmbito académico, importa que seja colocada bem em evidência a relação íntima entre os dois Testamentos, recordando com São Gregório Magno que aquilo que «o Antigo Testamento prometeu, o Novo Testamento fê-lo ver; o que aquele anuncia de maneira oculta, este proclama abertamente como presente. Por isso, o Antigo Testamento é profecia do Novo Testamento; e o melhor comentário do Antigo Testamento é o Novo Testamento».[139]

 As páginas «obscuras» da Bíblia

 42. No contexto da relação entre Antigo e Novo Testamento, o Sínodo enfrentou também o caso de páginas da Bíblia que às vezes se apresentam obscuras e difíceis por causa da violência e imoralidade nelas referidas. Em relação a isto, deve-se ter presente antes de mais nada que a revelação bíblica está profundamente radicada na história. Nela se vai progressivamente manifestando o desígnio de Deus, actuando-se lentamente ao longo de etapas sucessivas, não obstante a resistência dos homens. Deus escolhe um povo e, pacientemente, realiza a sua educação. A revelação adapta-se ao nível cultural e moral de épocas antigas, referindo consequentemente factos e usos como, por exemplo, manobras fraudulentas, intervenções violentas, extermínio de populações, sem denunciar explicitamente a sua imoralidade. Isto explica-se a partir do contexto histórico, mas pode surpreender o leitor moderno, sobretudo quando se esquecem tantos comportamentos «obscuros» que os homens sempre tiveram ao longo dos séculos, inclusive nos nossos dias. No Antigo Testamento, a pregação dos profetas ergue-se vigorosamente contra todo o tipo de injustiça e de violência, colectiva ou individual, tornando-se assim o instrumento da educação dada por Deus ao seu povo como preparação para o Evangelho. Seria, pois, errado não considerar aqueles passos da Escritura que nos aparecem problemáticos. Entretanto deve-se ter consciência de que a leitura destas páginas requer a aquisição de uma adequada competência, através duma formação que leia os textos no seu contexto histórico-literário e na perspectiva cristã, que tem como chave hermenêutica última «o Evangelho e o mandamento novo de Jesus Cristo realizado no mistério pascal».[140] Por isso exorto os estudiosos e os pastores a ajudarem todos os fiéis a abeirar-se também destas páginas por meio de uma leitura que leve a descobrir o seu significado à luz do mistério de Cristo.

 Cristãos e judeus, relativamente às Sagradas Escrituras

 43. Depois de considerar a íntima relação que une o Novo Testamento ao Antigo, é espontâneo fixar a atenção no vínculo peculiar que isso cria entre cristãos e judeus, um vínculo que não deveria jamais ser esquecido. Aos judeus, o Papa João Paulo II declarou: sois «os nossos “irmãos predilectos” na fé de Abraão, nosso patriarca».[141] Por certo, estas afirmações não significam ignorar as rupturas atestadas no Novo Testamento relativamente às instituições do Antigo Testamento e menos ainda o cumprimento das Escrituras no mistério de Jesus Cristo, reconhecido Messias e Filho de Deus. Mas esta diferença profunda e radical não implica de modo algum hostilidade recíproca. Pelo contrário, o exemplo de São Paulo (cf. Rm 9–11) demonstra que «uma atitude de respeito, estima e amor pelo povo judeu é a única atitude verdadeiramente cristã nesta situação que, misteriosamente, faz parte do desígnio totalmente positivo de Deus».[142] De facto, o Apóstolo afirma que os judeus, «quanto à escolha divina, são amados por causa dos Patriarcas, pois os dons e o chamamento de Deus são irrevogáveis» (Rm 11, 28-29).

 Além disso, usa a bela imagem da oliveira para descrever as relações muito estreitas entre cristãos e judeus: a Igreja dos gentios é como um rebento de oliveira brava enxertado na oliveira boa que é o povo da Aliança (cf. Rm 11, 17-24). Alimentamo-nos, pois, das mesmas raízes espirituais. Encontramo-nos como irmãos; irmãos que em certos momentos da sua história tiveram um relacionamento tenso, mas agora estão firmemente comprometidos na construção de pontes de amizade duradoura.[143] Como disse o Papa João Paulo II noutra ocasião: «Temos muito em comum. Juntos podemos fazer muito pela paz, pela justiça e por um mundo mais fraterno e mais humano».[144]
 Desejo afirmar uma vez mais quão precioso é para a Igreja o diálogo com os judeus. É bom que, onde isto se apresentar como oportuno, se criem possibilidades mesmo públicas de encontro e diálogo, que favoreçam o crescimento do conhecimento mútuo, da estima recíproca e da colaboração inclusive no próprio estudo das Sagradas Escrituras.

 A interpretação fundamentalista da Sagrada Escritura

 44. A atenção que quisemos dar até agora ao tema da hermenêutica bíblica, nos seus diversos aspectos, permite-nos abordar o tema – muitas vezes aflorado no debate sinodal – da interpretação fundamentalista da Sagrada Escritura.[145] Sobre este tema, a Pontifícia Comissão Bíblica, no documento A interpretação da Bíblia na Igreja, formulou indicações importantes. Neste contexto, desejo chamar a atenção sobretudo para aquelas leituras que não respeitam o texto sagrado na sua natureza autêntica, promovendo interpretações subjectivistas e arbitrárias. Na realidade, o «literalismo» propugnado pela leitura fundamentalista constitui uma traição tanto do sentido literal como do espiritual, abrindo caminho a instrumentalizações de variada natureza, difundindo por exemplo interpretações anti-eclesiais das próprias Escrituras. O aspecto problemático da «leitura fundamentalista é que, recusando ter em conta o carácter histórico da revelação bíblica, torna-se incapaz de aceitar plenamente a verdade da própria Encarnação. O fundamentalismo evita a íntima ligação do divino e do humano nas relações com Deus. (…) Por este motivo, tende a tratar o texto bíblico como se fosse ditado palavra por palavra pelo Espírito e não chega a reconhecer que a Palavra de Deus foi formulada numa linguagem e numa fraseologia condicionadas por uma dada época».[146] Ao contrário, o cristianismo divisa nas palavras a Palavra, o próprio Logos, que estende o seu mistério através de tal multiplicidade e da realidade de uma história humana.[147] A verdadeira resposta a uma leitura fundamentalista é «a leitura crente da Sagrada Escritura, praticada desde a antiguidade na Tradição da Igreja. [Tal leitura] procura a verdade salvífica para a vida do indivíduo fiel e para a Igreja. Esta leitura reconhece o valor histórico da tradição bíblica. Precisamente por este valor de testemunho histórico é que ela quer descobrir o significado vivo das Sagradas Escrituras destinadas também à vida do fiel de hoje»,[148] sem ignorar, portanto, a mediação humana do texto inspirado e os seus géneros literários.



II - Parte:

III-Parte



por Papa Bento XVI *

DECLARAÇÃO DE MILAGRE PELA IGREJA É MAIS RIGOROSA DO QUE DECLARAÇÃO DA PRÓPRIA MEDICINA!

MILAGRE, COISA SÉRIA E RARA

Dom Fernando Arêas Rifan (*)


Milagre é um fato extraordinário, que não se explica por causas naturais, atribuído à intervenção sobrenatural de Deus, para o bem espiritual dos homens. Deus governa o mundo por leis físicas, químicas e biológicas por ele criadas. Daí que as exceções a essas leis por sua intervenção – os milagres – são raras e extraordinárias. Em sua vida terrena, Jesus andou uma vez sobre as águas, mas não sempre; curou alguns cegos, paralíticos e leprosos, ressuscitou mortos, mas não todos. Ele usou de milagres para comprovar sua divindade e missão divina.

Notícia deste mês: uma religiosa italiana, Irmã Luigina Traverso, que sofria de paralisia ciática meningocele lombar, foi curada “miraculosamente” em Lourdes, França, “por intervenção extraordinária de Deus obtida pela intercessão de Nossa Senhora”, conforme reconheceu, no dia 11 de outubro passado, Dom Alceste Catella, Bispo de Casale Monferrato, diocese italiana onde reside a religiosa.
Esta foi a 68ª cura “sem explicação” de Lourdes oficialmente reconhecida.
O Bispo da diocese de Tarbes e Lourdes, Dom Nicolas Brouwet, assim como o Dr. Alessandro de Franciscis, presidente do Bureau des Constatations Médicales de Lourdes apresentaram os fatos em uma conferência de imprensa no último dia 12 de outubro.
O mais interessante é que essa cura ocorreu em 23 de julho de 1965, há, portanto, mais de 47 anos, mas só agora é que foi reconhecida pela Igreja.

Em Lourdes, onde Nossa Senhora apareceu a Santa Bernadete, muitas pessoas são curadas. Para o exame e constatação dessas curas, criou-se o Bureau Médical de Lourdes, do qual participam médicos de todos os credos religiosos, inclusive ateus, e os documentos ficam à disposição dos especialistas de qualquer parte do mundo.
Um processo para declaração de milagre, feita no Bureau Médical de Lourdes, leva, pelo menos, 5 anos, com várias instâncias a percorrer. Na primeira instância, são feitos exames médicos e psiquiátricos rigorosos; qualquer explicação natural da cura leva o caso a ser encerrado. Ademais, só se aceitam doenças orgânicas e não apenas funcionais. Espera-se um ano, antes de dar a comprovação da cura definitiva.

Na segunda instância, o caso é reapresentado à discussão.

Na terceira instância, um relator leva o caso à Comissão Médica Internacional em Paris. Se o caso passar por esse crivo, declara-se que tal cura extraordinária não tem explicação na medicina, que o considera “milagre” e o entrega à Igreja para um processo canônico. Uma comissão, constituída pelo bispo do local onde mora a pessoa curada, examinará minuciosamente o caso sob todos os aspectos físicos e morais e os resultados médicos. Após todas as análises, o bispo confirmará, não só apenas com os olhos da ciência, mas também com os olhos da fé, o possível milagre.
Mais de onze mil casos já passaram da terceira instância com a confirmação médico-científica de que não há explicação para tal cura. No entanto, até hoje, apenas sessenta e oito de todos esses casos (incluindo o da Irmã Luigina) foram tidos como milagre pela quarta instância, ou seja, pela Igreja, que se mostra, nesses casos, mais rigorosa do que a própria medicina.




*Bispo da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney

LITURGIA DIÁRIA - A SEMENTE DE MOSTARDA E O FERMENTO


Primeira Leitura: Efésios 5, 21-33

XXX SEMANA  COMUM
(verde - ofício do dia)

Leitura da carta de são Paulo aos Efésios - Irmãos, 21Sujeitai-vos uns aos outros no temor de Cristo. 22As mulheres sejam submissas a seus maridos, como ao Senhor, 23pois o marido é o chefe da mulher, como Cristo é o chefe da Igreja, seu corpo, da qual ele é o Salvador. 24Ora, assim como a Igreja é submissa a Cristo, assim também o sejam em tudo as mulheres a seus maridos. 25Maridos, amai as vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela, 26para santificá-la, purificando-a pela água do batismo com a palavra, 27para apresentá-la a si mesmo toda gloriosa, sem mácula, sem ruga, sem qualquer outro defeito semelhante, mas santa e irrepreensível. 28Assim os maridos devem amar as suas mulheres, como a seu próprio corpo. Quem ama a sua mulher, ama-se a si mesmo. 29Certamente, ninguém jamais aborreceu a sua própria carne; ao contrário, cada qual a alimenta e a trata, como Cristo faz à sua Igreja - 30porque somos membros de seu corpo. 31Por isso, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois constituirão uma só carne (Gn 2,24). 32Este mistério é grande, quero dizer, com referência a Cristo e à Igreja. 33Em resumo, o que importa é que cada um de vós ame a sua mulher como a si mesmo, e a mulher respeite o seu marido. - Palavra do Senhor.


Salmo Responsorial(127)

REFRÃO: Felizes todos os que respeitam o Senhor!

1.
 Feliz és tu se temes o Senhor e trilhas seus caminhos! Do trabalho de tuas mãos hás de viver, serás feliz, tudo irá bem!
-R.

2.
 A tua esposa é uma videira bem fecunda no coração da tua casa; os teus filhos são rebentos de oliveira ao redor de tua mesa.
-R.

3.
 Será assim abençoado todo homem que teme o Senhor. O Senhor te abençoe de Sião, cada dia de tua vida.
-R



Evangelho: Lucas 13, 18-21


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas - Naquele tempo, 18Jesus dizia ainda: A que é semelhante o Reino de Deus, e a que o compararei? 19É semelhante ao grão de mostarda que um homem tomou e semeou na sua horta, e que cresceu até se fazer uma grande planta e as aves do céu vieram fazer ninhos nos seus ramos. 20Disse ainda: A que direi que é semelhante o Reino de Deus? 21É semelhante ao fermento que uma mulher tomou e misturou em três medidas de farinha e toda a massa ficou levedada. - Palavra da salvação.
catolicanet.com


Homilia - Pe Bantu


Jesus usava os exemplos mais simples possíveis, e em outra passagem chega a dizer que explicava essas coisas em parábolas a fim de confundir os doutores, justamente porque os doutores não tinham contato com coisas simples como plantar sementes, preparar massa de pão ou de bolo então eles tinham mais dificuldade de entender, e às vezes se confundiam.
Hoje, Ele se desafia. Com que poderei comparar o Reino dos Céus? Primeiro Ele compara com o homem que lança uma semente de mostarda no seu jardim. A semente gera uma árvore que os pássaros do céu fazem ninhos em seus galhos. Qualquer pessoa simples daquela época sabia que a semente de mostarda é a menor dentre todas as sementes, e que gera uma árvore enorme... E o que isso tem a ver com o Reino dos Céus? Veja que comparação linda: o homem que atirou a semente é o próprio Jesus; a semente é o Evangelho; o terreno é o nosso coração; e a árvore que vai crescendo a partir daquela semente é a nossa vida, que é próprio Reino dos Céus onde as aves do céu fazem ninho, ou seja, as crianças de todas as idades vêm se aconchegar aonde as pessoas vêm colher frutos para saciar sua fome de Deus onde tantos vêm descansar à sua sombra quando estão cansados... e mesmo quando vem o lenhador e corta o seus galhos ou até o seu tronco, a árvore exala perfume sobre o machado que a feriu, mas não morre antes de espalhar novas sementes pelo mundo afora.

A segunda comparação foi com o fermento que se mistura com 3 porções de farinha até que tudo fique fermentado. Jesus entendia até de cozinha! Quem cozinha sabe que não é só jogar o fermento e pronto... Existe todo um processo para fazer o fermento penetrar na massa. E eu fico imaginando aquelas mulheres, quando iam preparar o pão, fazendo as analogias a cada gesto durante a preparação do pão. A farinha é o nosso ser, e o fermento é o Amor. Enquanto a massa vai sendo misturada com o fermento, ela precisa ser batida, amassada, deformada e remodelada, para que o fermento se misture e fique igualmente distribuído em toda a massa, para que no momento de ir ao fogo, o pão resista ao calor e cresça por igual. Nós também precisamos ser amassados, deformados e remodelados para que o amor preencha todas as áreas da nossa vida. Enquanto houver áreas sem fermento, aquela área deverá ser amassada e sofrer um pouco mais, até que o fermento do amor entre nela tudo isso para que, no momento de ir ao fogo, o nosso pão cresça por igual, sem áreas deformadas pela falta do fermento.
Você deve ter observado que essa reflexão ficou grande, mas poderia ter ficado ainda maior, pela beleza e riqueza deste Evangelho. Jesus também se desafiaria para encontrar uma comparação interessante, com algo que você está habituado a ver no seu cotidiano, só para fazer você entender o que é o Reino dos Céus, e desejar, com todas as forças, fazer parte dele.
Senhor faze de mim instrumento de teu Reino para que ele chegue a todas as pessoas, sem exceção, mormente os pobres e marginalizados.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

MOISÉS E CRISTO.


 

Os judeus viram milagres. Tu também verás, maiores e mais estupendos do que os do tempo em que os judeus saíram do Egito. Não viste o Faraó afogado no mar com seu exército, mas viste o demônio tragado pelas ondas com as suas armas. Os judeus passaram o Mar Vermelho, tu passaste além da morte. Eles foram libertados dos egípcios e tu, do poder dos demônios. Eles escaparam da escravidão do estrangeiro e tu, escapaste da escravidão muito mais triste do pecado.
Queres ainda mais provas de que foste honrado com favores maiores? Os judeus não puderam contemplar o rosto resplandecente de Moisés, que era homem como eles e servo do mesmo Senhor; tu, porém, viste a glória do rosto de Cristo. E Paulo exclama: Todos nós, com o rosto descoberto, contemplamos a glória do Senhor (2Cor 3,18).

Os judeus tinham Cristo que os seguia; mas agora ele nos segue de modo muito mais real. Então o Senhor os acompanhava por causa de Moisés; agora nos acompanha não só por causa de Moisés, mas também por nossa obediência. Os judeus, depois do Egito, encontraram o deserto; tu, depois da morte, encontrarás o céu. Em Moisés eles tinham um guia e chefe excelente; nós temos como chefe e guia o  novo Moisés, que é o próprio Deus.
Qual era a característica de Moisés? Moisés, diz a Escritura, era um homem muito humilde, mais do que qualquer outro sobre a terra (Nm 12,3). Esta qualidade podemos sem erro atribuí-la ao nosso Moisés, porque é assistido pelo suavíssimo Espírito que lhe é intimamente consubstancial. Moisés, erguendo as mãos ao céu, fazia cair o maná, o pão dos anjos; o nosso Moisés ergue as mãos ao céu e nos dá o  alimento eterno. Aquele feriu a rocha e fez brotar torrentes de água; este toca na mesa, a mesa espiritual, e faz jorrar as fontes do Espírito. Por isso, a mesa está colocada no meio, como uma fonte, para que de todos os lados acorram os rebanhos à fonte e bebam das águas da salvação. 

Uma vez que nos é dada uma tal fonte, um manancial de vida tão abundante, uma vez que a nossa mesa está repleta de bens inumeráveis e nos inunda com seus dons espirituais, aproximemo-nos de coração sincero e consciência pura, para alcançarmos graça e misericórdia no tempo oportuno. Pela graça e misericórdia do Filho único, nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, por quem e com quem seja dada ao Pai e ao Espírito, fonte de vida, a glória, a honra e o poder, agora e para sempre, pelos séculos dos séculos. Amém. 


por
Das Catequeses de São João Crisóstomo, bispo, séc IV

HIPNOSE! EXISTEM FORTES RESERVAS MORAIS À LUZ DA FÉ CATÓLICA QUANTO

 


A hipnose é um estado de sono em que o paciente fica sujeito às sugestões ou à vontade de um operador (podendo perdurar a influência deste  mesmo depois de cessado o transe).
Em estado de hipnose, portanto, o indivíduo perde a sua personalidade em grau maior ou menor, pois é, até certo ponto, destituído da sua faculdade de raciocinar e da sua vontade própria. Em tais circunstâncias, arrisca-se a cometer atos que não cometeria em estado de lucidez.

Tem sido muito debatida a questão: será que o hipnotizador possui poder sugestivo necessário para obrigar o paciente a realizar até mesmo ações que contrariem a sua consciência?

O Dr. Júlio Camino (Como se hipnotiza, Madrid), médico que tem a experiência de milhares de casos de hipnotismo, afirma categoricamente que o hipnotizador pode induzir o paciente a crimes gravíssimos. Cita, por exemplo, o caso de uma senhora hipnotizada a quem ele sugeriu que no dia seguinte envenenasse toda a sua família, lançando na respectiva comida um pó que o hipnotizador lhe consignou (e que naturalmente era inofensivo). Pois bem, chegada a hora prevista, a senhora, já liberta da hipnose, julgando que ninguém a via, atirou nos alimentos de seus familiares o presumido veneno; entrementes os interessados e o médico às ocultas a espreitavam!
Nem todos os autores são do parecer do Dr. Camino; há quem assegure que o conflito psíquico provocado no paciente por uma ordem imoral pede chegar a despertá-lo do sono hipnótico. Contudo a tese de Camino parece demais comprovada pelos fatos para que dela se possa duvidar.

Além disso, sabe-se que a hipnose tem consequências psíquicas e físicas daninhas para o paciente: pode deformar-lhe a personalidade, reduzir-lhe a liberdade de arbítrio, excitar-lhe paixões para com o hipnotizador, assim como influir nocivamente sobre o coração e as grandes artérias do organismo.

Tais efeitos justificam as graves restrições que a Moral cristã faz ao uso da hipnose. Não é lícito ao homem alheiar-se à sua responsabilidade e colocar-se abaixo do nível da moralidade, pois Deus tendo feito o homem animal racional, deseja que ele proceda como ser racional e consciente. Sem razões imperiosas não se justifica que alguém se arrisque a cometer atos degradantes ou a servir aos interesses pecaminosos de outrem, manifestando segredos, revelando nomes que deveriam ficar ocultos, etc.

A consciência cristã veda, por conseguinte, a hipnotização praticada a título de mero divertimento. Não se lhe opõe, porém, desde que se tenha em mira curar ou aliviar um caso patológico, como a alucinação, a loucura, a insônia, a neurastenia, as dores resultantes de intervenção cirúrgica.

Em tais casos, devidamente diagnosticados, o cuidado do hipnotizar só poderá ser confiado a médico perito, comprovadamente honesto, que trabalhe em presença de testemunhas moralmente idôneas e com o consentimento do paciente ou de seus responsáveis.

A liceidade da hipnotização nessas circunstâncias reconhecida por declarações do Santo Ofício promulgadas em 1840, 1847 e 1899, as quais ao mesmo tempo não deixavam de chamar a atenção para os perigos da dita praxe. O Santo Padre Pio XII, aos 24 de fevereiro de 1957, num discurso dirigido a médicos, pronunciou-se sobre a anestesia em geral, considerando explicitamente a hipnose; eis um dos trechos que aqui nos interessam:

“Pretendo-se obter uma baixa da consciência e, por meio dela, das faculdades superiores, de maneira que se paralisem os mecanismos psíquicos de domínio utilizados constantemente pelo homem para .se governar e dirigir; este abandona-se então sem resistência ao jogo das associações de idéias, dos sentimentos e impulsos volitivos. Os perigos de tal estado são evidentes: pode acontecer que se libertem assim impulsos instintivos imorais… Suspender os dispositivos de domínio torna-se especialmente perigoso, quando se chega a provocar a revelação dos segredos da vida privada, pessoal ou familiar, e da vida social… Há certos segredos que se não devem revelar a ninguém, nem sequer, como diz uma fórmula técnica, uns viro prudenti o! silentii teraci!… Por isto não se pode deixar de aprovar o uso de narcóticos na medicação pré-operatória, para evitar tais inconvenientes…

Não queremos que se estenda pura e simplesmente à hipnose em geral o que dizemos da hipnose a serviço do médico. Com efeito, esta, como objeto de investigação científica, não pode ser estudada por quem quer que seja, mas só por um sábio sério e dentro dos limites morais que valem para toda atividade científica. Não é este o caso de qualquer círculo de leigos ou eclesiásticos que a praticassem como coisa interessante, a título de pura experiência ou mesmo por simples passatempo” (texto transcrito da “Revista Eclesiástica Brasileira” XVII [1957] 477s).
***
Paulo Pedrosa
A hipnose, além de ser inócua para realizar uma cura física ou moral, é um método muito perigoso. Além de perigo de dano físico, fisiológico, psíquico e intelectual, constitui principalmente uma perigo moral.

As pessoas mais susceptíveis à hipnose são ou histéricos ou os que sofrem de alguma neurose. Estes, pela hipnose, podem ser levados à loucura. O mecanismo cerebral é muito delicado, e a prática constante de hipnose pode tirar este mecanismo delicado do eixo. As sugestões hipnóticas estabelecem idéias e sentimentos, sentidos e razões em conflito, e viciam o funcionamento da mente.
Portanto, o hipnotismo é perigoso, e uma prática moralmente detestável. No processo de sugestão o indivíduo aliena sua liberdade e sua razão, se submetendo à dominação de outro. Ninguém tem o direito de abdicar desta forma ao seu direito à consciência para renunciar seus deveres para com a sua personalidade”



Fonte, Hypnotism, Catholic Encyclopedia, http://www.newadvent.org/cathen/07604b.htm

DIVULGADA MENSAGEM FINAL DO SÍNODO DOS BISPOS.

Zenit


Uma mensagem de comunhão que reflete uma Igreja viva, pronta para enfrentar os desafios e problemas do nosso tempo. Assim, o Cardeal Giuseppe Betori, arcebispo de Florença, apresentou  na Santa Sé, a mensagem final do Sínodo sobre a Nova Evangelização, com o arcebispo de Manila, Mons. Luis Antonio Tagle, rescentemente nomeado cardeal pelo Papa e o arcebispo de Montpellier, secretário-geral do Sínodo, o arcebispo Pierre Marie Carré.
O documento disse Betori, é o resultado de um processo de comunhão entre todos os 262 bispos presentes da assembléia sinodal, que não prevê, portanto, qualquer dialética, ou divisão. “Os procedimentos democráticos se dividem criando uma maioria e uma minoria – disse – a Igreja segue procedimentos de comunhão que não causam rupturas, mas dão voz a todos”.

O texto foi elaborado nos últimos dias por uma comissão presidida pelo cardeal, assessorado pelo vice-presidente Dom Tagle e Dom Carré, que estavam juntos na conferência de imprensa de hoje respondendo a perguntas de jornalistas que abordaram a eficácia e o comprimento da mensagem.
Um jornalista, de fato, comentou durante a conferência que o Nuntius (nome em latim para o texto da reunião) é muito longo para realmente ser lido pelo “povo de Deus” a que se dirige. Betori respondeu revelando que inicialmente tinha proposto um documento de 3 ou 4 páginas. No entanto, o número e a preciosidade das intervenções, bem como o argumento “que fala sobre a missão da Igreja como tal”, obrigou a comissão a estender a sua redação.
Em relação à linguagem utilizada, o arcebispo destacou que é mais uma “linguagem bíblica do que teológica”. Algumas questões, como a “salvação da alma” ou a “piedade popular”, que parecem não mencionadas no texto, estão sendo abordadas através de expressões equivalentes, e, portanto, estão presentes.
Em particular, o cardeal Betori apontou que o aspecto que emerge da mensagem é que “a Igreja está viva”. Amplamente demonstrado pelas intervenções dos bispos e, de forma mais concreta pelos auditores, por isso a frase “não por acaso foi adicionada entre a primeira e segunda versão da mensagem final do Sínodo”.

“Não devemos aceitar uma visão catastrófica da Igreja”, insistiu o arcebispo de Florença. Na verdade, com “esta consciência de uma Igreja viva, que tem grandes experiências que devem ser mais comunicadas, mais partilhadas”, reiteramos o seu otimismo para o futuro.
“Existem desafios, problemas diante de nós – afirmou-, mas estes são oportunidades para a Igreja, para evangelizar. Este foi um refrão constante nas intervenções dos bispos, eu diria que quanto mais difíceis as situações apresentadas pelos bispos, mais encorajador era o olhar com que se colocavam diante do futuro da Igreja”.
Para aqueles que perguntaram se a mensagem não excedeu em otimismo, especialmente depois de escândalos como o abuso sexual, o cardeal respondeu que na passagem dedicada à “fraqueza dos discípulos de Jesus” e à necessidade de conversão, estes problemas são “claramente indicados”.
Nesta linha, um jornalista perguntou por que o documento não foi um apelo aos cristãos que deixaram a Igreja por causa dos escândalos. Betori respondeu que o problema do abandono estava bem presente para os Padres sinodais, mas este pode ter várias motivações, “inércia”, “comodismo” ou “contestação”. “Não fizemos uma distinção – disse o cardeal – embora talvez pudesse ser útil”.
Dom Tagle afirmou que a mensagem de “otimismo não é despropositada”. “Não houve cegueira no Sínodo, ninguém fingiu não existir problemas”, disse o futuro cardeal, “nós cremos, o otimismo nunca nos abandonou, nos dá uma sensação de serenidade, nos encoraja a encontrar a maneira de enfrentar até mesmo os escândalos que atingiram a Igreja”.
Outra questão mencionada foi a progressiva diminuição do número de católicos. Um problema que fez “sorrir”, o arcebispo de Manila, que alegou ter “recebido com espanto as observações sobre o medo do declínio, sobre o número de praticantes, a influência real”. “Eu venho da Ásia – disse – e nós nunca fomos a maioria, é normal ser uma minoria. Mas nesta fé expressamos alegria: para nós a Igreja está viva, mesmo que sendo uma minoria”.

Cardeal Betori explicou aos jornalistas que: “O Sínodo não termina aqui, mas ainda haverá as propositiones finais e a Exortação Apostólica do Papa”, por isso a mensagem apresentada hoje é mais um incentivo” para as Igrejas do mundo, enquanto as propostas concretas incidirão na lista de proposições apresentadas ao Papa, e será anunciada amanhã.
Os dois últimos temas levantados durante a conferência de imprensa foram o “acompanhamento” da Igreja aos divorciados e o papel das mulheres após a publicação da mensagem. Quanto ao primeiro ponto, o cardeal Betori explicou que “a definição do problema” na mensagem final “é a mesma que tivemos a alegria de ouvir no Encontro das Famílias, em Milão, por parte do Papa”. O documento fala da necessidade de acompanhar esta realidade, e “a forma de acompanhamento – disse – concretamente deve ser encontrado, mas reafirmando a disciplina do acesso aos sacramentos”.

Para as mulheres, o cardeal ressaltou que o texto reafirma o seu papel fundamental na família e na evangelização e que “na edição final ressuscitam também os pais!”; no esboço decidiu-se lembrar o papel da mãe e do pai.
Concluída a conferência, à pergunta de ZENIT sobre a humildade da Igreja, e como esse aspecto pode torná-la mais “atraente” para os jovens e para a sociedade, Dom Tagle respondeu: “Para a Igreja, a humildade não é uma estratégia: é a maneira de ser de Jesus, o modo em que Deus se revelou a nós em Jesus”. Então, ele advertiu: “Não acho que temos outra escolha a não ser a humildade”.






(Trad.MEM)

LITURGIA DIÁRIA - VOCÊ ESTÁ CURADA.

Primeira Leitura: Efésios 4, 32; 5, 8

XXX SEMANA COMUM
(verde - ofício do dia)

Leitura da carta de são Paulo aos Efésios  - Irmãos, 32Antes, sede uns com os outros bondosos e compassivos. Perdoai-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou, em Cristo. 8Outrora éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor: comportai-vos como verdadeiras luzes. - Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial(1)

REFRÃO: Sejamos, pois, imitadores do Senhor, como convém aos amados filhos seus.

1.
 Feliz é todo aquele que não anda conforme os conselhos dos perversos; que não entra no caminho dos malvados, nem junto aos zombadores vai sentar-se; mas encontra seu prazer na lei de Deus e a medita, dia e noite, sem cessar.
-R.

2.
 Eis que ele é semelhante a uma árvore que à beira da torrente está plantada; ela sempre dá seus frutos a seu tempo, e jamais as suas folhas vão murchar. Eis que tudo o que ele faz vai prosperar.
-R.

3.
 Mas bem outra é a sorte dos perversos. Ao contrário, são iguais à palha seca espalhada e dispersada pelo vento. Pois Deus vigia o caminho dos eleitos, mas a estrada dos malvados leva à morte.
-R.

Evangelho: Lucas 13, 10-17


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas - Naquele tempo, 10Estava Jesus ensinando na sinagoga em um sábado. 11Havia ali uma mulher que, havia dezoito anos, era possessa de um espírito que a detinha doente: andava curvada e não podia absolutamente erguer-se. 12Ao vê-la, Jesus a chamou e disse-lhe: Estás livre da tua doença. 13Impôs-lhe as mãos e no mesmo instante ela se endireitou, glorificando a Deus. 14Mas o chefe da sinagoga, indignado de ver que Jesus curava no sábado, disse ao povo: São seis os dias em que se deve trabalhar; vinde, pois, nestes dias para vos curar, mas não em dia de sábado. 15Hipócritas!, disse-lhes o Senhor. Não desamarra cada um de vós no sábado o seu boi ou o seu jumento da manjedoura, para os levar a beber? 16Esta filha de Abraão, que Satanás paralisava há dezoito anos, não devia ser livre desta prisão, em dia de sábado? 17Ao proferir estas palavras, todos os seus adversários se encheram de confusão, ao passo que todo o povo, à vista de todos os milagres que ele realizava, se entusiasmava. - Palavra da salvação.
catolicanet.com



Homilia - Pe Bantu

O Evangelho de Lucas traz uma mensagem universal, global, anunciando Jesus como o Salvador do mundo; mas faz isso usando de uma linguagem e estilo literário regionais. As parábolas de Jesus são organizadas no Evangelho de Lucas de forma a comporem um todo doutrinário, que pode melhor ser compreendido a partir do entendimento da cultura da época.
Entre os Evangelhos, o livro de Lucas é o único que possui a narrativa da cura da mulher encurvada. Jesus estava mais uma vez ministrando na sinagoga e entre a multidão estava uma mulher possessa de um espírito de enfermidade havia já dezoito anos; ela andava encurvada sem de modo algum poder endireitar-se. Vivia debaixo de um governo maligno. Sua enfermidade era espiritual e refletia no físico. Suas vértebras se fundiram e era impossível consertar. Hoje temos obras científicas comprovadas de que as doenças do espírito provocam descargas muito fortes na estrutura física do homem provocando todo tipo de enfermidades. Quem sabe na vida daquela mulher a falta de perdão, ressentimentos, raízes profundas de amargura, foram as brechas para o inimigo trabalhar e lançar a enfermidade. Não sabemos, pois a Palavra não nos afirma assim, mas podemos conjecturar.

Durante dezoito anos aquela mulher encurvada estava todas as semanas no templo, ouvindo as pregações, louvando, ofertando e sacrificando, mas sem nenhuma solução para o seu problema. Hoje temos muitos vivendo como essa mulher: vida pessimista, encurvada, oprimida por cargas e fracassos durante anos. O versículo 12 nos diz que Jesus viu aquela mulher. As mulheres na sinagoga ocupavam os últimos lugares, elas não adoravam junto com os homens, havia uma cortina que separava, mas Jesus a viu, chamou-a e liberou uma Palavra de Autoridade contra o espírito de enfermidade que a atormentava, e logo em seguida tocou-a e ela se endireitou e glorificava a Deus. O Mestre a contemplou nos últimos bancos, na ala das mulheres, sentiu compaixão pela dor daquela mulher, parou tudo, e chamou-a para frente, a ala dos homens, quebrando totalmente o protocolo da tradição e diante de todos libertou-a de todo o tormento.
Em seguida os religiosos se levantaram contra a vitória daquela mulher, pois não aceitaram a cura em dia de sábado. Nunca haviam feito nada por ela em todo o decorrer dos anos, mas quando alguém fez levantaram-se contra. Jesus defendeu-a! A vida é muito mais importante do que as tradições e ritos. Quem sabe muitos tem se levantado contra a tua vitória, mas creia que Jesus no momento certo te defenderá diante de tudo e todos, tu serás justificado pelo Bom Mestre.

No versículo 6 Jesus afirma que aquela mulher estava cativa e era “Filha de Abraão”, ou seja, era israelita, filha da promessa, mas Satanás a havia escravizado. Não é apenas Satanás que faz as pessoas se curvarem. O pecado (Salmo 38:6), a tristeza (Salmo 42:5), o sofrimento (Salmo 44,25) entre outros, também podem ter esse efeito. Jesus é o único capaz de libertar o cativo!
Ao final da história, no último versículo, haviam duas classes de pessoas: os envergonhados e os que se alegravam com a vitória daquela mulher. Talvez você em alguma área da sua vida esteja encurvado. Você não consegue andar corretamente. Aquela mulher não levantava a cabeça, só olhava para o chão. Ninguém conseguia ver sua face, andava escondida, cheia de complexos. Mas quando Jesus chega, Ele muda tudo. Quando Jesus chega o inferno tem que se render diante do Seu grande Poder. Quando Jesus chega os inimigos tem que recuar e saírem envergonhados.
Meu irmão, minha irmã, este é o seu dia. Este é o seu momento! Levante-se, ergue a cabeça e tome posse do milagre! Jesus está lhe dizendo: “Você está curada. Vai em paz.  ” Pai, que eu saiba dar ao amor ao próximo a devida primazia, não submetendo este mandamento a preceitos secundários que me impedem de descobrir a tua verdadeira vontade.