sábado, 30 de junho de 2012

O MAL NÃO PREVALECERÁ.




O Papa: "O poder destrutivo do mal não prevalecerão sobre a Igreja" Bento XVI
O pontífice disse durante a missa para a festa de São Pedro e São Paulo na frente dos novos arcebispos metropolitanos nomeados em breve elaboração.
 Roma
O Papa, na festa de São Pedro e São Paulo, celebrada na basílica da Santa Missa de São Pedro para a entrega e tributação de "pallii" a 44 arcebispos metropolitanos nomeados durante o ano.

"No Evangelho de hoje surge com força - o pontífice disse em sua homilia - a promessa de Jesus: as portas do inferno", ou seja, as forças do mal não irá prevalecer, "não prevalebunt '. Vem à mente - acrescentou - a história da vocação do profeta Jeremias, a quem o Senhor confiou a missão, disse: 'Eis que tenho de você uma cidade fortificada, "" "" Nós fazemos a guerra, mas você não ganha , porque eu estou contigo para te salvar. "
"Na realidade, - explicou o Papa na frente de 44 arcebispos metropolitanos nomeados este ano - a promessa que Jesus fez a Pedro é ainda maior do que as feitas pelos profetas antigos: estes, de fato, foram ameaçados somente por inimigos humanos, enquanto Pedro deve ser defendida pelos "portões do inferno", o poder destrutivo do mal. Jeremias - disse - recebe a promessa de que o considera uma pessoa e seu ministério profético, Peter foi tranqÃ?ilizada sobre o futuro da Igreja, a nova comunidade fundada por Jesus Cristo e que se estende a todo o tempo, além da existência pessoal do próprio Pedro.
Entre as imagens do papado, Bento XVI recorda recorrer ao profeta Isaías eo Evangelho de Mateus, são as chaves que representam "a autoridade da Casa de David", ou seja, para "abrir as portas do Reino dos Céus", "que mordomo fiel da mensagem de Cristo. " E não é a imagem "de ligar e desligar" a expressão evangélica que "é parte da linguagem rabínica e alude a doutrina decisões, por um lado, a outra para a autoridade disciplinar, ou seja, o poder de impor e levantar a excomunhão" . "As decisões de Pedro, o exercício dessa função - explicou o papa Ratzinger - têm valor, mesmo diante de Deus."
Mesmo essas imagens, disse o Papa durante a Missa da festa de São Pedro e Paulo, "nos ajuda a entender a promessa feita por Cristo a Pedro," que é entender o que o papado.
"A Igreja não é uma comunidade perfeita, mas os pecadores, que devem reconhecer a necessidade do amor de Deus e ser purificado." Mas o poder de perdoar os pecados "é uma" graça que remove a energia das forças do caos e do mal "e é uma graça, que" está no coração da Igreja. "O Papa reiterou, lembrando que o" poder de Deus é o amor que irradia sua luz do Calvário. "E esta confissão de fé no Evangelho de Pedro é imediatamente seguido por um anúncio da Paixão."
A Igreja Católica está fundada em dois apóstolos, Pedro e Paulo, também possui o único com as chaves ea outra com a espada. O Papa recorda, explicando que este par de apóstolos ", embora muito diferentes uns dos outros de forma humana e, apesar de seu relacionamento não são perdidas conflitos, desenvolveram um novo modo de ser irmãos." Bento XVI, na missa solene, eles indicam, por exemplo, "busca de plena comunhão"
O "papado é o fundamento da Igreja peregrina", mesmo que "ao longo dos séculos também mostra a fraqueza dos homens, que só a ação de abertura de Deus pode transformar." Ratzinger destacou que Pedro é a "rocha" sobre a qual Cristo edifica a Igreja, mas a sua "identidade" como uma rocha não se coloca "de seus poderes humanos, mas por uma revelação especial de Deus Pai"
Os arcebispos são feitas na Igreja e na Igreja, um edifício na história espiritual é fundada sobre a rocha de Pedro. Motivado por isso, advertiu o Papa, "vamos estar juntos na verdade, é 'Symphony' e exige que cada um de nós e nosso compromisso contínuo da comunidade à conversão".


 

Aarão

A IGREJA, OS ERROS DE SEUS FILHOS E A HISTÓRIA.


Afinal, como a Igreja pode ser santa se a história está manchado pelos muitos pecados dos católicos?

 Ora, essa dúvida só aparece quando não se sabe exatamente o que Cristo quis dizer com as palavras As portas do inferno não prevalecerão contra ela (Mt 16, 18).

Conta-se que Napoleão, o vencedor de tantas batalhas, após ter mantido o Papa Pio VII prisioneiro em Fontainebleau por longo tempo, queria tomar a Igreja Católica sob a sua tutela para assim alcançar a hegemonia total na Europa. Com isso em mente, redigiu uma Concordata que entregou ao Secretário de Estado, o cardeal Consalvi. O imperador disse ao cardeal que voltaria no dia seguinte e que queria o documento assinado.

Depois de ler a Concordata, Consalvi informou Sua Santidade de que assinar o documento equivaleria a vender a Igreja ao Imperador da França e, por conseguinte, implorou-lhe que não o assinasse. Quando Napoleão voltou, o cardeal informou-o de que o documento não havia sido assinado. O imperador começou então a usar um dos seus conhecidos estratagemas: a intimidação. Teve uma explosão de raiva e gritou: “Se este documento não for assinado, eu destruirei a Igreja Católica Romana”. Ao que Consalvi calmamente replicou: “Majestade, se os papas, cardeais, bispos e padres não conseguiram destruir a Igreja em dezenove séculos, como Vossa Alteza espera consegui-lo durante os anos da sua vida?”

Tenho um motivo concreto para relatar esse episódio. Consalvi deixa claro que embora existam inumeráveis pecadores no seu seio, também em posições de governo, a Igreja conseguiu subsistir por ser a Esposa Imaculada de Cristo, santa e protegida pelo Espírito Santo.
Por que a Igreja sobrevive e continuará a sobreviver? A resposta é simples. Cristo nunca disse que daria líderes perfeitos à Igreja. Nunca disse que todos os membros da Igreja seriam santos. Judas era um dos Apóstolos, e todos aqueles que traem o Magistério da Esposa de Cristo tornam-se Judas. O que Nosso Senhor disse foi: As portas do inferno não prevalecerão contra ela (Mt 16, 18).

A palavra “Igreja” tem dois sentidos: um sobrenatural e outro sociológico. Para todos os não-católicos e, infelizmente, também para muitos católicos de hoje, a Igreja é uma instituição meramente humana, constituída por pecadores, uma instituição cuja história está carregada de crimes. É preocupante o fato de que o significado sobrenatural da palavra “Igreja” – a saber, a santa e imaculada Esposa de Cristo – seja totalmente desconhecido da esmagadora maioria das pessoas, e até de um alto percentual de católicos cuja formação religiosa foi negligenciada desde o Vaticano II. Por isso, quando o Papa ou algum membro da hierarquia pede perdão pelos pecados dos cristãos no passado, muitas pessoas acabam pensando que a Igreja – “a instituição religiosa mais poderosa da terra” – está finalmente a admitir as suas culpas e que a sua própria existência foi prejudicial à humanidade.

Na realidade, a Esposa de Cristo é a maior vítima dos pecados dos seus filhos; no entanto, é ela que implora a Deus que perdoe os pecados daqueles que pertencem ao seu corpo. É a Santa Igreja que implora a Deus que cure as feridas que esses filhos pecadores infligiram a outros, muitas vezes em nome da mesma Igreja que traíram.
Somente Deus pode perdoar os pecados; é por isso que a liturgia católica é rica em orações que invocam o perdão de Deus. As vítimas dos pecados podem (e devem) perdoar o mal que sofreram, mas não podem de forma alguma perdoar o mal moral em si, e, caso se recusem a perdoar, movidas pelo rancor e pelo ódio, Deus, que é infinitamente misericordioso, nunca nega o seu perdão àqueles que o procuram de coração contrito.

A Santa Igreja Católica não pode pecar; mas muitas vezes é a mãe dolorosa de filhos díscolos e desobedientes. Ela dá-lhes os meios de salvação, dá-lhes o pão puro da Verdade. Mas não pode forçá-los a viver os seus santos ensinamentos. Isto aplica-se tanto a papas, em sua história,como a bispos e demais membros da Igreja. Cristo foi traído por um dos seus Apóstolos e negado por outro. O primeiro enforcou-se; o segundo arrependeu-se e chorou amargamente.

A distinção entre os sentidos sobrenatural e sociológico da Igreja deve ser continuamente enfatizada, pois fatalmente causa confusão quando não é explicitada com clareza.
Assim como os judeus que aderem ao ateísmo traem tragicamente o seu título de honra – serem parte do povo escolhido de Deus –, assim os católicos romanos que pisoteiam o ponto central da moralidade – amar a Deus e, por Ele, o próximo –, traem um princípio sagrado da sua fé.
Por outro lado, em nome da justiça e da verdade, é imperioso mencionar que os católicos verdadeiros (aqueles que vivem a fé e enxergam a Santa Igreja com os olhos da fé) sempre ergueram a voz contra os pecados cometidos pelos membros da Igreja. São Bernardo de Claraval condenou em termos duríssimos as perseguições que os judeus sofreram na Alemanha do século XII (cf. Ratisbonne, Vida de São Bernardo). Os missionários católicos no México e no Peru protestavam constantemente contra a brutalidade dos conquistadores, geralmente movidos pela ganância.

A Igreja deve ser julgada com base naqueles que vivem os seus ensinamentos, não naqueles que os traem.
Recordo-me das palavras com que um amigo meu, judeu muito ortodoxo, lamentava o fato de muitos judeus se tornarem ateus: “Se somente um judeu permanecer fiel, esse judeu é Israel”. O mesmo pode ser dito com relação à Igreja Católica; apenas as pessoas fiéis ao ensinamento de Cristo podem falar em seu nome. Ela deve ser julgada de acordo com a santidade que alguns dos seus membros alcançam, não de acordo com os pecados e crimes de inúmeros cristãos que julgam os seus ensinamentos difíceis de praticar e que por isso traem a Deus na sua vida cotidiana.

Os pecadores, aliás, estão igualmente distribuídos pelo mundo e não são uma triste prerrogativa da religião católica. Se fosse assim, estaria justificada a afirmação de um dos meus alunos judeus em Hunter, feita diante de uma sala lotada: “Teria sido melhor para o mundo que o cristianismo nunca tivesse existido”.

Este modesto comentário foi motivado pelo que disse um rabino à televisão, um dia após o pronunciamento histórico de João Paulo II na Basílica de São Pedro, a 12 de março de 2000, quando o Santo Padre pediu perdão pelos pecados dos cristãos no passado(1). O rabino não apenas achou o pedido de desculpas de Sua Santidade “incompleto” por não mencionar explicitamente o Holocausto (esquecendo-se de mencionar que os católicos eram e são minoria na Alemanha, país basicamente protestante), como também disse que os pecados cometidos pela Igreja foram freqüentemente endossados pelos seus líderes, dando a entender que o anti-semitismo faria parte da própria natureza da Igreja.



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(1) É digno de nota que somente o Papa tenha pedido desculpas pelos pecados cometidos pelos membros da Igreja. Não deveriam fazer o mesmo os hindus, por terem praticamente erradicado o budismo da Índia e forçado os seus membros a fugir para o Tibet, a China e o Japão? Não deveriam os anglicanos pedir desculpas por terem assassinado São Thomas More, São John Fisher e São Edmund Campion, para mencionar apenas três nomes? E quanto ao extermínio de um milhão de armênios pelos turcos em 1914? Ninguém fala a respeito desse “holocausto”; ninguém parece saber dele. E o extermínio de cristãos que acontece agora no Sudão?
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Tal afirmação deixa claro que o rabino não fazia a menor idéia daquilo que os católicos entendem por Esposa Imaculada de Cristo – uma realidade que não pode ser percebida ou compreendida por aqueles que usam os óculos do secularismo. Pergunto-me quando o “mundo” considerará que a Igreja já pediu desculpas suficientes. Por séculos a Igreja tem sido o bode expiatório ideal. O que os seus acusadores fariam se ela deixasse de existir?
Aqueles que a acusam de “silêncio” não estão apenas mal informados, mas pressupõem que eles próprios seriam heróicos se estivessem na mesma situação. Como o Papa Pio XII disse a meu marido numa entrevista privada, quando ainda era Secretário de Estado: “Não se obriga ninguém a ser mártir”. Quantas pessoas se julgam heróicas sem nunca terem sido realmente testadas! Quantos judeus arriscariam a vida para salvar católicos perseguidos? Por que esquecem que milhões de católicos também pereceram nos campos de concentração? Se a Gestapo tivesse apanhado o meu marido, considerado o inimigo número um de Hitler em Viena, tê-lo-ia feito em pedaços. Ele lutava contra o nazismo em nome da Igreja e perdeu tudo porque odiava a iniqüidade. Quantas pessoas fariam o mesmo – não na sua imaginação, mas na realidade?

Também não devemos esquecer que inúmeros católicos foram (e são) perseguidos por causa da sua fé. Mas um verdadeiro católico não espera desculpas dos seus perseguidores. Perdoa os seus perseguidores, quer eles lhe peçam desculpas, quer não. Reza por eles, ama-os em nome dAquele que padeceu e morreu pelos pecados de todos. É sempre lamentável ouvir um católico dizer: “Fulano e beltrano devem-me desculpas”.

Somente a pessoa que enxerga a Santa Igreja Católica (chamada santa cada vez que o Credo é recitado) com os olhos da fé, só essa pessoa compreende com imensa gratidão que a Igreja é a Santa Esposa de Cristo, sem ruga nem mácula, por causa da santidade do seu ensinamento, porque aponta o caminho para a Vida Eterna e porque dispensa os meios da graça, ou seja, os sacramentos.
O pecado é uma realidade medonha e que os pecados cometidos por aqueles que se dizem servos de Deus são especialmente repulsivos. Nunca serão excessivamente lamentados, mas devemos ter presente que, apesar de muitos membros da Igreja serem – infelizmente – cidadãos da Cidade dos Homens e não da Cidade de Deus, a Igreja permanece santa.




Alice von Hildebrand
Professora emérita de filosofia do Hunter College da City University de New York. É autora de diversos livros entre os quais os mais recentes são: “The Soul of a Lion” (Ignatius Press), sobre o seu falecido marido, o filósofo Dietrich von Hildebrand; “The Privilege of Being a Woman” (Sapientia Press); e “By Love Refined” (Sophia Institute Press).

"TEMPO DE CATIVEIRO"

 
2 Reis 25, 1-12
Foi um tempo marcante para o povo de Israel e por mais que eles tentassem fugir do cerco de Nabucodonosor mais ele impunha o seu poderio.
Jerusalém chega ao extremo da perseguição! O povo já não tinha forças para lutar e Nabucodonosor completava a sua ação levando ao cativeiro quase todo o resto da povoação, deixando apenas os vinhateiros e os agricultores.
Até o templo de Jerusalém foi incendiado e o palácio do rei foi entregue às chamas e, praticamente, eles perderam tudo. Hoje, para acolher a mensagem desta palavra nós podemos nos colocar no lugar de Jerusalém e refletir sobre os momentos da nossa vida em que somos de alguma forma, acossados (as), perseguidos (as), pelas coisas, pessoas e acontecimentos, que aparentemente exercem influência sobre a nossa sorte.
Perdemos o que de mais caro possuíamos e ficamos praticamente no nosso corpo. Porém, como em Jerusalém foram deixados apenas os vinhateiros e os agricultores, dentro de nós restam também os nossos dons, os nossos talentos, a capacidade que está inserida na nossa alma e que ninguém pode usurpar.
Mas, principalmente, restam-nos a fé, a esperança e o grande dom de Deus, o Espírito Santo.
Hoje nós sabemos que o tempo do cativeiro foi um tempo rico para o povo de Israel.
Por isso, estamos seguros de que crescemos no tempo do exílio quando pomos em prática e testamos a nossa fé e a nossa confiança Naquele que pode derrotar o “Nabucodonosor” da nossa vida.
  • - Você também já perdeu algo que você não valorizou e que hoje lembra com saudade?
  • – Como você reage quanto a isto diante do Senhor: com humildade ou com revolta?
  • – Mesmo assim você tem exercitado os dons que você possui?






Sem citaçã de fonte, retirado d blog do Pe Emilio

44 NOVOS ARCEBISPOS RECEBEM O PÁLIO NO VATICANO

A equipe do Programa Brasileiro contatou alguns dentre os 44 novos arcebispos que receberam o Pálio na manhã desta sexta-feira, 29, na Basílica de São Pedro. Nossa intenção foi colher suas sensações e transmitir a nossos ouvintes e leitores as emoções dos arcebispos. Leia abaixo suas declarações:

Arcebispo de Campinas (SP), Dom Airton José dos Santos:

“Quando o Santo Padre pede alguma coisa, estamos dispostos a fazer o que é necessário para a Igreja. Ao ir para uma arquidiocese, sabemos da dimensão deste empenho. Receber o Pálio é receber um pouco desta grande responsabilidade que o Santo Padre tem em relação a toda a Igreja, além de receber o compromisso de estar mais próximo das preocupações do Santo Padre, mais próximo de suas intenções e procurar manter esta fidelidade, que na Igreja é muito necessária”.

Arcebispo de Niterói (RJ), Dom Jose Francisco Rezende Dias:

“A emoção é muito grande. É sempre emocionante encontrar o Santo Padre, mas a emoção é marcada também pela alegria e a gratidão pela escolha e a confiança que ele depositou em mim para que pudesse ser o Arcebispo de Niterói. É um momento feliz e trago também no coração toda a Igreja arquidiocesana de Niterói em um sinal de comunhão com o sucessor de Pedro, o Papa Bento XVI, além da alegria e do compromisso de procurar sempre trabalhar em união e servir o povo nesta disposição de fidelidade, obediência e responsabilidade diante de todo o trabalho pastoral que me é confiado”.

Sete arcebispos brasileiros receberam o Pálio, e o oitavo, Dom Filippo Santoro, atuou 27 anos no Brasil, foi auxiliar do Rio de Janeiro, bispo de Petrópolis (RJ), e recentemente foi nomeado Arcebispo de Taranto, na Itália:

“Receber o Pálio representa uma grande responsabilidade e uma grande alegria, porque o Papa, chamando-me aqui de volta à Itália depois de 27 anos de Brasil, me dá esta função de Arcebispo da Arquidiocese de Taranto e uma responsabilidade muito grande porque o arcebispo metropolita, recebendo o Pálio, tem um vínculo mais estreito com o Santo Padre: um vínculo de fidelidade ao sucessor de São Pedro, um vínculo de viver a fé de maneira mais radical e profunda, como São Pedro viveu dando a vida por Cristo, e organizar a vida pastoral segundo a orientação do Papa, em comunhão com os bispos na Itália e no mundo”.


por
Rádio Vaticano

LITURGIA DIÁRIA - A FÉ DO CENTURIÃO

Primeira Leitura: Lamentações 2, 2.10-14.18-19


XII SEMANA COMUM*
(verde - ofício do dia )


Leitura do livro das Lamentações - 2O Senhor destruiu sem piedade todas as moradias de Jacó. E em seu furor arruinou as fortificações da filha de Judá. Lançou por terra e conspurcou o reino e seus príncipes. 10Sentados no chão, taciturnos, jazem os anciãos da filha de Sião. Jogaram poeira sobre os cabelos; vestiram-se com sacos; e as virgens de Jerusalém pendem a fronte para a terra. 11Ardiam-me os olhos, de tantas lágrimas; fremiam minhas entranhas. Minha bílis se espalhou por terra, ante a ruína da filha de meu povo, quando nas ruas da cidade desfaleciam os meninos e as crianças de peito. 12Onde há pão (e onde há vinho)?!, diziam eles às mães, desfalecendo, quais feridos, nas ruas da cidade, e entregando a alma no regaço materno. 13Que dizer? A quem te comparar, filha de Jerusalém? Quem irá salvar-te e consolar-te, ó virgem, filha de Sião? É imensa como o mar tua ruína: quem poderá curar-te? 14Os teus profetas tinham visões apenas extravagantes e balofas. Não manifestaram tua malícia, o que teria poupado teu exílio. Os oráculos que te davam eram apenas mentiras e enganos. 18Seu coração clama ao Senhor. Ó muralha da filha de Sião, transborda dia e noite a torrente de tuas lágrimas! Não te dês descanso, e teus olhos não cessem de chorar! 19Levanta-te à noite; grita ao início de cada vigília; que se derrame teu coração ante a face do Senhor. Ergue para ele as mãos, pela vida de teus filhos que caem de inanição, em todos os cantos das ruas. - Palavra do Senhor.




Salmo Responsorial(73)


REFRÃO: Não esqueças até o fim / a humilhação dos vossos pobres.

1. Hino de Asaf. Por que, Senhor, persistis em nos rejeitar? Por que se inflama vossa ira contra as ovelhas de vosso rebanho? Recordai-vos de vosso povo que elegestes outrora, da tribo que resgatastes para vossa possessão, da montanha de Sião onde fizestes vossa morada. - R.

2. Dirigi vossos passos a estes lugares definitivamente devastados; o inimigo tudo destruiu no santuário. Os adversários rugiam no local de vossas assembléias, como troféus hastearam suas bandeiras. - R.

3. Pareciam homens a vibrar o machado na floresta espessa. Rebentaram os portais do templo com malhos e martelos, atearam fogo ao vosso santuário, profanaram, arrasaram a morada do vosso nome. - R.

4. Olhai para a vossa aliança, porque todos os recantos da terra são antros de violência. Que os oprimidos não voltem confundidos, que o pobre e o indigente possam louvar o vosso nome. - R.





Evangelho: Mateus 8, 5-17



Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus - Naquele tempo, 5Entrou Jesus em Cafarnaum. Um centurião veio a ele e lhe fez esta súplica: 6Senhor, meu servo está em casa, de cama, paralítico, e sofre muito. 7Disse-lhe Jesus: Eu irei e o curarei. 8Respondeu o centurião: Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha casa. Dizei uma só palavra e meu servo será curado. 9Pois eu também sou um subordinado e tenho soldados às minhas ordens. Eu digo a um: Vai, e ele vai; a outro: Vem, e ele vem; e a meu servo: Faze isto, e ele o faz... 10Ouvindo isto, cheio de admiração, disse Jesus aos presentes: Em verdade vos digo: não encontrei semelhante fé em ninguém de Israel. 11Por isso, eu vos declaro que multidões virão do Oriente e do Ocidente e se assentarão no Reino dos céus com Abraão, Isaac e Jacó, 12enquanto os filhos do Reino serão lançados nas trevas exteriores, onde haverá choro e ranger de dentes. 13Depois, dirigindo-se ao centurião, disse: Vai, seja-te feito conforme a tua fé. 14Foi então Jesus à casa de Pedro, cuja sogra estava de cama, com febre. 15Tomou-lhe a mão, e a febre a deixou. Ela levantou-se e pôs-se a servi-los. 16Pela tarde, apresentaram-lhe muitos possessos de demônios. Com uma palavra expulsou ele os espíritos e curou todos os enfermos. 17Assim se cumpriu a predição do profeta Isaías: Tomou as nossas enfermidades e sobrecarregou-se dos nossos males (Is 53,4). - Palavra da salvação.
catolicanet.com



Homilia- Pe Bantu


As promessas de Deus a Abraão não eram apenas para ele, mas para toda a sua descendência; e a descendência de Abraão são todos os que, pela fé, se virão a tornar membros do povo de Deus. Assim o declarou Jesus, quando, no centurião, encontrou alguém que, não sendo descendente de Abraão segundo a carne, pois que era pagão, se tornou tal pela fé, enquanto que os que eram da descendência carnal de Abraão seriam lançados fora por não aceitarem na fé a palavra que Jesus lhes anunciava.
Entrando em Cafarnaúm, aproximou-se dele um centurião, suplicando nestes termos:
«Senhor, o meu servo jaz em casa paralítico, sofrendo horrivelmente.» Disse-lhe Jesus: «Eu irei curá-lo.» Respondeu-lhe o centurião: «Senhor, eu não sou digno de que entres debaixo do meu tecto; mas diz uma só palavra e o meu servo será curado. Porque eu, que não passo de um subordinado, tenho soldados às minhas ordens e digo a um: ‘Vai’, e ele vai; a outro:
‘Vem’, e ele vem; e ao meu servo: ‘Faz isto’, e ele faz.» Jesus, ao ouvi-lo, admirou-se e disse aos que o seguiam: «Em verdade vos digo: Não encontrei ninguém em Israel com tão grande fé! Digo-vos que, do Oriente e do Ocidente, muitos virão sentar-se à mesa do banquete com Abraão, Isaac e Jacob, no Reino do Céu, ao passo que os filhos do Reino serão lançados nas trevas exteriores, onde haverá choro e ranger de dentes.» Disse, então, Jesus ao centurião:
«Vai, que tudo se faça conforme a tua fé.» Naquela mesma hora, o servo ficou curado.
Entrando em casa de Pedro, Jesus viu que a sogra dele jazia no leito com febre. Tocou-lhe na mão, e a febre deixou-a. E ela, levantando-se, pôs-se a servi-lo. Ao entardecer, apresentaram-lhe muitos possessos; e Ele, com a sua palavra, expulsou os espíritos e curou todos os que estavam doentes, para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta Isaías: Ele tomou as nossas enfermidades e carregou as nossas dores.
A fé do centurião nasce do testemunho de amor de Jesus. Não é uma fé decorrente das tradições do judaísmo. Sua fé supera a fé de Israel. O "choro e ranger de dentes" aparece seis vezes em Mateus. É uma fórmula típica da manifestação da cólera divina contra o pecador, inspirada no Primeiro Testamento. E Mateus é o único evangelista a fazer esta interpretação teológica. Com a narrativa da expulsão de espíritos maus e das curas, Mateus associa cumprimento das profecias na pessoa de Jesus. Ele faz a inculturação de Jesus de Nazaré nas tradições do judaísmo. Cabe à ação missionária fazer a inculturação de Jesus nas diversas culturas do mundo de hoje. E os missionários de hoje sou eu, és tu meu irmão e minha irmã. A massa que temos por missão de fermentar, a carne ou o peixe que temos que salgar para não apodrecer é primeiro os da minha e tua casa, o marido, a esposa, os filhos. Depois os vizinhos, os amigos e colegas. Todos aqueles com quem nos encontramos no nosso dia a dia. Que seja uma tarefa dura e difícil já o sabemos. Mas que é possível o milagre acontecer não tenha dúvidas. Olhe para a fé do centurião.
A condição de centurião pode ser minha e tua. Assim como ele implorando pedia que Jesus fosse com ele para curar o seu empregado, assim eu e tu devemos gritar para o Senhor: vinde Senhor curar a minha doença, os meus vícios e toda a minha família.

sexta-feira, 29 de junho de 2012

COMO SE EXPLICA A VIOLÊNCIA NA BÍBLIA?



A revelação do Deus-Amor é progressiva
A história de Israel é a história de uma educação. Por fases, Deus faz seu povo sair da violência em nome de Deus, até o dia em que Jesus diz: “Bem-aventurados os mansos”.

A redação da Bíblia se estende aos últimos séculos antes de Jesus Cristo. Mas a história da qual ela dá testemunho se estende a dois milênios. Quando se fala da Bíblia, é preciso conhecer em que momento da Revelação ela se situa. No começo da Bíblia, os primeiros capítulos do livro do Gênesis falam da criação e da origem da humanidade: a violência não tem sua origem em Deus.

É um fato: muitas páginas da Bíblia são extremamente violentas. Esta violência é um dos obstáculos para a leitura do Antigo Testamento. Também alimenta a rejeição às religiões, em particular às monoteístas: a Bíblia seria um manual de fanatismo que o cristianismo e o islamismo teriam herdado.

De onde vem a violência, segundo a Escritura? Ela não vem de Deus. A criação é um ato de poder, não de violência. O homem tem como missão, entre outras, estabelecer a ordem neste mundo inacabado, imperfeito. Seu domínio sobre o mundo criado tem por objetivo que a paz reine.

Mas a serpente, o Maligno sugere ao homem que, comendo do fruto proibido, será capaz de rivalizar com Deus. Marido e mulher não se ajudam na hora de resistir à tentação. Ao contrário, um arrasta o outro e se deixam enganar: é o pecado.

A primeira consequência do pecado é a violência. Em meio à rivalidade, Caim mata Abel. Deus quer acabar com o ciclo infernal da violência e protege Caim. Mas a violência continua.

E chega a tal ponto que, como diz a Escritura, Deus se arrepende de ter criado o homem. “A terra está repleta de violência por causa dos homens”, diz a Noé. Que a humanidade tenha um novo começo, a partir do único justo que Deus encontra: Noé e sua família! O dilúvio engole pecadores e pecados. Deus não se vinga, mas não pode deixar indefinidamente que se propaguem o mal, a injustiça, a violência, o pecado.

No final, como sinal de uma nova aliança com a humanidade, Deus faz surgir no céu um arco que reúne a humanidade de um extremo ao outro da Terra. O arco, arma de guerra, se torna um símbolo da paz; anuncia um investimento ainda mais radical: a morte de Jesus na cruz como fonte de salvação.

Certamente, esses primeiros capítulos da Bíblia utilizam uma linguagem de imagens. Mas só as mentes superficiais encararão isso com superficialidade. Os textos esclarecem a situação do homem, de todos os homens, antes de que se inicie, com Abraão, a história de Israel.

Para dar-se a conhecer aos homens, Deus escolheu um homem – Abraão – e sua descendência. Quando os israelitas se tornam numerosos no Egito, o faraó é violento com eles, especialmente mandando matar todos os recém-nascidos do sexo masculino. Deus sai em defesa do seu povo: isso é justiça.

Israel não nasceu na violência. Nasceu de um chamado: Deus chama Abraão e o convida a sair do seu país, transladando-se, como nômade, com sua família e seu gado. Ele mesmo é um homem de paz. Intercede diante de Deus a favor de Sodoma, cidade gravemente pecadora. Em caso de conflito pela utilização de um poço em Bersebá, chega a uma solução com o seu rival; faz inclusive uma aliança com ele. É saudado por Melquisedec, rei de Shalem (Jerusalém), palavra que significa “paz”.

Mas se Abraão é mais pacífico, o que dizer de Deus? Deus impediu que Abraão lhe oferecesse seu filho em sacrifício e esta proibição permanecerá.

Em Jerusalém, o vale de Geena está amaldiçoado porque reis ímpios acreditaram atrair os favores divinos sacrificando seus filhos e filhas. Deus condena isso, no profeta Jeremias: “Uma coisa dessas eu nunca mandei fazer!” (Jr 7, 31).

Mas Deus é também aquele que faz chover fogo sobre Sodoma, quem destrói a cidade e sua população. O cristão recorda que, no Evangelho, dois discípulos queriam, um dia, fazer descer fogo do céu sobre um povo que se rejeitou a recebê-los e Jesus os repreende. Algumas versões acrescentam: “Vocês não sabem que espírito os anima”.

Observando estas duas cenas, é grande a tentação de opor Antigo e Novo Testamentos e de rejeitar o Antigo, que apresentaria o rosto de Deus mais odioso que desejável. No entanto, ainda quando destrói Sodoma, Deus não cede à arbitrariedade ou ao exagero: é toda a cidade de Sodoma que havia pecado, faltando a um dever humano fundamental, a hospitalidade.

Deus não é violento: é justo e protege.

Alguns séculos depois, no Egito, os descendentes de Abraão sofrem violência: são explorados e ameaçados de extermínio. Começa então outra fase da história sagrada. Deus vai salvar os israelitas “com mão forte e braço estendido”. Sob a condução de Moisés, os faz sair do Egito. Defende-os quando são atacados. E os faz entrar na Terra Prometida.

Em um mundo de violência, muito frequentemente o povo de Israel se encontra em estado de guerra. O que está em jogo é a sua independência nacional, mas também religiosa.

Deus escolheu, portanto, um povo que nunca será um império muito poderoso, mas que entra em combate com os poderes que o cercam. Estamos acostumados, pelo menos em nossa terra, a longos períodos de paz com os nossos vizinhos. Mas isso não era assim: a guerra era uma atividade cotidiana. Pensemos na Idade Média: na medida em que Deus se confia a este povo, as guerras de Israel têm um objetivo sagrado. “Deus Todo-Poderoso” é o Senhor dos exércitos celestiais, isto é, dos inúmeros astros, mas também dos exércitos de Israel que defendem a sua independência religiosa.

Mistura-se também com outros povos, correndo o risco de adotar também os seus deuses. Em alguns casos, este desejo de pureza religiosa levou ao aniquilamento de algumas populações. Mas parece que este tipo de conduta, pouco frequente, teve causas muito mais mundanas.

Com relação às instituições de Israel, preveem a pena de morte para um determinado número de faltas, mas se trata tanto de faltas sociais, como o homicídio e o adultério, como de faltas propriamente religiosas: por exemplo, quando alguém entrega seus filhos aos ídolos. Porém, tudo deve ser feito segundo o direito, sobre a base de muitos testemunhos, e o acusado deve ter a possibilidade de se defender. A “lei do talião” (“olho por olho, dente por dente”) não é um convite à vingança, mas uma limitação do castigo.

A violência, no final, só gera vítimas. Ela não será vencida com uma violência oposta. Se a violência vem do coração do homem, é o coração do homem que tem de curá-la. A violência sofrida deve se transformar em oferenda. É isso que Cristo fez. Mas inclusive depois de vinte séculos de educação por parte de Deus, nenhum contemporâneo de Jesus o entendeu. E nós, já o entendemos?

Em sua história, Israel foi mais frequentemente vítima da violência que autor dela. Pelos profetas, Deus faz seu povo descobrir progressivamente que a violência é certamente uma rua sem saída e que inclusive o exercício da força não porá fim ao pecado que está no homem. O importante é a conversão dos corações. A mudança total de perspectivas é anunciada pelas profecias do Servo de Deus: “Meu servo justificará muitos e suportará as culpas deles” (Is 53,11). O cristão reconhece em Jesus Cristo a realização desta profecia.

A história da violência na Bíblia é a história de uma educação. É inútil negar a presença da violência em nossos corações, na nossa sociedade, no nosso mundo. É preciso, em primeiro lugar, regulá-la, impedindo que invada todo o campo. Também é preciso saber que as regressões são possíveis: o século XX foi um século de extrema violência.

Se existe ódio, ele se dirige a todas as formas do mal: a rejeição de Deus, a falsidade, a injustiça, o desprezo dos outros, da sua dignidade, dos seus bens. É preciso odiar o pecado e amar o pecador. É o que o autor do salmo citado não podia entender: “Com grande ódio eu os odeio”; é o que Jesus realizou perfeitamente e que seus adversários não entenderam.

E nós, já entendemos isso?
 


Por Jacques Perrier
Fonte: ALETEIA
Local:São Paulo (SP)

LITURGIA DIÁRIA - SE QUERES, PODES CURAR-ME.


Primeira Leitura: 2º Reis 25, 1-12


XII SEMANA COMUM
(verde - ofício do dia)


Leitura do segundo livro dos Reis - 1No ano nono de seu reinado, no décimo dia do décimo mês, Nabucodonosor veio com todo o seu exército contra Jerusalém; levantou seu acampamento diante da cidade e fez aterros em redor dela. 2O cerco da cidade durou até o décimo primeiro ano do reinado de Sedecias. 3No nono dia do (quarto) mês, como a cidade se visse apertada pela fome e a população não tivesse mais o que comer, 4fizeram uma brecha na muralha da cidade, e todos os homens de guerra fugiram de noite pelo caminho da porta que está entre os dois muros, junto do jardim do rei. Entretanto, os caldeus cercavam a cidade. Os fugitivos tomaram o caminho da planície do Jordão, 5mas o exército dos caldeus perseguiu o rei e alcançou-o nas planícies de Jericó. Então as tropas de Sedecias o abandonaram e se dispersaram. 6O rei foi preso e conduzido a Rebla, diante do rei de Babilônia, o qual pronunciou sentença contra ele. 7Degolou na presença de Sedecias os seus filhos, furou-lhe os olhos e o levou para Babilônia ligado com duas cadeias de bronze. 8No sétimo dia do quinto mês, no décimo nono ano do reinado de Nabucodonosor, rei de Babilônia, Nabuzardã, chefe da guarda e servo do rei de Babilônia, entrou em Jerusalém. 9Incendiou o templo do Senhor, o palácio real e todas as casas da cidade. 10E as tropas que acompanhavam o chefe da guarda demoliram o muro que cercava Jerusalém. 11Nabuzardã, chefe da guarda, deportou para Babilônia o que restava da população da cidade, os que já se tinham rendido ao rei de Babilônia e todo o povo que restava. 12O chefe da guarda só deixou ali alguns pobres como viticultores e agricultores. - Palavra do Senhor.




Salmo Responsorial(136)


REFRÃO: Que se prenda a minha língua ao céu da boca / se de ti, Jerusalém, eu ne esquecer

1. Ás margens dos rios da Babilônia, nos assentávamos chorando, lembrando-nos de Sião. Nos salgueiros daquela terra, pendurávamos, então, as nossas harpas, - R.

2. porque aqueles que nos tinham deportado pediam-nos um cântico. Nossos opressores exigiam de nós um hino de alegria: Cantai-nos um dos cânticos de Sião. - R.

3. Como poderíamos nós cantar um cântico do Senhor em terra estranha? Se eu me esquecer de ti, ó Jerusalém, que minha mão direita se paralise! Que minha língua se me apegue ao paladar, se eu não me lembrar de ti, se não puser Jerusalém acima de todas as minhas alegrias. - R.





Evangelho: Mateus 8, 1-4



Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus - Naquele tempo, 1Tendo Jesus descido da montanha, uma grande multidão o seguiu. 2Eis que um leproso aproximou-se e prostrou-se diante dele, dizendo: Senhor, se queres, podes curar-me. 3Jesus estendeu a mão, tocou-o e disse: Eu quero, sê curado. No mesmo instante, a lepra desapareceu. 4Jesus então lhe disse: Vê que não o digas a ninguém. Vai, porém, mostrar-te ao sacerdote e oferece o dom prescrito por Moisés em testemunho de tua cura. - Palavra da salvação.
catolicanet.com



Homilia - Pe Bantu

Se queres, tu tens o poder de me purificar. O Evangelho diz-nos que, em Jesus, Deus desce ao encontro dos seus filhos vítimas da rejeição e da exclusão, se compadece da sua miséria, estende-lhes a mão com amor, liberta-os dos seus sofrimentos, convida-os a integrar-se na comunidade do “Reino”. Deus não pactua com a discriminação e denuncia como contrários aos seus projetos todos os mecanismos de opressão dos irmãos.
“Estendeu a Mão e Tocou-o”. Não há dúvida de que ninguém em seu perfeito juízo diria hoje que um doente é um marginalizado, um impuro que não merece em absoluto a atenção de ninguém. Hoje todos, governos, partidos políticos, associações do mais variados interesses, defendem que a pessoa doente precisa da atenção da sociedade, mais sempre mantendo todos seus direitos intactos. Deve-se tratar da pessoa doente com o devido cuidado, especialmente no caso em que a doença seja contagiosa, mas nada mais.
Temos melhorado muito nestes anos. Tem mudado a consideração que nos merece a doença. Tem mudado para valer? Teria que passar da teoria à prática social. Não segue supondo uma verdadeira marginalização social a doença mental? E que se poderia dizer da AIDS? Não segue existindo o preconceito? Não se trata só da doença. Há outras “condições” sociais da pessoa que a condenam a uma situação de marginalização, que lhe impedem de se desenvolver como filho ou filha de Deus, que lhe condena à exclusão, a ter “sua morada fora do acampamento”. Este mundo segue, desgraçadamente, sem ser a casa de todos. Segue-se discriminando as pessoas por razão de seu sexo ou tendência sexual, de sua nacionalidade, de sua raça, de sua cultura, de sua idade, de sua origem social.
E poderíamos seguir porque uma das coisas que gostamos mais é de impor barreias às pessoas, marcar limites, assinalar fronteiras e dizer “aqui estamos os bons, os de lá são os maus, os que não têm direitos, os que não são como nós”. E marginalizamos e deixamos fora. Levados pelo preconceito contra o que é diferente.
O Evangelho de hoje nos relata a cura milagrosa de um leproso. Podemos entender esta cura como mais um milagre de Jesus. Jesus era Filho de Deus e tinha o poder de fazer milagres. O milagre de hoje nos quer demonstrar mais uma vez mais seus poderes divinos. Mas o relato deste domingo nos diz algo mais. Porque o leproso não é um doente a mais. O leproso que se aproxima de Jesus é um marginalizado, é um expulso da sociedade. Tanto como pode ser hoje um drogado, por exemplo tocar nele pode ser uma maneira de salvá-lo.
Se Jesus representa a vontade de Deus para nós, seu encontro com o leproso nos fala de como deve ser nossa forma de se relacionar com os demais. Jesus não se deixa levar pelos preconceitos. Faz o milagre e lhe salva da lepra. Cura-lhe e, ao fazê-lo, o integra de novo na sociedade. Mas faz algo mais. Porque Jesus cura a distância. Jesus não se situa do lado dos bons e convida o leproso, ao lhe curar, para passar a barreira que o separava. Jesus faz exatamente o contrário. Jesus aproxima-se do leproso. Jesus faz o que não deveria ter feito nunca um rabí. Esse é o ponto central do relato: “estendeu a mão e tocou-o”.

Nesse momento Jesus deixa a sociedade “boa” e se situa do outro lado da fronteira. Faz-se ele mesmo impuro. Isso era o que significava naquele mundo judeu “tocar” um leproso. Jesus, o Filho de Deus, faz-se marginal a si mesmo para salvar aos marginalizados. Não é de estranhar que o povo se surpreendesse ante a forma de se comportar de Jesus. O Deus de Jesus era diferente, era novo, era único. Tocava e salvava. Não se encontrava no Templo senão nos caminhos, próximo dos que sofriam, próximo dos oficialmente maus. Fazendo sempre presente o amor e a misericórdia do Pai.
Deus segue sendo encontrado em nosso mundo. Está para além das fronteiras, nas margens. Do lado dos que sofrem, dos que são excluídos e dos que se excluem a si mesmos porque têm perdido a esperança na vida. Basta apenas que agucemos a vista e o ouvido para descobrir essa presença nos muitos homens e mulheres que, às vezes sem se confessar sequer como cristãos, manifestam nesses lugares o amor de Deus Pai para todos.
Irmão, não tenhas medo de tocar no diferente. Não te deixes levar pelos preconceitos. Estendamos a mão e toquemos como Jesus, e seremos testemunhas do amor de Deus que salva, que reconcilia, cura, que liberta, acolhe e que dá vida nova aos homens e mulheres que como o leproso de hoje gritam: Senhor se quiseres podes curar-me.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

SECRETÁRIO ESTRANGEIRO?



Um diplomata estrangeiro no Vaticano?

IHU – A expressão-chave na declaração oficial do padre Federico Lombardi é “não só no âmbito romano, mas também internacional”. A escolha dos (primeiros) cinco cardeais convocados nesse sábado por Bento XVI “em virtude da sua grande e variada experiência de serviço à Igreja” responde a uma lógica bem precisa. O papa se confia a altas personalidades da “Igreja universal”, aposentadas ou não, fora de manobras e venenos dos últimos meses, para iniciar aquelas que parecem ser “consultas” sobre a Cúria e o seu governo em geral, e sobre o seu secretário de Estado em particular. Trata-se, como notava a Santa Sé, de “restabelecer” um “clima de serenidade e de confiança” com relação “ao serviço da Cúria Romana”.

A reportagem é de Gian Guido Vecchi, publicada no jornal Corriere della Sera, 24-06-2012. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

A questão certamente não nasce agora, mas nas últimas semanas passou por uma aceleração. Todo o caso dos venenos, confrontos e “corvos” na Cúria, além de obscuro, foi desde o início percebido como integralmente “italiano” pelas Igrejas fora da Itália. São italianos todos os antagonistas verdadeiros ou supostos, eclesiásticos ou leigos, dentro e fora do Vaticano. Facciosos, briguentos, tanto que a intolerância entre as conferências episcopais internacionais e as nunciaturas começaram a crescer, uma revolta subterrânea à qual há alguns dias deu voz o cardeal André Vingt-Trois, arcebispo de Paris, que, não por acaso, dada a tempestade midiática, ironizava o “clima, muito habitual em Roma, de rumores e de comentários infinitos”. Mas acima de tudo, falando no rádio da sua diocese, pedia uma reforma da Cúria “inadaptada” ao funcionamento da Igreja contemporânea e, de passagem, observava que “o cardeal Bertone tem 78 anos: não há necessidade de revelações secretas para saber que a sua saída da Secretaria de Estado é previsível”.

Não é um bom momento para os cardeais e os bispos italianos de primeiro plano. Observando que, nesta situação, italianos que não têm nada a ver também correm o risco de sair do meio do caminho, uma notável fonte do outro lado do Tibre suspirava: “São muito poucos”. O único consultado pelo papa nesse sábado, o cardeal Camillo Ruini, está aposentado. Assim, ao menos duas coisas parecem certas: o próximo secretário de Estado não será italiano e será um diplomata.

Também se falou e se falará disso nas “consultas” iniciadas por Bento XVI: do Vaticano, surge que a decisão de substituir o cardeal Tarcisio Bertone já está substancialmente tomada. Fala-se de uma mudança em outubro. O secretário de Estado completa 78 anos no dia 2 de dezembro, embora, por si mesmo, não haja uma “idade de aposentadoria” para o seu papel.

Desde a sua nomeação em 2006, o cardeal Tarcisio Bertone, um estudioso de direito canônico, além disso, foi considerado como uma espécie de corpo estranho pela “ala diplomática” que, no Vaticano, sempre expressou o secretário de Estado. No verão de 2009, depois das polêmicas sobre a remissão da excomunhão aos lefebvrianos e a gestão do caso do bispo antissemita e negacionista Richard Williamson, houve um encontro em Castel Gandolfo em que cardeais como Ruini – chamado novamente nesse sábado –, Bagnasco, Scola e o austríaco Christoph Schönborn sugeriram a substituição do secretário de Estado.

Diz-se que o pontífice havia sido direto: “Der Mann bleibt wo er ist, und basta”, “o homem permanece onde está e chega”. E agora Bento XVI sempre confirmou o seu colaborador de confiança desde os tempos do ex-Santo Ofício: por último, quando as polêmicas investiram tanto contra Bertone quanto contra Mons. Georg Gänswein, e ele, no fim de maio, “renovou” publicamente a sua “confiança” nos “meus mais estreitos colaboradores”.

Mas, agora, apesar da “confiança”, a situação torna-se cada vez mais difícil. É significativo, dentre outras coisas, que a Santa Sé decidiu se dotar de um “assessor para a comunicação” na Secretaria de Estado. Poucos dias atrás, o próprio cardeal Bertone denunciou “a tentativa obstinada e repetida de separar, de criar divisão entre o Santo Padre e os seus colaboradores”, atacando particularmente os jornalistas “que brincam de imitar Dan Brown”.

As “reflexões” do papa sobre a “situação que se criou após a difusão de documentos confidenciais”, com a convocação dos cinco cardeais, mostram, porém, que o problema não é considerado apenas midiático. Mesmo aqueles que no Vaticano diziam que Bento XVI certamente queria manter o seu secretário de Estado “por toda a vida” não estão mais tão seguros assim e dizem que, no máximo, “por mais um ano ou dois”.

Mas a questão se tornou urgente, e tenta-se resolvê-la antes e sem traumas. Não se deve esquecer que Bertone também é e continuará sendo o Camerlengo da Igreja, isto é, o cardeal que tem a tarefa de guiar a “sede vacante” depois da morte do pontífice e até a eleição do sucessor.

No Colégio Cardinalício, o ingresso maciço de italianos está destinado a ser compensado no próximo consistório. E o mesmo vale para a Cúria, destinada a se tornar cada vez mais internacional. Nas “consultas”, o papa irá avaliar também o nome do futuro secretário de Estado. O perfil de um “diplomata não italiano” exclui possíveis candidatos como o cardeal Mauro Piacenza.

Um candidato “natural” à sucessão de Bertone é o arcebispo francês Dominique Mamberti, atual vice de Bertone como secretário para as Relações com os Estados, ou seja, “ministro das Relações Exteriores” da Santa Sé: o mesmo papel desempenhado por Angelo Sodano antes de se tornar secretário de Estado. Veremos.

Enquanto isso, todos esperam as palavras do papa para o dia 29 de junho, na festa dos santos Pedro e Paulo.

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OBS> Como se vê, trata-se de realmente substituir Bertone que é o segundo na escala. Ora este cargo é ambicionado pela besta, porque se o Papa sair do Vaticano, quem assume é o Secretário de estado. A trama está dentro da Curia Romana, mas se percebe que os cardeais do mundo inteiro estão revoltados com os italianos, porque dos 30 cardeais deste grupo, apenas cinco são estrageiros. Também não se entende por que a Itália tem que ter tantos cardeais. Eis a guerra armada.

Aqui eles mencionam o arcebispo frances, Dominique Mamberti como possível candidato, e até me arrepio em ouvir este nome. Seja quem for nomeado, tem tudo para ser ele o servo da besta. Mas a coisa pode ser feita diferente e devemos deixar Deus agir e dar tempo, porque será quando e como Ele quer.

 



Aarão

EX-PADRES E EX-FREIRAS



Nós que prosseguimos, devemos a eles o respeito de irmãos e irmãs . Caminharam conosco por anos, sonhando os mesmos sonhos e sofrendo as mesmas dores do reino, até que para eles e elas ficou difícil continuar a servir a Deus dessa maneira. Não deu mais. Alguns podem ter perdido a fé e a perspectiva, mas a maioria continuou amando a Jesus e à Igreja e servindo o Senhor. Não perderam a vocação . Só não foi mais possível servir e amar num convento, no celibato ou no ministério . Para eles ficou difícil demais prosseguir naquele caminho de vida . Para não servirem a Deus infelizes e desajustados, procuraram seu ajuste noutro caminho .

Há quem os diminua por isso. Há quem fale em perda, fuga, infidelidade e fracasso; o que é injusto, porque há fracassados que continuam, mas servindo sem amor e há muitos deles que se tornaram pessoas melhores depois da mudança de vida. Cada caso é um caso !

Nós que ficamos nos conventos, nas paróquias , nas pastorais e achamos que podemos ir até o fim, temos mais é que respeita-los. Por um tempo conseguiram, cheios de zelo e amor ajudar o povo de Deus como padres, freiras e irmãos . Foi vocação. Sentiram-se chamados. Houve um momento em que, ou não foi mais possível responder daquele jeito ou sentiram-se chamado a outro caminho. Pediram licença, fizeram tudo nos conformes. Mas , ficar não dava mais . Em nenhum momento quiseram desafiar a Igreja, mas o coração pedia um lar , um amor ou um outro caminho de serviço .

Falo dos maduros. Sofreram e ainda sofrem bastante com suas opções . Tenho vários amigos e amigas, maravilhosos em tudo que já exerceram o ministério sacerdotal e já viveram como religiosas. Aprendi e ainda aprendo muito com eles . Nunca me achei melhor do que eles só porque continuo . Nem sei se os entendo , porque não passei pelo que eles passaram . Mas de ouvi-los , sei o quanto sofreram e ainda sofrem .

Continuam companheiros . Alguns adorariam poder atuar , mas nossa Igreja ainda não tem esta opção . Enquanto isso, prosseguem com saudade , mas sem mágoa , na mesma direção do mesmo reino . Mudaram de veículo , mas não de destino . Nunca os chamo de ex padres ou ex freiras. Chamo-os de irmãos. É o que são. Um dia nossa igreja saberá aproveitar melhor suas capacidades.

Enquanto isso não acontece, que sejam vistos como servidores de Deus , lá onde agora estão, alguns mais, outros menos felizes, outros infelizes como antes. Julgá-los, nunca ! Essas coisas do coração e da fé não podem ser medidas na base do era e não é mais. A maioria continua viajando na direção do mesmo infinito , amando como antes . Se você nunca viveu perto deles ou delas não terá uma idéia do quanto lhes dói a palavra ex . Não a use . Eles não a merecem .

PAPA TEME CISMA



Papa teme um cisma progressista na Igreja
Oprimido pelas lutas na cúpula do Vaticano entre cardeais e altos prelados, sempre conservadores, que desmerecem seu prestígio com documentos vazados para a imprensa e que intensificam as murmurationes de que poderia renunciar em um futuro não muito distante, o Papa Bento XVI, de quase 85 anos, acrescenta outro motivo de profunda preocupação poucos dias antes do Consistório em que criará 22 novos cardeais.
A reportagem é de Julio Algañaraz, publicada no jornal Clarín, 15-02-2012. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Está se expandindo o movimento do Apelo à desobediência, nascido na Áustria e agora com importantes ramificações na Irlanda, Alemanha, França e Eslováquia. Não faltam simpatizantes na América Latina, EUA eAustrália. O papa teme o primeiro cisma progressista, apoiado por centenas de padres e um grupo de bispos. "Não tememos excomunhões nem queremos um cisma, mas sim que a Igreja nos escute e dialogue", explica o já popular"Lutero austríaco", padre Helmut Schüller, de 59 anos, líder da Iniciativa dos Párocos, que conta com o apoio de 400 sacerdotes na Áustria.
As pesquisas mostram que a maioria dos 4.000 padres austríacos, um país com profundas tradições católicas tradicionalistas, que vive um processo de vertiginoso triunfo do secularismo e de distanciamento dos fiéis de uma Igreja que consideram ancorada no passado, simpatizam com o movimento que nasceu em junho passado com oApelo à desobediência, assinado por 329 sacerdotes. Diz-se que mil sacerdotes vivem com uma mulher e até secretamente casados.
O Pe. Schüller foi afastado como pároco de St. Stephen, em Probstdor, subúrbio de Viena, onde era presidente daCáritas austríaca e estreito colaborador do cardeal Christian Schönborn, um progressista a favor do celibato voluntário e que foi um dos pupilos favoritos do Papa Joseph Ratzinger. O cardeal Schönborn naturalmente é contra a iniciativa dos Párocos, mas até agora resistiu às pressões de dentro da Igreja local e das congregações vaticanas, para que comece a dar o castigo que os rebeldes merecem, porque "as sanções seriam contraproducentes".
Os "desobedientes", equivalentes na versão de batina dos "indignados", exigem o fim do celibato obrigatório, a permissão da comunhão aos divorciados em segunda união, a imposição do sacerdócio feminino, um papel mais importante aos fiéis leigos na Eucaristia, permitindo-lhes pregar e administrar os sacramentos sem uma missa quando não há sacerdotes, além de ordenar os viri probati, fiéis casados e com filhos de provada fé que possam se tornar sacerdotes sem renunciar às suas famílias. E o respeito pelos homossexuais, abençoando suas uniões.
Heresia pura, se escandalizam no Vaticano. No dia 23 do mês passado, os principais bispos austríacos foram convocados a Roma para falar sobre o tema com as autoridades da Cúria Romana, o governo central da Igreja.
O pontífice é muito sensível a um protesto que nasceu do seu próprio mundo germânico e que se estende a outros países e regiões do mundo. Dizem que na Irlanda, comovida pelos escândalos de pedofilia por parte do clero e pelo choque aberto entre o papa e o governo de Dublin, são 600 os sacerdotes que aderem ao Apelo à desobediência.
O cardeal Schönborn voltou a evocar o perigo de um cisma. O Lutero austríaco responde que "nós queremos ficar dentro da Igreja, e a Conferência Episcopal deve abrir um diálogo teológico estruturado" com o movimento rebelde, o que equivaleria a uma legitimação institucional. Ao contrário, os conservadores, numerosos na Áustria e hegemônicos no Vaticano, exigem "medidas canônicas punitivas".

 



Aarão

"EU SOU APENAS UM LÁPIS NAS MÃOS DE DEUS"


Esta frase é de Madre Tereza de Calcutá. Linda, não é? O que Deus gostaria de escrever a respeito da sua vida? Qual é o sonho de Deus para você? É bom lembrar que Deus tem um projeto amoroso para cada um de nós, desde toda eternidade. Quando Deus nos criou, ele nos criou à sua imagem e semelhança. Será o que Deus quis expressar com estas encantadoras palavras?

Uma resposta adequada vai na linha da paixão amorosa que Deus tem para cada um de nós. Ele nos quer semelhantes a ele. Veja! Deus é louco de amor por você. Ele não é apenas o mais famoso escritor; ele é o mais excelente orador. E sua Palavra é Jesus Cristo e é através do Verbo Eterno, na força do Espírito Santo, que ele fala e sua palavra é criadora.

Foi através de sua Palavra que ele criou todas as coisas: o universo com todas as suas galáxias, todos os sistemas solares, este lindo planeta azul, que chamamos “Terra” e também o ser humano, que foi criado à sua imagem e semelhança. Percebemos com a fala ou a escrita de Deus ainda mais, ou seja, que ele não é apenas um orador, mas o mais excepcional dos poetas. Você é um poema de Deus, escrito com o mais requintado gosto e arte.

Os santos foram pessoas dóceis que se comportaram como um lápis nas mãos do Pai e permitiram que Deus escrevesse sua história. Deus escreve nossa história sem intervir em nossa liberdade. Quando nós, quais crianças no colo do Pai, deixamos que ele nos conduza, Deus se enternece e nos enche de ternura, carinho, afeto e amor. Seu Filho Jesus deixou-se completamente embalar pelas mãos do Pai.

Por isso, o Pai, depois do batismo do Filho, encheu-o do seu Espírito Santo e disse-lhe: “Tu és o meu Filho amado; em ti está o meu agrado”. O Filho foi todo do Pai e o Pai todo do Filho. O Filho deixou que o Pai escrevesse toda a sua história. Por isso, ele é “o resplendor da glória do Pai, a expressão do seu ser”, o seu maior poema de amor. Nas mãos do Pai, o Filho não quis viver para si mesmo, mas para todos nós, concedendo-nos, com a doação de sua vida, a graça da filiação divina, tornando-nos filhos adotivos do Pai misericordioso.

Agora somos coerdeiros com o Filho Amado. No Filho, o Pai nos doou tudo. Doou-se a si mesmo. Quem acolhe esta verdade no coração não quer viver para si mesmo para os seus irmãos, pois é nisto que consiste o amor, que flui do coração do Pai.

Os santos se distinguem de nós pela sua docilidade nas mãos do Pai. Não procuraram fazer a sua vontade, mas a vontade do Pai. O sonho do Pai é que cada um de nós se torne um poema de amor escrito por ele. Assim o fez Tereza de Calcutá. Assim o fizeram os santos de todos os tempos.

Todos nós somos chamados a ser santos, a realizar, na doação de nossas vidas, o projeto do Pai. Renuncie-se a si mesmo meu irmão e minha irmã, torne-se um lápis nas mãos do Pai e deixe que ele transforme sua vida num lindo poema de amor, escrito com tintas de luz.






Dom Emanuel Messias de Oliveira

LITURGIA DIÁRIA - QUEM PODE ENTRAR NO REINO DO CÉU?


Primeira Leitura: 2º Reis 24, 8-17


SANTO IRINEU

BISPO E MÁRTIR

(vermelho, pref. comum ou dos santos - ofício da memória)


Leitura do segundo livro dos Reis - 8Joaquim tinha dezoito anos quando começou a reinar, e reinou durante três meses em Jerusalém. Sua mãe chamava-se Noesta, filha de Elnatã, e era natural de Jerusalém. 9Fez o mal aos olhos do Senhor, como o tinha feito seu pai. 10Foi nesse tempo que vieram os homens de Nabucodonosor, rei de Babilônia, contra Jerusalém, e sitiaram-na. 11Depois, Nabucodonosor veio pessoalmente diante da cidade, enquanto suas tropas a sitiavam. 12Joaquim, rei de Judá, foi ter com o rei de Babilônia, ele e sua mãe, suas tropas, seus oficiais e seus eunucos; e o rei de Babilônia o prendeu. Isso foi no oitavo ano de seu reinado. 13E como o Senhor tinha anunciado, levou dali todos os tesouros do templo do Senhor e do palácio real, e quebrou todos os objetos de ouro que Salomão, rei de Israel, tinha feito para o santuário do Senhor. 14Levou para o cativeiro toda a Jerusalém, todos os chefes e todos os homens de valor, ao todo dez mil, com todos os ferreiros e artífices; só deixou os pobres. 15Deportou Joaquim para Babilônia, com sua mãe, suas mulheres, os eunucos do rei e os grandes da terra. 16Todos os homens de valor, em número de sete mil, os ferreiros e os artífices, em número de mil, e todos os homens aptos para a guerra, o rei de Babilônia os deportou para Babilônia. 17Em lugar de Joaquim, o rei de Babilônia constituiu rei seu tio Matanias, cujo nome mudou para Sedecias. - Palavra do Senhor.




Salmo Responsorial(78)


REFRÃO: Por vosso nome a vossa glória, / libertai-nos, ó Senhor!

1. Salmo de Asaf. Senhor, povos infiéis invadiram a vossa herança, profanaram o vosso santo templo. De Jerusalém fizeram um montão de ruínas. Os corpos de vossos servos expuseram como pasto às aves, e os de vossos fiéis às feras da terra. - R.

2. Rios de sangue fizeram correr em torno de Jerusalém, e nem sequer havia quem os sepultasse. Tornamo-nos, para nossos vizinhos, objetos de desprezo, de escárnio e zombaria para os povos que nos cercam. Até quando, Senhor?... Será eterna vossa cólera? Será como um braseiro ardente o vosso zelo? - R.

3. De nossos antepassados esqueçais as culpas; vossa misericórdia venha logo ao nosso encontro, porque estamos reduzidos a extrema miséria. - R.

4. Ajudai-nos, ó Deus salvador, pela glória de vosso nome; livrai-nos e perdoai-nos os nossos pecados pelo amor de vosso nome. - R.





Evangelho: Mateus 7, 21-29



Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus - Naquele tempo, 21Nem todo aquele que me diz: Senhor, Senhor, entrará no Reino dos céus, mas sim aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus. 22Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não pregamos nós em vosso nome, e não foi em vosso nome que expulsamos os demônios e fizemos muitos milagres? 23E, no entanto, eu lhes direi: Nunca vos conheci. Retirai-vos de mim, operários maus! 24Aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as põe em prática é semelhante a um homem prudente, que edificou sua casa sobre a rocha. 25Caiu a chuva, vieram as enchentes, sopraram os ventos e investiram contra aquela casa; ela, porém, não caiu, porque estava edificada na rocha. 26Mas aquele que ouve as minhas palavras e não as põe em prática é semelhante a um homem insensato, que construiu sua casa na areia. 27Caiu a chuva, vieram as enchentes, sopraram os ventos e investiram contra aquela casa; ela caiu e grande foi a sua ruína. 28Quando Jesus terminou o discurso, a multidão ficou impressionada com a sua doutrina. 29Com efeito, ele a ensinava como quem tinha autoridade e não como os seus escribas. - Palavra da salvação.
catolicanet.com


Homilia - Pe Bantu


No final dos tempos todos passaremos pelo crivo diante do Senhor. Pois, não é toda pessoa que me chama de "Senhor, Senhor" que entrará no Reino do Céu. E para não termos razões de queixas demonstra-nos quem são os que entrarão no Reino. Mas somente quem faz a vontade do meu Pai, que está no céu. Tu podes ter exercido o ministério de profecia, de falar e interpretar as línguas, de cura e libertação. Mas se não O receberes como o Teu Senhor e Salvador em tua vida, poderás valer-te na justificação do que fizeste: Senhor, Senhor, pelo poder do seu nome anunciamos a mensagem de Deus e pelo seu nome expulsamos demônios e fizemos muitos milagres. Mas Ele simplesmente responderá: Eu nunca conheci vocês! Afastem-se de mim, vocês que só fazem o mal!
Portanto, só quem faz a vontade do Pai que está nos céus entrará no Reino dos céus. A expressão Senhor, Senhor, aplica-se a todos aqueles que chamam e evocam o nome de Jesus Cristo para defenderem os seus interesses. Para roubar, matar e profanar o sagrado. E como o mundo está repleto desta gente, meu Deus!
O primeiro passo para fazer a vontade do Pai é a conversão e o recebimento de Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador.

O Expulsar demônio, curar doenças e fazer milagres não é sinônimo de pertença ao Reino dos Céus. Porque nem sempre os milagres têm a origem Divina. Até porque o diabo também faz milagres e realiza curas. Eles também invocam o nome de Jesus para fazê-lo. Nesta seqüência posso afirmar sem medo de errar que, um milagre indica o uso do poder sobrenatural. Este pode ser divino ou satânico.

O diabo pode revestir-se da pele do cordeiro e expulsar provisoriamente um demônio para impressionar a audiência, e dar a ilusão que foi um ato divino.
Por isso, não basta ouvir as Suas palavras é necessário pô-las em prática. Isto significará construir a casa sobre a rocha, sobre uma base firme e segura, e as tempestades da vida, por mais fortes que sejam não lhe farão mal algum.
Num mundo, onde se confia mais em coisas materiais do que nas palavras do Mestre que fala diferentemente dos mestres da lei é como um homem insensato que construiu a sua casa sobre a areia. Sem ter alicerce firme, vindo a tempestade a casa ruiu e foi levada pela enchente.
Portanto, quem não põe em pratica a Sua Palavra não tem defesa contra os insucessos e desventuras da vida que acarretarão a sua ruína total. Peçamos ao Senhor a graça de estarmos sempre atentos, à Sua Palavra e de traduzi-la em ações concretas no nosso dia-a-dia.

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NOTA DO BLOG: Creio que quando há o desvio e consequentemente a queda do homem mesmo conhecendo a verdade, a culpabilidade é proporcional aos que ainda permanece nessa mesma verdade, acreditando estarem fazendo a vontade de Deus  e no entanto a declaração do Senhor se torna muito mais dura, pois a expressão "nunca vos conheci" implica dizer que nunca é nunca, mesmo quando foi sentida a alegria da "conversão" inicial.
Aos que conhecem a queda e o afastamento de Deus, ainda resta a esperança de um dia cair em si e voltar a casa do pai, (assim nos confirma a parábola do filho pródigo), ao passo que, os supostamente "santos" permanecem escondido entre as paredes de suas comunidades, Grupos de Oração ou movimento religioso, não vivem, mas professam um evangelho que somente os aproxima pelos lábios mas seus corações e suas atitudes ocultas, voltam-se precisos na emissão de juízos de seus próprio irmãos, não os permitindo abrir-se a misericórdia, pois estão fechados em seu próprio orgulho.


quarta-feira, 27 de junho de 2012

O TEMPO PARA SALVAR-ME!

Na Terra Deus me dá o tempo para me salvar e me santificar. "Ele nos quer todos salvos". (I Tim 2,4), quer a nossa "Santificação" (I Ts 4,3) e nos dá a possibilidade através do arco de tempo estabelecido para a nossa vida terrena. O arco do tempo pode ser mais ou menos longo. São Domingos Sávio se santificou vivendo somente 15 anos. Santo Afonso Maria de Ligório, vivendo 91 anos.
A medida do tempo está nas mãos de Deus, "patrão da vida e da morte" (Sb 16,13). Nós devemos só utilizar o nosso tempo segundo a finalidade para a qual Deus nos criou, ou seja: "para conhecê-Lo, amá-Lo e servi-Lo nesta vida e depois adorá-Lo no Paraíso", segundo o catecismo de S. Pio X. Isto significa: "Operar o bem enquanto tivermos tempo". Como recomendava S. Paulo (Gl 6,10). Tudo me deve servir pra conseguir o gozo eterno do Paraíso que consiste na visão beatífica de Deus. Se assim não for, se trabalha inutilmente, perdendo incalculáveis mértios e energias.

A um velho eremita, um dia, perguntaram a idade. "Tenho 50 anos", respondeu."Não é possível! - respondeu o visitante - Tens, certamente, mais de 70.". "É verdade - respondeu - A minha idade seria 75, mas os primeiros 25 eu não conto, pois passei longe de Deus".

A que me serve?

São Bernardo dizia: "Todo o tempo que não usamos para Deus é perdido". Por isso, São Luiz Gonzaga, como tantos outros santos, se propôs de perguntar-se antes de cada ação: "A que me serve para a eternidade?" E refletindo profundamente, compreendeu bem como valesse a pena renunciar a posse de um principado e a um futuro de glórias terrenas para se consagrar inteiramente a Jesus e a aquisição da Glória Eterna, consumindo-se de amor por Deus e pelo próximo. Santo Afonso Maria de Ligório obrigou-se com um voto especial: o de não perder um átimo de tempo! E o observava com um heroísmo que comovia.
Quando escrevia por horas e horas aquelas páginas de doutrina e de piedade que iluminavam tantas almas, se às vezes lhe doía a cabeça, apertava com uma mão uma pedra sobre a testa e com a outra continuava a escrever. Se quiséssemos examinar o uso do nosso tempo e a finalidade das nossas ações, não é verdade que deveríamos pôr as mãos na cabeça? Quanto tempo perdido! Talvez estejamos prontos para dizer de não ter tempo nem para qualquer minuto de manhã e a noite, ou para dizer um Terço (15 minutos), ou para fazer uma boa obra... E depois não nos damos conta de perder a cada dia horas de tempo livre vendo televisão ou indo ao cinema, aos bares ou à rua, ou indo ao campo de futebol entre cigarros, canções e conversas fiadas. Este é o uso do tempo livre de muitos cristãos!

Colho o que semeio

O que dizer da finalidade sobrenatural que deveriam ter as nossas ações? Agimos somente com finalidade de lucro. Se faz tudo por interesse. Se trabalha só pelo dinheiro. E que prontidão súbita quando devemos nos queixar por inconvenientes incômodos ou perdas! É tudo calculado. Tudo me deve dar o máximo de rendimento e gozo com o mínimo esforço. Talvez no nosso comportamento não exista nem um sopro de Amor a Deus, um aceno de intenção sobrenatural, um odor de elevação à finalidade mais alta pela qual um cristão deveria agir. "Quer comais, quer bebais, ou façais qualquer outra coisa, fazei tudo pela Glória de Deus". (I Cor 10,31).

Como faremos juntos de Deus? Se é verdade que um dia prestaremos conta até de cada palavra ociosa (Mt 12,36) tanto mais prestaremos conta de cada minuto perdido. Em um minuto de tempo se podem fazer diversos atos de Amor a Deus. Assim faziam Santa Bertila Boscardin que passava pelos quartos do Hospital recitando amorosamente o Rosário. Nós, ao invés, passamos de ação em ação, de lugar em lugar só atentos ao nosso interesse. Mas não nos iludamos: "aquilo que o homem semear, aquilo colherá!" (Gl 6,8). Se enchermos o nosso tempo de ações feitas para Deus, colheremos um dia a visão serenidade Deus. Se ao contrário, colheremos os sofrimentos do Purgatório, ou, não queira Deus, do Inferno Eterno!

Um belo exemplo

Olhemos um modelo de Santo nosso contemporâneo: o Beato José Moscatti, grande médico napolitano. Não viveu muito, mas encheu seu tempo de coisas nobres e santas. Todos os dias ele começava sua jornada às 5 horas da manhã, com duas horas de oração recolhida e intensa. Fazia sua meditação, participava da Santa Missa, recebia a Santa Comunhão e fazia um longo agradecimento. Sem estas 2 horas e sobretudo sem a Santa Comunhão, ele dizia não ter coragem de entrar na sala médica para visitar os doentes. Logo depois das 2 horas de oração, entrava nos becos de qualquer bairro da velha Nápolis, descia a qualquer gueto ou subia em qualquer porão a visitar gratuitamente doentes em condições penosas e miseráveis. Continuava a sua manhã com a escolha e com as visitas médicas no Hospital. Antes de uma diagnose, nos momentos de dificuldade, punha a mão no bolso, apertava o Rosário por um momento, rezava a Nossa Senhora.

Durante as visitas não era menos preocupado de recomendar aos enfermos a cura da alma, dando conselhos e avisos concretos, como aqueles de confessar-se e comungar. Ao meio dia, ao soar o sino do Ângelus, embora estando em sala médica, recitava sem falta a Oração, convidando os presentes a rezarem com ele. De tarde continuava as visitas médicas em casa até o pôr-do-sol. Fechava seu dia com a visita ao Santíssimo Sacramento, com a recitação do Santo Rosário e as orações noturnas. Morreu durante as suas visitas médicas, amando os corpos e as almas dos enfermos. Eis um verdadeiro cristão que "operava o bem enquanto tinha tempo". (Gl ,10).



  
  
Postado por: James
 
 
 
 
 
NOTA DO BLOG: "Enquanto existir sopro de vida, haverá sempre presente o desejo de buscar a santidade, mesmo que a situação presente se faça contrária. Um dia desses, reencontrarei a salvação momentaneamente perdida, e ao grande coral de vozes, se somará mais uma que glorificará o nome do Deus Altíssimo"