Conheça as verdades espirituais que cada cruz transmite
Ao
longo da história da Igreja, os cristãos representaram visualmente a
cruz de diferentes maneiras. Em cada caso, a cruz é ligeiramente
diferente e costumava simbolizar diferentes verdades espirituais.
Aqui, há cinco cruzes que foram usadas ao longo dos séculos pelos cristãos ao redor do mundo.
Cruz Papal
Esta cruz é usada oficialmente para representar o Papa. A cruz de
três camadas lembra a Tiara Papal – uma referência ao triplo ofício de
Cristo: sacerdote, profeta e rei.
Cruz Celta
Mais comum na Irlanda, a Cruz Celta é composta por uma cruz cristã
típica colocada em frente a um círculo. Embora sua origem exata seja
desconhecida, muitos a vinculam a São Patrício e afirmam que ele a
lançou para converter pagãos. A cruz ficava em frente ao sol – adorado
pelos pagãos -, mostrando a supremacia de Cristo sobre o mundo natural.
Além disso, lembra que Cristo é a única fonte de luz e vida. Às vezes,
também recebe o nome de Cruz do Sol.
Cruz de Santo André
Foi criada para simbolizar a cruz em que Santo André, o apóstolo, foi
morto. A tradição conta que Santo André pediu para ser crucificado
sobre este tipo de cruz, pois ele se sentiu indigno de ser crucificado
de maneira idêntica à de Cristo.
Cruz de São Pedro
Tem origem semelhante à cruz de Santo André. Pedro também não quis
ser crucificado da mesma maneira do Salvador e pediu para ser colocado
de cabeça para baixo na cruz. Por essa razão, essa cruz é usada para
representar a humildade. Às vezes, faz referência ao papa, que é o
sucessor de São Pedro.
Cruz Ortodoxa
É usada até hoje nas igrejas cristãs ortodoxas/bizantinas. A barra
superior representa a placa pregada no topo da cruz por Pilatos (Jesus
Nazareno, Rei dos Judeus). A segunda barra representa a tábua horizontal
em que as mãos de Jesus foram pregadas. Já a terceira barra simboliza o
apoio para os pés que teria sido usado para suportar os pés de Jesus.
Está inclinada em reconhecimento ao fato de Cristo ter prometido o
paraíso ao bom ladrão crucificado ao lado direito Dele. A liturgia
ortodoxa se refere a esse simbolismo nas sextas-feiras:
“No meio, entre dois ladrões, sua Cruz foi encontrada como o
feixe de equilíbrio da justiça; enquanto um era levado para o inferno
pelo fardo de sua blasfêmia, o outro foi iluminado de seus pecados até o
conhecimento de coisas divinas”.
Philip Kosloski
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