sábado, 31 de outubro de 2020

Liturgia Diária - Humilhar-se ou elevar-se.


Conviver com Todos - Instituto Hesed

1a Leitura - Filipenses 1,18-26
Leitura da carta de são Paulo aos Filipenses.
1 18 Mas não faz mal! Contanto que de todas as maneiras, por pretexto ou por verdade, Cristo seja anunciado, nisto não só me alegro, mas sempre me alegrarei.
19 Pois sei que isto me resultará em salvação, graças às vossas orações e ao socorro do Espírito de Jesus Cristo.
20 Meu ardente desejo e minha esperança são que em nada serei confundido, mas que, hoje como sempre, Cristo será glorificado no meu corpo (tenho toda a certeza disto), quer pela minha vida quer pela minha morte.
21 Porque para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro.
22 Mas, se o viver no corpo é útil para o meu trabalho, não sei então o que devo preferir.
23 Sinto-me pressionado dos dois lados: por uma parte, desejaria desprender-me para estar com Cristo - o que seria imensamente melhor;
24 mas, de outra parte, continuar a viver é mais necessário, por causa de vós...
25 Persuadido disto, sei que ficarei e continuarei com todos vós, para proveito vosso e consolação da vossa fé.
26 Assim, minha volta para junto de vós vos dará um novo motivo de alegria em Cristo Jesus.

Palavra do Senhor.

Salmo - 41/42

Minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo!

Assim como a corça suspira
pelas águas correntes,
suspira igualmente minh´alma
por vós, ó meu Deus!

Minha alma tem sede de Deus
e deseja o Deus vivo.
Quando terei a alegria de ver
a face de Deus?

Peregrino e feliz caminhando para a casa de Deus,
entre gritos, louvor e alegria
da multidão jubilosa.

Evangelho - Lucas 14,1.7-11
Aleluia, aleluia, aleluia.
Tomai meu jugo sobre vós e aprendei de mim, que sou de coração humilde e manso! (Mt 11,29).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
14 1 Jesus entrou num sábado em casa de um fariseu notável, para uma refeição; eles o observavam.
7 Observando também como os convivas escolhiam os primeiros lugares, propôs-lhes a seguinte parábola:
8 “Quando fores convidado às bodas, não te sentes no primeiro lugar, pois pode ser que seja convidada outra pessoa de mais consideração do que tu,
9 e vindo o que te convidou, te diga: ‘Cede o lugar a este’. Terias então a confusão de dever ocupar o último lugar.
10 Mas, quando fores convidado, vai tomar o último lugar, para que, quando vier o que te convidou, te diga: ‘Amigo, passa mais para cima’. Então serás honrado na presença de todos os convivas.
11 Porque todo aquele que se exaltar será humilhado, e todo aquele que se humilhar será exaltado”.

Palavra da Salvação.


 Reflexão

Jesus nos dá um exemplo muito simples e comum, para nos ensinar o que significa ser humilde. A humildade é o reconhecimento da nossa capacidade e da nossa limitação no exercício das nossas obras aqui neste mundo.  No entanto, não nos basta reconhecer a nossa capacidade, competência e limitação. Para que sejamos verdadeiramente humildes diante de Deus, precisamos também honrar o nosso próximo com gestos de consideração e de caridade reconhecendo também a sua competência e tudo a que ele tem direito.  Para isso, necessitamos nos vigiar e não ter a pretensão de ser melhor que os outros tentando nos elevar acima daquilo que nos foi destinado. 

Elevamos a nós mesmos (as) quando nos colocamos acima das outras pessoas e nos sentimos superiores a elas; quando não as reconhecemos como filhos e filhas de Deus, dotadas de dignidade, portanto, com direito aos lugares que lhes foram destinados.   Se fizermos uma reflexão iremos constatar que o nosso viver é uma constante disputa por lugares e privilégios e que estamos sempre, mesmo sem ter consciência, querendo ofuscar o brilho dos outros. Porém, como cristãos, precisamos nos colocar diante de Deus, e humildemente reconhecer que toda a nossa capacidade nos é dada por Ele e só Ele tem autoridade para nos colocar no lugar adequado. Aquele (a) que se diz cristão (ã) há de confiar em Deus que providencia tudo quanto precisamos para bem viver. Portanto, não precisaremos nos apressar para tomar os melhores lugares porque o “nosso melhor lugar” é aquele que Deus já nos reservou para ocupar. – Você gosta dos melhores lugares? – Você admite que alguém lhe passe à frente no estacionamento? – Como você se sente quando isso lhe acontece? – Você lembra-se dos outros quando quer ocupar os primeiros lugares?

   

Helena Serpa

A última Provação da Igreja.

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 Jesus não nos enganou; Ele disse com clareza:

“Então naquele tempo haverá grande tribulação, tal como não houve desde o principio do mundo até agora, nem tornará a haver jamais” (Mt 24,21).

A maioria dos cristãos não gosta de meditar sobre isso, mas não podemos fugir desta realidade.

A Igreja é o Corpo de Cristo; a Cabeça passou pela Paixão e morte para entrar na glória (Lc 24,26). “Porventura não era necessário que Cristo sofresse essas coisas e assim entrasse na Sua glória?” Assim disse Jesus aos discípulos de Emaús.

Então, o Corpo da Igreja também passará pela Paixão final e última. É verdade que nesses 2000 anos ela já sofre a Paixão; os seus mártires derramaram o seu sangue em toda a Terra; em todos os lugares onde a semente do Evangelho foi lançada ao solo, teve de ser regada pelo sangue dos mártires; isto foi em todos os séculos, e é mais ainda hoje diante do Estado Islâmico no Oriente e do laicismo anticatólico no Ocidente.

Os cristãos foram massacrados pelos judeus no primeiro século, e por três séculos seguidos pelos romanos; e depois pelo nazismo, comunismo… A Espanha e o México foram banhados com o sangue dos cristãos nos anos de 1930; e também na Rússia, China, Laus, Camboja, Vietnã e Cuba no século XX. Cristo continua e agonizar e sofrer a Paixão até ele voltar para dar o triunfo definitivo à Igreja.

Sempre houve guerra contra a Igreja, e hoje não é diferente, e vai piorar.

O Catecismo nos fala claro da perseguição final que ela vai sofrer:

“Antes do Advento de Cristo, a Igreja deve passar por essa provação final que abalará a fé de muitos crentes (Lc 18,8; Mt 24,12). “Mas quando vier o Filho do Homem, acaso achará fé sobre a Terra?” (Lc 18,8). “E ante o progresso crescente da iniquidade, a caridade de muitos esfriará” (Mt 24,12).

“A perseguição que acompanha a peregrinação dela na Terra desvendará o ‘mistério da iniquidade’ sob a forma de uma impostura religiosa que há de trazer aos homens uma solução aparente a seus problemas a custa da apostasia da verdade. A impostura religiosa suprema é a do Anticristo; isto é, a de um pseudo messianismo em que o homem glorifica a si mesmo em lugar de Deus e de Seu Messias que veio na carne” (2 Ts 2, 4-12) (1 Ts 5,2-3; I Jo 2, 18-22) (Catecismo n. 675).

O Catecismo termina dizendo que: “A Igreja só entrará na Glória do Reino por meio desta derradeira Páscoa, em que seguirá seu Senhor em Sua Morte e Ressurreição. (Ap 19,1-9) (n. 677). Portanto, o Reino não se realizará por um triunfo histórico da Igreja (Ap 13,8), segundo um progresso ascendente mas por uma vitória de Deus sobre o desencadeamento último do mal (Ap 20,7-10) que fará sua esposa descer do Céu” (Ap 21,2-4). O triunfo de Deus sobre a revolta do Mal assumirá a forma do Juízo Final, depois do derradeiro abalo cósmico deste mundo que passa” (2 Pe 3, 12-13).

São Paulo fala claro da “apostasia da verdade” da fé que muitos cairão.

“A manifestação do ímpio será acompanhada graças ao poder de Satanás, de toda a sorte de portentos, sinais e prodígios enganadores. Ele usará de todas as seduções do mal com aqueles que se perdem por não terem cultivado o amor a verdade, que s teria podido salvar… Desse modo serão julgados e condenados todos os que não deram crédito à verdade, mas consentiram no mal” (2 Ts 2,9-12).

Não é sem razão que o Catecismo diz que: “a salvação está na verdade” (n. 851). O mundo está dividido em duas partes; os que creem no “Espírito da Verdade” (Jo 16,13), o Espírito Santo, e os que seguem o espírito da mentira, Satanás, o “pai da mentira” (Jo 8,44), como o chamou Jesus.

Esta provação final é que separará, definitivamente, o joio do trigo. Deus permitirá ao Príncipe das trevas uma última investida contra a Igreja, como nunca houve; “Então naquele tempo haverá grande tribulação, tal como não houve desde o principio do mundo até agora, nem tornará a haver jamais” (Mt 24,21).

Tudo que os cristãos já sofreram até hoje será repetido e piorado: a perda dos bens, as perseguições, exílios, mortes. O Senhor disse que: “O irmãos entregará o irmão, o pai denunciará o filho, os filhos levantar-se-ão contra os pais e os farão morrer” (Mt 10,21).

Certamente os mosteiros serão destruídos, as Congregações religiosas e Comunidades fechadas, como foi no passado, a hierarquia da Igreja será abalada e perseguida. As Igrejas serão profanadas e incendiadas como na Rússia comunista e na França da Revolução Francesa (1789), e transformadas em lugares de devassidão. “Quando portanto, virdes a abominação da desolação, de que fala o profeta Daniel, instalada no lugar santo então os que estiverem na Judeia fujam para as montanhas” (Mt 24, 15).

Então, os fracos na fé vão se escandalizar de Jesus e da doutrina da Igreja e vão apostatar: aderir aos erros (Mt 24,10). Dirão como Pedro: “Não conheço esse homem” (Mt 26,74). Não conheço a Igreja!

As almas fracas não entenderão que Jesus continua a obra da Redenção na Igreja e em cada alma e que todos devem participar da Sua Paixão (Cl 1,24).

Os que por amor do Mestre, beberem com ele aquele cálice do Getsemani, serão salvos e ajudarão a salvar almas. Mas esses fortes na fé já não serão perturbados. O Senhor os sustentará.

Que importará aos cristãos dos últimos tempos, fortalecidos pela Eucaristia e por Maria, serem perseguidos e verem toda a maldade se abater sobre a Igreja?

Que importa? A Igreja não pode morrer; não pode ser vencida. Apenas está fazendo a sua mais bela colheita para a eternidade.

Quando terminar a colheita, o Cristo aparecerá e com o sopro de sua boca matará o Anticristo e dispersará o seu exército.

“Então, aparecerá o ímpio, aquele que o Senhor destruirá com o sopro da Sua boca e o suprimirá pela manifestação de sua Vinda” (2 Ts 2,8).

Cristo preparará os seus para o último combate – que ninguém sabe quando será – mas que já começou.

“Que são os penas presentes! Elas não têm proporção alguma com a glória que nos espera no céu” (Rm 8,18). Esses heróis dos últimos tempos já estarão, como os primeiros cristãos, despojados de tudo: bens, familiares, prazeres e tudo o mais que os prendia no mundo. Será o exército invencível de Cristo, os que vão com Ele até o Calvário, felizes como os mártires, por uma graça especial.

Será o tempo mais belo da Igreja, porque, os seus algozes, sem o saberem, encherão os celeiros do céu.

É exatamente no tempo da mais terrível perseguição da Igreja, que Jesus faz as suas mais belas conquistas; o céu se enche de almas santas.

Cristo está em cada uma delas para ampará-las e fortalece-las. Em cada alma Ele sofre as injúrias, escárnios, açoites, para completar a obra da Redenção. É porque a alma tem consciência desta Presença divina em sua alma, que ela tem toda a consolação. E ela, então, agradece por tê-la feito digna de poder participar, sem mérito de sua parte, dos sofrimentos de Sua Paixão, e de participar, em breve do triunfo de Sua Ressurreição.

 

Prof. Felipe Aquino

sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Liturgia Diária - Cura no Sábado.


PARÓQUIA DIVINO ESPÍRITO SANTO: Evangelho de hoje, sexta-feira, 30/10/2015

1a Leitura - Filipenses 1,1-11
Leitura da carta de são Paulo aos Filipenses.
1 1 Paulo e Timóteo, servos de Jesus Cristo, a todos os santos em Jesus Cristo, que se acham em Filipos, juntamente com os bispos e diáconos:
2 a vós, graça e paz da parte de Deus, nosso Pai, e da parte do Senhor Jesus Cristo!
3 Dou graças a meu Deus, cada vez que de vós me lembro.
4 Em todas as minhas orações, rezo sempre com alegria por todos vós,
5 recordando-me da cooperação que haveis dado na difusão do Evangelho, desde o primeiro dia até agora.
6 Estou persuadido de que aquele que iniciou em vós esta obra excelente lhe dará o acabamento até o dia de Jesus Cristo.
7 É justo que eu tenha bom conceito de todos vós, porque vos trago no coração, por terdes tomado parte na graça que me foi dada, tanto na minha prisão como na defesa e na confirmação do Evangelho.
8 Deus me é testemunha da ternura que vos consagro a todos, pelo entranhado amor de Jesus Cristo!
9 Peço, na minha oração, que a vossa caridade se enriqueça cada vez mais de compreensão e critério,
10 com que possais discernir o que é mais perfeito e vos torneis puros e irrepreensíveis para o dia de Cristo,
11 cheios de frutos da justiça, que provêm de Jesus Cristo, para a glória e louvor de Deus.
Palavra do Senhor.


Salmo - 110/111
Grandiosas são as obras do Senhor!

Eu agradeço a Deus de todo o coração,
junto com todos os seus justos reunidos!
Que grandiosas são as obras do Senhor,
elas merecem todo o amor e admiração!

Que beleza e esplendor são os seus feitos!
Sua justiça permanece eternamente!
O Senhor bom e clemente nos deixou
a lembrança de suas grandes maravilhas.

Ela dá o alimento aos que o temem
e jamais esquecerá sua aliança.
Ao seu povo manifesta seu poder,
dando a ele a herança das nações.

Evangelho - Lucas 14,1-6
Aleluia, aleluia, aleluia.
Minhas ovelhas escutam minha voz, eu as conheço e elas me seguem (Jo 10,27).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.

14 1 Jesus entrou num sábado em casa de um fariseu notável, para uma refeição; eles o observavam.
2 Havia ali um homem hidrópico.
3 Jesus dirigiu-se aos doutores da lei e aos fariseus: “É permitido ou não fazer curas no dia de sábado?”
4 Eles nada disseram. Então Jesus, tomando o homem pela mão, curou-o e despediu-o.
5 Depois, dirigindo-se a eles, disse: “Qual de vós que, se lhe cair o jumento ou o boi num poço, não o tira imediatamente, mesmo em dia de sábado?”
6 A isto nada lhe podiam replicar.
Palavra da Salvação.

 Reflexão

Esta narrativa de Lucas é mais uma dentre as inúmeras narrativas encontradas nos evangelhos, que destacam a reação e a perseguição dos chefes religiosos de Israel diante do comportamento libertador de Jesus. A cena tem bastante semelhança com a cura no sábado, do homem da mão seca ou da mulher encurvada. Este homem e esta mulher simbolizam o povo imobilizado e encurvado pelo sistema opressor da Lei da sinagoga e do Templo. Agora, o hidrópico representa os ilustres convivas do chefe fariseu, inchados de orgulho e satisfação por suas posições privilegiadas e pelo poder de sua doutrina. A cura do hidrópico significa o ato libertador de Jesus para com os submissos à ideologia doutrinal e legal.
            O descaso para com a observância sabática é uma das práticas mais comuns de Jesus, o que causa a reação dos fundamentalistas observantes. Libertar os que estão sob jugo da ideologia opressora é uma opção prioritária de Jesus. Jesus age com uma coerência que desnorteia aqueles que, apegados ao poder, o rejeitam. Acabarão decidindo, então, que só resta o caminho da violência para eliminar Jesus.
            Porém, Jesus se vai entregar em Sacrifício para ser nosso alimento: Tomai todos e comei. Tomai todos e bebei, isto é o meu corpo este é o meu sangue.  E tudo acontece e tem o seu final no dia da Ressurreição do Senhor, como nos diz são Paulo. Se Cristo não ressuscitou vá é nossa fé.
            Assim sendo, a Eucaristia faz parte do domingo. Na manhã de Páscoa, primeiro as mulheres, depois os discípulos, tiveram a graça de ver o Senhor. Nesse momento, compreenderam que, doravante, o primeiro dia da semana, o domingo, seria o dia dele, o dia de Cristo. O dia do início da criação tornava-se o dia da renovação da criação. Criação e redenção caminham juntas.
            É por isso que o domingo é tão importante. É belo que, nos nossos tempos, em tantas culturas, o domingo seja um dia livre ou, com o sábado, constitua mesmo o que se chama o fim-de-semana livre. Esse tempo livre, contudo, permanece vazio se Deus não estiver aí presente.
            Às vezes, num primeiro momento, pode tornar-se talvez incómodo ter de prever também a Missa no programa do domingo. Mas, se a tal vos comprometerdes, constatareis também que isso é precisamente o que dá a verdadeira razão ao tempo livre. Não vos deixeis dissuadir de participar na Eucaristia dominical e ajudem também os outros a descobri-la. Porque a alegria de que precisamos emana dela, devemos certamente aprender a perceber cada vez mais a sua profundidade, devemos aprender a amá-la. Comprometamo-nos nesse sentido porque isso vale à pena! Descubramos a profunda riqueza da liturgia da Igreja e a sua verdadeira grandeza: não fazemos a festa para nós, mas, pelo contrário, é o próprio Deus vivo que nos prepara uma festa.
 
 
 
 Pe. Bantu Mendonça katchipwi Sayla

Uma oração de Santa Faustina para pedir a Deus um coração misericordioso.

Ela entrou para a vida religiosa em 1924 na Congregação das Irmãs de Nossa Senhora da Misericórdia. Seu confessor, o Beato Michał Sopoćko, exigiu de Santa Faustina que ela escrevesse as suas vivências em um diário espiritual. Desta forma, não por vontade própria, mas por exigência dele, ela deixou a descrição das suas vivências místicas, que ocupa algumas centenas de páginas. Em uma de suas páginas encontramos essa belíssima oração, muito oportuna para rezarmos:

“Ajudai-me, Senhor, para que os meus olhos sejam misericordiosos, de modo que eu jamais suspeite nem julgue as pessoas pela aparência externa, mas perceba a beleza interior dos outros e possa ajuda-los.

Ajudai-me, Senhor, para que os meus ouvidos sejam misericordiosos, de modo que eu esteja atenta às necessidades dos meus irmãos e não me permitais permanecer indiferente diante de suas dores e lágrimas.

Ajudai-me, Senhor, para que a minha língua seja misericordiosa, de modo que eu nunca fale mal dos meus irmãos; que eu tenha para cada um deles uma palavra de conforto e de perdão.

Ajudai-me, Senhor, para que as minhas mãos sejam misericordiosas e transbordantes de boas obras, nem se cansem jamais de fazer o bem aos outros, enquanto, aceite para mim as tarefas mais difíceis e penosas.

Ajudai-me, Senhora, para que sejam misericordiosos também os meus pés, para que levem sem descanso ajuda aos meus irmãos, vencendo a fadiga e o cansaço; o meu repouso esteja no serviço ao próximo.

Ajudai-me, Senhor, para que o meu coração seja misericordioso e se torne sensível a todos os sofrimentos do próximo; ninguém recebe uma recusa do meu coração. Que eu conviva sinceramente mesmo com aqueles que abusam de minha bondade. Quanto a mim, me encerro no Coração Misericordiosíssimo de Jesus, silenciando aos outros o quanto tenho que sofrer.

Vós mesmo mandais que eu me exercite em três graus da misericórdia; primeiro: Ato de misericórdia, de qualquer gênero que seja; segundo: Palavra de misericórdia – se não puder com a ação, então com a palavra; terceiro: Oração. Se não puder demonstrar a misericórdia com a ação nem com a palavra, sempre a posso com a oração. A minha oração pode atingir até onde não posso estar fisicamente.

Ó meu Jesus, transformai-me em Vós, porque Vós tudo podeis”.

 

Santa Faustina Kowalska

 

quinta-feira, 29 de outubro de 2020

Liturgia Diária - Jerusalém é também o nosso destino.


meditação do dia 29/10/15- Lamento sobre Jerusalém | Católico, volta pra  casa!

1a Leitura - Efésios 6,10-20
Leitura da carta de são Paulo aos Efésios.

6 10 Finalmente, irmãos, fortalecei-vos no Senhor, pelo seu soberano poder.
11 Revesti-vos da armadura de Deus, para que possais resistir às ciladas do demônio.
12 Pois não é contra homens de carne e sangue que temos de lutar, mas contra os principados e potestades, contra os príncipes deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal (espalhadas) nos ares.
13 Tomai, por tanto, a armadura de Deus, para que possais resistir nos dias maus e manter-vos inabaláveis no cumprimento do vosso dever.
14 Ficai alerta, à cintura cingidos com a verdade, o corpo vestido com a couraça da justiça,
15 e os pés calçados de prontidão para anunciar o Evangelho da paz.
16 Sobretudo, embraçai o escudo da fé, com que possais apagar todos os dardos inflamados do Maligno.
17 Tomai, enfim, o capacete da salvação e a espada do Espírito, isto é, a palavra de Deus.
18 Intensificai as vossas invocações e súplicas. Orai em toda circunstância, pelo Espírito, no qual perseverai em intensa vigília de súplica por todos os cristãos.
19 E orai também por mim, para que me seja dado anunciar corajosamente o mistério do Evangelho,
20 do qual eu sou embaixador, prisioneiro. E que eu saiba apregoá-lo publicamente, e com desassombro, como é meu dever!
Palavra do Senhor.

Salmo - 143/144
Bendito seja o Senhor, meu rochedo!

Bendito seja o Senhor, meu rochedo,
Que adestrou minhas mãos para a luta
E os meus dedos treinou para a guerra!

Ele é meu amor, meu refúgio,
Libertador, fortaleza e abrigo;
É meu escudo: é nele que espero,
Ele submete as nações a meus pés.

Um canto novo, meu Deus, vou cantar-vos,
Nas dez cordas da harpa louvar-vos,
A vós que dais a vitória aos reis
E salvais vosso servo Davi.

Evangelho - Lucas 13,31-35

Aleluia, aleluia, aleluia.

Bendito é o rei que vem em nome do Senhor! Glória a Deus nos altos céus e na terra paz aos homens! (Lc 19,38;2,14)

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
13 31 No mesmo dia chegaram alguns dos fariseus, dizendo a Jesus: “Sai e vai-te daqui, porque Herodes te quer matar”.
32 Disse-lhes ele: “Ide dizer a essa raposa: eis que expulso demônios e faço curas hoje e amanhã; e ao terceiro dia terminarei a minha vida.
33 É necessário, todavia, que eu caminhe hoje, amanhã e depois de amanhã, porque não é admissível que um profeta morra fora de Jerusalém.
34 Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os enviados de Deus, quantas vezes quis ajuntar os teus filhos, como a galinha abriga a sua ninhada debaixo das asas, mas não o quiseste!
35 Eis que vos ficará deserta a vossa casa. Digo-vos, porém, que não me vereis até que venha o dia em que digais: ‘Bendito o que vem em nome do Senhor!’”
Palavra da Salvação.

 Reflexão

Jesus caminhava para a morte e tinha consciência do que iria ter que enfrentar, pois sabia o que o esperava em Jerusalém. Jerusalém, a cidade santa, seria o palco dos acontecimentos. Era lá que estava erguido o templo e, ao mesmo tempo seria lá que Jesus morreria e, depois de três dias, ressuscitaria. Jesus caminhava para o desfecho final e continuava firme no Seu propósito de fazer a vontade do Pai, por isso não estava preocupado com o que Herodes poderia fazer com Ele.  Jerusalém é também o nosso destino, é para a Jerusalém celeste que caminhamos. Jesus Cristo abriu o caminho para nós e não precisaremos ser flagelados nem crucificados, pois Ele mesmo já o foi por nós. No entanto, precisamos caminhar com coragem para atravessar os vales sombrios da nossa vida. Jesus não temeu os homens e permaneceu fiel ao Pai, apesar de, como homem, ter inteira liberdade para dar justificativas de afastar-se de Jerusalém porque o rei queria matá-lo. No entanto, o Seu ideal de vida era justamente “beber o cálice” que Lhe estava destinado. E assim, permaneceu fiel aos Seus propósitos.

Contemplando Jerusalém Jesus chorou por aqueles que não O acolheram e previu para eles um tempo de abandono e dispersão.  Nós podemos também nos colocar no lugar de Jerusalém, o povo que não aceita a salvação de Jesus e não aproveita o tempo em que é visitado. Muitas vezes rejeitamos a Deus, não caminhamos segundo a Sua Palavra, não seguimos os Seus ensinamentos e perdemos o valioso tempo em que estamos vivendo aqui na terra. Jesus também chora diante de nós e lamenta a nossa ignorância, mesmo assim, torce e espera que no devido tempo possamos dizer de coração: “Bendito aquele que veio em nome do Senhor”.    – Você tem desistido de assumir a salvação em vista das dificuldades? - Você tem coragem de enfrentar os "seus inimigos" como Jesus os enfrentou? – Você tem medo de se entregar pela causa do Evangelho?   - Você é uma pessoa que caminha firme para a santidade mesmo sabendo que dificuldades o (a) esperam? - Você foge da realidade quando percebe algum indício de sofrimento?

 

Helena Serpa

3 erros (e 3 acertos) que cometemos durante a oração.

Felizmente, a Igreja nos ajuda a encontrar as atitudes certas em relação ao modo como rezamos
No trigésimo domingo do tempo comum, ano C, Jesus traz boas e más notícias para nós em relação à oração.
A má notícia é que, muitas vezes, cometemos os mesmos erros de oração que o fariseu comete em sua história. Porém, a boa notícia é que a Igreja se certificou de que também imitamos o coletor de impostos algumas vezes.

Nosso primeiro erro é que direcionamos nossa oração para o lugar errado.

“O fariseu assumiu sua posição e fez esta oração a si mesmo”, diz Jesus.

Não apenas fazemos isso, mas, às vezes, nos orgulhamos disso. Quando dizemos que somos mais “espirituais” do que “religiosos”, provavelmente queremos dizer que somos reflexivos e compreendemos a dimensão mais profunda de nossas vidas.

Podemos até rezar. Nós refletimos sobre nossas vidas, tentando ser a melhor versão de nós mesmos, e entramos em contato com nossos sentimentos. E isso é bom, em seu devido lugar. Mas pense no que isso pode significar: “refletir” é literalmente autocontemplação, e focar em nós mesmos significa “assumir uma posição” inapropriadamente próxima da de Deus.

Graças a Deus, a Igreja constantemente nos coloca de volta na posição de cobrador de impostos.

“Mas o cobrador de impostos ficou à distância e nem sequer levantou os olhos para o céu, mas bateu no peito e orou: ‘Ó Deus, seja misericordioso comigo, um pecador’”, diz Jesus.

A Igreja garante que todos façamos o seguinte: quando rezamos o Ato Penitencial no início da Missa, literalmente batemos no peito como o publicano e ecoamos seu pedido de misericórdia.

Nosso segundo erro é comparar-nos a maus modelos.

Em seguida, o fariseu diz: “Ó Deus, agradeço por não ser como o resto da humanidade – ganancioso, desonesto, adúltero – ou mesmo como esse cobrador de impostos”.

Comparando-se a pecadores endurecidos, ele é tão absurdo quanto um corredor que se compara a pessoas aleijadas ou como nós quando olhamos para nossas vidas e as comparamos com pessoas que não tiveram os dons que tivemos – os discípulos que nos alcançaram e a graça da conversão.

Seu orgulho o faz imaginar que o “resto da humanidade” é ruim. Fazemos isso o tempo todo – julgando os de outro partido político ou religião, ou de outros católicos que não são como nós.

Mais uma vez, a Igreja ajuda a evitar esse erro, lembrando-nos quem estamos imitando e com quem estamos.

O cobrador de impostos se concentra na misericórdia de Deus – e se coloca na categoria “pecador”.

A Igreja nos ajuda a fazer a mesma coisa, mas colocando Jesus Cristo diante de nós como nosso exemplo e nos colocando diretamente na companhia de pecadores em nossa igreja.

O que nos leva ao terceiro erro: esperamos que Deus fique impressionado conosco.

Em seguida, o fariseu se vangloria de Deus, dizendo: “Jejuo duas vezes por semana e pago o dízimo em toda a minha renda”.

Eu não posso ser a única pessoa que faz isso também. Parece que a minha vida espiritual tem dois modos: ou estou aquém dos meus objetivos e me sinto culpado por isso, ou realmente consegui agir e me sinto o maior presente da humanidade para Deus.

Tanto a culpa como o orgulho estão errados. Como o Salmo diz: “O Senhor está próximo do coração partido, e daqueles que são esmagados pelo espírito, ele salva”. E, como diz a primeira leitura, Deus “não conhece favoritos”.

Ele é Deus; qualquer ganho que obtemos é apenas a cooperação com a realidade dele, e qualquer falha que cometemos em nossas vidas é apenas uma oportunidade perdida.

O cobrador de impostos é o único na história que impressiona Jesus, e São Paulo conhece seu segredo.

O segredo do coletor de impostos é que ele recebe de Deus o que precisa. É o mesmo com São Paulo.

A princípio, pode parecer que São Paulo, na segunda leitura, é muito parecido com o fariseu. Soa como se gabar quando ele diz: “Eu competi bem; Eu terminei a corrida; Eu tenho mantido a fé. A partir de agora, a coroa da justiça me espera.

Mas veja o contexto. Essa “coroa de justiça” será concedida “a todos que almejaram sua aparência” e Paulo é incluído apenas porque “o Senhor me apoiou e me deu força” depois que ele “foi resgatado da boca do leão”, ele diz .

Em resumo, Paulo segue a fórmula que a Igreja nos apresentou em outubro. Os Evangelhos apresentaram três imagens de oração: o leproso que agradeceu a Jesus por sua cura, a viúva confrontando o juiz injusto e hoje. A lição: nossa oração deve ter a base da gratidão e da humildade.

 

Fonte: https://pt.aleteia.org/2019/10/25/3-erros-e-3-acertos-que-cometemos-durante-a-oracao/

Onde estão os túmulos dos 12 apóstolos?

 

Um artigo de ‘National Catholic Register’ informou sobre os lugares onde, com maior certeza e baseando-se em pesquisas atualizadas por arqueólogos, estariam os túmulos dos 12 apóstolos.

Os doze apóstolos são: Simão, chamado Pedro, e seu irmão André; Tiago Maior (filho de Zebedeu) e seu irmão João; Felipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano; Tiago Menor (filho de Alfeu); Simão, o cananeu, Judas Tadeu e Judas Iscariotes, que entregou Jesus. Em substituição a este último, Matias foi nomeado posteriormente.

São Pedro

O artigo do escritor Thomas Craughwell, indica que durante os últimos 100 anos, os arqueólogos quase confirmaram a localização dos túmulos de São Pedro, São Paulo e São João.

Por volta do ano 64, São Pedro foi crucificado de cabeça para baixo por Nero na colina do Vaticano. Os cristãos recuperaram seu corpo e o enterraram em um cemitério próximo. Por volta do ano 326, o imperador Constantino nivelou o que restava da arena e da colina e erigiu uma grande basílica com o altar-mor colocado sobre o túmulo de São Pedro. Mas, depois de séculos de restaurações e reconstruções, a localização do túmulo foi perdida. A tradição continuava insistindo que os ossos de Pedro estavam debaixo do altar-mor de sua basílica, mas ninguém o havia visto em séculos.

Em 1939, os trabalhadores cavavam uma sepultura para o Papa Pio XI nas grutas debaixo de São Pedro, quando um deles sentiu que sua pá não encontrava mais terra. Ao passar uma lanterna pelo buraco, a equipe viu o interior de um mausoléu do século II. A exploração revelou uma necrópole romana inteira e perfeitamente preservada que foi coberta a pedido de Constantino. Diretamente debaixo do altar principal de São Pedro, os arqueólogos encontraram um túmulo simples que continha os ossos de um homem robusto e de idade avançada. Inúmeras orações e petições a São Pedro foram encontradas na parede do túmulo, assim como uma inscrição grega que dizia: “Pedro está dentro”. Após anos de estudo, São Paulo VI declarou em 1968 que os ossos daquela sepultura pertenciam a São Pedro.

São João

A tradição indica que São João Evangelista morreu em Éfeso, no local onde hoje é a Turquia, por volta do ano 100. No século IV, depois que Constantino colocou fim à perseguição contra a Igreja, os cristãos de Éfeso construíram uma capela sobre o túmulo do apóstolo. No século V, o imperador Justiniano substituiu a capela por uma grande basílica. Depois que a região foi conquistada pelos turcos, a basílica se tornou uma mesquita que, por sua vez, foi destruída por Tamerlão em 1402. Na década de 1920, equipes arqueológicas da Grécia e da Áustria escavaram os restos da basílica e encontraram o túmulo de São João dentro dela. O túmulo estava vazio e ninguém sabe o que aconteceu com o corpo do apóstolo.

Santo André

Santo André, o primeiro homem a quem Cristo chamou para ser apóstolo, foi o irmão de São Pedro. Diz-se que depois da ascensão de Cristo ao Céu, André levou o Evangelho às terras que, atualmente, são a Rússia e a Ucrânia. Depois, em sua velhice, viajou para a Grécia, onde foi martirizado na cidade de Patras. Os cristãos locais o enterraram lá, mas no ano 357, a maioria de seus ossos foram transladados para Constantinopla. Em 1204, os cruzados italianos saquearam o santuário de Santo André e levaram suas relíquias para Amalfi, onde permanecem até hoje.

Em 1964, São Paulo VI devolveu algumas das relíquias de André à Igreja Ortodoxa Grega e elas foram novamente consagradas na basílica construída sobre o que se acredita ser o túmulo original do apóstolo.

São Tiago Maior

No ano 44, Tiago Maior, irmão de São João, foi martirizado em Jerusalém, sendo o primeiro dos apóstolos a dar a vida pela fé católica. Segundo a tradição, seu corpo foi milagrosamente transportado para o norte da Espanha e enterrado em um cemitério cristão (os espanhóis acreditam que durante as viagens missionárias de Tiago através do Mediterrâneo, ele pregou o evangelho na Espanha).

Uma lenda popular diz que as relíquias do apóstolo permaneceram ali, esquecidas, até o ano 814, quando um eremita chamado Pelayo seguiu uma estrela para um campo aberto e descobriu os restos do apóstolo. Hoje, estão consagrados na Catedral de São Tiago em Santiago de Compostela. Curiosamente, sob a catedral, os arqueólogos encontraram um cemitério cristão do primeiro século.

São Tiago Menor

Tiago Menor serviu como o primeiro bispo de Jerusalém e foi martirizado nesta região: jogado do telhado do templo e, como ainda estava vivo, foi espancado e apedrejado até a morte. Segundo a tradição, São Tiago foi enterrado no Monte das Oliveiras, com vista para Jerusalém. No século VI, o imperador Justiniano II transferiu suas relíquias para Constantinopla. Em algum momento, parte ou talvez todas as relíquias de São Tiago foram transladadas para a Igreja dos Doze Apóstolos em Roma, onde estão atualmente no mesmo santuário com as relíquias de seu companheiro apóstolo, São Felipe.

São Felipe

Em julho de 2011, arqueólogos trabalhando na Turquia anunciaram que tinham descoberto o que acreditavam ser o túmulo original de São Felipe. O sarcófago romano do primeiro século foi encontrado nos escombros de uma igreja do quarto ou quinto século, dedicada ao apóstolo. Segundo uma tradição registrada no documento apócrifo do século IV, conhecido como Atos de Felipe, por volta do ano 80, o apóstolo foi preso em Hierópolis, pregado pelos pés em uma árvore, de cabeça para baixo e, finalmente, decapitado.

O local do túmulo de São Felipe se tornou um lugar de peregrinação e os arqueólogos descobriram o caminho que conduzia ao Martyrium ou ao santuário dos mártires. O santuário foi destruído no século VII por um violento terremoto e incêndio; as relíquias de São Felipe foram transladadas para Constantinopla e de lá para Roma, onde foram consagradas com as relíquias de São Tiago Menor, na Igreja dos Doze Apóstolos.

Quando os arqueólogos abriram o sarcófago em Hierópolis, não encontraram ossos humanos no túmulo, por isso é possível que os restos mortais de São Felipe estejam preservados na cripta dos Doze Apóstolos em Roma.

Tomé, Bartolomeu, Mateus, Simão, Judas Tadeu e Matias

A antiga tradição diz que São Tomé viajou mais longe do que qualquer dos outros apóstolos, pregando o Evangelho na Índia, onde foi martirizado por um sacerdote hindu que o perfurou com uma lança. Hoje, uma parte dos ossos de São Tomé é reverenciada na Basílica de São Tomé, em Chennai (Índia). De alguma forma, a maioria de seus restos mortais foi transladada para Edessa, na Mesopotâmia. Em 1258, essas relíquias foram levadas para Ortona (Itália), onde são encontradas em um baú de ouro dentro de um altar de mármore branco na Basílica de São Tomé Apóstolo.

Conta-se que depois de Pentecostes, São Bartolomeu levou o cristianismo para a Armênia, onde foi martirizado depois de ser esfolado vivo. Em 809, as relíquias de São Bartolomeu foram transladadas de seu túmulo na Armênia para Lipar, e depois, em 838, para Benevento, no sul da Itália. Em 983, o imperador romano Otto III ergueu em Roma uma igreja na Ilha Tiberina, no rio Tibre; dedicou a igreja a São Bartolomeu e levou para lá uma parte das relíquias do apóstolo. Tanto Roma como Benevento são os principais santuários de São Bartolomeu.

O cobrador de impostos que se tornou evangelista, São Mateus, pregou na Etiópia, onde foi martirizado durante a celebração da Missa. Em 954, as relíquias de São Mateus foram levadas de seu túmulo na Etiópia para a cidade de Salerno, na Itália. As relíquias são veneradas na cripta da catedral de São Mateus de Salerno.

Todos os anos, milhões de peregrinos visitam a Basílica de São Pedro de Roma, e a maioria deles caminha pelo altar que abriga as relíquias do imensamente popular São Judas Tadeu e de São Simão, menos venerado.

A tradição narra que os dois apóstolos viajaram juntos para pregar o evangelho na Pérsia, onde foram martirizados: Judas foi espancado com um pau até a morte e Simão foi cortado ao meio. Não se tem certeza sobre quando suas relíquias foram transferidas para Roma.

Os onze apóstolos sobreviventes escolheram São Matias para substituir Judas Iscariotes, que traiu Nosso Senhor e depois tirou a própria vida. Diz-se que por volta do ano 326, a Imperatriz Santa Helena encontrou o túmulo de São Matias em Jerusalém e enviou suas relíquias aos cristãos de Trier (Alemanha). Seus restos mortais ainda são venerados na Basílica de São Matias de Trier.

Os restos mortais de São Paulo

Embora Saulo de Tarso – mais tarde chamado Paulo – não fizesse parte dos apóstolos que seguiram Jesus, ele também é conhecido como o apóstolo dos gentios.

Segundo a tradição, São Paulo foi decapitado no mesmo dia em que São Pedro foi crucificado. Constantino não se esqueceu de São Paulo: construiu uma basílica sobre o túmulo do apóstolo na Via Ostiense. Em 2009, o Papa Bento XVI anunciou que, após vários anos de estudo, os arqueólogos do Vaticano se sentiram confiantes de que os restos mortais consagrados em um sarcófago debaixo do altar principal da Basílica de São Paulo Fora dos Muros de Roma são, de fato, as relíquias de São Paulo.

“Os fragmentos ósseos, submetidos ao exame do carbono 14 por parte de especialistas que desconheciam a proveniência dos mesmos, resultaram pertencentes a uma pessoa que viveu entre os séculos I e II. Isto parece confirmar a tradição unânime e incontestável, que se trata dos despojos mortais do Apóstolo Paulo”, disse Bento XVI.

 

Fonte: https://www.acidigital.com/noticias/onde-estao-os-tumulos-dos-12-apostolos-66941

quarta-feira, 28 de outubro de 2020

Liturgia Diária - Oração e eleição dos doze Apóstolos.

 
Consagrada para amar: Evangelho 28/10/2015 - Chamou seus discípulos

1a Leitura - Efésios 2,19-22
Leitura da carta de são Paulo aos Efésios.

2 19 Conseqüentemente, já não sois hóspedes nem peregrinos, mas sois concidadãos dos santos e membros da família de Deus,
20 edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, tendo por pedra angular o próprio Cristo Jesus.
21 É nele que todo edifício, harmonicamente disposto, se levanta até formar um templo santo no Senhor.
22 É nele que também vós outros entrais conjuntamente, pelo Espírito, na estrutura do edifício que se torna a habitação de Deus.
Palavra do Senhor.

Salmo - 18/19A

Seu som ressoa e se espalha em toda a terra.

Os céus proclamam a glória do Senhor,
e o firmamento, a obra de suas mãos;
o dia ao dia transmite essa mensagem,
a noite à noite publica essa notícia.

Não são discursos nem frases ou palavras,
nem são vozes que possa ser ouvidas;
seu som ressoa e se espalha em toda a terra,
chega aos confins do universo a sua voz.

Evangelho - Lucas 6, 12-19

Aleluia, aleluia, aleluia.
A vós, ó Deus, louvamos, a vós, Senhor, cantamos; vos louva, ó Senhor, o corro dos apóstolos!

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
6 12 Naqueles dias, Jesus retirou-se a uma montanha para rezar, e passou aí toda a noite orando a Deus.
13 Ao amanhecer, chamou os seus discípulos e escolheu doze dentre eles que chamou de apóstolos:
14 Simão, a quem deu o sobrenome de Pedro; André, seu irmão; Tiago, João, Filipe, Bartolomeu,
15 Mateus, Tomé, Tiago, filho de Alfeu; Simão, chamado Zelador;
16 Judas, irmão de Tiago; e Judas Iscariotes, aquele que foi o traidor.
17 Descendo com eles, parou numa planície. Aí se achava um grande número de seus discípulos e uma grande multidão de pessoas vindas da Judéia, de Jerusalém, da região marítima, de Tiro e Sidônia, que tinham vindo para ouvi-lo e ser curadas das suas enfermidades.
18 E os que eram atormentados dos espíritos imundos ficavam livres.
19 Todo o povo procurava tocá-lo, pois saía dele uma força que os curava a todos.
Palavra da Salvação.

 Reflexão

Jesus, ao assumir a natureza humana, assumiu-a  por inteira, exceto no pecado. 
É um engano pensar, que por Jesus ser Deus, o seu sofrimento, as suas dores, tenham sido menos intensas do que as nossas, pois não foi, o Deus encarnado, passou pela a mesma experiência que passamos: Jesus chorou, sentiu dor como qualquer um de nós.
O evangelho que a liturgia de hoje nos convida a refletir, nos mostra o quão Jesus era dependente do Pai, antes de tomar qualquer decisão, Ele recorria ao Pai.
O texto que nos é apresentado, é profundo, nos convida a meditar sobre um momento decisivo na vida de Jesus, o momento em que Ele busca no Pai, discernimento para a escolha daqueles que ficariam responsáveis em dar continuidade a sua missão aqui na terra.

Como sabemos, Jesus tinha muitos discípulos, e como seria impossível instruir bem uma multidão, Ele quis formar um pequeno grupo, o qual Ele poderia dedicar-se mais de perto na formação destes, que mais tarde iriam dar testemunho Dele no mundo, continuar a sua missão. Evidentemente, um grupo pequeno, participando diretamente do seu cotidiano, teria muito mais condições de absorver os seus ensinamentos, tanto pela escuta da sua palavra, quanto pelo o seu exemplo.
Jesus não quis fazer a escolha dos doze discípulos, que passaram a serem chamados de apóstolos, por si só, provavelmente, para não se deixar levar pelo o seu lado humano, isto é, escolher os mais bonzinhos, aqueles que Ele tinha mais afinidade. Para esta escolha, Jesus buscou a ajuda  do Pai, depois de uma noite inteira em oração, Ele já estava certo de quais seriam os que o Pai havia destinado para serem os seus primeiros colaboradores.
Com a escolha dos doze apóstolos, é formada a primeira comunidade cristã, o cerne da igreja de Jesus.
É interessante perceber, que esta escolha, não caíra sobre homens especiais, e sim, sobre pessoas simples, dotadas de virtudes e defeitos como qualquer um de nós, o que nos  mostra a diferença entre os critérios dos homens e os critérios de Deus. Os homens escolhem pessoas capacitadas para formar uma equipe, enquanto que Deus, primeiro escolhe, depois capacita os seus escolhidos.

Como os primeiros apóstolos, nós também, somos escolhidos por Deus, para sermos continuadores da presença de Jesus no mundo, com o compromisso de difundir o evangelho, de fazer com quê o Reino de Deus aconteça no meio de nós!
Antes de tomarmos qualquer decisão, atitude, subamos à “montanha” e busquemos discernimento no Pai através da oração, como fazia Jesus!
O subir à "montanha" e descer à "planície" devem ser nossos movimentes diários.
Precisamos subir á “montanha,” nos isolar do mundo por alguns instantes, para um encontro conosco mesmo, através de um encontro com o Pai! Após este encontro, é o próprio Pai nos remete à “planície" abastecidos interiormente.
A oração é sinal de dependência de Deus, de quem reconhece a sua limitação e recorre Àquele que tudo pode! Se quisermos seguir os passos de Jesus, não podemos prescindir destas duas vertentes: oração e ação!
Oração e ação, duas vertentes que foram imprescindíveis na vida de Jesus e que devem ser imprescindíveis na nossa vida também.




Reflexão de Olivia Coutinho