sábado, 28 de novembro de 2009

FÉ E CONVERSÃO

VIGÍLIA DE ADORAÇÃO AO SENHOR JESUS

Como de costume, toda última sexta-feira de cada mês o Grupo de Oração Semeando a paz, realiza na Capela São Benedito a vígilia de adoração ao Senhor Jesus.
Na ultima sexta(27/11/09), por motivos que preferimos ignorar e por não valer a pena serem expressos, não foi possível realizar a referida vigília.
Com o tema Fé e Conversão, esta, através da reflexão da palavra levaria a todos que ali estivessem, uma séria advertência sobre o que estamos fazendo, como estamos fazendo e de como estamos vivendo nossa fé.
Como a palavra era pra ser dita, não poderá deixar de ser expressa, mesmo que a sua forma seja a escrita, pois, àqueles que tiverem oportunidade de buscar seu acesso, talvez encontrem a resposta que deveria ter sido ouvida e que para aquela ocasião teve sua expressão impedida.
Será que estamos vivendo nossa fé de forma verdadeira ou estamos nos autoenganando? Pense no que você faz diariamente. No porque de está indo a Santa Missa ou no que está indo buscar no grupo de oração.
Se é tão frequente nas missas e não perde um grupo de oração, louvando, orando, adorando e sorrindo, por que que na primeira tribulação você desaba? Meu irmão, se sua fé anda assim, seu processo de conversão ainda não começou. Você ainda está tentando ser discípulo.
Agora sabe o que é mais duro de se saber? Que Jesus por diversas vezes rejeitou aqueles que tentaram seguilo de forma inadequada. (Mt 19,16-22).
Em Jo 3, Nicodemos louvava os ensinamentos e os milagre de Jesus. Era um momento pelo qual muitos de nós passamos quando somos despertados para este chamado. Ficamos fascinados por tanta sabedoria, amor e compaixão. Por tantos milagres. Mas, sabe qual a resposta de Jesus a Nicodemos? Que toda a sua posição nos ensinamentos religiosos, quer todo seu serviço prestado ao Judaismo estava inadequado e que ele deveria começar tudo de novo. Será que alguns de nós hoje não somos Nicodemos? A rejeiçao de Jesus não é porque ele quisesse. Ele veio para as ovelhas perdidas. Buscar o que estava perdido (Lc19,10). Sua rejeição se dava porque ele sabia que não seria fácil segui-lo. Sabia que os homens estariam dados a se autoenganar, acreditando serem seus discípulos, quando na verdade não o eram.
O Senhor nunca deixou de declarar o que a conversão exige. Na Bíblia encontramos uma cena apavorante(Mt7,21-23). Aqueles homens aguardavam sua aceitação. Tinham por certo a profissão da boca do Senhor "Vinde, benditos de meu Pai"(Mt25,34). Se consideravam herdeiros dos novos céus e novas terras. No entanto, foram rejeitados. Mas, sabe o que foi pior? Ouvir do Senhor a declaração de nunca tê-los conhecido. Isso foi e é duro demais. Sabe o que isso significa irmãos? Que hoje o que fazemos, a forma como vivemos se não se estiver adequada, hoje mesmo, já somos desconhecidos Dele. Achamos que fazemos tanto e Ele nem nos conhece. O que Jesus exige afinal? Em Matheus 18,1-5, é nos ensinados o a humildade como fator pra diferenciar o verdadeiro discípulo. Reconhecer-se pequeno. Voltar a ser Crianças. Reconhcer nossa pequenez, voltar-se ao arrependimento (Mt3,1-10 - aliás seria a leitura proferida), é o primeiro passo em direção as Bem aventuranças. Ser pobre em espiríto, ou seja, buscar encontrar dentro de nós nossos vazios, misérias e incertezas. Mas, será que estamos prontos para sermos humilhados? Decepcionados? Magoados ou feridos? Rejeitados e perseguidos? Veja o que Jesus nos diz em Lucas 14,28. Ele nos ensina a sentar e planejar se vale a pena mudar de vida. Calcular os custos da mudança. O preço da conversão. Jesus nunca enganou a ninguém. "Quer me seguir? Toma a suz cruz e venha". O arrependimento é a forma pela qual me leva a verdadeira conversão. Conversão traz renúncia e a renúncia implica dizer deixar a vida velha. É o renascer de Nicodemos. É o sepultar o Homem velho e isso não é fácil, não é simples. Exige coragem(Mt 11,12). Não estamos sozinhos. A nós, foi dado um Paráclito. Uma força do alto. O Poder de um Deus vivo. Um Deus de amor.
Que as palavras do Batista, que são também as primeiras palavras do Cordeiro, do Redentor e que ainda ecoam nos nossos dias, nos façam refletir, cair em si mesmos e retornar à verdadeira conversão. Sair de junto dos porcos e retomar ao caminho de voltar para a casa do Pai.
"Convertam-se porque o Reino dos Céus está próximo"Mt3,2 ; Mc 1,15.
Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo.

"...SOBRE ESTA ROCHA, EDIFICAREI MINHA IGREJA."

A BELEZA DA FÉ CATÓLICA
Em Gênesis no capítulo 2, a Bíblia diz que Deus criou o homem e a mulher dando a liberdade, deles poderem comer tudo o que eles encontrassem no jardim do Eden, simbolizando a amizade de Deus com o homem. É a mesma coisa de quando temos um amigo e o colocamos dentro de casa. Abrimos nosso coração e entregamos tudo a essa amizade, uma cumplicidade. Foi assim que aconteceu com o homem e mulher, Deus deu tudo a eles. Deus deu o dom de imortalidade, dom da ciência, e todos os outros dons, foi quando o demônio veio e pela vaidade começou a dizer para eles que deveriam comer a fruta proibida e instigou para que desobedecessem a Deus.
Por que ele foi tentar a mulher e não o homem? Porque a mulher influenciaria o homem mais facilmente do que o diabo, pois o homem é influenciável pela mulher. Assim como uma mulher pode levá-lo a perdição ela também pode levá-lo a salvação. Quantos homens foram salvos por uma mulher e quantos caíram pelas mulheres. Adão e Eva desobedeceram e quiseram ser como o criador, assim como o demônio invejava a Deus. “O salário do pecado é a morte” (Rom 3,23), entrando o pecado veio a morte para a humanidade através de um homem.
A perdição é você perder Deus, por isso as pessoas falam perdido. O inferno é a pessoa viver sem Deus. O pecado entrando por um homem era necessário que outro homem morresse por nós. O demônio seqüestrou-nos de Deus. O pecado entrou no mundo e daí entrou a morte, e a humanidade se separou de Deus.
Os santos doutores nos ensinaram que quando pecamos nos separamos de Deus, e hoje já se tem o perdão pela morte de Jesus Cristo. Por pura vaidade e fraqueza, ficar longe de Deus, num lugar que só tem choro, tristeza e escuridão e nada parece ficar bem. A conseqüência do pecado vem de gerações, Deus encheu Adão e Eva de riquezas, mas perdemos. Assim como nosso pai é rico e perde todo dinheiro, nós seremos pobres, com a conseqüência do pecado de Adão e Eva nós perdemos toda riqueza e dons que eles tinham e ainda tivemos a conseqüência do pecado original.
A cruz é a imagem mais concreta e valiosa do cristianismo. Jesus se fez homem, nos amou e morreu por nós. Quando nós dizemos que Deus não nos ama, é uma blasfêmia. “Nisto consiste o amor: não em termos nós amado a Deus, mas em ter-nos Ele amado, e enviado o seu Filho para expiar os nossos pecados” (I João 4, 10). Deus nos amou tanto que os deu Seu Filho Jesus. A nossa culpa foi assumida por Jesus. Para que nenhum de nós fosse pregado na cruz, Ele se fez crucificar-se para nos salvar. O amor é mais forte que a morte.
Assim como por um homem entrou o pecado, por outro Homem entrou a salvação. Jesus rasgou nossa culpa quando foi crucificado por nós e isso acontece quando somos batizados; todo batizado que crer na salvação será salvo, mas se for batizado e não crer será como morto.

Nós como cristãos, temos o dever batizar nossos filhos assim que nascerem para terem a salvação. Por que deixar seu filho até 20 anos sem batizar? Para quê perguntar se ele quer ser batizado ou não, se o que está em jogo é a salvação eterna dele? Você vai perguntar quando ele é pequeno se ele quer tomar vacina para não ficar doente? Lógico que não, é obvio. Pais, por que não batizam seus filhos assim que nascerem? “Ou ignorais que todos os que fomos batizados em Jesus Cristo, fomos batizados na sua morte”? (Rom 6, 3). Não sabeis que aquele que é batizado participa da ressurreição de Cristo? Quantas crianças nascem mortas e mesmo no hospital você pode batizá-la com água, quando não há tempo de levá-la ao sacerdote, mas é necessário batizar para o bebezinho não ir para o inferno, daí ela morre e vai direto para o céu. “Em nenhum outro há salvação, porque debaixo do céu nenhum outro nome foi dado aos homens, pelo qual devamos ser salvos” (Atos 4, 12). Não há salvação fora do nosso batismo. “Ide e pregai o Evangelho por todas as nações”. Quantas pessoas estão em outras religiões, mas é necessário pregar a todos, mesmo que já tenham uma religião, porque não há salvação sem o sacramento da Igreja.
Na seicho-no-ie, como muitas filosofias, não há Jesus, toda religião que não tem pecado e que não precisa se confessar é falsa.
“Como está determinado que os homens morram uma só vez, e logo em seguida vem o juízo” (Hebreus 9, 27); aniquila a reencarnação, e está determinado que cada um morra uma só vez. A nossa alma não morre, mas o nosso corpo morre com todas as faculdades intelectivas. Quando João Batista anunciou: “Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”. Jesus veio para ser o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Jesus deixou sua doutrina, o sermão da montanha, a confissão, jejum, esmola que são remédios para a nossa salvação.
A primeira coisa que Jesus fez depois que ressuscitou, foi aparecer para os apóstolos, e instituiu o sacramento da confissão. “Como o Pai me enviou, assim também eu vos envio a vós” (João 20, 22). Ele quis dar o perdão com o derramamento do seu sangue. Jesus veio para tirar o pecado. A primeira coisa é confessar os pecados. Deus quer que você vá até aquele homem pecador que é o padre, mas instituído pela Igreja e por Jesus com o poder de lavar seus pecados. Não abuse da confissão. Seja transparente. Se for confessar, não deixe pecado para trás porque é um sacrilégio você deixar pecado escondido, é um pecado maior ainda. Não minta para o padre porque é a mesma coisa que mentir para Deus. A verdade dói, mas liberta, assim como o que arde cura e o que aperta segura, a verdade não nos deixa na ignorância. Para arrancar o pecado do mundo é necessária a confissão, e você vai ser muito feliz! Santo Agostinho dizia: “Tua tristeza vem dos teus pecados, deixe que sua santidade seja tua alegria”.
Fonte:www.cancaonova.com.br
Prof. Felipe Aquino
Transcrição: Eliziane Alves

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

"PROCLAMA A PALAVRA,ANUNCIA A BOA NOTÍCIA"

Discernido o tema de todos os trabalhos da RenovaçãoCarismática Católica do Brasil em 2010


A Palavra de Deus estará no centro de todos os trabalhos da Renovação Carismática Católica do Brasil no ano que vem. O tema, inspirado em II Timóteo 4, 1-5, será: “Proclama a Palavra, anuncia a Boa Notícia!”. Este é o tema geral para todas as atividades e também o tema específico do Congresso Nacional. Segundo o presidente da RCC, Marcos Volcan, quando o Conselho Nacional define uma temática, o faz para colocar em evidência aspectos que são fundamentais na vivência carismática. “O amor pela Palavra é uma das primeiras consequências do Batismo no Espírito Santo”, lembra Marcos, ao explicar a escolha para 2010.
Na verdade, trata-se de uma continuidade ao tema do Senhorio, desenvolvido este ano, como explica o conselheiro Reinaldo Beserra, coordenador de São Paulo: “Cresceu em nós a consciência do Senhorio, e não dá para guardar isso. Proclamar que Jesus é o Senhor, com tanta ênfase, como estamos fazendo durante todo este ano, tem enchido nossas vidas de tamanha alegria que é preciso partilhar. Temos que dar essa Boa Notícia ao mundo: em Jesus temos o sentido pleno da vida”.
O Congresso Nacional será realizado entre os dias 15 e 18 de julho, em Belo Horizonte, Minas Gerais.Os demais eventos da RCC também serão centrados na Palavra de Deus, mas terão temas específicos. O do Encontro Nacional de Formação (ENF) foi inspirado no livro de Neemias: “Unidos pela Tua Palavra, reconstruiremos as muralhas...”. De acordo com Reinaldo Beserra, dentro da moção de retomada da Palavra, queremos escutar o chamado do Senhor, “porque quando estamos unidos, Deus age em nosso favor e, assim, somos capazes de reparar as brechas abertas em nossa identidade”. Reinaldo aconselha que todos se preparem para o Encontro lendo o livro de Neemias, principalmente os quatro primeiros capítulos.
O ENF será realizado no fim do mês de janeiro, em Lorena/SP, no Vale do Paraíba. Em breve, divulgaremos mais informações sobre este evento tão importante para a liderança carismática.
Ainda foi discernido o tema do Encontro de Reflexão Teológico-Pastoral, a ser realizado durante o ENF, também em Lorena: “O Verbo, verdadeira luz, ilumina todo homem!” (cf. Jo 1, 9).
Já o carnaval terá como tema: “Tua Palavra, luz para o meu caminho!” (Sl 119, 105).

O discernimento dos temas foi feito durante a última reunião do Conselho Nacional, realizada entre os dias 08 e 12 de outubro, em Fortaleza, no Ceará.
Fonte:rccbrasil.org.br

terça-feira, 24 de novembro de 2009

VIGÍLIA DE ADORAÇÃO



VIGÍLIA DE ADORAÇÃO AO SENHOR JESUS
TEMA: F É E C O N V E R S Ã O
SEXTA – FEIRA: 27/11/2009
HORAS: 19:00
LOCAL: CAPELA SÃO BENEDITO (BAIRRO SÃO BENEDITO)
CIDADE: PAU DOS FERROS/RN
GRUPO DE ORAÇÃO SEMEANDO A PAZ


“CONVERTEI-VOS ENQUANTO HÁ TEMPO"

domingo, 22 de novembro de 2009

MINISTÉRIO DE MÚSICA - PARTE I

Sabemos que o Ministério de Música é aquele que tem a missão de preparar o povo para a noite de oração. Um povo que em sua maioria vem trazendo suas frustrações, suas adversidades, mágoas, decepções, problemas na família, nas finanças, afetivos etc. É do Ministério de Música a missão de prepara esses corações, fazendo-os com se abram a ação renovadora, acolhedora e cheia de conforto do Espírito Santo para tantos que ali se encontram cansados.
Mas, como fazer e o que fazer para esse que esse ministério seja um Ministério aberto às moções de Deus? O que impede que a graça de Deus seja derramada no Ministério? Quais sinais evidenciam ou confirmam a manifestação do poder de Deus? As músicas pré-estabelecidas são corretas sua aplicação no G.O? É correto cantar músicas de compositores/cantores de outras igrejas em nossos momentos de oração?

Irmãos, por ser um dos Ministérios de fundamental importância em um grupo de oração, é certamente o que mais sofre investidas do inimigo. È com grande alegria, que depois de estudos e análises, é postado essa formação sobre o Ministério de Música. Não tem finalidade de falar sobre a música em si, mas, sobre o Ministério de Música. A Música é capaz de tocar as áreas mais profundas do interior de cada homem. Assim, é percebido que é uma obra das mãos de alguém cheio de amor. De alguém,cujo poder e grandeza, ao criar a música, criou para que sua criatura, para que as obras de suas mãos, pudessem não somente ouvir, mas sentir no seu mais profundo íntimo, o conforto, a cura, a libertação dos seus problemas, bem como, poder louvar ao seu criador através da unção das notas musicais (que em um total de sete, representa um número da perfeição).

Mas, a verdade é que o ministério de música é aquele que sempre ta enfrentando problemas. E isso se dar por vários fatores.
Um desses fatores, está em muitas vezes o músico, secular ou cristão, se imaginar útil e indispensável para com tocar seu instrumento. Quando o músico atinge a chamada maturidade técnica, este não tem a pretensão de querer ser exibido ou de aparecer mais que outros. A própria vivência ao longo dos anos, lhe serviu de aprendizado. Ele entende que nunca é o melhor e sabe que sempre existe alguém melhor que ele. Se o músico é bom. Se ele entende está entre os melhores, ele respeita o limite técnico de cada um e sabe que, às vezes, pode-se aprender com aqueles que ainda “engatinham”na música. Quando ele ainda não atingiu essa maturidade, ele precisa fazer com que seja notado, e vai procurar fazer com que possa mostrar o que aprendeu.

Esse fator se dar tanto com o músico secular como o cristão. A diferença é que o primeiro toca para sua satisfação pessoal, e o segundo, diz que toca “para louvar o Senhor”. Um, expressa o que sente, o outro nem sempre vê os verdadeiros frutos desse sentimento. Para o músico cristão que se diz tocar para louvar o Senhor, na maioria das vezes se percebe que ele também se satisfaz naquele momento, não(somente) em louvar a Deus, mas no prazer em tocar, procura dar um “show” em particular e sua satisfação pessoal o impede de perceber isso. O músico tecnicamente mais evoluído e com anos de estrada, vê as limitações de cada um e as respeita. Ele age como um verdadeiro mestre deve agir, reconhecendo os defeitos e virtudes de cada um.
Quando um grupo não evolui coletivamente, existe um grande risco de criar-se uma dependência de uma ou duas pessoas do mesmo. Cria-se dependência em todos os aspectos, o que acaba gerando acomodação por parte dos de menor técnica. É isso que faz com que os mais técnicos acabem sendo imprescindíveis dentro do grupo. Será que não é o seu caso?
É bom lembrar sempre que se sentirmos que somos imprescindíveis dentro do ministério é porque algo está errado. Em primeiro lugar, o único que deve ser imprescindível tem de ser Jesus e não nós. Devemos ser apenas instrumentos em Suas mãos. Quando acontece de pensar que somos imprescindíveis, é porque ainda não amadurecemos e caímos em algumas tentações, como o da satisfação pessoal, que é gerada pelo prazer de tocar, pelo sentimento de sermos os melhores, que é gerado pela soberba resultante da nossa inexperiência de vida. O sentimento nos trai e acaba gerando em nós plena barreira de louvar ao Senhor, porque ficamos preocupados achando que o momento não fluirá quando estamos ausentes. Nos sentimos como o pilar que sustenta a equipe e acabamos sentindo orgulho disso. E quando estamos com esse sentimento, acabamos gerando uma barreira entre o ministério e a assembléia (povo de Deus).
O músico, deve sempre rezar com seu instrumento. Nunca deve fazer da música um momento de "entretenimento mundano" e associar a música religiosa com as músicas do momento, do mundo. Quando todos os integrantes do grupo (ou banda) passam a rezar com seus instrumentos, colocando seus talentos e dons musicais a serviço da comunidade, fazendo de cada mísera corda ou de um simples acorde um verdadeiro louvor e adoração a Deus, a harmonia se completa e muitas pessoas são tocadas e transformadas.
Ajudar os fiéis (assembléia) a rezar através dos cantos também é uma missão do ministro de música. Quantas vezes são escolhidos cantos novos, lindos, com um conteúdo religioso maravilhoso, mas se quer ensinamos os fiéis a cantar, seja através de livros, folhetos, projeções ou apenas proclamando sua letra entre as estrofes? É neste momento que devemos ser canais da graça de Deus, ministros de música, querendo ver os fiéis cantando e se esforçando para isso. Nunca se deve cantar a música que soa melhor aos nossos ouvidos (só porque ela é bonita e tem uma linda melodia), e sim devemos cantar com o coração, entoando a música que servirá exatamente para aquele momento, que com certeza, será inspirado pelo Espírito Santo de Deus.
Pelo canto se louva a Deus... Santo Agostinho nos ensinou que "quem ama canta, e quem canta reza duas vezes". Precisamos entender que se cantarmos "errado", estaremos pecando duas vezes...
"Deus é o Autor, eu só interpreto suas composições!"
O músico recebe de Deus o poder de tocar os corações através da arte. Ele Ora, louva e canta, são capazes de emocionar através das canções, de levantar os jovens com os ritmos. Mas o que essas músicas representam para ele? Será que ele vive essas músicas? Sua oração, seu louvor tocam primeiramente o seu coração? Será que experimenta o amor que canta? Pois é, nem sempre isso é possível porque são humanos, humanos que buscam algo que esse mundo não é capaz de oferecer. A música vai no mais profundo do ser humano, tem a força de penetrar no mais duros dos corações, quebrar sua resistência e trazer um novo desejo de mudança. O louvor é poder de Deus. Mas se o músico assim não entender, se ele não compreender que é apenas um intérprete, poderá esvaziar todo esse poder, uma vez que está roubando uma glória que não lhe pertence.
É aí que entra o nosso Deus, de pobres e pecadores humanos, imperfeitos na busca da perfeição, mas perfeitos aos olhos do Senhor que nos criou à sua imagem e semelhança, que ama a cada pecador mesmo repudiando o pecado. É Dele que vem cada dom, especialmente o da música, através do seu Santo Espírito. É preciso tocar para agradar a Deus e isso só é possível, quando o músico entender que o louvor é de Deus e que deve cantar a música Dele Pra Ele. Só assim, Ele poderá agir e tocar os corações das pessoas.
Levantar estas pessoas e fazer com que se emocionem com as músicas, qualquer músico pode fazer, dom para isso lhe foi dado. Com um detalhe: o músico secular, tão criticado por muitos, faz isso muito bem, sem problema algum. Ele se esforça, estuda, rala pra comprar um instrumento ou microfone de qualidade, abre mão de muitas coisas pra dar o seu melhor às pessoas. E o musico cristão, o que tem dado ao seu Senhor? Será que se preocupa em ouvir a música, estudá-la antes de tocar? Será que prova da música antes de oferecê-la às pessoas ou simplesmente a toca ou canta porque gostou? A que tem renunciado para que sua doação seja mais completa?
Ser músico católico apostólico romano, não é fácil. Ser músico do Grandioso Deus verdadeiro também não. Não posso fazer parte dos cantores ou anjos de Deus apenas na hora de cantar, mas também na hora de orar, de jejuar, de estudar, ouvir e tirar músicas e, principalmente, montar e desmontar equipamentos de som e carregá-los.
Na segunda e ultima parte, concluiremos com as respostas aos questionamentos anteriomente postado.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

MINISTÉRIO DE MÚSICA


COMO ANDA O MINISTÉRIO DE MÚSICA NO GRUPO DE ORAÇÃO?


Sabemos que o Ministério de Música é aquele tem a missão preparar o povo para a noite de oração. Um povo que emsua maioria vem trazendo suas frustações,suas adversidades, mágoas, decepções, problemas na família, finanças, afetivos etc. É do Ministério de Música a missão de prepara esses corações,fazendo-os com se abram a ação renovadora, acolhedora e cheia de conforto para tantos que ali encontram-se cansados.
Mas, como fazer e o que fazer para esse ministério seja um Ministério aberto às moções de Deus? O que fazer, como e quando fazer para melhorar?
O que impede que a graça de Deus seja derramada no Ministério?
Quais sinais evidenciam ou confirmam a manifestação do poder de Deus?
As músicas pré-estabelecidas são corretas sua aplicação no G.O?
É correto cantar músicas de compositores/cantores de outras igrejas em nossos momentos de oração?
ESSES E OUTROS ESCLARECIMENTOS NA PRÓXIMAPOSTAGEM






segunda-feira, 16 de novembro de 2009

SERVO ENFRAQUECIDO



QUANDO O SERVO ENFRAQUECE.

Nós enquanto servos de grupos de oração ou diante de qualquer serviço que exige compromisso para com o evangelho de Cristo, precisamos está sempre tendo nossos carismas reinflamados. Nossa chama, sempre reavivada. Mas, o que fazer quando a fraqueza se instala? Quando o desânimo vem sobre nós? Quando a falta de perdão se torna presente e vivemos um período de aridez? Quando já não temos mais forças para desenvolver nem mesmo a mais simples das missões junto ao grupo? Quando vivemos o extremo das nossas limitações? Quando somos envolvidos em um mar de incertezas? Quando nos sentimos o ultimo dos homens ou a ultima das mulheres?
Qual o primeiro passo a ser dado para o caminho de volta? Como voltar o fervor ou aquele amor e zelo da fase inicial?

Estamos diante de uma situação muito comum nos grupos de oração ou mesmo em outros movimentos. Uma situação difícil, que minimiza a potencialidade do grupo e conseqüentemente à própria missão. Mas, que também é perfeitamente possível encontrar com auxílio do Espírito Santo a superação. A Bíblia nos fornece um grande exemplo sobre desânimo. Em At13,13, vemos João Marcos,companheiro de viagem de Paulo e Barnabé, que tomado por temor e desânimo, resolveu voltar e não prosseguir mais em missão,retornando para Jerusalém.
Após,concluírem a missão, Paulo e Barnabé retornaram para Antioquia e continuaram no ministério por algum tempo (Atos 15,35).
Após isso, Paulo e Barnabé discutiram sobre visitar as igrejas que haviam estabelecido no trabalho missionário anterior (Atos 15,36). Barnabé queria levar João Marcos, mas Paulo se opôs, devido ao fato de João Marcos ter os abandonado na Panfília (Atos 15,38). Barnabé e Paulo discordaram duramente e dividiram-se sobre este assunto (Atos 15,39). Eles parecem ter dividido o território em consideração, sendo que Barnabé e João Marcos foram ao Chipre (sua pátria ancestral) e Paulo e Silas foram à Síria e Cilícia (pátria ancestral de Paulo). Neste ponto, Barnabé não é mais citado no livro de Atos.
Barnabé, sem dúvida, estava por trás da ida de João Marcos para Antioquia com ele e Saulo antes da viagem missionária (Atos 12,25). Barnabé claramente viu nele um grande potencial. Assim como Barnabé não permitiria que o primeiro ministério de Paulo fracassasse (Atos 9,30), ele não iria permitir o fracasso de João Marcos na Panfília. Barnabé ainda acreditava em Marcos – tanto que quando outra oportunidade para um trabalho missionário se apresentou, ele não teve dúvidas quanto a trazê-lo junto. Ele insistiria sobre a alteração do plano missionário para o benefício de João Marcos.
Para Paulo, a situação de João não era das melhores para sair em missão. Estava enfraquecido e desanimado. O tempo com o qual ele esteve com Barnabé e Paulo foi vendo que as dificuldades, perseguições e grandes dificuldades pelas quais passam os servos, fez com que assolasse sobre ele um estado de enfraquecimento.

A consciência de que preciso ser “aquilo que Deus quer” para o outro é uma ferramenta eficaz para continuarmos firmes em nossa caminhada, que não deve ser uma caminhada solitária. No trajeto eu preciso realmente encostar no posto de combustível para me abastecer, como também oferecer um pouco do meu combustível para aquele que está no acostamento necessitado de um socorro.
Quando tivermos a consciência de que precisamos parar de andar na "reserva" e encher nossos "tanques" estaremos no caminho do amadurecimento espiritual.
Acredito que o grupo de oração deve ser como uma familia, onde um deve ajudar o outro na caminhada, pois o motivo de servir, é o amor que temos a Deus , às pessoas.
Amor que em certos momentos é exigente, precisa ter compromisso, responsabilidades, o dialogo, o encontrar-se fora do grupo de oração, é nao ter medo de expor as dificuldades, os problemas, é emprestar o ombro pro irmao chorar. A Obra não é nossa, é do Senhor, somos instrumentos Dele, não somos Ele.
O que fortalece a equipe de servos é principalmente a graça de nos abrirmos ao dialogo e ao conhecimento primeiro entre nós. Às vezes ficamos muito preocupados em fazermos uma oração muito bonita e nos esquecemos da realidade que o nosso irmão esta vivendo. Partilha, escuta, amor, é o que precisamos viver... pois é isso que o Senhor Jesus nos ensinou a viver em comunidade... não uma comunidade só para os outros verem, mais precisamos viver como verdadeiros irmãos, e nunca esquecer de molhar as “plantinhas” senão elas secam e morrem... não é porque somos servos que não precisamos também receber AMOR.
Irmãos, nunca percam o contato de grupo, nunca deixem de estarem juntos. O grande ensinamento para nós, o próprio Jesus nos deixou quando enviou dois a dois para estarem na missão. Paulo também aplicou esse mesmo modelo em seu ministério, nunca viajando sozinho. Vemos: Paulo e barnabé, Paulo e Silas, Paulo e Silvano etc. Tudo para mostrar que nãom podemos caminhar sozinhos. Para mostrar que quando um está fraco o outro o ajudar a levantar e a torná-lo forte novamente.

Os primeiros sinais de que servos estão enfraquecendo, é quando lhes é pedido para orem pela assembléia e logo se observa que esses encontram-se querendo para si as orações. Na verdade muito pouco ou nada é pedido para a assembléia, mas sempre o servo acaba concentrando para ele a oração.
Diante de uma situação assim, ou como forma de previní-la, se faz necessário começar a trabalhar a espiritualidade do grupo de forma particular,fechada a eles, como forma de se abastecerem para poder assim pedir por outros. Isso pode ser realizados através de retiros fechados, encontros de espiritualidade, momentos de orações e adorações. Se anteceder a um grande evento, realizar uma espécie de "pré-acampamento", onde estes nessas horas de contato entre seus irmãos possa experienciar a força transformadora do Espírito Santo, tendo seus carismas reinflamados e sua chama reavivada.
Só assim, poderemos seguir o exemplo de Marcos, que totalmente recuperado não houve mais nenhuma resistência por parte do Apóstolo Paulo, pelo contrário, o chamado para Marcos o acompanhar, agora se tornara útil. (2Tm4,11).



Adaptado do blog: Fundamentosdafecrista.blogspot.com e da rccbrasil.org.br

sábado, 14 de novembro de 2009

SERVOS ENFRAQUECIDOS

O QUE FAZER QUANDO O SERVO ENFRAQUECE?

O que fazer diante de um servo que enfraquece?

Nós enquanto servos de grupos de oração ou diante de qualquer serviço que exige compromisso para com o evangelho de Cristo, precisamos está tendo sempre nossos carismas reinflamados. Nossa chama, sempre reavivada. Mas, o que fazer quando a fraqueza se instala? Quando o desânimo vem sobre nós? Quando a falta de perdão se torna presente e vivemos um período de aridez? Quando já não temos mais forças para desenvolver nem mesmo a mais simples das missões junto ao gurpo? Quando vivemos o extremo das nossas limitações? Quando somos envolvidos em um mar de incertezas? Quando nos sentimos o ultimo dos homens ou a ultima das mulheres?
Qual o primeiro passo a ser dado para o caminho de volta? Como voltar o fervor ou aquele amor e zelo da fase inicial?
EM BREVE iremos postar não fórmulas mágicas e nem tão pouco alimentar falsas esperanças, mas apresentar a forma, o meio, de assim como Marcos(rejeitado por Paulo em uma missão por conta da sua fraqueza), podermos está aptos a missão e poder novamente acompanhar o Apóstolo.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

RENOVAÇÃO E RESGATE



PROGRAMA RENOVAÇÃO E RESGATE

SUA MAIS NOVA MANEIRA DE SE ABASTECER DAS COISAS DO ALTO.

LOUVOR - ORAÇÃO E PALAVRA DE DEUS !

TODO SÁBADO PONTUALMENTE AS 11:00hs, LOGO APÓS O PROGRAMA SAMBA E CANÇÃO DO NOSSO IRMÃOZINHO GEOVAN SENA.

D U M B O FM - 96,5

NÃO PERCAM !

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

D I S C E R N I M E N T O

Quem em algum momento da vida, não se questionou sobre o que fazer, como fazer e quando fazer? As tomadas de decisões, a busca por novos e corretos caminhos tem se tornado uma Constante no cotidiano do homem. Alguns chamam o processo de tomar a decisão certa de raciocínio, outros dizem: vou pensar! Os mais piedosos dizem: vou rezar! Existem diversas maneiras para expressar uma das atividades mais importantes do homem: o discernimento.
O que é discernir? Nossa língua portuguesa nos apresenta diversos caminhos: discriminar; diferençar; distinguir; estremar; separar; julgar; apreciar; decidir; medir. Para qualquer pessoa essa atitude de descobrir o melhor caminho para se sair vitorioso e bem sucedido, é um segredo que poucos se empenham em desvendar, a fim de alcançar a maior de todas as vitórias, ou seja a vida eterna.
No mundo dos negócios se ensina a prudência meramente humana que em si é boa. Trata-se de avaliar os pontos negativos e positivos em vista de um melhor negócio, de uma maior rentabilidade. Aqui se trata da perspectiva do lucro e do prejuízo. Já no caminho da santidade podemos chamar o lucro de amor e o prejuízo de maldade. O discernimento é uma postura ativa, de confrontar-se com cada situação e nela livremente optar pelo bem comum das pessoas.
Não é simplesmente rezar por uma situação esperando um sinal de Deus. Também não se trata somente de fazer cálculos para distinguir os pontos positivos dos negativos em vista de uma solução. É necessário rezar e pensar, tomando uma atitude baseada no comportamento de Jesus. O que Ele faria no meu lugar agora, nesta situação? O melhor é fazer isso em oração.
Como encontrar o caminho a seguir, qual seria a decisão correta? Daqui vem a aventura do Cristão de encontrar a Vontade de Deus. Aqui entra o famoso ditado: Cada caso é um caso! e no procurar a voz de Deus, ou seja, a sua vontade em cada acontecimento, existe apenas uma atitude: humildade. O humilde sabe que é pequeno e por isso procura ajuda. Sabe que Deus pode falar diretamente ao seu coração, porém sabe que Ele também pode estar falando através de pessoas, dos fatos, da liturgia da missa, do estudo bíblico, das correções, inclusive nas derrotas.

O discernimento é acima de tudo um dom, que Deus dá gratuitamente àqueles que pedem sem duvidar: "Se alguém dentre vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a concede generosamente a todos, sem recriminações, e ela ser-lhe-á dada."( cf. Tg 1, 5).Mas, também, se faz necessário uma vida submetida na vontade do Espírito, uma vida em que nas batalhas espirituais entre a carne e o espírito, é preciso que exista uma superioridade em números de vitórias por parte do Espírito, assim haverá vitórias também sobre a própria vontade humana que viverá na vontade de Deus e entendendo as coisas espirituais.(ICor. 2,9 -16).
È preciso está submetida a essa vontade para assim poder compreender de onde provém o verdadeiro significado do dicernimento. Se, de Deus ou não. Na primeira carta de João, Capítulo 4, versículo 1, nos é exortado sobre a realização de um exame para, antes saber de onde provém as revelações. Somos convidados, a fazer confirmações sobre o que nos foi revelado, pois temos a capacidade para discernir sobre o bem e o mal. Hb5,14, e as confirmações podem se dar no momento ou depois através de sinais. Assim, precisamos "está atento, a todo movimento do céu em direção a mim" como diz a música do Flavinho.




Fonte: adaptado da postagem de Leandro Cesar, comunidade cançãonova


Foto:acertodecontas.blog.br/.../

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

DISCERNIMENTO ?



O QUE É?

COMO E QUANDO FAZER?

QUEM PODE FAZER?

ESTÁ REALMENTE NA BÍBLIA?

QUANDO SABER SE PROCEDE DA VONTADE DE DEUS OU NÃO?





AGUARDEM !

DIVORCIADOS E RECASADOS


O Código de Direito Canônico promulgado em 1917 era muito severo em relação aos fiéis católicos divorciados e recasados, por viverem em situação religiosamente irregular. A partir do Concílio do Vaticano II, a Igreja, sem retocar a lei divina que proclama a indissolubilidade de um matrimônio validamente contraído e consumado, procura estimular tais fiéis a não se afastarem do convívio da comunidade católica; procurem, antes, tomar parte em atividades da paróquia compatíveis com o seu estado; rezem e tudo façam para educar os filhos na fé católica. É claro, porém, que não podem ter acesso à Comunhão Eucarística, pois esta supõe o estado de graça, que a situação conjugal desses fiéis exclui.
A situação dos fiéis católicos divorciados e recasados constitui um dos mais graves problemas da Igreja em nossos dias. Sempre houve dificuldade de desarmonia conjugal. Eis, porém, que atualmente se tornam mais prementes, pois se têm multiplicado os casos. A Igreja está atenta a tais situações e vem acompanhando os cônjuges infelizes com especial zelo pastoral.
OS RECENTES PRONUNCIAMENTOS DO MAGISTÉRIO
O Direito Canônico promulgado em 1917 e ainda vigente na época considerava tais cristãos como pecadores públicos (cânon 2356, § 1º), privados dos sacramentos da Penitência e da Eucaristia, enquanto vivessem conjugalmente. Em 11/4/1973, a Congregação para a Doutrina da Fé entendia-se no sentido de que os divorciados recasados se poderiam aproximar dos sacramentos desde que passassem a viver como irmão e irmão e evitassem qualquer escândalo.O que não foi bem interpretado por muitos que passaram a usar subterfúgios para não se fazer cumprir o que dizia a Igreja.
No Sínodo Mundial dos Bispos realizado em 1980, como fruto das reflexões ocorrentes nessa assembléia, o Santo Padre João Paulo II, aos 22 de novembro de 1981, assinou a Exortação Apostólica Familiaris Consortio, que traçava diretrizes a ser observadas no tocante ao sacramento do matrimônio, inclusive com referência aos divorciados recasados.
Em 1983 foi promulgado o novo Código de Direito Canônico, que confirmou a praxe vigente: não se admitam à Comunhão Eucarística os fiéis divorciados recasados (cânon 915; o mesmo vale para os católicos de rito oriental, conforme o Direito respectivo, cânon 712). O Código de 1983 atribui exclusivamente aos tribunais eclesiásticos a competência para examinar a validade do matrimônio dos católicos como também estipula novos impedimentos que tornam nulo o casamento sacramental. Tais impedimentos levam em conta a incapacidade psicológica, que afeta não poucos indivíduos, de assumir uma vida a dois em caráter vitalício; são aí considerados os diversos casos que ajudam a compreender a crise e a angústia de muitos casais.
Apesar das explícitas declarações de Familiaris Consortio, do Catecismo da Igreja Católica (nº 1650s) e documentos congêneres, havia na Igreja quem estimulasse os divorciados recasados a receber a Comunhão Eucarística, principalmente quando levassem vida fiel à sua nova união. Mas, a Congregação para a Doutrina da Fé houve por bem publicar uma Carta aos Bispos sobre a recepção da Comunhão Eucarística por parte dos fiéis divorciados e recasados, com a data de 14/9/94. Tal documento reafirmava as normas clássicas da Igreja para o caso. Segue abaixo.
1) Os fiéis divorciados recasados estão em situação que contrasta com o Evangelho.Basta lembrar a palavra de Jesus em Mc 10,11s. Em conseqüência, a Igreja afirma que ninguém, nem mesmo o Papa, tem o poder de declarar nulo um matrimônio validamente contraído e consumado. Aliás, a própria lei natural, impregnada no íntimo de cada ser humano, rejeita o divórcio, isto é, a dissolução do casamento com direito a novas núpcias. Do divórcio se distingue a separação conjugal, que pode ser legítima, quando a vida matrimonial se torna muito difícil ou insustentável.
2) Os fiéis divorciados e recasados continuam sendo membros da Igreja dentro da comunidade eclesial e devem experimental o amor de Cristo e o acompanhamento materno da Igreja.
3)Em virtude da sua situação irregular, os fiéis divorciados recasados não podem exercer certas funções na comunidade católica.
5) Desde que os divorciados recasados deixem seu estado irregular, separando`se ou vivendo em plena continência, podem ser readmitidos aos sacramentos.
6) Os divorciados recasados nunca perdem a esperança de obter a salvação eterna.
* Em outra oportunidade abordaremos mais sobre esse tema.
Fonte: Revista:`PERGUNTE E RESPONDEREMOS` D. Estevão Bettencourt, osb Nº 431 .1998 .pág. 162.

DÚVIDAS SOBRE GRUPO DE ORAÇÃO


Quantas músicas animadas vocês cantam para preparar a oração?
R - Não queremos aqui determinar quantidade de músicas animadas para se cantar. Devemos ter no coração que as músicas animadas não servem para passar o tempo. O intuito é de abrir as pessoas para o louvor. "Desligar" os féis de seus problemas e se abrir para Deus (que é a solução dos problemas). Não se deve escolher as músicas ao acaso. Orem sempre, e peçam ao Senhor a quantidade e quais serão as músicas, que abrirão os corações dos fiéis.
Quanto tempo do Grupo é dedicado à animação?
R - Como a pergunta 1, é difícil estipular um tempo determinado. Se ela é para levar as pessoas a se abrirem ao louvor, então o tempo da animação é o tempo que as pessoas precisam para se abrir à reunião de oração. Mas não usemos esta resposta como justificativa para fazermos show.
Quanto tempo, em média dura, o momento de perdão?
R - No grupo de oração, devemos levar as pessoas ao louvor. Por isso, se dedicarmos muito tempo ao momento de perdão, estaremos perdendo tempo de louvar! Outro perigo de momento longo de perdão é fazermos um grupo que ao invés levarmos os fiéis ao Amor de Deus, levarmos a reconhecermos que eles são tão miseráveis, que não são dignos de se apresentar diante do Senhor.
O momento de perdão não é hora de "lavarmos a roupa suja!" De acusarmos ou apontar o dedo na miséria do irmão. É um momento breve que, com dinamismo, as pessoas pedem a misericórdia de Deus.A não ser que o Senhor peça um momento mais aprofundado, um tempo longo dedicado ao perdão pode levar à melancolia e ao medo de Deus, pois este se torna, na visão daqueles que não o conhecem, um grande carrasco!
Quanto tempo é dedicado a oração de louvor?
R - Sabemos que o louvor salva, liberta, cura, entre outras tantas graças. Quando louvamos, nos despojamos inteiramente de nós mesmos, e colocamos nossa confiança e esperança no Senhor. Com tantas maravilhas, frutos do louvor, o G.O. deve dedicar maior parte do seu tempo (pelo menos a metade do tempo total do grupo) a este exercício da fé, que pode ser dividido em louvor comunitário (todos louvam a uma só voz), e espontâneo (louvor individual), usar dinâmicas de louvor, a Palavra e tantos outros recursos, inspirados pelo Espírito Santo, afim de que todos aprendam a louvar.
Quanto tempo dura a pregação?
R - A pregação no grupo de oração tem que ser direta, alicerçada na Palavra, ungida, e levar as pessoas a uma atitude de fé, dentro daquilo que está se pregando. Não ficar floreando, "enchendo lingüiça", fazendo o tempo passar. Se a pregação é direta, então o tempo de 10 a 15 minutos é o suficiente. Basta vermos a pregação de Pedro, no dia de Pentecostes, ao sair do Cenáculo. Se lermos bem devagar, não dura mais de cinco minutos. Foi suficiente para converter 3000 pessoas. Esta pregação foi simples, direta e ungida. Por isso o resultado foi tão significante (At 2,14-36)
A pregação é querigmática?
R - A pregação supra é característica da pregação querigmática. Esta pregação visa o encontro pessoal com Jesus ressuscitado e todas as conseqüências deste encontro, como a experiência do "Amor do Pai", da fuga do "Pecado", da "Salvação de Jesus", de uma atitude de "Fé e Conversão", do "Batismo no Espírito", do "Amor aos Irmãos" e finalmente, sua "Inserção na Comunidade".
Esta pregação não tem como meta principal o aumento do conhecimento teológico ou doutrinário. Estes estudos poderão ser feitos em outros momentos, como cursos de aprofundamento, Seminários, Formação para ministérios específicos, etc
.
Quantas pessoas participam do núcleo?
R - O núcleo é um espaço próprio para o discernimento e planejamento da caminhada do G.O. Entendemos que é muito difícil fazer um discernimento dinâmico e ágil com mais de 10 pessoas. Discernir é buscar a vontade de Deus para a o G.O., seja numa situação específica, por exemplo, um problema com um servo, ou mesmo sobre a visão da caminhada (temas para pregações, distribuição de funções e cargos, calendário e cronograma de eventos, formação de servos etc.).
O Grupo deve promover reuniões de oração nas casas dos seus participantes? (oração do terço, novenas, pregações da palavra, etc.).
R - O G.O. não pode ser entendido como o momento da reunião de oração; ele é muito maior e complexo, envolve todo a realidade fraterna desencadeada pela experiência original na reunião. O G.O. deve se estender além dos limites de tempo e espaço impostos pela reunião de oração, e deve alcançar até onde possa ir qualquer de seus membros, em suas casas (família, vizinhos), no trabalho, nas repartições públicas, nos colégios, nas praças etc.
Visitantes pela primeira vez, é aconselhável chamá-los a vir à frente ao final do grupo?
R - Nesse caso, estamos lhe dando com algumas variáveis. Para algumas pessoas, ter que ir à frente é se submeter a um constragimento, uma vez que isso aconteça, certamente haverá dificuldades em voltar. para outras, não faz muito diferença, uma vez que n esteja só. Que exista outros que também vieram pela primeira vez. E, há ainda outros que, não a menor diferença. O que pode ser feito, é que sempre no momento de convidar, se tiver que realmente fazer, ter sabedoria para saber se existe mais de um visitante pela primeira vez.
Dicernimento: o que é? como fazer? É bíblico?
Quanto a essa questão, em breve estaremos postando uma página exclusiva a ela.
ENVIE SUAS DÚVIDAS ATRAVÉS DO TÓPICO COMENTÁRIOS(abaixo das publicações) E DEIXE SEU E-MAIL OU SE PREFERIR PUBLICAREMOS AQUI, JÁ QUE SUA DÚVIDA PODE SER A DE MUITOS.


Fonte: adapatado do Escrito por Francisco Júnior e Ziad Espher

foto:www.caiofabio.com/2009/conteudo.asp?codigo=03316

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

PRÓXIMAS POSTAGENS



QUAIS SUAS DÚVIDAS SOBRE GRUPO DE ORAÇÃO? O QUE DEVO E O QUE NÃO DEVO FAZER?

Quantas músicas animadas devem ser cantadas para preparar a oração?

Quanto tempo do Grupo deve ser dedicado à animação?

Quanto tempo, em média, deve durar o momento de perdão?

Quanto tempo deve ser dedicado a oração de louvor?

Quanto tempo deve ser a pregação?

A pregação deve ser querigmática?

O Grupo deve promover reuniões de oração nas casas dos seus participantes? (oração do terço, novenas, pregações da palavra, etc.).

Quantas pessoas devem participar do núcleo?

Visitantes pela primeira vez, é aconselhável chamá-los a vir à frente ao final do grupo?

Dicernimento: o que é? como fazer? É bíblico?

DIVORCIADOS E RECASADOS

O Código de Direito Canônico promulgado em 1917 era muito severo em relação aos fiéis católicos divorciados e recasados, por viverem em situação religiosamente irregular. A partir do Concílio do Vaticano II, o que mudou?

Quais os recentes Pronunciamentos do Magistério?

Quais os sete pontos essenciais da Doutrina Católica sobre o assunto?

O que diz João Paulo II em Familiaris Consortio nº 84?

EM BREVE !

Fonte: Revista pergunte e responderemos. D. Estevam

ABOMINAÇÃO DA DESOLAÇÃO.


A importância desta expressão Bíblica deve-se principalmente ao fato de que em Mt. 24,15 e Mc. 13,14 o aparecimento da "abominação da desolação" estando no "Lugar Sagrado" (Mt.) ou "onde não deveria estar" (Mc.), é dada por Nosso Senhor aos discípulos como um sinal para que eles fujam da Judéia, no tempo que se aproxima a ruína de Jerusalém (Lc. 21,20).
A própria expressão é confessadamente obscura. Para determinar seu significado, intérpretes têm naturalmente recorrido ao original hebraico do livro de Daniel, pois nosso primeiro evangelista distintivamente diz que a "abominação da desolação" a que ele se refere "foi prevista por Daniel o profeta"; e, ainda mais, a expressão que ele usa, em comum com Mc., é simplesmente a frase grega que os tradutores da Septuaginta(tradução dos 70) exprimem literalmente as palavras hebraicas "shíqqûç shômem" encontradas em Dn. 12,11 e 9, 27; 11, 31. Infelizmente, a despeito de todos os esforços para explicar estes termos hebraicos, os estudiosos da Bíblia ainda divergem sobre seu significado preciso. Enquanto a maioria dos comentaristas considera o primeiro "shíqqûç" traduzindo-o usualmente por "abominação", designando qualquer coisa (estátua, altar, etc.) que concerne à adoração idólatra, outros consideram ser a designação desdenhosa de um deus pagão ou ídolo.
Novamente, enquanto a maioria dos comentaristas considera o segundo "shômem" a palavra abstrata "desolação", outras tratam-na como uma forma concreta, referida como pessoa, "um destruidor", ou mesmo um partícipe conhecido, significando "que faz desolado". A mais recente interpretação que foi sugerida por estas palavras hebraicas é a seguinte: a frase "shíqqûç shômem" é sustentada pela expressão original "bá al shámáyîm" (Baal = do céu), um título descoberto em inscrições fenícias e aramaicas, é o equivalente semítico do grego Zeus, Júpiter, mas modificado em Dn. através da versão judaica para o nome de uma divindade pagã. Enquanto desta forma discordando quanto ao preciso senso da frase hebraica normalmente traduzida como "a abominação da desolação", estudiosos cristãos são praticamente unânimes com relação ao seu significado geral. Eles comumente admitem, e na verdade corretamente, que a expressão hebraíca deve ser entendida como algum emblema idolátrico que daria início e causaria a ruína final do Templo de Jerusalém (1Mac 1,57; 4,38). E com este significado geral em vista, eles prosseguiram para determinar o evento histórico entre as predições de Nosso Senhor e a ruína do Templo (70 dC), que devia ser relacionada com "a abominação da desolação" tratada por Mt. 24,15, e Mc. 13,14. Mas aqui, outra vez, eles se dividem. Muitos estudiosos achavam, e continuam achando, que a introdução do estandarte romano na Terra Santa, e mais particularmente na Cidade Santa, um pouco antes da destruição do Templo, foi o evento prenunciado por Nosso Senhor para seus discípulos como um sinal para eles abandonassem a Judéia. É verdade que os estandartes eram adorados pelos soldados romanos e abominados pelos judeus como um emblema da idolatria romana. Ainda assim eles dificilmente poderiam ser considerados como a "abominação da desolação" referida em Mt. 24,15, pois o evangelista diz que a "abominação" é para ficar no "lugar santo", o que naturalmente significa o Templo (v. tb. Dn. 9,27, onde a Vulgata diz: "haverá no Templo a abominação da desolação"); e os estandartes romanos foram na verdade introduzidos no Templo apenas depois que este tinha sido tomado por Tito, muito tarde, portanto, para servir como um aviso para os cristãos da Judéia. Outros estudiosos acham que a profanação do Templo pelos Zelotas, que se apoderamram dele e o fizeram sua fortaleza um pouco antes de Jerusalém ter sido tomada por Tito, é o prenúncio de Nosso Senhor. Mas este ponto de vista é comumente rejeitado pela simples razão de que a "abominação da desolação" falada por Daniel e referida no Evangelho de S. Mateus era certamente alguma coisa conexa com a adoração idólatra. Outros, finalmente, interpretam o aviso de Nosso Senhor aos seus discípulos à luz da história de uma tentativa do imperador romano ter a sua própria estátua erigida e adorada no Templo de Jerusalém. Eis os principais fatos da história:
"Em cerca de 40 dC, o imperador Caio Calígula edita um decreto peremptório ordenando que fosse erigida e adorada sua estátua no Templo de Deus. Ele também designa o governo da Síria, ordenando-o a cumprir o decreto mesmo a custo de guerra contra os judeus rebeldes. Em consequência, os judeus, em dezenas de milhares, protestam contra o governador, dizendo que eles preferem ser massacrados do que ser condenados a testemunhar aquela idolatria profana ao seu Templo. Logo após, Petrônio pede a Calígula para revogar sua ordem, e Agripa I, que também vivia em Roma, persuade o Imperador a não impor o seu decreto. Parece, entretanto, que cedo Calígula se arrepende da concessão e, não fosse sua prematura morte (41 dC), ele faria erigir sua estátua em Jerusalém" (E. Schrer, History of the Jewish People in the Time of Christ, I Div. II, 95-105; tr.).
Em vista destes fatos é afirmado por muitos estudiosos que os primeiros cristãos podiam facilmente conferir ao iminente erigimento da estátua do imperador no Templo como um ato de abominavél idolatria que, de acordo com o profeta Daniel (9, 27), pressagiava a ruína da Casa de Deus e, consequentemente, viam-no como o verdadeiro sinal dado por Cristo para que abandonassem a Judéia. Esta última interpretação da frase "a abominação da desolação " tem também suas inconveniências, mas, ainda assim, ela é preferível às outras que tem sido defendidas amplamente por comentadores.

Autor: Francis E. GigotFonte: "Enciclopédia Católica"
Tradução: Renata Itimura

CONTATO COM O ALÉM


Quem algum dia já não se perguntou ou teve a curiosidade de saber como seria a vida após a morte? Os que morrem, para onde vão?. Existe lugares diferentes para uns e outros? Dar pra se comunicar com eles? Muitos acreditam que sim e que esse contato se dê através de sinais, visões ou sonhos. A verdade é que esse tipo de tentativa já existe há milhares de anos pelos seres humanos na busca por um único questionamento: Pra onde vamos?
Egípcios, Babilônios e Assírios já incorporavam essa prática. A ciência não tem ainda como comprovar e nem sabemos se um dia poderá. Para os estudiosos da paranormalidade, muitos dos fenômenos relacionados a uma possível capacidade de ver e ouvir espíritos, estariam diretamente ligados ao psiquismo humano. Se a ciência ainda não é precisa, o que diz o Catolicismo?
Oficialmente a Igreja Católica nunca admitiu o contato com os mortos a partir de sua invocação.
O novo Catecismo da Igreja Católica também é vagamente aduzido, sem indicação de parágrafos alusivos a mediunidade. Aliás, estes não se acham no Catecismo; quem o percorre, só encontra aí a clássica doutrina da Comunhão dos Santos, sem referência a "diálogo com os falecidos". Vejam-se os parágrafos seguintes:
§ 958 “A comunhão com os falecidos. Reconhecendo cabalmente esta comunhão de todo o corpo místico de Jesus Cristo, a Igreja terrestre, desde os tempos primeiros da religião cristã, venerou com grande piedade a memória dos defuntos (...) e já que é um pensamento santo e salutar rezar pelos defuntos para que sejam perdoados de seus pecados” (2Mc 12, 46), também ofereceu sufrágios em favor deles. A nossa oração por eles pode não somente ajudá-los, mas também tornar eficaz a sua intercessão(o que não substitui ou tem haver com a intecessão de Jesus, que é único mediador entre Deus e os Homens), por nós.
§ 959 Na única família de Deus. Todos os que somos filhos de Deus e constituímos uma única família em Cristo, enquanto nos comunicamos uns com os outros em mútua caridade e num mesmo louvor a Santíssima Trindade, realizamos a vocação própria da Igreja.
§ 2683 As testemunhas que nos precederem no Reino, especialmente as que a Igreja reconhece como santos, participam da tradição viva da oração, pelo exemplo modelar de sua vida, pela transmissão de seus escritos e pela sua oração hoje. Contemplam a Deus, louvam-no e não deixam de velar por aqueles que deixaram na terra. Entrando na alegria do Mestre, eles foram postos a frente de muito. A sua intercessão é o mais alto serviço que prestam ao plano de Deus. Podemos e devemos pedir-lhes que intercedam por nós e pelo mundo inteiro junto a Jesus.
A Igreja aceita a invocação dos santos (orações humildes dirigidas aos justos do céu para que intercedam por nós), mas não aceita a evocação dos mortos (pratica ritual que julga obter respostas e mensagens dos mortos).
0 estudo da paranormalidade é algo de científico; consiste em observar o comportamento psíquico paranormal (= ao lado do normal). Precisamente a consciência de que existe um comportamento paranormal dissipa a concepção de que os fenômenos estranhos produzidos no espiritismo se devem ao além, pois se verifica que são suficientemente explicados pelo psiquismo do indivíduo paranormal.A Igreja aceita tranqüilamente o estudo da paranormalidade que ela distingue da comunicação com os mortos. O sensitivo é o indivíduo dotado de paranormalidade mais ampla; não é necessariamente um médium espírita; só será médium se julgar que os seus fenômenos psíquicos paranormais são produzidos por espíritos do além.Estas observações permitem concluir que a notícia em foco é falsa.
Para o católico, é importante o testemunho da Sagrada Escritura. 0 mesmo Deus que, segundo seus inscrutáveis desígnios, permite as vezes a aparição de santos ou defuntos, proibiu terminantemente a evocação dos mortos:“Se alguém se dirigir aos que evocam os espíritos e aos advinhos, para se entregar as suas práticas, voltarei minha face contra esse ho¬mem e o afastarei do meu povo”. (Lv 20, 6).
“Todo homem ou toda mulher que evocar os espíritos ou se der a adivinhação, será punido de morte; lapidá-lo-ão; seu sangue recairá so¬bre ele”. (Lv 20, 27). Verainda Lv 19, 31,' Dt 18,11.
E QTO AO FATO DE DIZER QUE APÓS A MORTE, JÁ NÃO EXISTE CONCIÊNCIA?
a Bíblia não ensina essa idéia. Os que sustentam a crença da "dormição da alma" dizem que quando uma pessoa morre entra, então, em um estado de inconsciência que durará até a segunda vinda de Cristo. Alguns, inclusive, usam esse argumento para negar que os santos no céu podem interceder por nós, vez que supostamente estariam dormindo.
Isaías 14, 9-10 nos diz que os mortos estão ativos e falando; portanto, conscientes: "Sob a terra, o reino dos mortos se agita por ti, para dar-lhe as boas vindas; desperta as sombras de todos os grandes da terra e levantam-se dos seus tronos os reis dos povos. Todos se dirigem a ti e dizem: 'Tu também foste atirado ao solo e agora és idêntico a nós".
Em 1Pedro 3,19, Jesus prega às almas na prisão. Por que pregar-lhes se estavam... dormindo? Na história de Lázaro e o rico epulão (Lucas 16,19-31), Jesus nos mostra que os mortos estão conscientes.
Se os mortos estão inconscientes, pode-se perguntar como é que Jesus falou com [um] deles durante sua transfiguração (Mateus 17,3) e como eles podem oferecer nossas súplicas a Deus (v. Apocalipse 5,8), ou como eles podem se dirigir em alta voz para Deus (Apocalipse 7,10), ou como essas almas dormentes e inconscientes podem clamar "com uma voz bem forte: 'Santo e Justo Senhor: até quando esperarás para fazer justiça e vingar nosso sangue aos habitantes da terra?'" (Apocalipse 6,10). Quão forte é essa exclamação para quem se encontra inconsciente!

Fontes: Adaptado da revista das religiões. ed. abril de 2005.

http://www.cleofas.com.br/

http://www.veritatis.com.br/

Foto: outdoors.webshots.com/photo/11730841910583086...

terça-feira, 3 de novembro de 2009

ABOMINAÇÃO DA DESOLAÇÃO.



"Quando vocês virem a abominação da desolação, da qual falou o Profeta Daniel, estabelecida no lugar onde não deveria estar..."Mt 24,15 e Mc13,14.
COMO ENTENDER ESSE APARECIMENTO DA "ABOMINAÇÃO DA DESOLÃÇÃO"
DADA POR JESUS E ANTES CITADA POR DANIEL COMO ELE MESMO LEMBRA E QUE É COMO UM SINAL DE UMA RUINA QUE SE AVIZINHA?
A QUE REALMENTE SE REFERE A EXPRESSÃO? SE AO FIM DOS TEMPOS, QUE TIPO DE SINAL PODERIA SER ESTE?
REFERIA-SE JESUS SOMENTE À RUINA DO TEMPLO 40 ANOS DEPOIS, OU AO FIM DOS TEMPOS?
A CITAÇÃO DO PROFETA DANIEL POR JESUS(Dn 9,27), IMPLICA DIZER QUE FALAVAM DA MESMA COISA?
NAS PRÓXIMAS HORAS, PUBLICAREMOS AS RESPOSTAS PARA ESSES QUESTIONAMENTOS.
AGUARDEM!
Foto: iluminalma.com.br

CONTATO COM O ALÉM.


É POSSÍVEL COMUNICAR-SE COM MORTOS?
É VALIDA A CRENÇA DA COMUNICAÇÃO POR SONHOS, SINAIS OU VISÕES?

O QUE DIZ A BÍBLIA?

O QUE DIZ A IGREJA CATÓLICA?
EM BREVE. NÃO PERCAM !


segunda-feira, 2 de novembro de 2009

IMPOSIÇÃO DE MÃOS: QUEM PODE E COMO FAZER?

Há certas dúvidas, ou até certas orientações erradas em relação à imposição das mãos na RCC. É importante também, distinguir a imposição de mãos que acontece no Crisma e Ordenação – que conferem uma graça sacramental – da imposição de mãos feita por fiéis comuns. Somente um Bispo (ou um sacerdote delegado pelo Bispo) tem autoridade para impor as mãos no primeiro sentido acima. Esta imposição de mãos sacramental é relatada no Novo Testamento, em At 6,6; 1Tm 4,14; 2Tm 1,6-7.
O Segundo tipo de imposição de mãos é também conhecido nas Escrituras. Em Marcos 16,17-18, o Senhor Jesus ressuscitado promete. Ele não diz quês estes sinais acompanharão somente os nomeados como apóstolos ou líderes. Em At 19,17, vemos Ananias, um fiel comum que, que sendo guiado pelo Espírito Santo, impôs suas mãos sobre Saulo para que este recuperasse a visão e fosse cheio do Espírito.
Tiago 5,14-16, instrui a todo aquele que estiver enfermo “a chamar os sacerdotes da Igreja (presbíteros), e estes façam oração sobre ele, ungindo com óleo em nome do Senhor”, mas então acrescenta “confessai os vossos pecados uns aos outros, e orai uns pelos outros para serdes curados.
At 13,3, a comunidade como um todo impõe as mãos sobre Barnabé e Saulo para prepará-los e rezar para a unção do Espírito em sua missão.
A prática de imposição de mãos tem sido reavivada em anos recentes, especialmente na RCC. Pode ser parte de uma oração de cura, ou de uma oração de preparação para uma missão ou serviço a que uma pessoa é chamada, ou de uma oração para outras graças necessárias. Esta é uma forma de reconhecer que somos pessoas corporais e que Cristo faz suas graças fluírem para todos os membros do Seu Corpo.
Como impor as mãos?
Não há nenhuma restrição ou proibição por parte da igreja. Mas alguns servos mal informados alegam formas e locais apropriados na cabeça para o Espírito santo derramar suas graças. Uns proíbem impor as mãos sobre a cabeça senão o Espírito santo não penetra.Outros, orientam e ensinam coisas absurdas e infantilidades na RCC.Por isso muitos padres não apóiam a RCC.
Quais as orientações da igreja?
A igreja não proíbe, não faz restrições de como impor as mãos. Pode-se impor as duas mãos sobre a cabeça, pode impor as mãos: uma sobre os ombros, outra sobre a cabeça, nos ombros, na fronte. Não há lugar nem modo indicado onde impor as mãos que impeça a ação do Espírito santo. Jesus entrava na sala onde os apóstolos estavam, mesmo que as portas estivessem fechadas. Tocar levemente na cabeça ou na fronte, em cima da cabeça, atrás, nos lados da cabeça. Não há restrição nenhuma. Você pode impor as mãos de qualquer modo. Não são as mãos nem a maneira nem o local que impedem o Espírito santo agir. Se preferir, também não tem que tocar a cabeça da pessoa, fazendo-a sentir o peso de suas mãos, acreditando que de forma contrária, o Espírito não irá operar.
Os servos e servas da RCC merecem esclarecimentos certos para façam e repassarem corretamente aos participantes.
Ainda mais uma observação; depois que você impõe as mãos não precisa ter medo de que o problema ou a doença passou para você. Não passa de jeito nenhum.
Como fazer?
Deve-se pedir gentilmente párea a pessoa antes de impor as mãos. Também nunca devemos empurrar a pessoa com nossa mão para ajudá-la a repousar no Espírito. Qualquer pessoa que luta contra pensamentos impuros não deve impor suas mãos. Não deve haver nenhum sentido de mágica ou poder pessoal, mas simplesmente uma entrega a Jesus, que determina quem, quando e como Ele curará e derramará Sua graça.

Fonte:Boletim do ICCRS – Maio e Junho 2009
RCC – SC Orientações para a RCC - 24/04/09. Liturgia semanal. Pe. Otávio
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IMPOSIÇÃO DE MÃOS

AINDA HOJE, TUDO QUE PRECISAMOS SABER SOBRE IMPOSIÇÃO DE MÃOS.
COMO FAZER?
QUEM PODE FAZER?
O QUE DIZ A IGREJA E QUAL SUA ORIENTAÇÃO?
EXISTE UMA FORMA CORRETA PARA FAZER?
EM BREVE MAIS UMA PEQUENA, MAS IMPORTANTE FORMAÇÃO.
NÃO PERCAM !




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domingo, 1 de novembro de 2009

DOM DE LÍNGUAS: PARTE I I I



O dom de línguas é um fenômeno bastante normal para as pessoas envolvidas na Renovação Carismática Católica. Mas as pessoas que têm contato com este tipo de oração pela primeira vez podem sentir-se desapontadas, já que algo como a glossolalia (dom de Línguas), parece estranho para eles. São Paulo advertiu aos Coríntios que isto poderia acontecer. (1Cor 14,23).
E esta advertência vem a partir da experiência de Pentencostes, quando os Apóstolos falando em línguas foram objetos de gozação. (At 2,13).
Aqueles que falam em línguas podem ser acusados de serem fanáticos ou mentalmente desequilibados. Tal acusação pode atingir todas as pessoas que estejam profundamente envolvidas em oração, o que é notável a partir da imaginação convencional de oração. E o exemplo do Rei Davi prova isto. Sua filha desprezou-o quando ela o viu dançando e saltando em frente à Arca da Aliança. (1cro 15,29).
No entanto, é necessário declarar que o falar em línguas foi prometido por Jesus antes de sua Ascensão. (Mc 16,17).
Portanto não há nada estranho em usar este carisma. O problema parece surgir entre as pessoas que não conhecem o ensinamento bíblico sobre este dom. É necessário ressaltar que há três tipos de oração em línguas mencionadas na Bíblia:
A Profecia em línguas acontece quando uma pessoa fala em um idioma desconhecido e o resto dos participantes permanece em silêncio. Tal profecia dá frutos se outra pessoa tem o dom de interpretação e explica o que foi dito. (1Cor 14,5-6).
Após receber o Espírito Santo, os Apóstolos estavam falando em línguas que não conheciam antes e estas línguas eram compreensíveis para os Judeus de diferentes nações que vieram para Jerusalém para a festa (At 2,14-13). Estas pessoas ficaram admiradas em ouvir sobre os “prodígios de Deus” em suas próprias línguas. Portanto, este tipo de dom de línguas é um sinal para aqueles que não acreditam.
Adoração espontânea do Senhor aos receber o Espírito Santo (At 10,44-46; 19,1-7). Durante esta oração, muitas pessoas falam em línguas ou Cantam em línguas simultaneamente e este é o verdadeiro dom da glossolalia.
Este dom é hoje em dia, bastante comum em grupos de oração carismáticos. Seu uso mais freqüente acontece quando todos estão adorando a Deus juntos. As pessoas rezam simultaneamente em suas próprias palavras, em línguas e em canções. Pode se dizer que a glorificação zelosa ao Senhor foi renovada na Igreja pela Renovação Carismática e é uma contribuição muito importante ao jorrar de graças na Igreja contemporânea.
O dom de línguas se faz presente durante a invocação do Espírito Santo e durante intercessões. Mas observa-se também que enquanto as pessoas estão glorificando o Senhor, elas geralmente cantam. Este carisma é muito usado durante intercessões, que é também um dos tipos característicos de ministério na Renovação Carismática. Muitas vezes, pessoas rezando por outras sentem que os pedidos que estas fizeram não são necessariamente aqueles que elas mais precisam. As pessoas que rezam por outras pessoas geralmente não o que pedir, portanto rezam em línguas. Então, de acordo com a palavra de Deus (Rm 8,26-27). Algumas vezes o Espírito Santo revela, durante a oração em línguas, qual é o verdadeiro problema da pessoa que esta recebendo a oração. O entendimento pode então ser proclamado como o dom do conhecimento. Algumas vezes o Espírito Santo entende o que as pessoas estão fazendo na oração, o que estão pedindo e responde.

A glossolalia edifica a oração quando as pessoas se congregam no mesmo lugar para encontrar-se com Deus.
Usada quando se está glorificando o Senhor, abre para outros carismas e une as pessoas no mesmo Espírito. Mas também edifica pessoas isoladamente, porque este dom pode ser usado durante nossas orações pessoais. (1Cor 14,4).
Podemos usar este carisma quando sentimos grande entusiasmo e queremos glorificar a Deus, mas nossa mente não consegue “produzir” as palavras adequadas para expressar nossos sentimentos. O dom de línguas é muito usado em tais ocasiões porque não bloqueia nosso entusiasmo. Mas é também bom lembrar que este dom não controla a pessoa, mas é a pessoa que controla o dom e pode fazer uso dele quando bem entender.
O dom de línguas nunca deve ser considerado um tipo de êxtase.

Fonte: Derek Jeziorny
Boletim do ICCRS - Maio-Junho 2009.

ACENDER VELAS, QUAL SIGNIFICADO?



Jesus disse: "Quando acendemos uma vela, colocamo-la, não debaixo da mesa, mas sobre o castiçal, para que ela ilumine a todos que estão em casa. Assim também deve brilhar vossa luz diante dos homens, para que eles vejam vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai que está nos céus" (Mt 5,14). Jesus falava exatamente da luz da fé. Comparou a fé com uma vela acesa. Aquele que vive sua fé, brilha como a luz. Aquele que evita o mal e procura praticar o bem por amor de Deus, esse ilumina os outros. Quem não se esforça por evitar o mal, vive na escuridão e espalha escuridão.

VELAS NOS TÚMULOS
Quando acendemos uma vela sobre a sepultura de alguém, isso significa que a pessoa ali sepultada tinha fé, vivia sua fé, irradiava luz com as boas obras que fazia. Significa também esperança de vida eterna. E, como a fé é vida em Deus, a vela acesa sobre o túmulo de um cristão significa também presença de Deus. Já se vê que é um absurdo acender vela sobre o túmulo de um ateu ou de uma pessoa sem fé. Se a pessoa não tinha fé e não praticava o bem, a vela acesa sobre seu túmulo é uma mentira, porque está significando uma coisa que não existiu.
VELAS NAS IGREJAS
Jesus disse: "Onde houver dois ou mais rezando em meu nome, no meio deles estarei eu" (Mt 18,20). Por isso, toda vez que nos reunimos na igreja, na capela ou em casa para rezar, começamos por acender as velas, para significar a fé daqueles que rezam, para significar a presença de Deus em nossa vida e sobretudo a presença de Deus naquela oração. Na noite do sábado santo, quando o celebrante acende aquela vela grande (o círio pascal), ela significa a ressurreição de Jesus, isto é, a nova vida de Cristo e sua presença entre nós. Quando se batiza uma criança, para significar que o Batismo comunica a vida da fé e para significar também a presença de Deus na alma da criança, acende-se uma vela. Essa vela do Batismo é acesa no círio pascal, mostrando que a vida de fé da criança é a mesma nova vida de Cristo em sua ressurreição. Enfim, nas celebrações religiosas (seja a Santa Missa, os Sacramentos ou qualquer ato de culto), as velas acesas significam a expressão da vida de fé daqueles que rezam e a presença de Deus entre nós.
PROMESSAS DE ACENDER VELAS
Promessa é penitência. Se você faz uma penitência e acende velas como testemunho de sua fé, você está certo. Ao contrário, se uma pessoa não tem religião, não vive sua fé, não liga para as coisas de Deus, mas faz promessa de acender velas, essa pessoa está fazendo uma coisa inútil, porque neste caso, as velas acesas estão exprimindo uma coisa que não existe. Conclusão: a vela que se acende por motivo religioso só tem valor se a pessoa que acende tem fé, faz algum esforço para viver sua religião, faz penitência, procura a amizade com o próximo e com Deus. Há certas pessoas que não vivem sua religião, não vivem sua fé e só se lembram de Deus quando estão em dificuldade. Essas pessoas também fazem promessas de acender velas. Neste caso, quem faz a "penitência" é a vela que está se queimando... Essas tais pessoas não fazem nada mais do que riscar um fósforo, o que não é lá grande trabalho. A vela acesa é símbolo de nossa fé, de nossa vida em Deus e da presença de Deus em nós.
Fonte: cleofas.com.br
Foto:colunas.globoesporte.com/.../2009/03/vela3.jpg

FINADOS: SAUDADES SIM, TRISTEZA NUNCA.

Origens do dia de Finados
Fonte: Arquidiocese de Campinas
Transmissão: Antonio Xisto Arruda
Os finados, os falecidos, sempre estiveram presentes nas celebrações da Igreja e no Momento dos mortos no cânon da missa, desde os primórdios do Cristianismo. Por que então a liturgia cristã interessou-se pelos mortos também fora do memento da missa? Por que a Igreja dedicou um dia exclusivo à lembrança dos finados? Os mártires, a perseguição, os "encontros" e orações em catacumbas, cemitérios e áreas isoladas marcaram o início da vida eclesial de muitos cristãos. Os mais antigos sacramentários romanos atestam o uso de missas pelos defuntos. Não sendo realizadas nos funerais (devido às perseguições etc.), as celebrações funerárias aconteciam depois, como comemoração. A essa prática estão vinculadas diretamente as missas de sétimo e trinta dias. Paralelamente surgiu o registro dos vivos e mortos a serem lembrados nas missas, como pratica-se ainda hoje em toda a Igreja. Esse costume está bem documentado na época carolíngia (IX-X séculos). Isso tomou o lugar dos antigos dípticos, tabuinhas de cera onde figuravam os nomes dos doadores de oferendas. Esses registros eram chamados de livros da vida (Libri vitae) e, como foi dito, incluíam vivos e mortos. Depois, os mortos foram separados dos vivos nessas listas. Desde o século VII (Irlanda), escreviam-se os nomes dos mortos em rolos que circulavam como informação entre monastérios e comunidades. Era também uma maneira de comunicar a morte de monges e membros das comunidades, num contexto carente de meios de informação, muito diferente dos dias de hoje. Dessa tradição surgiram as necrologias (lidas nos ofícios) e obituários (lembrando serviços fundados ou obras de misericórdia dos defuntos em suas datas). Passou-se claramente das menções globais aos nomes individuais. Os libri memorialis carolingianos continham de 15.000 a 40.000 nomes a serem lembrados! As necrologias clunisianas (Abadia de Cluni na França) mencionavam de 40 a 50 nomes por dia! A lembrança litúrgica estava garantida duravelmente aos mortos nominalmente inscritos. Rapidamente, em toda a Igreja, o tempo da morte individual se impõe doravante nos registros mortuários. Existe uma importante contribuição e originalidade clunisiana no cuidado devido aos mortos pela Igreja, que corresponde aos anseios da comunidade e à visão de uma Igreja Peregrina em comunhão com a Igreja Transcedental ou Triunfante (comunhão dos santos). Entretanto, um certo caráter elitista marcava essa união dos vivos com os mortos, pois dizia respeito, em geral, aos grupos dirigentes. Por essas razões, a Igreja decidiu estender à totalidade dos mortos, de forma solene, uma vez por ano, essa atenção litúrgica. No século XI, entre 1024 e 1033, Cluni instituiu a comemoração dos mortos no dia 2 de novembro, em contato com a festa de todos os santos. A Festa dos Mortos será rapidamente celebrada em todo mundo cristão e pagão. Ela surge como um vínculo suplementar entre vivos e mortos na prática da Igreja, destinada a todos. O próprio mundo profano, em geral, também vai aderir a essa prática. Trata-se hoje de um dos feriados mais universais. São cerca de 1000 anos de celebração de Finados pela fé na ressurreição! Principais aspectos celebrados nos Finados Um texto anterior evocou a origem histórica dos Finados. Agora destacam-se os principais aspectos, símbolos e imagens dessa festa cristã. No dia de Finados, não festejamos a morte. Seria uma ignorância e uma contradição. Celebramos sim, nossa fé na ressurreição e a esperança do encontro na morada que Jesus nos preparou, no seio amoroso de Deus. Nos Finados, lembramos e agradecemos a Deus a vida de nossos ascendentes, aqueles que nos antecederam (pais, avós, parentes e amigos). Paramos um minuto. Acendemos uma vela. Proferimos uma oração. Vamos à missa nos cemitérios ou comunidades. Agradecemos a Deus essa cadeia da vida que nos tornou possíveis e viventes. Não somos filhos do nada, nem começamos em nós mesmos. Os filhos do nada são sementes de caos. Somos sementes do Cosmos, do amor de Deus, transmitido por avós, pais e antepassados. Essa cadeia de gerações nos transmitiu vida e fé, como expressão da tradição católica, a transmissão pela Igreja das verdades da fé. A luz, que nos iluminou através de pais, avós, parentes ou amigos, não se apagou com suas mortes. Acendemos velas para lembrar que essa luz segue nos iluminando, em nossos corações. Veneramos seus exemplos e imitamos sua fé (Hb 13,7). Enfeitamos as sepulturas com flores, símbolo da ressurreição. Nossos mortos são plantados como sementes, regadas com nossas lágrimas, e florescem ressuscitados no jardim do Senhor. Cada um de nós recebe de Deus dons especiais, como sementes do Reino. Durante a vida devemos cultivar esses dons, deixá-los florescer e perfumar os irmãos e irmãs. A Igreja católica é o jardim perfumado do Senhor. Ela não condena, mas ama e acolhe. Quem busca caminhar com Jesus na vida, estará com Ele na morte e eternidade. Nossa morte não é um fim. É nossa páscoa, nossa passagem para a casa do Pai. Nada pode nos separar do amor de Cristo. Os mortos e os vivos participam da comunhão dos santos. Quem morre sai deste mundo, destas dimensões e entra na eternidade. Na eternidade não existe tempo, nem espaço. Deus vê sempre como presente nossa oração, passada ou futura. Por isso ainda oramos pela conversão do outro malfeitor ao lado de Jesus e por nossos entes queridos falecidos que morreram na esperança da ressurreição. Nos Finados nós não rezamos aos mortos, mas pelos mortos. Os mortos não saíram da economia eclesial e participam da comunhão dos santos. Na morte a vida não é tirada mas transformada. Nossa vida é eterna.
Site: cleofas.com.br
Foto: cancaonova.com.br