domingo, 31 de outubro de 2010

LITURGIA DIÁRIA - O ENCONTRO COM ZAQUEU


Primeira Leitura: Sabedoria 11, 22-26; 12, 1-2

Leitura do livro da Sabedoria - Naqueles dias, 22Diante de vós o mundo inteiro é como um nada, que faz pender a balança, ou como uma gota de orvalho, que desce de madrugada sobre a terra. 23Tendes compaixão de todos, porque vós podeis tudo; e para que se arrependam, fechais os olhos aos pecados dos homens. 24Porque amais tudo que existe, e não odiais nada do que fizestes, porquanto, se o odiásseis, não o teríeis feito de modo algum. 25Como poderia subsistir qualquer coisa, se não o tivésseis querido, e conservar a existência, se por vós não tivesse sido chamada? 26Mas poupais todos os seres, porque todos são vossos, ó Senhor, que amais a vida. 1Vosso espírito incorruptível está em todos. 2É por isso que castigais com brandura aqueles que caem, e os advertis mostrando-lhes em que pecam, a fim de que rejeitem sua malícia e creiam em vós, Senhor. - Palavra do Senhor.


Salmo Responsorial(144)

REFRÃO: Bendirei eternamente vosso nome; / para sempre, ó Senhor, o louvarei!.


1. Ó meu Deus, quero exaltarvos, ó meu rei, / e bendizer o vosso nome pelos séculos. / Todos os dias haverei de bendizer-vos, / hei de louvar o vosso nome para sempre.-R.
2. Misericórdia e piedade é o Senhor, / ele é amor, é paciência, é compaixão./O Senhor é muito bom para com todos,/ sua ternura abraça toda criatura.-R.
3. Que vossas obras, ó Senhor, vos glorifiquem, / e os vossos santos, com louvores, vos bendigam! / Narrem a glória e o esplendor do vosso reino / e saibam proclamar vosso poder!-R.
4. O Senhor é amor fiel em sua palavra, / é santidade em toda obra que ele faz. / Ele sustenta todo aquele que vacila / e levanta todo aquele que tombou.-R.


Segunda Leitura: 2º Tessalonicenses 1, 11-12; 2, 1-2

Leitura da segunda carta de São Paulo aos Tessalonicenses - 11Nesta esperança suplicamos incessantemente por vós, para que nosso Deus vos faça dignos da vossa vocação e que leve eficazmente a bom termo todo o vosso zelo pelo bem e a atividade de vossa fé. 12Para que seja glorificado o nome de nosso Senhor Jesus em vós, e vós nele, segundo a graça de nosso Deus e do Senhor Jesus Cristo. 1No que diz respeito à vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e nossa reunião com ele, rogamo-vos, irmãos, 2não vos deixeis facilmente perturbar o espírito e alarmar-vos, nem por alguma pretensa revelação nem por palavra ou carta tidas como procedentes de nós e que vos afirmassem estar iminente o dia do Senhor. - Palavra do Senhor.


Evangelho: Lucas 19, 1-10

Naquele tempo, 1Jesus entrou em Jericó e ia atravessando a cidade. 2Havia aí um homem muito rico chamado Zaqueu, chefe dos recebedores de impostos. 3Ele procurava ver quem era Jesus, mas não o conseguia por causa da multidão, porque era de baixa estatura. 4Ele correu adiande, subiu a um sicômoro para o ver, quando ele passasse por ali. 5Chegando Jesus àquele lugar e levantando os olhos, viu-o e disse-lhe: Zaqueu, desce depressa, porque é preciso que eu fique hoje em tua casa. 6Ele desceu a toda a pressa e recebeu-o alegremente. 7Vendo isto, todos murmuravam e diziam: Ele vai hospedar-se em casa de um pecador... 8Zaqueu, entretanto, de pé diante do Senhor, disse-lhe: Senhor, vou dar a metade dos meus bens aos pobres e, se tiver defraudado alguém, restituirei o quádruplo. 9Disse-lhe Jesus: Hoje entrou a salvação nesta casa, porquanto também este é filho de Abraão. 10Pois o Filho do Homem veio procurar e salvar o que estava perdido. - Palavra da salvação.
Esta passagem do Evangelho de Lucas e suas ilustrações sempre chamaram a minha atenção, dada tamanha busca e quantidade de energia gasta em uma conversão, ela é empolgante e contagiante. É a história de um pequeno grande homem e seu malabarismo para encontrar-se com o seu Senhor, Jesus.

O texto se desenrola entre elementos teológicos que, seu autor ilustra uma situação de busca por Deus o personagem se desdobra nesta procura e no decorrer desta história ele é quem é o encontrado. Os elementos são: a árvore, a multidão, o fato de Zaqueu estar sobre a árvore, a casa de Zaqueu, sua profissão, sua conversão, sua contrição, a refeição, Zaqueu e o próprio Jesus.
Zaqueu é um homem de pequena estatura que sobe em um sicômoro para poder ver Jesus passar, nesta passagem, Jesus não faz nada para a multidão, nenhuma cura, nenhuma palavra, Ele vai diretamente à árvore em questão e comunica: (19, 50) “...Zaqueu, desce depressa, pois hoje devo ficar em sua casa” . Zaqueu que era um grande pecador, ao se deparar com Jesus, se arrepende dos males que fez aos outros e promete restituir as pessoas por ele prejudicadas, além de dar metade dos seus bens aos pobres. Os publicanos eram funcionários romanos e muitas vezes cobravam além do devido, eles eram odiados pelo povo a tal ponto que, não lhes permitiam sua entrada no Templo. O pecado de ser um publicano era estendido também a seus familiares, mas ainda ha outro agravante, Zaqueu é chefe dos publicanos o que faz dele o pior pecador deste grupo de pessoas. A multidão julga a própria ida de Jesus à casa de Zaqueu quando dizem: “Foi hospedar-se na casa de pecador” assim como Ele é criticado nos momentos que está com prostitutas, ou toca em moribundos ou em leprosos.

Zaqueu reconhece seus pecados e não os nega, ele confessa seus erros e se compromete em repará-los junto a comunidade, ele não diz que vai devolver os valores dos impostos ou pedir demissão de seu emprego, ele diz que vai devolver quatro vezes os valores por ele roubado e dará aos pobres metade de tudo que possui, uma verdadeira contrição que transformará a realidade não só de Zaqueu mas, de todos os seus. A restituição em quádruplo se da conforme a lei judaica (Ex 21, 37) “Se alguém roubar um boi ou uma ovelha e o abater ou vender, restituirá cinco bois por um boi e quatro ovelhas por uma ovelha.”.
Zaqueu não é curado de absolutamente nada, ele e toda a sua casa são comunicados que a salvação lhe foi dada quando Jesus diz: (19, 9) “Hoje a salvação entrou nesta casa...”.
Nos Evangelhos, quando Jesus cura alguém Ele diz: “sua fé te salvou, levante e ande”, aqui temos dois movimentos, a cura e a salvação, a cura é momentânea ela tem validade em nossa atual dimensão o que não quer dizer que esta pessoa nunca mais terá nenhum problema de saúde. Já a salvação, que é o mais importante, vale para a eternidade no Reino tão esperado, onde a justiça e o amor nos serão dados. Neste texto de Lucas, somente a salvação é oferecida de forma ampla e é para todos daquela casa, os mesmos que foram condenados pelos poderes religiosos da época.

Muitas passagens deixam de maneira bem explicita o papel de Deus como: juiz, oleiro, pastos, pescador, mestre, jardineiro, sacerdote e etc... Aqui em Zaqueu, Jesus exerce o papel de agricultor que entra em um jardim, ou um pomar, onde a multidão são os frutos e Zaqueu é aquele fruto especial e que está no ponto. No livro de Provérbios (27, 18) está escrito: “Quem cuida de sua figueira comerá dos seus frutos, e quem vela por seu Senhor será honrado.” está passagem parece estar ilustrando este encontro entre Zaqueu e Jesus.

Zaqueu está pronto quando, após cometer muitos e muitos erros, se da conta de sua situação como humano, seus olhos lhe são abertos e ele se purifica quando enxerga os entraves que o cercavam e se humaniza, humanizando assim também os da sua casa, ou sua comunidade. Zaqueu se transforma em um novo homem. No Jardim do Éden onde Deus caminha lado a lado com o homem e a mulher, e neste maravilhoso jardim também existem alguns elementos que contrastam com este Evangelho, a árvore do conhecimento do bem e do mal e a árvore da sabedoria, ambas com seus frutos. Outro aspecto também a exemplo de Gêneses, Zaqueu está escondido por entre as folhas da figueira, que são as mesmas folhas que cobrem os corpos de Adão de Eva quando se vêem nus e não assumem as próprias culpas, um diz que foi a serpente, o outro diz que foi a mulher. Zaqueu ao descer da árvore não traz as folhas consigo, portanto, teologicamente, ele desce nu e em seguida confessara o seu pecado e recebe a remissão do mesmo. Ele não culpa ninguém pelos seus erros, muito pelo contrário, ele o assume integralmente, ele poderia ter jogado a culpa em Roma dizendo que só fez o que lhe foi mandado.
A multidão está contaminada por falsas idéias de justiça, a multidão já havia condenado Zaqueu e também condena a atitude de Jesus, esta multidão são frutos verdes pela sua própria formação cultural, os aspectos políticos e religiosos que lhes impôs um pesado fardo e lhes tampam a vista para que não tenham a exata percepção do quanto a sua semelhança está distante da de Deus. Zaqueu pode ser visto como uma comunidade ou fruto de uma, que mudará radicalmente e em todos os aspectos a realidade da sua. Não foi isso que Abraão com a sua casa e as doze tribos e não foi uma transformação semelhante que aconteceu com Saulo de Társio (Paulo)? O compromisso que se assume perante Deus, quando nos comprometemos a lhe trazer frutos, pelo menos deveria ser muito refletido, tamanha responsabilidade assumida perante Ele.

O que vemos hoje me da vergonha, o nome de Deus sendo comercializado, mentiras como, demônios, deposite aqui ou ali como se Deus tivesse conta bancária. Porque o exemplo de Zaqueu não é copiado por estas instituições? A resposta é que: O poder e a corrupção apodrecem a grande maioria, falta coragem para rever os caminhos e reconhecer os erros para ai sim seguir em frente. A vontade de Zaqueu é tamanha que o faz superar tudo isso, todos os pesos que lhe foram impostos pelo demônio ganância, pelo demônio religioso que ensina um deus injusto e de pouca sabedoria, quando ele se da conta troca tudo por Jesus, que lhe chamou pelo nome e diretamente proporcionando uma mudança radical, uma guinada transformadora e eterna.
Nos dias de hoje, existem pessoas que esperam este chamado mas, não é porque não são chamadas e sim porque não ouvem o chamado. Lembre-se, toda a multidão era convidada, Jesus não privilegia ninguém, todos são chamados mas a multidão está contaminada e não compreende Jesus, são como os frutos verdes que caíram com o vento forte. Observe que Zaqueu também era um fruto verde mas, ele sobe a árvore, amadurece e purifica. Zaqueu não foi pedir demissão de seu cargo, ele somente ira exercê-lo de uma outra forma, perante a ignorância da comunidade ele continuará sendo um pecador mas, não perante Deus. A injustiça social, ou seja, o pecado social é aquele em que todos nós, de uma forma ou de outra, temos a nossa parcela. Os modelos sociais, educacionais, políticos, religiosos, etc... estão muito a quem das nossas esperanças, basta dar uma olhadinha rápida na atual humanidade e em seguida olhar para dentro de nós mesmos e se sua resposta a estes problemas for: “Eu não tenho nada a ver com isso!” ou qualquer uma outra que te isente de culpa, então você ainda faz parte da multidão embaixo da árvore.

É esta visão de Justiça que Jesus nos apresenta, como em João: (13, 34) “Dou-vos um mandamento novo: que vos ameis uns aos outros. Como eu vos amei, amai-vos também uns aos outros”. O modelo de Cristo apresentado em Jesus não corresponde às expectativas, do Cristo esperado pelo povo judeu! Este homenzinho corre a frente da multidão que está no Caminho, mas não vêem em Jesus o Cristo. Zaqueu ultrapassa a multidão, quer dizer, ele avança, já está a frente é como um salto qualitativo.

Para encontrarmos Jesus é necessário se libertar de falsos modelos, é necessário amadurecer e conhecer no mais profundo sentido das palavras: amor, liberdade, compromisso e justiça. Quanto mais entendermos a Deus, maior será a nossa cobrança e mais humanos seremos. Melhores cidadãos, melhores pais, melhores políticos, melhores professores, melhores cientistas, melhores médicos, melhores sacerdotes e assim por diante, se todos fizerem a sua parte não ha como não termos uma sociedade melhor.
Pe Bantu

sábado, 30 de outubro de 2010

AQUELE TESOURO ESCONDIDO.


O maior dentre os últimos acontecimentos - que Deus morreu, que a fé no Deus cristão fez-se incrível - já lançou suas primeiras sombras sobre a Europa." Estas palavras são de Nietzsche, filósofo ateu alemão do século dezenove. Palavras terríveis e, no entanto, proféticas: o filósofo constatava a morte de Deus na vida do Ocidente, que o apagou de sua consciência coletiva sócio-cultural. Isto mesmo: os que fazem a cultura, os que ditam os valores e normas de comportamento de nossa sociedade, agem como se Deus não existisse! Para eles, efetivamente, Deus morreu! Está ausente das rodas dos manda-chuvas da economia e da política, da reflexão de grande parte dos intelectuais e dos astros e estrelas da mídia. Mesmo quando se fala em Deus, de que Deus se fala? De um deusinho vagabundo, que não passa de um ído lo reduzido miseravelmente a uma idéia vaga que diz "amém" a todas as loucuras e caprichos nossos.

Deus - o verdadeiro! - está morrendo na consciência de nossa civilização. Nietzsche dizia que esta realidade (que ele considerava uma "boa-nova"!) já estava dando seus primeiros frutos na Europa. E deu: as duas grandes guerras mundiais, os sistemas totalitários e os genocídios! E continua dando frutos, não somente na Europa - velha em todos os sentidos! -, mas também nas Américas e demais países "ocidentais".

Nossa sociedade encontra-se atolada numa incrível crise de valores, num terrível vazio moral: falta uma reflexão ética - e uma ética inspirada nos valores cristãos - no âmbito da cultura, da economia, da sexualidade, da família, dos meios de comunicação, da política. A ética que estão querendo construir agora, sem Deus, tendo somente o homem como centro e como medida, é uma ética de morte. Recentemente, um famoso filósofo australiano, Peter Singer, falava da sua teoria ética, chamada "utilitarismo de preferência": as coisas valem pela sua utilidade, inclusive a vida humana. Para Singer, é totalmente moral dar uma injeção letal num bebê deficiente, num marginal ou em alguém que esteja sofrendo. Estes não servem para nada, vão somente sofrer e dar trabalho. A utilidade é o critério do certo e do errad o E Deus? Não existe Deus! O homem é Deus! O homem está livre - como pensava Nietzsche - da tutela chata de um Deus paterno e castrador!

Nesta sociedade que descartou Deus como uma seringa usada, as pessoas já não mais conseguem encontrar um sentido para sua existência, uma razão que realmente fundamente a vida no tempo e na eternidade: os jovens drogam-se com entorpecentes; os adultos, com a febre do consumismo, da busca desenfreada pelo prazer e pelo poder. Tudo isso - repito com tristeza - porque as pessoas já não conseguem encontrar de modo claro um sentido para a vida: empurra-se a existência com a barriga! Três fenômenos de nossa cultura ocidental e de nossa época - fenômenos novinhos em folha! - mostram este vazio de sentido: (1) o consumismo desenfreado, muito bem representado pelas catedrais modernas, que são os shoppings centers.

Consome-se e consome-se para ter-se a impressão de que se está vivendo, preenchendo a existência e satisfazen do a saudade de infinito que perturba, teimosa, o nosso coração; a profusão frenética de eventos esportivos e shows: vivemos de evento em evento, de show em show, de espetáculo em espetáculo. para fazer de conta que estamos nos preparando para algo, esperando algo, experimentando algo novo, dando sentido e alegria aos nossos dias, enchendo de significado o tempo de nossa vida. Aí se grita até a exaustão aqueles chavões tão duvidosos e de sentido tão ambíguo: "Esporte é vida! Esporte é saúde! O esporte confraterniza os povos e traz a paz aos homens!" No passado dir-se-ia que Cristo é Vida e Paz (e só ele!), que Cristo dá saúde e alegria ao coração, que somente em Cristo os homens se descobrem filhos de Deus e, portanto, irmãos uns dos outros! Mas, numa sociedade sem Deus, é necessário encontrar outros tipos de religião. Observem-se as premiações dos jogos olímpicos: quanta pompa, quanta gravidade, quanta gente perfilada. parece uma c oisa tão importante, tão séria.

de vida ou morte! Observe-se como no carnaval fala-se do clima de paz, de harmonia, de felicidade, quase como se se tratasse de um êxtase místico. e (3) a explosão do mercado do turismo. Explosão exagerada, sobretudo nos países ricos, mostrando o quanto as pessoas, com medo de entrarem em si mesmas, de viajarem para o interior de si - buscando-se a si, e à sua consciência -, precisam escapar, conhecer sempre novas coisas e novos lugares, experimentar novas sensações, entretendo-se para não enfrentar a mesmice da existência que nos faz perguntar pelo sentido da vida!

Desculpe-me o leitor pela chateação; mas, que esperar de uma sociedade assim? Por que nos espantamos com a violência entre os jovens, com a marginalidade também dos "filhinhos de papai", com a dissolução das famílias, com a ânsia de poder, prazer e consumo?

No Evangelho, Jesus fala do Reino, que é a presença de Deus no coração do homem e do mundo. Presença que ele veio trazer e que se torna uma realidade quando nos abrimos de verdade à sua palavra, ao seu amor, ao dom da sua Presença em nós. Quem o encontra, encontra o sentido da vida - como ele mesmo, que sabia de onde vinha e para onde ia: "Saí do Pai e vim ao mundo; deixo o mundo e volto ao Pai" (Jo 16,28). Quem encontra Jesus, encontra o Reino; quem encontra o Reino, encontra o sentido da existência e já não mais precisa fugir, drogar-se com essas drogazinhas que o mundo atual oferece, empanturrar-se com as
bugigangas que a sociedade atual nos coloca à disposição. Quem encontrou o sentido da existência encontrou o maior de todos os tesouros, aquele escondido que, uma vez nosso, ninguém nos poderá tirar!
Dom HENRIQUE Soares da Costa
Bispo auxiliar da Arquidiocese de Aracaju
NOTA DO BLOG:
Belíssimo artigo do Dom Henrique. A referência feita à célebre frase de Friedrich Wilhelm Nietzsche ( 1844-1900 ), professada ainda no século dezenove, também ganhou espaço não só na sociedade do velho continente, mas também, e infelizmente dentro das academias.
O seio acadêmico hoje encontra-se infestado de falsas ideologias, de filosofias repassadas a partir de lógicas como a de Nietzsche, que também ainda disse: “A fé é querer ignorar tudo aquilo que é verdade.”
Lembro-me que só não mudei minha visão de mundo e sobre Deus dentro da universidade, por que sabia que as idéias que me eram repassadas em sala, era tão somente apenas, a expressão de um pensamento aprendido em páginas de livros de filosofias escritas por ateus e homens que tiveram uma vida alicerçada pela falta de amor. Muitos foram meus "confrontos" com a especialista detentora da disciplina. No final, ela não mudou meu pensamento e nem eu o dela, mas, sei que plantei no mínimo uma pequena semente de dúvida, quando falava que uma sociedade sem Deus, uma sociedadade que "matou Deus", é uma sociedade morta e seus frutos estão sendo colhidos diariamente e publicado nas páginas ensanguentadas dos jornais de grande circulação.
Lendo os escritos do Bispo, percebe-se que o homem continua caminhando com toda sua "sabedoria" para um vale de lágimas ainda maior que o presente. Errante, cego, mas, cheio de certeza que sua razão ainda é a grande responsável por tudo.
O iluminismo passou, as mentes brilhantes do século dezoito também, seus ideias permaneceram e hoje vivemos uma sociedade apodrecida em seus valores morais, por que houve exatamente o que ressalta de forma magistral o Bispo Dom Henrique. Houve uma inversão de valores, a verdade de Deus foi trocada pela mentira do mundo. E seus frutos, não só colhemos hoje, como também ficará de legado para nosso filhos.
Wellington Dantas

BENTO XVI E O SILÊNCIO DOS BISPOS

Bento XVI condenou com clareza “os projetos políticos” que “contemplam, aberta ou veladamente, a descriminalização do aborto”.


Papa Bento XVI ...Faltando três dias para a votação do segundo turno, o acalorado debate eleitoral ganhou um interlocutor de peso: o Papa Bento XVI. Num discurso pronunciado, nesta manhã de quinta-feira, para bispos do Nordeste – reconhecida base eleitoral do PT de Dilma Rousseff – Bento XVI condenou com clareza “os projetos políticos” que “contemplam, aberta ou veladamente, a descriminalização do aborto”.
Com o discurso de hoje, Bento XVI rompe, desde o mais alto grau da hierarquia católica, o patrulhamento ideológico que o PT vem impondo a bispos do Brasil através de ameaças, pressões diplomáticas, xingamentos e abusos de poder.É conhecida a absurda apreensão, a pedido do PT, de milhares de folhetos contendo o “Apelo a Todos os Brasileiros e Brasileiras”, em que a Comissão em Defesa da Vida, da Regional Sul I da CNBB, exortava os católicos a não votar em políticos que defendam a descriminalização do aborto.
É conhecida a denúncia do bispo de Guarulhos, Dom Luiz Gonzaga Bergonzini, de que tem sido vítima de censura e perseguição por parte do PT (cf. Revista Veja). É arquiconhecida a prisão de leigos católicos que realizavam o “ato subversivo” de distribuir nas ruas o documento dos bispos de São Paulo.O Papa convida os bispos à coragem de romper este patrulhamento e falar. Ao defender a vida das crianças no ventre das mães, os bispos não devem temer “a oposição e a impopularidade, recusando qualquer acordo e ambigüidade”.
O pronunciamento de Bento XVI ainda exorta os bispos a cumprirem “o grave dever de emitir um juízo moral, mesmo em matérias políticas”. E, numa clara alusão a uma das propostas do PNDH-3 do PT, se opõe à ausência “de símbolos religiosos na vida pública”.Com seu discurso, o Papa procura evitar que o Brasil continue protagonista de um fenômeno que seria mais típico do feudalismo medieval, do que de uma suposta democracia moderna. De fato, durante a Baixa Idade Média, era comum que os posicionamentos e protestos mais decididos fossem os do Papa, enquanto os do episcopado local, mais exposto às pressões e ao poder imediato dos senhores feudais, eram como os de um cão atado à coleira.
Pode até ensaiar uns latidos, mas quem passa por perto sabe que se trata de barulho inofensivo. Ao apagar das luzes da campanha de segundo turno, o Pontífice parece preparar o terreno para que a Igreja do Brasil compreenda, sejam quais forem os resultados das eleições, que é inútil apelar para um currículo de progressos sociais e de defesas dos oprimidos do Partido dos Trabalhadores, quando seu “projeto político” está tão empenhado em eliminar os seres humanos mais fracos e indefesos no ventre das mães.
Boletim da Sala de Imprensa da Santa Sé Bispos devem lembrar fiéis que voto está destinado á promoção do bem comum, disse Bento XVI. Bento XVI recebeu os bispos do Regional Nordeste 5 às 11h (em Roma - 7h no horário de Brasília) da manhã desta quinta-feira, 28, por ocasião da visita ad limina. O Papa expressou uma firme condenação às estratégias políticas que tentam apresentar o aborto como direito humano."Seria totalmente falsa e ilusória qualquer defesa dos direitos humanos políticos, econômicos e sociais que não compreendesse a enérgica defesa do direito à vida desde a concepção até a morte natural. [...] Quando os projetos políticos contemplam, aberta ou veladamente, a descriminalização do aborto ou da eutanásia, o ideal democrático é atraiçoado nas suas bases".
Fonte:pemiliocarlos

VIVA COM PROPÓSITO, MAS NÃO SE ESQUEÇA, SOMOS O RESULTADO DE NOSSAS PRÓPRIAS ESCOLHAS.


Lucas 9,62

Todos nós, seres humanos, enquanto não estabelecermos um objetivo para o nosso viver diário, não poderemos dar o melhor de nós em nossas atividades diárias; ou talvez iremos passar toda a nossa vida fazendo coisas erradas e com projetos inacabados.
A palavra propósito quer dizer aquilo que se busca alcançar quando se faz alguma coisa; aquilo a que alguém se propôs; objetivo e finalidade.

Logo, quando o ser humano se propõe a fazer diferença neste mundo e a realizar seus sonhos e projetos, ele precisa conscientizar-se de que sua vida deve ser direcionada por um propósito que esteja ao seu alcance realizá-lo.

Infelizmente existem muitas pessoas que estão sofrendo, pois ainda não conseguiram definir seus objetivos, e vivem desorientadas na área espiritual, emocional, física e material.Deus, ao criar o ser humano, criou-o com um propósito específico: ser a coroa da criação de Deus; ser bênção, luz; ser como Cristo foi nesta terra. Como o apóstolo Paulo falou em I Coríntios 10,31: “Tudo o que vocês fizerem nesta terra, seja beber, comer, trabalhar, estar em família, ir à igreja, passear, ou outras coisas; façam tudo para a honra e glória do nome de Jesus.”Olha a definição de nossos propósitos.

Todos eles devem ser realizados com o objetivo de Jesus Cristo ser exaltado e engrandecido.Portanto, é uma responsabilidade pessoal vivermos neste mundo com propósito e com a finalidade de não desistirmos daquilo que o Senhor nos tem confiado.Saiba que Satanás vai fazer de tudo para que você não descubra seus propósitos ou viva desistindo deles. Muitas dificuldades vão surgir, mas o segredo é manter-se firme em sua decisão de ir até o fim.

Como Jesus disse em Lucas 9,62: ninguém que lança mão do arado e olha para trás é apto para o Reino de Deus.Então, se você está pensando em desistir de seus projetos e propósitos, sejam na área espiritual ou material, lembre-se de que o Senhor não deseja isto para você;Ele se entristece, quando alguém não confia nele nem acredita em si mesmo.Cada um de nós tem uma vocação, um propósito específico nesta terra.

O mundo precisa de você; e o que compete a você é responsabilidade sua.Saiba que, aquilo que Deus determinou para que você realizasse, Ele não cobrará de outra pessoa, mas de você.Peça ao Senhor para ajudá-lo a identificar suas habilidades e os propósitos dele para sua vida.Aqui estão algumas perguntas que você deve fazer-se e que irão ajudá-lo a identificar seu objetivo:-O que estou buscando? Todos nós temos um forte desejo no fundo do coração, algo que fala a nossos pensamentos e sentimentos mais profundos; algo que inflama nossa alma. Você só precisa encontrá-lo.- Por que fui criado? Cada um de nós é diferente. Pense no inigualável conjunto de habilidades que possui, nos recursos à sua disposição, em sua história pessoal e nas oportunidades à sua volta. Se objetivamente identificar esses fatores e descobrir o desejo de seu coração, terá dado um grande passo no sentido de descobrir seu objetivo na vida.- Acredito em meu potencial? Se você não acreditar que tem potencial, jamais tentará alcançá-lo. A dúvida gera a incredulidade, em Deus e em você; levando-o ao fracasso.

O presidente Theodore Roosevelt disse: “Faça o que pode, com o que tem, onde estiver.” Se fizer isso com os olhos fixos no objetivo de sua vida. O que mais se pode esperar de você?- Quando começar? A resposta para essa pergunta é: AGORA. Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Aplicai o vosso coração aos vossos caminhos (Ag 1,7).Todos temos que fazer escolhas é inevitável, mas diante delas não podemos esquecer as nossas responsabilidades e suas conseqüências.Nossas escolhas vão dizer pra onde iremos.

SOMOS O RESULTADO DAS NOSSAS ESCOLHAS!Todos os dias nós acordamos e somos servidos de um leque incalculável de opções. De simples escolhas que eventualmente passam despercebidas a decisões que requerem análises mais complexas.Sim, as escolhas dependem de mim. Sim, as coisas podem ser como eu quero.
Faça chuva ou faça sol, frio ou calor, quem decide o caminho somos nós.É evidente que não temos o controle total sobre os resultados e conseqüências, simplesmente porquê estes são variáveis, mas diversas coisas que fazem positivamente a diferença como sorrir, planejar, acreditar, agir, trabalhar são ações determinadas por nós e essas por sua vez geram seus respectivos resultados e conseqüências.E então você pode se perguntar, “... mas como saber quais são as escolhas corretas?”

A verdade é que não se tratam de escolhas corretas, mas sim de melhores escolhas situacionais. Opções que geram resultados melhor qualificados. Escolhas realizáveis de acordo com o nosso momento, de acordo com a nossa conduta e para mim principalmente penso uma coerência de vida com o meu professar cristão.Pois entendi as duras penas que verdade é vida vivida e não falada, porque falar não custa nada, mas viver custa à vida!E o que pode ser feito para optar pelas melhores escolhas?Como se preparar para percorrer os melhores caminhos?Não existe uma fórmula mágica ou algo que garanta as melhores escolhas, o que existem são algumas receitas a que todas as pessoas têm acesso.A prática e desenvolvimento de atitudes e comportamentos que nos conduzirão aos melhores caminhos. Pensar e agir positivamente sempre e o tempo todo é uma dessas práticas, uma dessas receitas. É preciso acordar e colocar todos os dias sobre os ombros e sobre nos um sinal “ que nos leva sempre a pensar na vida com resultado de morte que gera vida, o sinal da Cruz o sinal de cristão, que lhe acompanhará em todos os momentos, em todas as situações.

Uma verdadeira atitude adicionada a um comportamento construtivo e pró-ativo, capaz de diferenciar o seu dia, capaz de melhorar a sua qualidade de vida, capaz de proporcionar a todas as pessoas que o cercam o prazer do seu convívio.

Sempre que fazemos nossas escolhas acompanhadas desse sinal de cristãos, obtemos os melhores resultados e através desse, dessa prática em busca do melhor caminho, desenvolvemos e credenciamos a nossa responsabilidade, ou seja, a nossa habilidade de respostas e a tornamos um hábito.Hábito de ser e viver feliz, ou ser amargo, indesejável, de viver mal humorado.Hábito de deixar a vida me levar ou de conduzi-la de acordo com os meus sonhos, com os meus planos. Hábito de surpreender positivamente às pessoas ou negativamente.Novamente retomo a palavra santa dos lábios de Jesus : “ninguém que lança mão do arado e olha para trás é apto para o Reino de Deus”.

Habituar-se a vencer, a crescer, a atingir metas, a realizar planos, enfim, a tudo aquilo que julgamos ser o melhor é sem dúvida o grande desafio.Caminhar pode se tornar um hábito, basta que para isso eu decida, eu estou diante de meu médico em debito pois ja me disse várias vezes que preciso andar, para o meu próprio bem, agora eu preciso decidir, que pratiquemos a nossa liberdade de escolher as atitudes, comportamentos e caminhos que queremos em nossas vidas assumindo as nossas responsabilidades.Por isso, toda a vez em que você se encontrar diante de opções tenha sempre a consciência de que nós somos o resultado de nossas próprias escolhas.

Com minha benção
Pe.Emílio Carlos+

LITURGIA DIÁRIA - HUMILDADE E HOSPITALIDADE.


Primeira Leitura: Filipenses 1, 18-26

Leitura da carta de São Paulo aos Filipenses - 18Mas não faz mal! Contanto que de todas as maneiras, por pretexto ou por verdade, Cristo seja anunciado, nisto não só me alegro, mas sempre me alegrarei. 19Pois sei que isto me resultará em salvação, graças às vossas orações e ao socorro do Espírito de Jesus Cristo. 20Meu ardente desejo e minha esperança são que em nada serei confundido, mas que, hoje como sempre, Cristo será glorificado no meu corpo (tenho toda a certeza disto), quer pela minha vida quer pela minha morte. 21Porque para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro. 22Mas, se o viver no corpo é útil para o meu trabalho, não sei então o que devo preferir. 23Sinto-me pressionado dos dois lados: por uma parte, desejaria desprender-me para estar com Cristo - o que seria imensamente melhor; 24mas, de outra parte, continuar a viver é mais necessário, por causa de vós... 25Persuadido disto, sei que ficarei e continuarei com todos vós, para proveito vosso e consolação da vossa fé. 26Assim, minha volta para junto de vós vos dará um novo motivo de alegria em Cristo Jesus. - Palavra do Senhor.

Evangelho: Lucas 14, 1.7-11

Naquele tempo, 1Jesus entrou num sábado em casa de um fariseu notável, para uma refeição; eles o observavam. 7Observando também como os convivas escolhiam os primeiros lugares, propôs-lhes a seguinte parábola: 8Quando fores convidado às bodas, não te sentes no primeiro lugar, pois pode ser que seja convidada outra pessoa de mais consideração do que tu, 9e vindo o que te convidou, te diga: Cede o lugar a este. Terias então a confusão de dever ocupar o último lugar. 10Mas, quando fores convidado, vai tomar o último lugar, para que, quando vier o que te convidou, te diga: Amigo, passa mais para cima. Então serás honrado na presença de todos os convivas. 11Porque todo aquele que se exaltar será humilhado, e todo aquele que se humilhar será exaltado. - Palavra da salvação.

Este Evangelho nos ajuda a corrigir um preconceito sumamente difundido. «Num sábado, Jesus entrou para comer na casa de um dos principais fariseus. Eles o observavam atentamente». Ao ler o Evangelho a partir de um certo ponto de vista, acabou-se fazendo dos fariseus o modelo de todos os vícios: hipocrisia, falsidade; os inimigos por antonomásia de Jesus. Com estes significados negativos, o termo «fariseu» passou a fazer parte do dicionário de nossa língua e de outras muitas.
Semelhante idéia dos fariseus não é correta. Entre eles havia certamente muitos elementos que respondiam a esta imagem e Cristo os enfrenta. Mas nem todos eram assim. Nicodemos, que vai ver Jesus de noite e que depois o defende ante o Sinédrio, era um fariseu (cf. João 3, 1; 7, 50ss). Também Saulo era fariseu antes da conversão, e era certamente uma pessoa sincera e zelosa, ainda que não estivesse bem iluminado. Outro fariseu era Gamaliel, que defendeu os apóstolos ante o Sinédrio (cf. Atos 5, 34 e seguintes).
As relações de Jesus com os fariseus não foram só de conflito. Compartilhavam muitas vezes as mesmas convicções, como a fé na ressurreição dos mortos, no amor de Deus e no compromisso como primeiro e mais importante mandamento da lei. Alguns, como neste caso, inclusive o convidam para uma refeição em sua casa. Hoje se considera que mais que os fariseus, quem queria a condenação de Jesus eram os saduceus, a quem pertencia a casta sacerdotal de Jerusalém.
Por todos estes motivos, seria sumamente desejável deixar de utilizar o termo «fariseu» em sentido depreciativo. Ajudaria ao diálogo com os judeus, que recordam com grande honra o papel desempenhado pela corrente dos fariseus em sua história, especialmente após a destruição de Jerusalém.
Durante a refeição, naquele sábado, Jesus ofereceu dois ensinamentos importantes: um dirigido aos «convidados» e outro para o «anfitrião». Ao dono da casa, Jesus disse (talvez diante dele ou só em presença de seus discípulos): «Quando deres um almoço ou um jantar, não convides seus amigos, nem seus irmãos, nem seus parentes, nem os vizinhos ricos…». É o que o próprio Jesus fez, quando convidou ao grande banquete do Reino os pobres, os alitos, os humildes, os famintos, os perseguidos.
Mas nesta ocasião quero deter-me a meditar no que Jesus diz aos «convidados». «Se te convidam a um banquete de bodas, não te coloques no primeiro lugar…». Jesus não quer dar conselhos de boa educação. Nem sequer pretende alentar o sutil cálculo de quem se põe em uma fila, com a escondida esperança de que o dono lhe peça que se aproxime. A parábola nisso pode dar pé ao equívoco, se não se levar em consideração o banquete e o dono dos quais Jesus está falando. O banquete é o universal do Reino e o dono é Deus.
Na vida, quer dizer Jesus, escolhe o último lugar, procura contentar os demais mais que a ti mesmo; sê modesto na hora de avaliar seus méritos, deixa que sejam os demais quem os reconheçam e não tu («ninguém é bom juiz em causa própria»), e já desde esta vida Deus te exaltará. Ele te exaltará com sua graça, te fará subir na hierarquia de seus amigos e dos verdadeiros discípulos de seu Filho, que é o que realmente importa.
Ele te exaltará também na estima dos demais. É um fato surpreendente, mas verdadeiro. Não só Deus «se inclina ante o humilde e rejeita o soberbo» (cf. Salmo 107, 6); também o homem faz o mesmo, independentemente do fato de ser crente ou não. A modéstia, quando é sincera, não artificial, conquista, faz que a pessoa seja amada, que sua companhia seja desejada, que sua opinião seja desejada.
Vivemos em uma sociedade que tem suma necessidade de voltar a escutar esta mensagem evangélica sobre a humildade. Correr para ocupar os primeiros lugares, talvez pisoteando, sem escrúpulos, a cabeça dos demais, são características desprezadas por todos e, infelizmente, seguidas por todos. O Evangelho tem um impacto social, inclusive quando fala de humildade e hospitalidade.

Pe Bantu

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

ORIGEM DO DIA DE TODOS OS SANTOS


"Vi uma grande multidão que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas. Estavam de pé diante do Trono e diante do Cordeiro, de vestes brancas e palmas na mão."

A visão narrada por são João Evangelista, no Apocalipse, fala dos santos aos quais é dedicado o dia de hoje. A Igreja de Cristo possui muitos santos canonizados e a quantidade de dias do calendário não permite que eles sejam homenageados com exclusividade. Além desses, a Igreja tem, também, muitos outros santos sem nome, que viveram no mundo silenciosamente e na nulidade, carregando com dignidade a sua cruz, sem nunca ter duvidado dos ensinamentos de Jesus.
Enfim, santos são todos os que foram canonizados pela Igreja ao longo dos séculos e também os que não foram e nem sequer a Igreja conhece o nome e que nos precederam em vida na terra perseverando na fé em Cristo.

Portanto, são mesmo multidões e multidões, porque para Deus não existe maior ou menor santidade. Ele ama todos do mesmo modo. O que vale é o nosso testemunho de fidelidade e amor na fé em seu Filho, o Cristo, e que somente Deus conhece.

Como mesmo entre os canonizados muitos santos não têm um dia exclusivo para sua homenagem, a Igreja reverencia a lembrança de todos, até os sem nome, numa mesma data. A celebração começou no século III, na Igreja do Oriente, e ocorria no dia 13 de maio.
A festa de Todos os Santos ocorreu pela primeira vez em Roma, no dia 13 de maio de 609, quando o papa Bonifácio IV transformou o Panteão, templo dedicado a todos os deuses pagãos do Olimpo, em uma igreja em honra à Virgem Maria e a Todos os Santos.

A mudança do dia começou com o abade inglês Alcuíno de York, professor de Carlos Magno, perto do ano 800. Os pagãos celtas entendiam o dia 1o de novembro como um dia de comemoração que anunciava o início do inverno. Quando eles se convertiam, queriam continuar com a tradição da festa. Assim, a veneração de Todos os Santos lembrando os cristãos que morreram em estado de graça foi instituída no dia 1o de novembro.

O papa Gregório IV, em 835, fixou e estendeu para toda a Igreja a comemoração em 1o de novembro. Oficialmente, a mudança do dia da festa de Todos os Santos, de 13 de maio para 1o de novembro, só foi decretada em 1475, pelo do papa Xisto IV. Mas o importante é que a solenidade de Todos os Santos enche de sentido a homenagem de Todos os Finados, que ocorre no dia seguinte.
Formação: com.shalom

1ª MOTO-ROMARIA DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO

( Logomarca ques estará estampada na camiseta da moto-romaria)

Novidades não param de chegar. Como disse em postagem anterior, "Ano após ano a festa da Imaculada Conceição toma proporções cada vez maiores [...]".
Para respaldar essa afirmação, Padre Flávio Augusto e as esquipes de trabalho da festa arregaçaram as mangas e tiraram do papel um projeto aldacioso: A 1ª Moto-Romaria de Nossa Senhora da Conceição. Diferente de todas as outras, a peculiariedade presente nessa é o grande percurso.
A ideia consiste no seguinte: Após a missa solene que será realizada no dia 08/12 às 10:00h na igreja Matriz, o Bispo Diocesano Dom Mariano Manzana sairá em moto-romaria com motoqueiros participantes e os moto-clubes de nossa cidade para visitar as paroquias que tem como padroeira Nossa Senhora da Conceição. O primeiro destino é a cidade de Portalegre; lá a moto-romaria fará uma parada de 10 minutos para o Bispo dar um benção (o ato será repetido em todas as paradas) em seguida, seguirá rumo a Olho d'água do Borges, de lá partirá para Alexandria onde a moto-romaria deixará o bispo e retornará a Pau dos Ferros.

Chegando na entrada da cidade, todos os devotos estarão esperando para descer em procissão com a Mãe Imaculada até a Igreja Matriz para o encerramento da festa.
Uma ideia inovadora e revolucionária. Estávamos precisando disso!
Fonte:paroquiadepaudosferros.blogspot.com

"EU SOU A VIDEIRA VERDADEIRA"


«Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o viticultor (...)Permanecei em mim, e eu permanecerei em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não permanecer na videira, assim também vós, se não permanecerdes em mim. Eu sou a videira; vós sois as varas. Quem permanece em mim e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer (...) Como o Pai me amou, assim também eu vos amei; permanecei no meu amor. Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; do mesmo modo que eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai, e permaneço no seu amor.» (Jo 15, 1-10)

A tarefa mais importante do discípulo é permanecer em Jesus. A permanência é a condição para poder dar fruto.

O ramo só pode dar frutos se permanecer preso à videira. Permanecer em Jesus significa ficar imbuído do espírito e do amor de Jesus. Assim como o ramo recebe a seiva da videira, assim flui dentro de nós o amor de Jesus manifestado na sua morte de cruz.Trata-se de um permanecer mútuo.Nós devemos permanecer em Jesus. E então também Ele permanecerá em nós impregnando-nos com o Seu amor.E esse amor nos faz dar frutos.

O verdadeiro fruto não consiste em grandes feitos exteriores, ele se mostra, isso sim, no amor que passamos a irradiar.Tudo o que fazemos só será fecundo se levar à marca do amor.

Soli Deo gloria!
Glória somente a Deus!

com minha benção
Pe.Emílio Carlos+

AMAR A TODOS SEM PRECONCEITO.


Alguns de nós ficamos verdadeiramente escandalizados diante da notícia do quanto ainda existem nas sociedades os preconceitos de cor, raça, classe social, condição econômica ou cultural. No entanto, sem que percebamos, podemos estar agindo preconceituosamente em nossas relações com Deus, com o próximo e até conosco mesmos.

Este artigo não pretende relatar nem fundamentar as divergências correntes a respeito dos diversos preconceitos sociais, mas nos levar a seguir melhor a Jesus, que venceu todo preconceito humano com o único objetivo de acolher e salvar a humanidade, sem distinção.Podemos começar refletindo um pouco sobre o que significa o preconceito.

Como o termo diz, trata-se de um conceito antecipado a respeito de uma pessoa, coisa ou situação. O preconceito está intimamente ligado às informações que trazemos em nossa memória, de fatos vividos ou conhecidos. Assim, ao nos encontrarmos em uma situação parecida, associamos àquela experiência anterior como se fosse a mesma. O preconceito também está muito ligado à aparência exterior da situação, coisa ou pessoa. Baseados no que parece, podemos julgar algo que não corresponde à verdade.

Portanto, o preconceito pode ser em nossa vida um grande engano, uma grande ignorância fantasiada de "saber". E pode aprisionar a nós e aos outros.Nas relações interpessoais os preconceitos podem ser impedidores de grandes amizades e verdadeiras prisões que encerram as pessoas em rótulos, a partir de atos que cometeram no passado, ou que ainda estão cometendo, mas que nos impedem de vê-la em profundidade, para além do rótulo, ou perceber que são capazes de mudar.

Desse modo, agimos nos arvorando de pretensos deuses, quando na realidade nem Deus é preconceituoso com nenhum de nós. Imagine se Deus, que desde o princípio tudo vê, que conhece o nosso pecado e as nossas fraquezas em profundidade, fosse preconceituoso conosco, já há muito teríamos perdido todas as chances de existir. No entanto Ele, que criou o mundo do nada, está sempre investindo em nós, esperando a nossa conversão até o último instante de nossa vida. Se fosse possível humanizar a imagem de Deus a este ponto, eu diria que Deus tem muito mais fé em nós do que nós nele. Sim, porque no fundo de nosso preconceito está a falta de fé em Deus, que a tudo e a todos pode transformar.

A triste conseqüência de nossos preconceitos pessoais é o preconceito social, que tanto nos escandaliza. O preconceito individual pode ser propagado pelas nossas más palavras de tal forma que não seremos mais capazes de deter esta espécie de bomba que às vezes levianamente lançamos uns contra os outros. Tudo pode começar com um comentário, uma antipatia, uma rejeição confidenciada, e a nossa opinião pessoal tão mutável terá sido lançada como um rótulo no outro. E o outro, na sua fraqueza, poderá acabar assumindo este rótulo durante toda a vida enquanto sua verdadeira imagem estará para sempre escondida no coração de Deus. Então seus talentos e tudo o que Deus tinha para fazer através dele fica sepultado como uma semente que não desabrochou.

Jesus e as pessoas socialmente desprezadas e moralmente reprovadas ao contrário dos fariseus de sua época, sempre fechados no pequeno mundo dos seus conceitos, Jesus não classificava as pessoas, ninguém era indigno de se relacionar com Ele, por pior que fosse seu passado. Ele conseguia compreender e valorizar o ser humano independentemente de seus erros, da sua história. Isso não significava que compactuasse com o pecado, mas que acolhia o pecador, fosse qual fosse o seu pecado. Foi assim que agiu com a mulher samaritana, com Zaqueu, com Levi, com a pecadora pública e com todos os pecadores que encontrou. E foi justamente seu amor incondicional que gerou neles a transformação que os fariseus não puderam ver.

Intelectualmente encarcerados, fechados nas suas próprias idéias e na sua falsa moral, muitos deles não conseguiram aceitar alguém como Cristo, que veio para abrir o coração humano e nele introduzir a Lei interior, a Lei do Amor, com o poder de Deus, e não com a espada da condenação. Por isso não lhes era possível compreender por que Jesus "andava com os pecadores", e "fazia refeições com eles". E sua indignação gerou a inveja, que como uma bola de neve levou Jesus a um julgamento injusto. Porém na Cruz, também por eles Jesus pediu ao Pai, porque não "sabem o que fazem".Assim como aconteceu aos algozes de Cristo, pode estar acontecendo conosco, que tantas vezes nos consideramos "bons cristãos".

O preconceito que nos impede de ir até os mais "mal afamados" para lhes dizer que Jesus os ama com atos, muitas vezes esconde a nossa inconsistência interior, porque no fundo sabemos que somos tão vulneráveis como eles, e é apenas um mistério da graça divina que nos impediu de agir como eles.No entanto, somos continuamente alvo do amor incondicional de Deus, e por isto o mistério da misericórdia e da caridade que acolhe incondicionalmente o outro será sempre um chamado feito a cada um de nós.

Em uma de suas parábolas, o Senhor disse que deixará crescer juntos o joio e o trigo até o dia da colheita (Mt 13,24-30). Assim como pobres sempre existirão no meio de nós, porque de alguma forma todos nós somos pobres; pecadores sempre existirão no meio de nós, porque todos somos pecadores, e nenhum de nós sairá dos próprios pecados sem que antes encontremos uma mão que nos acolha como estamos.

O preconceito é um veneno capaz de roer as relações entre famílias, comunidades religiosas, irmãos, amigos, conhecidos e desconhecidos, e tudo pode começar com um único olhar de julgamento de nossa própria parte. Que o Senhor nos conceda a graça da purificação do nosso olhar, dos nossos raciocínios e sobretudo da nossa memória, para que, escandalizados com as histórias de preconceitos que observamos nos jornais, não estejamos nós a fazer o mesmo.
Formação:com.shalom
Fonte:alphaeomega

"OS BISPOS TÊM O GRAVE DEVER DE EMITIR UM JUÍZO MORAL"

Seria falsa qualquer defesa dos DDHH que não compreendesse a defesa do direito à vida


VATICANO, 28 Out. 10 / 12:39 pm (ACI).- Em seu discurso aos prelados do Regional Nordeste V da Conferência Nacional de Bispos do Brasil (CNBB), o Papa Bento XVI precisou que quando “os direitos fundamentais da pessoa”, tal como o direito à vida ante o aborto, “ou a salvação das almas o exigirem”, os bispos “têm o grave dever de emitir um juízo moral, mesmo em matérias políticas".
Faltando apenas três dias da realização do segundo turno das eleições presidenciais no Brasil entre a candidata do governo Dilma Rousseff e José Serra do PSDB, e em meio de uma forte polêmica sobre o aborto, o Papa Bento XVI explicou aos bispos que "ao defender a vida «não devemos temer a oposição e a impopularidade, recusando qualquer compromisso e ambigüidade que nos conformem com a mentalidade deste mundo»".
Abaixo reproduzimos na íntegra o discurso do Papa aos bispos do Nordeste:
Amados Irmãos no Episcopado,«Para vós, graça e paz da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo» (2 Cor 1, 2). Desejo antes de mais nada agradecer a Deus pelo vosso zelo e dedicação a Cristo e à sua Igreja que cresce no Regional Nordeste 5. Lendo os vossos relatórios, pude dar-me conta dos problemas de caráter religioso e pastoral, além de humano e social, com que deveis medir-vos diariamente.
O quadro geral tem as suas sombras, mas tem também sinais de esperança, como Dom Xavier Gilles acaba de referir na saudação que me dirigiu, dando livre curso aos sentimentos de todos vós e do vosso povo.Como sabeis, nos sucessivos encontros com os diversos Regionais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, tenho sublinhado diferentes âmbitos e respectivos agentes do multiforme serviço evangelizador e pastoral da Igreja na vossa grande Nação; hoje, gostaria de falar-vos de como a Igreja, na sua missão de fecundar e fermentar a sociedade humana com o Evangelho, ensina ao homem a sua dignidade de filho de Deus e a sua vocação à união com todos os homens, das quais decorrem as exigências da justiça e da paz social, conforme à sabedoria divina.Entretanto, o dever imediato de trabalhar por uma ordem social justa é próprio dos fiéis leigos, que, como cidadãos livres e responsáveis, se empenham em contribuir para a reta configuração da vida social, no respeito da sua legítima autonomia e da ordem moral natural (cf. Deus caritas est, 29).
O vosso dever como Bispos junto com o vosso clero é mediato, enquanto vos compete contribuir para a purificação da razão e o despertar das forças morais necessárias para a construção de uma sociedade justa e fraterna. Quando, porém, os direitos fundamentais da pessoa ou a salvação das almas o exigirem, os pastores têm o grave dever de emitir um juízo moral, mesmo em matérias políticas (cf. GS, 76).
Ao formular esses juízos, os pastores devem levar em conta o valor absoluto daqueles preceitos morais negativos que declaram moralmente inaceitável a escolha de uma determinada ação intrinsecamente má e incompatível com a dignidade da pessoa; tal escolha não pode ser resgatada pela bondade dequalquer fim, intenção, conseqüência ou circunstância. Portanto, seria totalmente falsa e ilusória qualquer defesa dos direitos humanos políticos, econômicos e sociais que não compreendesse a enérgica defesa do direito à vida desde a concepção até à morte natural (cf. Christifideles laici, 38).
Além disso no quadro do empenho pelos mais fracos e os mais indefesos, quem é mais inerme que um nascituro ou um doente em estado vegetativo ou terminal? Quando os projetos políticos contemplam, aberta ou veladamente, a descriminalização do aborto ou da eutanásia, o ideal democrático -que só é verdadeiramente tal quando reconhece e tutela a dignidade de toda a pessoa humana - é atraiçoado nas suas bases (cf. Evangelium vitæ, 74). Portanto, caros Irmãos no episcopado, ao defender a vida «não devemos temer a oposição e a impopularidade, recusando qualquer compromisso e ambigüidade que nos conformem com a mentalidade deste mundo» (ibidem, 82).
Além disso, para melhor ajudar os leigos a viverem o seu empenho cristão e sócio-político de um modo unitário e coerente, é «necessária - como vos disse em Aparecida - uma catequese social e uma adequada formação na doutrina social da Igreja, sendo muito útil para isso o "Compêndio da Doutrina Social da Igreja"» (Discurso inaugural da V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe, 3).
Isto significa também que em determinadas ocasiões, os pastores devem mesmo lembrar a todos os cidadãos o direito, que é também um dever, de usar livremente o próprio voto para a promoção do bem comum (cf. GS, 75).Neste ponto, política e fé se tocam. A fé tem, sem dúvida, a sua natureza específica de encontro com o Deus vivo que abre novos horizontes muito para além do âmbito próprio da razão. «Com efeito, sem a correção oferecida pela religião até a razão pode tornar-se vítima de ambigüidades, como acontecequando ela é manipulada pela ideologia, ou então aplicada de uma maneira parcial, sem ter em consideração plenamente a dignidade da pessoa humana» (Viagem Apostólica ao Reino Unido, Encontro com as autoridades civis, 17-IX-2010).
Só respeitando, promovendo e ensinando incansavelmente a natureza transcendente da pessoa humana é que uma sociedade pode ser construída. Assim, Deus deve «encontrar lugar também na esfera pública, nomeadamente nas dimensões cultural, social, econômica e particularmente política» (Caritas in veritate, 56).
Por isso, amados Irmãos, uno a minha voz à vossa num vivo apelo a favor da educação religiosa, e mais concretamente do ensino confessional e plural da religião, na escola pública do Estado.Queria ainda recordar que a presença de símbolos religiosos na vida pública é ao mesmo tempo lembrança da transcendência do homem e garantia do seu respeito.
Eles têm um valor particular, no caso do Brasil, em que a religião católica é parte integral da sua história. Como não pensar neste momento na imagem de Jesus Cristo com os braços estendidos sobre a baía da Guanabara que representa a hospitalidade e o amor com que o Brasil sempre soube abrir seus braços a homens e mulheres perseguidos e necessitados provenientes de todo o mundo?
Foi nessa presença de Jesus na vida brasileira, que eles se integraram harmonicamente na sociedade, contribuindo ao enriquecimento da cultura, ao crescimento econômico e ao espírito de solidariedade e liberdade.Amados Irmãos, confio à Mãe de Deus e nossa, invocada no Brasil sob o título de Nossa Senhora Aparecida, estes anseios da Igreja Católica na Terra de Santa Cruz e de todos os homens de boa vontade em defesa dos valores da vida humana e da sua transcendência, junto com as alegrias e esperanças, astristezas e angústias dos homens e mulheres da província eclesiástica do Maranhão.
A todos coloco sob a Sua materna proteção, e a vós e ao vosso povo concedo a minha Benção Apostólica.

LITURGIA DIÁRIA - A CURA NUM SÁBADO

Primeira Leitura: Filipenses 1, 1-11

Início da carta de São Paulo aos Filipenses - Naqueles dias, 1Paulo e Timóteo, servos de Jesus Cristo, a todos os santos em Jesus Cristo, que se acham em Filipos, juntamente com os bispos e diáconos: 2a vós, graça e paz da parte de Deus, nosso Pai, e da parte do Senhor Jesus Cristo! 3Dou graças a meu Deus, cada vez que de vós me lembro. 4Em todas as minhas orações, rezo sempre com alegria por todos vós, 5recordando-me da cooperação que haveis dado na difusão do Evangelho, desde o primeiro dia até agora. 6Estou persuadido de que aquele que iniciou em vós esta obra excelente lhe dará o acabamento até o dia de Jesus Cristo. 7É justo que eu tenha bom conceito de todos vós, porque vos trago no coração, por terdes tomado parte na graça que me foi dada, tanto na minha prisão como na defesa e na confirmação do Evangelho. 8Deus me é testemunha da ternura que vos consagro a todos, pelo entranhado amor de Jesus Cristo! 9Peço, na minha oração, que a vossa caridade se enriqueça cada vez mais de compreensão e critério, 10com que possais discernir o que é mais perfeito e vos torneis puros e irrepreensíveis para o dia de Cristo, 11cheios de frutos da justiça, que provêm de Jesus Cristo, para a glória e louvor de Deus. - Palavra do Senhor.


Evangelho: Lucas 14, 1-6

Naquele tempo, 1Jesus entrou num sábado em casa de um fariseu notável, para uma refeição; eles o observavam. 2Havia ali um homem hidrópico. 3Jesus dirigiu-se aos doutores da lei e aos fariseus: É permitido ou não fazer curas no dia de sábado? 4Eles nada disseram. Então Jesus, tomando o homem pela mão, curou-o e despediu-o. 5Depois, dirigindo-se a eles, disse: Qual de vós que, se lhe cair o jumento ou o boi num poço, não o tira imediatamente, mesmo em dia de sábado? 6A isto nada lhe podiam replicar. - Palavra da salvação.
Esta narrativa de Lucas é mais uma dentre as inúmeras narrativas encontradas nos evangelhos, que destacam a reação e a perseguição dos chefes religiosos de Israel diante do comportamento libertador de Jesus. A cena tem bastante semelhança com a cura no sábado, do homem da mão seca ou da mulher encurvada. Este homem e esta mulher simbolizam o povo imobilizado e encurvado pelo sistema opressor da Lei da sinagoga e do Templo. Agora, o hidrópico representa os ilustres convivas do chefe fariseu, inchados de orgulho e satisfação por suas posições privilegiadas e pelo poder de sua doutrina. A cura do hidrópico significa o ato libertador de Jesus para com os submissos à ideologia doutrinal e legal.

O descaso para com a observância sabática é uma das práticas mais comuns de Jesus, o que causa a reação dos fundamentalistas observantes. Libertar os que estão sob jugo da ideologia opressora é uma opção prioritária de Jesus. Jesus age com uma coerência que desnorteia aqueles que, apegados ao poder, o rejeitam. Acabarão decidindo, então, que só resta o caminho da violência para eliminar Jesus.
Porém, Jesus se vai entregar em Sacrifício para ser nosso alimento: Tomai todos e comei. Tomai todos e bebei, isto é o meu corpo este é o meu sangue. E tudo acontece e tem o seu final no dia da Ressurreição do Senhor, como nos diz são Paulo. Se Cristo não ressuscitou vã é nossa fé.

Assim sendo, a Eucaristia faz parte do domingo. Na manhã de Páscoa, primeiro as mulheres, depois os discípulos, tiveram a graça de ver o Senhor. Nesse momento, compreenderam que, doravante, o primeiro dia da semana, o domingo, seria o dia dele, o dia de Cristo. O dia do início da criação tornava-se o dia da renovação da criação. Criação e redenção caminham juntas.
É por isso que o domingo é tão importante. É belo que, nos nossos tempos, em tantas culturas, o domingo seja um dia livre ou, com o sábado, constitua mesmo o que se chama o fim-de-semana livre. Esse tempo livre, contudo, permanece vazio se Deus não estiver aí presente.

Às vezes, num primeiro momento, pode tornar-se talvez incómodo ter de prever também a Missa no programa do domingo. Mas, se a tal vos comprometerdes, constatareis também que isso é precisamente o que dá a verdadeira razão ao tempo livre. Não vos deixeis dissuadir de participar na Eucaristia dominical e ajudem também os outros a descobri-la. Porque a alegria de que precisamos emana dela, devemos certamente aprender a perceber cada vez mais a sua profundidade, devemos aprender a amá-la. Comprometamo-nos nesse sentido porque isso vale à pena! Descubramos a profunda riqueza da liturgia da Igreja e a sua verdadeira grandeza: não fazemos a festa para nós, mas, pelo contrário, é o próprio Deus vivo que nos prepara uma festa.
Pe Bantu

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

UMA DAS EXPRESSÕES MAIS SUBLIMES DO AMOR É O PERDÃO.


Vamos refletir, tome: Mat 12,7
Uma das expressões mais sublimes do amor é o perdão.

De fato, a palavra misericórdia significa agir com o coração.Tenho certeza que essa é a medida que queremos para nós mesmos, isto é, alcançar misericórdia por parte das pessoas e sobretudo por parte de Deus.

Se queremos isso para nós, porque é tão difícil dá-lo aos outros?Lembremos da regra de ouro: "Fazer aos outros o que gostaríamos que fizessem a nós."

E todos nós queremos misericórdia. Portanto, vivamos esse dia sendo essa expressão do amor para com todos. A correção e a justiça não são eficazes se não vem junto com o perdão.“Não tem compaixão para com o homem, seu semelhante, e ousa pedir o perdão de seus pecados?” (Eclo 28,4).

Perdoar é um dos mais nobres gestos de que é capaz o ser humano. E também um dos mais difíceis. Quem sabe perdoar, praticamente atingiu a perfeição, pois viver sem ódio, sem mágoa, livre de todo ressentimento, é possuir a verdadeira sabedoria de viver. Acima de tudo, quem sabe perdoar compreende de modo pleno uma das maiores necessidades do ser humano: ser perdoado. Se errar faz parte da fraqueza humana, ser perdoado é o único caminho para alguém se recuperar do erro.

Quem não recebe o perdão, praticamente está impossibilitado de se redimiu. Negar o perdão é condenar o que errou a permanecer no erro. É desconhecer que ninguém é totalmente bom nem totalmente mau.

Avaliar uma pessoa por uma queda não é justo, devemos lembrar de todo o bem que esta empreendeu. É ingenuidade pensar que ninguém tenha fraquezas e erros. Aquele que procura um amigo um irmão, sem defeitos termina sem amigos e irmãos.

O que é perdoar? É admitir que a fraqueza humana está sempre presente, mesmo na pessoa que vive na mais reta intenção e que o erro de hoje necessariamente não se repetirá amanhã.

Assim, perdoar é oferecer à pessoa um crédito de confiança: Você errou. Eu o perdôo, ofereço-lhe uma nova oportunidade. Aquilo que você fez, não existe mais. Você é uma nova criatura, com nova chance.

Como é bom, num momento de fraqueza, receber uma nova oportunidade! Ter gente que acredita em nossa recuperação!Perdoar é reconhecer a quase infinita capacidade do ser humano de se regenerar. Por pior que alguém seja, não está apagada nele a chama da bondade.

Basta um pequeno sopro, e a chama brilha com força. Transforma-se em labareda. Perdoar é participar da misericórdia divina, que faz o sol brilhar sobre justos e injustos. Quanto maior o pecado, mais intensa a presença amorosa de Deus. Saber perdoar é ser capaz de realizar o mais divino dos gestos para com o ser humano: o gesto do perdão


Com minha benção
Pe. Emílio Carlos Mancini+
grãozinho de areia.

SE ALGUÉM FOR PEQUENINO...


“Estamos num século de invenções.
Agora já não se tem a maçada de subir os degraus de uma escada; em casa dos ricos o ascensor substitui-a vantajosamente.Eu queria também encontrar um ascensor que me elevasse até Jesus, porque sou demasiado pequena para subir a rude escada da perfeição. Então, procurei nos Livros Sagrados a indicação do ascensor — objecto do meu desejo —, e li as estas palavras saídas da boca da Sabedoria eterna: Se alguém for pequenino, venha a mim.Então, aproximei-me, adivinhando que tinha encontrado o que procurava, e querendo saber, ó meu Deus!, o que faríeis ao pequenino que respondesse ao vosso apelo.
Continuei as minhas buscas, e eis o que encontrei: — Como uma mãe acaricia o seu filho, assim eu vos consolarei; levar-vos-ei ao colo e embalar-vos-ei nos meus joelhos! Ah!, nunca palavras tão ternas e tão melodiosas me vieram alegrar a alma.O ascensor que me há-de elevar até ao Céu, são os vossos braços, ó Jesus! Para isso não tenho necessidade de crescer; pelo contrário, é preciso que eu permaneça pequena, e que me torne cada vez mais pequena.
Ó meu Deus! excedestes a minha esperança, e eu quero cantar as vossas misericórdias.” (Santa Teresinha do Menino Jesus – História de uma Alma, Ms C)Parece fácil, não? Muitos ao ler estas lindas palavras de Santa Teresinha e ignoram a beleza de sua pequena via, imaginando ser uma via de mediocridade, onde não nos esforçamos para crescer espiritualmente.Ao contrário o caminho proposto por nossa querida santinha é um caminho que embora pequeno e curto, não é o mais largo… É um caminho de esforço diário e constante, para em tudo, nas coisas mais ordinárias, fazer com imenso amor ao Bom Deus.
Fazer do ordinário o extraordinário.Se pequena cada vez mais pequena, não é ser cada vez mais pecador, mas ao contrário, se aniquilar, eliminar todo amor próprio, se fazer pequeno para que Jesus seja grande em nós. Já não é mais o meu querer, mas somente o que Deus deseja de mim. É saber que não serei salva por meus méritos, mas pelos méritos infinitos de Jesus Cristo, que nos carrega em seus braços.
Em Teresinha de Jesus havia luta e esforço diário, mortificação de suas vontades, mas ela sabia que a cada vitória, que a cada gesto seu de santidade, não era Teresa… Mas era Jesus quem era vitorioso e santo nela. Para ser pequeno a ponto de entrar no céu trilhamos o caminho da humildade.E assim devemos seguir este caminho de se tornar cada vez mais pequenino, como uma criancinha confiante em seu paizinho, vendo que em seus braços não a risco de se perder, sabendo que em seus braços nenhum mal poderá lhe acontecer.Esforcemo-nos pois a exemplo de nossa santinha e renunciemos todo amor próprio, todo desejo vaidoso de querer aparecer, de querer ser grande aos olhos humanos, para deixando que em tudo se cumpra a vontade do Pai, Ele mesmo venha ser grande em nossa pequenez.
com minha benção
Pe.Emílio Carlos+

DIANTE DA DOR E DA NECESSIDADE.


Termos um coração semelhante ao seu, devemos recorrer em primeiro lugar à oração
Lc 7, 11-17
– A ressurreição do filho da viúva de Naim. Jesus compadece-se sempre da dor e do sofrimento.
– Amor com obras. A ordem da caridade.
– Para amar, é necessário compreender. Amor aos mais necessitados.
CONTEMPLAMOS NO EVANGELHO a chegada de Jesus a uma pequena cidade chamada Naim, acompanhado pelos seus discípulos e por um grupo numeroso de pessoas que o seguem.
Perto da porta da cidade, a comitiva que rodeava o Senhor cruzou-se com outra que levava a enterrar o filho único de uma mulher viúva. Segundo o costume judaico, levavam o corpo envolvido num lençol, sobre uma padiola. Formavam o cortejo a mãe e grande multidão de pessoas da cidade.

A caravana que entrava na cidade parou diante do defunto e Jesus, ao ver a mãe que chorava o seu filho, compadeceu-se dela e avançou ao seu encontro. “Jesus vê a angústia daquelas pessoas com quem se cruzou ocasionalmente. Podia ter passado ao largo, ou esperar por um chamado, por um pedido. Mas nem se afasta nem espera. Toma Ele próprio a iniciativa, movido pela aflição de uma viúva que havia perdido tudo o que lhe restava: o filho.

“O evangelista explica que Jesus se compadeceu: talvez se tivesse emocionado externamente, como por ocasião da morte de Lázaro. Jesus Cristo não é insensível ao sofrimento.”
“Cristo tem consciência de estar rodeado de uma multidão que ficará atônita perante o milagre e irá apregoando o acontecido por toda a região. Mas o Senhor não se comporta artificialmente, não pretende realizar um grande gesto: sente-se simplesmente afetado pelo sofrimento daquela mulher e não pode deixar de consolá-la. Aproximou-se dela e disse-lhe: Não chores (Lc 7, 13). Foi como se lhe dissesse: não te quero ver em lágrimas, porque eu vim trazer a alegria e a paz à terra. A seguir vem o milagre, manifestação do poder de Cristo-Deus. Mas antes tivera lugar a comoção da sua alma, manifestação da ternura do coração de Cristo-Homem”. Tocou o corpo do jovem e ordenou-lhe que se levantasse. E sentou-se o que estava morto, e começou a falar. E Jesus entregou-o à sua mãe.

O milagre é, ao mesmo tempo, um grande exemplo dos sentimentos que devemos ter diante das desgraças alheias. Devemos aprender de Jesus. E para termos um coração semelhante ao seu, devemos recorrer em primeiro lugar à oração: “Temos de pedir ao Senhor que nos conceda um coração bom, capaz de se compadecer das penas das criaturas, capaz de compreender que, para remediar os tormentos que acompanham e não poucas vezes angustiam as almas neste mundo, o verdadeiro bálsamo é o amor, a caridade: todos os outros consolos apenas servem para distrair por um momento e deixar mais tarde um saldo de amargura e desespero”.

Podemos perguntar-nos na nossa oração de hoje se sabemos amar todos aqueles que vamos encontrando pelos caminhos da vida, se nos detemos eficazmente diante das suas desgraças, e, portanto, se no fim de cada dia, ao examinarmos a nossa consciência, temos as nossas mãos repletas de obras de caridade e de misericórdia para oferecer ao Senhor.

Pe.Emílio Carlos +
o irmão menor e pecador
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DIZER NÃO É TAMBÉM AMAR.

Amar não é e nunca será tarefa fácil, exige de nós empenho e decisão. O amor sincero comporta o sofrimento e a doação em favor do outro. Pelo bem do outro, inúmeras vezes, enfrentamos dificuldades que nos causam dor e pesar.

Amar não é e nunca será tarefa fácil, exige de nós empenho e decisão. O amor sincero comporta o sofrimento e a doação em favor do outro. Pelo bem do outro, inúmeras vezes, enfrentamos dificuldades que nos causam dor e pesar.
Existem situações nas quais temos de desagradar a quem amamos em virtude de seu próprio bem. Tais decisões são difíceis e doem mais em nós do que naqueles que são objetos de nossa repreensão. Porém, é importante salientar que corresponder sempre e irrefletidamente aos desejos de quem se ama pode se tornar algo negativo, que tende a deformar e não formar. Dentro dessa perspectiva, afirmo que: “Dizer ‘não’ também é uma forma de amar”.
Limites são necessários para qualquer ser humano, pois, por meio deles, alcançamos equilíbrio e maturidade. Pais que não impõem limites aos filhos acabam criando pequenos reis e rainhas e, conseqüentemente, tornando-se seus súditos.
Somente quem já recebeu um “não” na vida consegue compreender a especificidade da palavra humildade. Somente aqueles que não foram correspondidos no que queriam, em algum momento de sua história, sabem compreender que sua vontade não é absoluta e que nem sempre estão certos.
É no “não” e no “sim”, no equilíbrio das possibilidades, que se forma uma pessoa, é assim que o orgulho se ausenta e o ser humano consegue entender que os outros também são bons.
Nem tudo o que queremos é o melhor para nós, porém, nem sempre conseguimos enxergar assim. É aí que descobrimos quem nos ama, pois os que sinceramente se interessam por nós não têm medo de nos dizer a verdade e de nos corrigir quando necessário.
Não é fácil corrigir e dizer 'não'; seria mais fácil e conveniente dizer sempre 'sim' e estar sempre sorrindo, pois quem diz 'não' se expõe e, muitas vezes, atrai sobre si a ira do outro. Quem corrige, mesmo querendo o bem do outro, corre o risco de ser mal interpretado, contudo, demonstra um grande amor e cuidado com o outro.
Só quem nos ama nos diz 'não'. Só quem se interessa por nós tem a sensibilidade de cuidar de nós, através da poda.
Precisamos ter sensibilidade para detectar e aceitar o amor que se manifesta em uma multiplicidade de formas e que nos encontra também naquilo que tanto nos desagrada.
Se enxergarmos assim, sentiremo-nos mais amados e cuidados, evitaremos muitas contrariedades, além de descobrirmos belezas antes não contempladas. Faça essa experiência!

Por:Adriano Zandoná

Fonte: Canção Nova

CARDEAL GERALDO MAJELLA ANUNCIA BEATIFICAÇÃO DA IRMÃ DULCE


BRASILIA, 27 Out. 10 / 02:54 pm (ACI).- O arcebispo de Salvador (BA), o cardeal Geraldo Majella Agnelo anunciou na manhã desta quarta-feira, 27, que a irmã Dulce, a religiosa brasileira conhecida por seu trabalho com os órfãos, será proclamada beata.

O pronunciamento foi feito na sede das Obras Sociais Irmã Dulce, em Salvador, e o cardeal informou que até o fim do ano será conhecida a data da cerimônia de beatificação. Segundo a informação divulgada pela CNBB, para ser considerada beata, foi necessária a comprovação da existência de um milagre atribuído a religiosa; fato que aconteceu esta semana em Roma.

O processo ainda precisa ser assinado pelo Papa para ser concluído. Segundo o cardeal, a religiosa oriunda da Bahia é um exemplo para os cristãos. “Todo santo é um exemplo de Cristo, como foi o caso dela (Irmã Dulce); aquela dedicação diuturna durante toda a vida aos pobres e sofredores”. A Irmã Dulce será a primeira baiana a tornar-se beata. Segundo a CNBB, a canonização da religiosa, ou seja, receber o título de santa só poderá ocorrer após a comprovação de mais dois milagres intercedidos pela religiosa e reconhecidos pelo Vaticano. A causa da beatificação de Irmã Dulce foi iniciada em janeiro do ano 2000 pelo próprio dom Geraldo Majella. Desde junho de 2001, o processo tramita na Congregação para a Causa dos Santos no Vaticano.

LITURGIA DIÁRIA - JESUS CHAMA OS DOZE


Primeira Leitura: Efésios 2, 19-22

Leitura da carta de São Paulo aos Efésios - 19Conseqüentemente, já não sois hóspedes nem peregrinos, mas sois concidadãos dos santos e membros da família de Deus, 20edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, tendo por pedra angular o próprio Cristo Jesus. 21É nele que todo edifício, harmonicamente disposto, se levanta até formar um templo santo no Senhor. 22É nele que também vós outros entrais conjuntamente, pelo Espírito, na estrutura do edifício que se torna a habitação de Deus. - Palavra do Senhor.

Evangelho: Lucas 6, 12-19

12Naqueles dias, Jesus retirou-se a uma montanha para rezar, e passou aí toda a noite orando a Deus. 13Ao amanhecer, chamou os seus discípulos e escolheu doze dentre eles que chamou de apóstolos: 14Simão, a quem deu o sobrenome de Pedro; André, seu irmão; Tiago, João, Filipe, Bartolomeu, 15Mateus, Tomé, Tiago, filho de Alfeu; Simão, chamado Zelador; 16Judas, irmão de Tiago; e Judas Iscariotes, aquele que foi o traidor. 17Descendo com eles, parou numa planície. Aí se achava um grande número de seus discípulos e uma grande multidão de pessoas vindas da Judéia, de Jerusalém, da região marítima, de Tiro e Sidônia, que tinham vindo para ouvi-lo e ser curadas das suas enfermidades. 18E os que eram atormentados dos espíritos imundos ficavam livres. 19Todo o povo procurava tocá-lo, pois saía dele uma força que os curava a todos. - Palavra da salvação.

Sempre que Jesus se isolava para rezar, é porque havia algo de estrema importância por fazer. Dessa vez foi a escolha dos Doze Apóstolos. Apesar d’Ele ter o raciocínio rápido até demais para dar as respostas mais sensatas, na hora de tomar decisões importantes Ele passava a noite inteira em reflexão, em oração. Traçando um plano de vida, e querendo cumpri-lo sem dar margem a erros, no Evangelho de hoje, Jesus vaí ao monte e passa aí a noite inteira. Monte aqui significa intimidade profunda com Deus Seu Pai. Pois Ele, veio para fazer não a Sua vontade mas a d’Aquele que o enviou. Então essa deve ser a primeira lição de hoje para nós: buscar uma meta, um objetivo de vida, e traçar um plano para alcançá-lo. Mas tenhamos também certeza de que sozinho não o conseguiremos. Eu te pergunto, qual é o teu plano hoje? O plano de Jesus foi difundir o Evangelho para toda a humanidade. O nosso não precisa ser tão pretensioso, mas é preciso que cada um saiba para onde vai, o que vai fazer lá e o porque?
Outro ponto importante é que Jesus, sendo um líder servidor, com certeza acompanhava um por um dos seus Doze Apóstolos e Amigos. Devia conhecer a intimidade de cada um, seus anseios, suas preocupações, suas dúvidas, seus amores e no decorrer dos 3 anos deve ter feito um profundo processo de cura e transformação nesses 12 homens, para que eles soubessem como deveriam ser com os seus próprios seguidores, quando chegasse a vez deles. Jesus sabia que estava formando os 12 não para Ele próprio, mas para o mundo. Como um verdadeiro Pai, que escuta, acolhe, compreende, perdoa, e dá forças e meios para superar as dificuldades, e principalmente as próprias limitações. Estamos no período de eleições no Brasil, como seria bom se tivéssemos líderes, mais padres, mais coordenadores, mais pais, mais mães, mais irmãos, mais professores que se sentissem responsáveis pelos seus como Jesus.
Por fim, a força que saía de Jesus e que curava a todos. Na linguagem de hoje, poderíamos dizer que Jesus era uma pessoa que tinha presença. Ele é a Luz, por isso atraía a todos quer pessoas ruíns quer boas. Sua postura é sempre impecável. Mesmo lidando com doenças e demônios, Jesus conservava uma atitude positiva, conservando em tudo a firmeza de ânimo. Assim como Ele, nós devemos praticar a firmeza de ânimo. Épreciso traçar um projeto de vida, sermos determinados e tocar para frente, contando sempre com a ajuda dos outros. Pois uma mão lava a outra e as duas ficam limpas. Jesus ao escolher os seus discípulos não faz outra coisa senão confiar-lhes também a responsabilidade e os envia em missão para onde Ele mesmo deveria ir. Precisamos ter atitudes positivas no nosso dia-a-dia. Uma atitude positiva mesmo frente aos problemas da vida. Isto nos fará superar todas as dificuldades.
Pe Bantu

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

O HOMEM NÃO PODE VIVER SEM AMOR.


Penso seriamente nestas Palavras de Jesus:"Amai os vossos inimigos e orai por aqueles que vos perseguem".E somente encontro resposta ao contemplar seu verdadeiro amor por mim .

Mt 5,43-48: Amai os vossos inimigos e orai por aqueles que vos perseguem.

O Evangelho exorta-nos ao mais perfeito amor.Amar é querer o bem do outro e nisto se baseia a nossa realização pessoal. Não amamos para procurar o nosso bem, mas sim o bem de quem amamos, e assim fazendo crescemos como pessoas.

O ser humano, como afirmou o Concílio Vaticano II, «não pode encontrar a sua plenitude senão na entrega sincera de si mesmo aos outros». A isso se referia Santa Teresa do Menino Jesus quando pedia para fazermos da nossa vida um holocausto. O amor é a vocação humana.
Todo o nosso comportamento, para ser verdadeiramente humano, deve manifestar a realidade do nosso ser, realizando a vocação do amor. Como escreveu João Paulo II, «o homem não pode viver sem amor. Ele permanece para si mesmo um ser incompreensível, a sua vida fica privada de sentido se não se lhe revela o amor, se não se encontra com o amor, se não o experimenta e o faz próprio, se não participa nele vivamente».

O amor tem o seu fundamento e a sua plenitude no amor de Deus em Cristo. A pessoa é convidada a um diálogo com Deus.Cada um existe pelo amor de Deus que o criou e pelo amor de Deus que o conserva, «e só pode dizer-se que vive na plenitude da verdade quando reconhece livremente este amor e se confia totalmente ao seu Criador» (Concílio Vaticano II): esta é a razão mais alta da sua dignidade. O amor humano deve, portanto, ser custodiado pelo Amor divino, que é a sua fonte, nele encontra o seu modelo e nele é levado à plenitude. Portanto, o amor, quando é verdadeiramente humano, ama com o coração de Deus e abraça incluso os inimigos.
Se não é assim, não se ama de verdade. Daqui decorre que a exigência do dom sincero de si mesmo se torne um preceito divino: «Sede, portanto, perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito» (Mt 5,48).


Com minha benção
Pe. Emílio Carlos +
grãozinho de areia.