quarta-feira, 30 de junho de 2010

RESPOUSO NO ESPÍRITO SANTO - TESTEMUNHO

Gustavo era um gaúcho forte e muito vaidoso, supervisor de uma firma automobilística em São Caetano, tinha orgulho pelo cargo que ocupava e gostava de exibir o "status" profissional. Todavia, como todas as pessoas, tinha os seus problemas e suas dificuldades, que procurava resolve-los porque lhe tiravam a tranquilidade.
Com este objetivo, vinha frequentando reuniões carismáticas em São Paulo no ano de 1986, mas não queria se submeter ao repouso no ESPÍRITO, tinha vergonha e dizia: "Eu, o supervisor Gustavo deitar no chão no meio dessa turma, com meu terno de tropical inglês, não dá? Vou me sujar todo e ficar com cara de tacho. E ainda, eu sou um macho, e macho que é bom não se arrasta e nem deita no chão igual um verme. Na verdade, a única pessoa que pode derrubar um macho, é outro macho, tchê".
Na sequência das semanas, sempre desejando conseguir ajuda para superar os seus problemas, depois de cansativa insistência dos amigos e parentes, decidiu que na reunião seguinte se submeteria ao repouso no ESPÍRITO. E de fato ele cumpriu a palavra. Era uma sexta-feira, mês de Abril, quando entrou no salão paroquial ao lado da esposa. Padre Eduardo veio ao seu encontro e lhe perguntou: "O senhor deseja ser batizado no ESPÍRITO?"-"Sim, eu quero", repondeu Gustavo. Não houve tempo para mais nada... Como ele mesmo dizia que somente um outro macho poderia derrubar um verdadeiro macho, o ESPÍRITO SANTO "sem qualquer mágoa ou ressentimento" mostrou que é um "super macho", mal havia começado a oração, em poucos segundos jogou-o ao chão com seu "status" e toda a sua vaidade. Depois, particularmente ele nos contou: "Quando percebi que estava no chão, nem me importei com o meu terno e nem com o meu orgulho de macho, estava nos braços de JESUS e ELE curava carinhosamente todas as feridas da minha alma. Minha vida se transformou e vejo com alegria, que agora sou outra pessoa".

O ESPÍRITO SANTO só atua quando é convidado e estimulado a exercitar os seus poderes, e procede assim, porque sobretudo ELE é o próprio AMOR, a preciosa fonte da vida, que não vai forçar ninguém a fazer o que não quer.

LITURGIA DIÁRIA - JESUS NA TERRA DOS GADARENOS.


Mateus 8, 28-34
28No outro lado do lago, na terra dos gadarenos, dois possessos de demônios saíram de um cemitério e vieram-lhe ao encontro. Eram tão furiosos que pessoa alguma ousava passar por ali. 29Eis que se puseram a gritar: Que tens a ver conosco, Filho de Deus? Vieste aqui para nos atormentar antes do tempo? 30Havia, não longe dali, uma grande manada de porcos que pastava. 31Os demônios imploraram a Jesus: Se nos expulsas, envia-nos para aquela manada de porcos. 32Ide, disse-lhes. Eles saíram e entraram nos porcos. Nesse instante toda a manada se precipitou pelo declive escarpado para o lago, e morreu nas águas. 33Os guardas fugiram e foram contar na cidade o que se tinha passado e o sucedido com os endemoninhados. 34Então a população saiu ao encontro de Jesus. Quando o viu, suplicou-lhe que deixasse aquela região.

O homem foi o último ato da criação de Deus. Depois que tudo estava terminado, pronto, preparado para recebê-lo, Deus o criou. Estabeleceu leis e princípios para que ele tivesse o melhor da vida, e entregou a terra para que ele cuidasse e zelasse por ela. Sua obra prima, sua melhor criação, sua imagem e semelhança. Ah, como Deus amou e ama essa obra de suas mãos. Ama, ao ponto de deixar sua divindade e vir se tornar igual a ela para poder pagar o preço pelo seu resgate. Mas, ela caiu, ela pecou contra seu Deus. Tudo estava perdido. Todas as gerações futuras, toda a humanidade, toda a beleza modelada, estava comprometido. O homem não sabia mais o caminho de volta para a vida.
O mundo se submeteu a um governo, a um principado que não mais o do homem. (1Jo 5,19).
O homem deixa a condição de senhor para ser escravo. Um mundo capaz do melhor e do pior, com opção para liberdade ou escravidão, amor ou ódio. Sua obra, tem consciência de que agora terá que conviver e dirigir esse conjunto de forças contrárias. Um mundo que teve suas leis e princípios universais violados e que agora somente dar sua resposta.
A grande verdade, é que hoje somos assolados pela a existência do mal no mundo. E que esse mal, pode nos alcançar quando já não vigiamos mais, quando já não oramos, quando baixamos a guarda e nos afastamos de Deus para viver no nosso mundinho (..."saíram de um cemitério"...), fechado em nós mesmo e no nosso egoísmo, já não nos preocupamos com quem está próximo (família, amigos etc).
Depois que o próprio Deus, resolveu visitar o seu povo, o mundo conheceu a esperança da salvação. O seu Filho, veio nos resgatar dos grilhões e da morte. O mundo hoje reconhece a força suprema do Criador. O poder do nosso Deus quando é citado o nome do seu filho JESUS. (Que tens a ver conosco, Filho de Deus? Vieste aqui para nos atormentar antes do tempo?). O interessante, é o próprio mal reconhecer Jesus como filho de Deus, como Supremo e poderoso. E nós, obras de suas mãos, batizados em uma só fé, não acreditamos e muitas vezes nem aceitamos essa verdade, muito menos cremos em seu senhorio. Com essa condição, um homem se torna um alvo fácil de ser acertado. E logo é dominado. Submetido ao regime escravocrata.
Se, de um lado, os dois homens e a população ficaram livres dos demônios, de outro, se sentiram prejudicados economicamente com o afogamento dos mortos. Por isso, pedem "com insistência" para que Jesus vá embora. Medo ou preocupação material impediram que os gadarenos desfrutassem da presença do Filho de Deus, e ele não pode realizar mais nada naquela região.
Diante do desespero de um mundo sem Deus, que só vê na morte o final definitivo da existência, Jesus nos oferece a ressurreição e a vida eterna na qual deus será tudo em todos (cf. 1 Cor 15,28). Diante da idolatria dos bens terrenos, Jesus apresenta a vida em Deus como valor supremo: "de que vale alguém ganhar o mundo e perder a sua vida?" (Mc 8,36) (DAp 109).

O homem precisa voltar e viver de forma digna como filho de Deus. Procurando amá-lo acima de todas as coisas, colocando-O como principal em sua vida.
Temos a salvação em nós. Somos salvos por meio de Jesus Cristo, morto e ressuscitado, que oferece aos homens, pelo seu Espírito, a força necessária para chegarmos ao destino final sem que percamos a salvação.


Adptação.

terça-feira, 29 de junho de 2010

FICHA LIMPA: IGREJA CATÓLICA CONTRIBUI COM 90%.

Dom Geraldo Lyrio Rocha
Presidente da CNBB agradece participação dos católicos na nova lei.

BRASÍLIA, sexta-feira, 25 de junho de 2010 (ZENIT.org) – O presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), Dom Geraldo Lyrio Rocha, agradeceu os católicos pela grande participação no processo que resultou na Lei Ficha Limpa, norma que torna inelegíveis já nas eleições deste ano políticos condenados em decisão colegiada.
Em coletiva de imprensa nessa quinta-feira na sede da CNBB em Brasília, Dom Geraldo Lyrio destacou a ação da Igreja no Brasil, que contribuiu com 1,6 milhão de assinaturas para a aprovação da lei de iniciativa popular.

“A ação da Igreja Católica foi indispensável para a aprovação da Lei Ficha Limpa, pois contribuímos desde as comunidades até as paróquias e dioceses, o que em números significa 90% da contribuição, dados que nos orgulham muito”, disse o presidente da CNBB.
Dom Geraldo afirmou que a Igreja vai acompanhar o trabalho dos Tribunais, mas que agora está nas mãos da Justiça determinar quem está apto ou não para disputar o pleito.
Ficha Limpa não é mais uma campanha, mas uma lei que agora está nas mãos da Justiça. A CNBB através da Comissão Brasileira de Justiça e Paz (CBJP), no entanto, vai continuar acompanhando os trabalhos dos Tribunais, que com certeza serão exercidos com grande competência”, disse.
Sobre as eleições deste ano no Brasil, o prelado afirmou a Igreja espera “uma corrida eleitoral justa e democrática, com respeito ao diferente e à diversidade de nosso país. Ao eleitor, pedimos que avalie bem os candidatos e lembramos que o processo eleitoral não termina ao confirmar o voto, mas continua ao longo dos mandatos”.
Em outubro, os brasileiros vão às urnas para eleger o presidente da República (e o vice), governadores dos Estados e do Distrito Federal (e seus vices), 54 senadores (dois em cada Unidade da Federação), deputados federais e estaduais.

REPOUSO NO ESPÍRITO SANTO.

O "repouso no Espírito" é sem dúvida alguma, um assunto de grande interesse em nossos dias e relacionado com a Renovação Carismática. A experiência de cair no chão durante uma oração tem despertado a atenção e curiosidade de muitos. É ainda, um assunto que por não se dispor de um vasto material para leitura, acaba sendo desconhecido pela imensa maioria dos servos ou dos curiosos, acaba provocando confusão, interpretações erradas e até abusos. O próprio documento 53, da CNBB, com orientações pastorais para a Renovação Carismática, recomenda o aprofundamento sobre o assunto.
O que é repouso no Espírito? O que diz a Constituição Dogmática Lumen gentium sobre ele?
Qual sua importânica e principal finalidade? Existem fundamentos bíblicos? O que acontece durante o repouso? Quando o repouso é espontãneo e quando é ministrado? Há influência do fator psicológico? Por que nunca repousei? Pode ser controlado? Quando, onde e por quem deve ser praticado?
Nesta quarta-feira, na Escola Permanente de Formação, encontraremos respostas para esses e outros questionamentos, que nos traz desconfortos sobre a matéria.
A reunião, acontece todas as quartas-feira, as 19:00hs, no espaço Marísia Mendes, no bairro São Judas Tadeu. Áqueles que quiserem participar, sinta-se convidados.

Ministério de Formação.


LITURGIA DIÁRIA - JESUS É SENHOR DAS SITUAÇÕES.

Mt 8,23-27

Jesus subiu num barco, e os seus discípulos foram com ele. De repente, uma grande tempestade agitou o lago, de tal maneira que as ondas começaram a cobrir o barco. E Jesus estava dormindo. Os discípulos chegaram perto dele e o acordaram, dizendo: - Socorro, Senhor! Nós vamos morrer!
- Por que é que vocês são assim tão medrosos? - respondeu Jesus. - Como é pequena a fé que vocês têm!
Ele se levantou, falou duro com o vento e com as ondas, e tudo ficou calmo. Então todos ficaram admirados e disseram:
- Que homem é este que manda até no vento e nas ondas?!

A Leitura de hoje, demonstra Jesus perante as leis da natureza como sendo seu senhor absoluto, revelando que Ele é o criador de todas as coisas. Pra mim particularmente, é um dos mais belos textos dos evangelhos. Vemos aquele que criou as leis da natureza, submetê-las. Manipulá-las. Toda e qualquer ciência, foi obra do criador. Quando ele desafia as leis da física, e caminha por sobre a água, também demonstra seu senhorio como criador. É uma imagem da certeza da existência da criação e criador. Daquele que a criou, a ordenou, deu leis e princípios universais, e que tudo está subemetido ao seu senhorio. Maravilhoso.

Em meio aos fortes ventos, e as ondas que se chocam contra o barco, se abate sobre aqueles homens, o desespero. Hoje somos assolados pelas tempestades das tribulações, da fome, da nudez, do perigo, da espada (Rm 8,35), dor física, da perda de um ente querido e tanto ventos fortes. Mas, esquecemos, assim como eles, “que em todas essas coisas, somos mais que vencedores, pela virtude daquele que nos amou”(Rm 8,37).
Deus cuida de nós, Ele se importa com nossa vida, e de que maneira! Nos momentos mais difíceis da nossa vida representados pela turbulência do mar agitado Ele está conosco e muitas vezes nos carrega no colo.
A resposta de Jesus será sempre a mesma. Eu estava, estou e estarei contigo em tudo. Porque te amo mais do que a mim mesmo. Renunciei a minha divindade e vim aqui na terra. Deixei-me crucificar e por ti morri para te provar o quanto te amo.
Tenha confiança em Deus e crede em Mim também. Eu aclamo as tempestades da tua vida. Confia em mim todas as tuas preocupações.
Não tenhas medo. Assim como aqueles homens foram salvos porque levavam Jesus no barco, nós também podemos levá-lo no nosso. Permita que Jesus seja o senhor da sua vida. Que ele seja o capitão do seu navio, e tenha a certeza que ele jamais conhecerá o naufrágio. Por mais fortes que sejam as tempestades que se levantam, Ele sempre acalmará o mar tempestuoso da sua e da nossa vida. Jesus é Senhor das situações.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

LITURGIA DIÁRIA - EXIGÊNCIA DO CHAMADO.

Mateus 8, 18-22
18Certo dia, vendo-se no meio de grande multidão, ordenou Jesus que o levassem para a outra margem do lago. 19Nisto aproximou-se dele um escriba e lhe disse: Mestre, seguir-te-ei para onde quer que fores. 20Respondeu Jesus: As raposas têm suas tocas e as aves do céu, seus ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde repousar a cabeça. 21Outra vez um dos seus discípulos lhe disse: Senhor, deixa-me ir primeiro enterrar meu pai. 22Jesus, porém, lhe respondeu: Segue-me e deixa que os mortos enterrem seus mortos.

Muitos que hoje se decidem por seguir Jesus, talvez até mesmo após um dos muitos encontros de espiritualidade, como os retiros, encontros ou até mesmo nos grupos de oração, não sabem que a opção por seguir a Jesus, não parte de nossa própria iniciativa, que é Ele que nos chama. Chama e somente após, se tomar conhecimento das exigências, é que nós podemos dar um sim. O problema é que muitos já estão na caminhada, já foram até chamados, mas que ainda não tiveram a oportunidade de dar sua resposta a esse chamado. Alguns dos servos de grupo de oração, uma parte que teve a oportunidade de dizer sim, não disseram, quando viram as exigências do seguimento, optaram pelo menos difícil e se afastaram. Ou seja, disseram sim sem tomar conhecimento das exigências, e infelizmente ainda tem muitos, haja vista, a falta de conhecimento sobre Deus. Outros, ainda não tiveram sua oportunidade pra responder, mas vão ter, e conhecerão as exigências.
Bom, de minha parte eu já tive essa oportunidade e já dei, não foi fácil responder, mais respondi. Agora, essa foi uma parte das exigências, sei que outras virão, acho até que já estão vindo, mais vamos ver, espero poder dar resposta dessa parte também, pois Paulo nos adverte para que tenhamos cuidado, muito cuidado. (1Cor 10,12).
Jesus chama, mais nunca engana a ninguém. Quer me seguir? Toma a sua cruz e vem. Só que a cruz não significa só sofrimentos, perseguição, decepção, ser ridicularizado, não. Mas significa também, as fortes tentações que cai sobre aqueles que ora caminham. Sobre aqueles que já sabem de onde somos, onde estamos e pra onde vamos. Todos estão sujeitos a queda. Caminhamos por sobre uma linha tênue. Portanto, fiquemos vigilantes.
Vemos na leitura o escriba falando que está pronto para segui-lo. Olha, o que existe hoje de escribas dizendo sim a Jesus, mas que não tem consciência do que dizem. É isso que Jesus esclarece pra ele. Adverte e mostra que ele precisa tomar consciência quanto a opção pelo seu seguimento, devendo optar pelo abandono total de si mesmo e renúncia aos bens materiais: as raposas têm as suas covas, e os pássaros, os seus ninhos. Mas o Filho do Homem não tem onde descansar.
Pedro em sua carta diz que “somos peregrinos e forasteiros” (1Pd 2,11).
Quem realmente quer seguir Jesus deve abandonar e renunciar tudo e confiar somente nas mãos providentes de Deus. Se tiver local pra dormir dorme, pra comer, come, é preciso que esteja com essa consciência.

Se disser sim, não temas. Quando se obedece ao seu chamado, ele é poderoso suficiente para suprir todas as necessidades.
Precisamos romper com todos os obstáculos que se levantam contra nós. Deixar cair dos nossos olhos “algo como que escamas” (At 9,18), para que assim, possamos enxergar o propósito de Deus em nossas vidas.





Adaptado

sábado, 26 de junho de 2010

LITURGIA DIÁRIA - O CENTURIÃO ROMANO

Mateus 8, 5-17

5Entrou Jesus em Cafarnaum. Um centurião veio a ele e lhe fez esta súplica: 6Senhor, meu servo está em casa, de cama, paralítico, e sofre muito. 7Disse-lhe Jesus: Eu irei e o curarei. 8Respondeu o centurião: Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha casa. Dizei uma só palavra e meu servo será curado. 9Pois eu também sou um subordinado e tenho soldados às minhas ordens. Eu digo a um: Vai, e ele vai; a outro: Vem, e ele vem; e a meu servo: Faze isto, e ele o faz... 10Ouvindo isto, cheio de admiração, disse Jesus aos presentes: Em verdade vos digo: não encontrei semelhante fé em ninguém de Israel. 11Por isso, eu vos declaro que multidões virão do Oriente e do Ocidente e se assentarão no Reino dos céus com Abraão, Isaac e Jacó, 12enquanto os filhos do Reino serão lançados nas trevas exteriores, onde haverá choro e ranger de dentes. 13Depois, dirigindo-se ao centurião, disse: Vai, seja-te feito conforme a tua fé. 14Foi então Jesus à casa de Pedro, cuja sogra estava de cama, com febre. 15Tomou-lhe a mão, e a febre a deixou. Ela levantou-se e pôs-se a servi-los. 16Pela tarde, apresentaram-lhe muitos possessos de demônios. Com uma palavra expulsou ele os espíritos e curou todos os enfermos. 17Assim se cumpriu a predição do profeta Isaías: Tomou as nossas enfermidades e sobrecarregou-se dos nossos males (Is 53,4).


Não há como conceber uma boa relação entre Judeus e Romanos no tempo de Jesus. Os romanos dominavam todo o território, exigiam cobranças de impostos, introduziam suas crenças e práticas pagãs, além de as mais severas punições em casos de subversão.
Então como entender todo o acolhimento e elogios a um centurião romano da parte de Jesus?
O centurião, era um oficial que comandava divisões do exército romano. Uma espécie de general do alto escalão. Jesus não só o acolhe mas também tece elogios para com aquele oficial. Aquele homem ao se aproximar de Jesus, não teve medo de se expor ao ridículo. Não teve vergonha de ser zombado por seus colegas, pelos judeus ou até mesmo advertido pelo governador. Quantos de nós hoje estaríamos dispostos a desafiar o ridículo, a vergonha ou zombaria pelos amigos, para ir ao encontro de Jesus?

O Centurião se aproximou de Jesus com muita confiança, uma certeza de fé, que virou até exemplo para Jesus, dada a sua profundidade. Aquele homem nasceu e cresceu em um berço pagão, era um militar, foi treinado para grandes combates, pertencia a um poderoso império, como entender sua atitude de humildade em se aproximar de um Galileu, pobre, sem conhecimento militar ou qualquer tipo de eloqüência adquirida em bancos escolares? Um homem que arriscou toda uma reputação conquistada ao longo de anos, para se aproximar de um nazareno para pedir por um de seus servos. Sabemos que os servos eram tratados como animais, mas para aquele centrutião, amar a um servo ao ponto de arriscar tudo por ele, era sim, um grande exemplo de amor ao próximo. Além do amor, ele mostrou-se também um homem extraordinário de fé, pela forma como conduziu as palavras. Realmente um ser fantástico. Digno de todo acolhimento e elogios por Jesus. Depois dele, Jesus Só faria mais um elogio desses, pois não encontrou mais ninguém digno para tanto.
A fé do centurião nasce do testemunho de amor de Jesus. Não é uma fé decorrente das tradições do judaísmo. Sua fé supera a fé de Israel. O “choro e ranger de dentes” aparece seis vezes em Mateus. É uma fórmula típica da manifestação da cólera divina contra o pecador, inspirada no Primeiro Testamento. E Mateus é o único evangelista a fazer esta interpretação teológica. Com a narrativa da expulsão de espíritos maus e das curas, Mateus associa cumprimento das profecias na pessoa de Jesus. Ele faz a inculturação de Jesus de Nazaré nas tradições do judaísmo. Cabe à ação missionária fazer a inculturação de Jesus nas diversas culturas do mundo de hoje. E os missionários de hoje sou eu, és tu meu irmão e minha irmã. A massa que temos por missão de fermentar, a carne ou o peixe que temos que salgar para não apodrecer é primeiro os da minha e tua casa, o marido, a esposa, os filhos. Depois os vizinhos, os amigos e colegas. Todos aqueles com quem nos encontramos no nosso dia a dia. Que seja uma tarefa dura e difícil já o sabemos. Mas que é possível o milagre acontecer não tenha dúvidas. Olhe para a fé do centurião.
A condição de centurião pode ser minha e tua. Assim como ele implorando pedia que Jesus fosse com ele para curar o seu empregado, assim eu e tu devemos gritar para o Senhor: vinde Senhor curar a minha enfermidade, meus vícios, depressão, medos, angústia, fracassos, e livra-nos da presente tristeza.

Adaptado.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

FUTURO DAS CEBs.


Futuro das CEBs depende da fidelidade às orientações do Magistério da Igreja. É preciso “manter, em toda a sua pureza, a dimensão eclesial”, diz D. Eugenio Sales

RIO DE JANEIRO, quarta-feira, 23 de junho de 2010 (ZENIT.org) – “O fulcro sobre o qual está depositado o futuro das CEBs é a fidelidade às orientações do Magistério que governa a Igreja”, afirma o arcebispo emérito do Rio de Janeiro, cardeal Eugenio Sales.
O arcebispo emérito escreveu um artigo sobre as CEBs (Comunidades Eclesiais de Base) – veiculado pelo portal da arquidiocese do Rio no dia 17 de junho – no contexto da realização, a 7 de agosto, em Natal, Rio Grande do Norte, do 2º Encontro de integrantes do então Movimento de Natal.
Dom Eugenio recorda “duas iniciativas deste trabalho que, na década de 50, impulsionaram o surgimento das Comunidades de Base no Brasil”.
Trata-se da experiência da cidade de São Paulo do Potengi com a criação de núcleos de comunidades para o cultivo da vida cristã e a de educação pelo rádio”.Segundo Dom Eugenio Sales, à medida que se desenvolvem e crescem as Comunidades Eclesiais de Base, “manda a prudência cristã que haja vigilância na defesa de suas características essenciais”.
“A eficácia desse admirável instrumento de evangelização, proporcionado pelo Espírito Santo, dependerá da preservação de sua identidade religiosa”, afirma.O arcebispo destaca o imperativo da fidelidade às orientações da Igreja. As CEBs “são parte integrante das paróquias e estas, das comunidades diocesanas que estão sob a direção dos Bispos e do Sucessor de Pedro, o Santo Padre”.
“Qualquer procedimento discordante constitui uma traição e uma ruptura, com a separação do tronco e a supressão da seiva divina. Como está expresso no Documento de Aparecida, ‘as comunidades eclesiais de base, no seguimento missionário de Jesus, têm a Palavra de Deus como fonte de sua espiritualidade e a orientação de seus pastores como guia que assegura a comunhão eclesial’ (nº 179)”, recorda o prelado.Ao reconhecer que há perigo de desvios, o cardeal Eugenio Sales recorda o documento que João Paulo II deixou para os líderes das CEBs, em sua viagem ao país de 1980.
Dizia o Papa: ‘Sublinho, também, esta eclesialidade, porque o perigo de atenuar essa dimensão, de deixá-la desaparecer em benefício de outras, não é nem irreal nem remoto. Antes, é sempre atual. É particularmente insistente o risco de intromissão do político.’
‘Esta intromissão pode dar-se na própria gênese e formação das comunidades (...). Pode dar-se também sob a forma de instrumentalização política das comunidades que haviam nascido em perspectiva eclesial’, acrescentava João Paulo II.
“Tratava-se de uma advertência que não chamaria de profética, pois já existiam desvios que motivaram a paternal e firme admoestação do Romano Pontífice”, lembra o cardeal.Diante da “importância dessa atividade religiosa, é dever do Bispo e de milhares de integrantes das Comunidades Eclesiais de Base zelar pela observância dos rumos dados pelo Magistério”.
É o que João Paulo II chamava – prossegue Dom Eugenio – de ‘uma delicada atenção e um sério e corajoso esforço para manter, em toda a sua pureza, a dimensão eclesial dessas comunidades’.Segundo o cardeal, “com alguma frequência, se manifesta, em certos meios, incontrolável desejo de independência face às normas que nos são ditadas pela Santa Sé”.
“Para esses cristãos, vale mais a autonomia e a autodeterminação .Trata-se de um comportamento oposto ao verdadeiro ‘sentire cum Ecclesia’, ‘sentir com a Igreja’.”
Não há oposição às Comunidades Eclesiais de Base, quando estas são verdadeiras”, afirma o cardeal

LITURGIA DIÁRIA - FIM DO PRIMEIRO DISCURSO.


Evangelho: Mateus 8, 1-4

1Tendo Jesus descido da montanha, uma grande multidão o seguiu. 2Eis que um leproso aproximou-se e prostrou-se diante dele, dizendo: Senhor, se queres, podes curar-me. 3Jesus estendeu a mão, tocou-o e disse: Eu quero, sê curado. No mesmo instante, a lepra desapareceu. 4Jesus então lhe disse: Vê que não o digas a ninguém. Vai, porém, mostrar-te ao sacerdote e oferece o dom prescrito por Moisés em testemunho de tua cura.

Jesus conclui seu primeiro discurso em Mateus. Após o sermão, é hora de descer e seguir em frente. Logo na descida, um leproso vem até Jesus e pede a cura. O leproso representa toda uma classe marginalizada, completamente excluída do convívio social. Não era permitido que ele entrasse em Jerusalém. (ver Levítico 13). Hoje, ainda são muitos os marginalizados. São muitos os que tornaram-se indesejados, não amados e abandonados que os levam ao desespero. As lepras físicas de hoje são tratáveis, algumas até curáveis, mas, pra lepra da solidão, somente o amor, pode curar. São muito os que passam fome, os que morrem por falta de uma segunda chance, mas, é muito maior os que necessitam de amor. Que precisam ser amados.
Não precisamos ir além de nossas muralhas não, hoje existem filhos que precisam ser amados, e pais, que podem fazer isso e não fazem. Depois quando este é bem querido pelo traficante, aí é fácil encontrar um culpado. Ainda temos muitos marginalizados. A exclusão social só poderá terminar, quando esse amor, esse que Jesus demonstrou hoje, violando a lei de não poder tocar em impuros, ele toca e cura. Somente quando esse amor passar a existir em nós, aí sim, poderemos realizar a inclusão desses desfavorecidos.
O leproso, corajosamente entrou na cidade, também assim recebeu.
Após a cura, Jesus exorta o homem a prestar os rituais de agradecimento como estavam na lei, alem de exorta-lo a não dizer a ninguém sobre o acontecido. Era como se não tivesse dito, ao ponto de não poder entrar em algumas cidades, pois era seguido por milhares de pessoas que o buscavam para cura e ouvir seus ensinos.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

LIVRAI-NOS DO MAL.

Vivemos em mundo descrente das ações maléficas do inimigo de Deus e dos Homens. Um mundo repleto de muitos males, são catástrofes naturais, tremores de terra, inundações, acidentes dos mais diferentes tipos e formas, pestes e guerras. São ações desse mundo no qual jaz sob seu poder. (1jo 5,19). Infelizmente, muitos até ignoram sua existência, e isso torna-se uma pedra de tropeço para os que não crêem, um obstáculo à fé. Pois a fé, é o ponto mais importante que motiva o caminhar em direção a Deus. Mas, habitar em um mundo que jaz sob o poder de satanás, não é uma tarefa fácil. Todos os dias somos bombardeados por todos os tipos de tentação, pela forte atração que nos envolve a cada situação que vemos , sentimos ou ouvimos, ou pela sua pressão com os atrativos da carne.
Deus com seu infinito poder poderia criar um mundo melhor. Mas, quis criar um mundo que caminha para sua perfeição última. Assim aparecem uns seres e desaparecem outros. Uns evoluem, outros são destruídos. Uns não perdem a salvação recebida, outros, se quer sabem que tem uma. Mas Deus quis que sua criação fosse livre, e a opção por ele fosse escolhida de acordo com sua vontade.

Existe o mal, e existe o maligno. O mal, é obra do maligno. Inimigo de Deus, ele tem um só propósito, separar o homem de Deus. Por isso, somos seduzidos, enganados e envolvidos com seu plano de destruição, ao ponto de não termos forças para permanecer de pé. E assim, a misteriosa força do mal, faz-nos sofrer e nos torna escravos. Tribulações, mágoas, ódio, decepção tudo concorre para que nós nos desanimemos da caminhada, e nos percamos nesta e na outra vida.

Mas, também sabemos que temos uma certeza. A certeza de que Jesus Cristo é o Senhor. Que é mais forte que todos os poderes do mal no mundo. Se apoiar em Jesus, é não temer mal algum, é viver sem medos, pois sua confiança está n’Aquele que venceu o mundo com todo o seu mal.

Acredite que Deus vai derramar toda sorte de bênçãos sobre você e toda sua casa."Nenhum mal te atingirá, nenhum flagelo chegará à tua casa" (Salmo 90, 10).

Venha louvar, exaltar e bendizer o nome do Nosso Senhor Jesus Cristo. Que toda força dessa mensagem possa entrar no seu coração agora, e não somente no seu, mas em todos aqueles a quem essa mensagem possa chegar através de você, para que não perca esse momento que o Senhor reservou para nós. Estamos em guerra, travamos um verdadeiro combate espiritual todos os dias. Precisamos nos fortalecer constantemente contra as armadilhas e embustes desse implacável inimigo.

Esse é o momento para pedirmos ao Senhor: “LIVRAI-NOS DO MAL”. "Pois que se uniu a Mim, eu o livrarei e o protegerei, pois conhece o Meu Nome" (Salmo 90, 14).

É no nome do Senhor, que clamaremos com autoridade (MT 28,18).

Toda a nossa família estará sob a proteção do nosso Deus. Nossa casa, irradiando toda sua misericórdia, seu amor e sua luz. Cercada e protegida pelos Anjos do céu. "Porque aos seus anjos, Ele mandou que te guardem" (Salmo 90, 11)

"Quando Me invocar, Eu o atenderei" (Salmo 90, 13).
“Invoca-me no dia da angústia, eu te salvarei e você me glorificará” Sl 50,15.
VENHA PARTICIPAR DA VIGÍLIA DE ADORAÇÃO AO SENHOR JESUS

TEMA: LIVRAI-NOS DO MAL.

SEXTA – FEIRA: 25/06/10

HORAS: 19:00

LOCAL: CAPELA SÃO BENEDITO (BAIRRO SÃO BENEDITO)

CIDADE: PAU DOS FERROS/RN

REALIZAÇÃO:GRUPO DE ORAÇÃO SEMEANDO A PAZ – RCC

LITURGIA DIÁRIA - JOÃO, O BATISTA.


Lucas 1,57-66.80

Chegou o tempo de Isabel ter a criança, e ela deu à luz um menino. Os vizinhos e parentes ouviram falar da grande bondade do Senhor para com Isabel, e todos ficaram alegres com ela. Quando o menino estava com oito dias, vieram circuncidá-lo e queriam lhe dar o nome do pai, isto é, Zacarias. Mas a sua mãe disse:
- Não. O nome dele vai ser João.
Então disseram:
- Mas você não tem nenhum parente com esse nome! Aí fizeram sinais ao pai, perguntando que nome ele queria pôr no menino. Zacarias pediu uma tabuinha de escrever e escreveu: "O nome dele é João." E todos ficaram muito admirados. Nesse momento Zacarias pôde falar novamente e começou a louvar a Deus. Os vizinhos ficaram com muito medo, e as notícias dessas coisas se espalharam por toda a região montanhosa da Judéia. Todos os que ouviam essas coisas e pensavam nelas perguntavam: - O que será que esse menino vai ser? Pois, de fato, o poder do Senhor estava com ele. O menino cresceu e ficou forte de espírito. E viveu no deserto até o dia em que apareceu diante do povo de Israel.

João, o Batista, és o único santo que tem duas festas no calendário litúrgico. No dia de hoje seu nascimento, e em agosto no dia 29, seu martírio.
João teve a mais importante missão dos seus antecessores profetas. Recebeu de Deus a vocação para ser profeta e já com seu nascimento abre a boca do sacerdote seu pai, Zacarias. A missão do profeta é falar em nome de Deus, anunciar e denunciar também.
João, Já é profeta antes mesmo de nascer, revelando o Messias a sua mãe. Os outros profetas anunciaram o Messias, avistado entre nuvens, mas João é o vidente da luz, que já raiou. Não é apenas voz que clama, seta que aponta, mas caminho e programa que leva a Cristo.
Preparador do caminho para o Senhor. Por isso, ele "é mais do que profeta" (Mt 11,9).
João é o Precursor, aquele que vai à frente a preparar caminhos. Toda a sua vida foi gesto apontado para Cristo:"Eis o Cordeiro de Deus"! São João é a testemunha fiel, lâmpada que arde e alumia (Jo 5,35). Nasceu para ser "voz" da Palavra. Na sua mensagem, a esperança converteu-se em certeza, e a névoa das profecias fez-se luz da realidade.

Todo o cristão é precursor. Temos a missão de tomar presente no meio dos homens o Cristo, que desconhecem. O testemunho da nossa vida é a voz que clama, a violência que arrasta. A violência evangélica, que denuncia e convence, é a força dos mansos e dos humildes. "Desde os tempos de João Baptista" não há outra. Só ela conquista o Reino de Deus e os corações dos homens. Tanto para nós, como para João, é necessário que Cristo cresça e eu diminua. Então serei precursor.
Temos a missão de abrir a boca, como Zacarias e como João, e apontar o Messias.

Os bispos na V Conferência, em Aparecida, disseram: "Nós, como discípulos e missionários de Jesus, queremos e devemos proclamar o Evangelho, que é o próprio Cristo. Anunciamos a nossos povos que Deus nos ama, que sua existência não é uma ameaça para o homem, que Ele está perto com o poder salvador e libertador de seu Reino, que Ele nos acompanha na tribulação, que alenta incessantemente nossa esperança em meio a todas as provas. Os cristãos são portadores de boas novas para a humanidade, não profetas de desventuras." (DAp 30). Somos, portanto, profetas de boas novas.

Não foi apenas naquele tempo que os caminhos foram aplainados e as veredas endireitadas (Lc 3, 5); ainda hoje o espírito e a força de João precedem o advento do Senhor, nosso Salvador. A mesma coragem e a mesma ação do espírito santo, se faz presente hoje, nos corações dos anunciadores do evangelho.
A fogueira das festas juninas nos lembra o nascimento de João Batista que anunciou Jesus, "Luz que ilumina as nações".

Adaptação.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

LITURGIA DIÁRIA - FALSOS PROFETAS

Mt 7,15-20

Cuidado com os falsos profetas! Eles chegam disfarçados de ovelhas, mas por dentro são lobos selvagens. Vocês os conhecerão pelo que eles fazem. Os espinheiros não dão uvas, e os pés de urtiga não dão figos. Assim, toda árvore boa dá frutas boas, e a árvore que não presta dá frutas ruins. A árvore boa não pode dar frutas ruins, e a árvore que não presta não pode dar frutas boas. Toda árvore que não dá frutas boas é cortada e jogada no fogo. Portanto, vocês conhecerão os falsos profetas pelas coisas que eles fazem.

Hoje, Jesus nos adverte e chama nossa atenção para que tenhamos uma vigilância redobrada. É preciso está atento para os falsos profetas. Que tipo de mensagem tentam nos passar em nome de Deus? Como identificá-los?
Chegam sorrateira e disfarçadamente, revestidos com pele de cordeiros (falando em nome de Deus, levando uma suposta mensagem de paz), mas por dentro são lobos selvagens. Forjam uma humildade e uma mansidão, mas na realidade são verdadeiros predadores à espreita de sua vítima. Enganadores. Aproveitadores. Infelizmente são muitos os que lhes dão ouvidos. Antes de dar-lhes a devida atenção, prestemos atenção aos seus frutos. Observem suas atitudes.

Talvez possam enganar com as palavras e pela sua boa aparência, mas, os seus frutos, à sua forma de proceder não. É impossível uma árvore ruim, dar bons frutos. Não há como ela produzir caridade, verdadeira paz, bondade, fé, mansidão, justiça, verdade e até mesmo atitudes coerentes com o que se vive. Portanto, vigilância redobrada.

Sabe o que é pior? É saber que eles são lobos ferozes e raivosos e que estão infestados no meio dos cordeiros, alguns extorquindo, outros escandalizando e afastando ovelhas da caminhada, há ainda, os que são omissos, preguiçosos, cheios de soberba por ser pastor, em fim, o que não falta são seus péssimos frutos.

“eis que a fumaça de satanás invade o templo santo de Deus” Assim se exprimia Paulo VI sobre a crise da Igreja em 29 de junho de 1972, nono aniversário do seu pontificado. Em seguida o Papa escreveu e pronunciou a célebre alocução LIVRAI-NOS DO MAL, sobre a real existência do demônio. Na advertência do Santo padre, denota-se toda a preocupação com a guerra que o inimigo travava no seio da Igreja. O inimigo já não combate mais de fora pra dentro, mas de dentro pra fora. Seu pronunciamento muito embora já aproxime-se dos quase 40 anos, nunca se fez tão presente. Por que será que presenciamos tantos escândalos dentro da mater ecclesiae? Falsos pregadores, Líderes de comunidade omissos, Coordenadores dos muitos grupos de oração espalhados pelo Brasil, entorpecidos pela soberba, fracos, indolentes, verdadeiros assassinos de dons, péssimos operários, falso pastor, usurpadores de Glória indevida a eles, figos fora da época.

Santo Augustinho nos ensina que os falsos profetas, são detentores de grande sabedoria e inteligência. “Não pense que as heresias são fruto de mentes obtusas. É necessária uma mente brilhante para conceber e gerar uma heresia. Quanto maior o brilho da mente, maiores as suas aberrações”. Não é por acaso que o grande número de seitas tem crescido assustadoramente e são muitos os que seguem. Os que, pela ausência do conhecimento sobre sua fé, absorvem a falsa doutrina como sendo a mais absoluta verdade. Alguns chegam até mesmo ao fanatismo.

o Concilio Vaticano II garantiu que: “Somente através da Igreja Católica de Cristo, auxílio geral de salvação, pode ser atingida toda a plenitude dos meios de salvação. Cremos também que o Senhor confiou todos os bens do Novo Testamento ao único Colégio apostólico, a cuja testa está Pedro, a fim de constituir na terra um só corpo de Cristo, ao qual é necessário que se incorporem plenamente todos os que, de alguma forma, pertencem ao povo de Deus.” (Unitatis Redintegratio, 3). Lembro ainda da passagem no evangelho de João, 10,16: "... haverá um só rebanho e um só pastor".

Necessário é, nós, conhecermos e nos aprofundarmos em nossa doutrina católica, em nossa fé, conhecer mais a Palavra de Deus, ler mais o Catecismo da Igreja, Cartas, Encíclicas papais, Documentos, as Constituições Dogmáticas do Vaticano Segundo, até mesmo o Código de Direito Canônico etc. Uma vez conhecedor, não como amá-la cada vez mais e mais. Se não conhece, então poderá incorrer no risco de se perder pelas seitas e falsas doutrinas que surgem todos os dias nas esquinas e em todo lugar.

Sei que também temos bons pastores e que produzem bons frutos. Tanto a nível diocesano, como em nossa cidade mesmo. Em uma outra matéria quem sabe não os abordemos. Hoje a leitura nos fala dos falsos profetas.

Para concluir, fica alguns questionamentos para que sirva de base para nossa reflexão de hoje. Para que façamos um passeio pela nossa caminhada, o que temos feito ou deixado de fazer? Como temos agido e como tem sido essas atitudes?
QUE TIPO DE ÁRVORE NOS TORNAMOS? COMO ANDAS, OS NOSSOS FRUTOS? COMO ANDAM NOSSAS ATITUDES? NOSSO CORAÇÃO TEM SE VANGLORIADO ALGUMA VEZ, PELO TRABALHO OU OBRA QUE REALIZAMOS? REFLITA SOBRE SEUS FRUTOS, E DESCUBRA QUE TIPO DE ÁRVORE VOCÊ ESTÁ SENDO.

terça-feira, 22 de junho de 2010

VIGÍLIA DE ADORAÇÃO AO SENHOR JESUS.

VIGÍLIA DE ADORAÇÃO AO SENHOR JESUS.


TEMA: LIVRAI-NOS DO MAL.

SEXTA – FEIRA: 25/06/10

HORAS: 19:00

LOCAL: CAPELA SÃO BENEDITO (BAIRRO SÃO BENEDITO)

CIDADE: PAU DOS FERROS/RN

REALIZAÇÃO:GRUPO DE ORAÇÃO SEMEANDO A PAZ – RCC

A PRESENÇA DO MAL NO MUNDO É VISÍVEL E ESTÁ EM TODA PARTE. NINGUÉM PRECISA ENCONTRÁ-LO, POIS NÓS É QUE SOMOS PROCURADOS POR ELE. CATÁSTROFES NATURAIS(TERREMOTOS, TSUNAMIS, INUNDAÇÕES), VIOLÊNCIA, MENTIRAS, HIPOCRISIA, TRAIÇÃO ETC. É TANTA MALDADE QUE AMOR DE MUITOS ESTÁ ESFRIANDO. (Mt 24,12).
"Nenhum mal te atingirá, nenhum flagelo chegará à tua casa" (Salmo 91(90), 10). VENHA TOMAR POSSE DESSA PROMESSA DE DEUS, FEITA PARA VOCÊ E SUA CASA. VENHA VIVER À SOMBRA DO ONIPOTENTE,RECEBER A PROTEÇÃO CONTRA TODA A MALDADE EXISTENTE.

BENÇÃOS, CURAS E LIBERTAÇÕES.

LITURGIA DIÁRIA - DUAS PORTAS, DOIS CAMINHOS.

Um Evangelho de Cruz.


Mateus 7, 6.12-14


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos 6Não lanceis aos cães as coisas santas, não atireis aos porcos as vossas pérolas, para que não as calquem com os seus pés, e, voltando-se contra vós, vos despedacem. 12Tudo o que quereis que os homens vos façam, fazei-o vós a eles. Esta é a lei e os profetas. 13Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta e espaçoso o caminho que conduzem à perdição e numerosos são os que por aí entram. 14Estreita, porém, é a porta e apertado o caminho da vida e raros são os que o encontram.


O evangelho de hoje, apresenta o Cristianismo como uma religião sem facilidades. Uma religião que não faz o tipo dos que procuram flexibilidade. Fundada pelo próprio Cristo, ele mesmo desejou trilhar pelo caminho difícil.
Duas portas, dois caminhos diferentes. Uma larga, outra estreita. Um leva para perdição, a outra para a salvação eterna. Desde que o pecado entrou no mundo, que toda a natureza humana tende para o mal. Vivemos em uma realidade em que somos atraídos, seduzidos a tais práticas. É exercido uma pressão muito forte sobre os nós. Tentações, perseguições, tribulações, além de nossas próprias limitações. Temos mais tendência a perder a fé, do que aceitá-la. Reconhecer os erros dos outros, do que os nossos. Encontrar culpados, que nos ver como um.

Nosso processo de conversão é tão longo o quanto é difícil permanecer nele. E, as duas portas da leitura estão diretamente voltadas para este processo. A porta estreita consiste em fazer com que façamos a opção pela renúncia. Quando renuncio, faço a opção pela mudança, por isso, o termo conversão. Converter, mudar de direção. E a conversão exige o “morrer” para si mesmo e para o mundo. O caminho estreito, é o caminho das dificuldades, adversidades, humilhação, decepção.
O Evangelho de Cristo, não é um evangelho sem nenhum símbolo. A cruz, mais do que sinal de salvação, é sinal de fé, de renúncia, de adesão ao sofrimento por esta mesma fé. Jesus não engana a ninguém. “Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me” ( Mt16,24; Lc 23,27).
Eis umas das coisas mais difíceis para se realizar. Temos uma natureza decaída pelo pecado. Somos tentados todos os dias e o dia inteiro. Atraídos pelo mal. Seduzidos pela carne. Sozinhos é impossível conseguir. É aí, onde entra a graça de Deus. Esta nunca nos faltou. Se ta difícil, se ta complicado, roguemos por esta graça em nossas vidas.
É preciso muita valentia. Agir com violência contra si mesmo (Mt 11,12). E aceitar o sofrimento, é ter a matéria prima para a salvação. Saber oferecê-lo a Deus, e pedir que somente a vontade de Deus prevaleça. Aceitar os sofrimentos, é compreender que se Deus o permitiu, é porque Ele tinha um desígnio de salvação para nós.
Sua aceitação, não implica dizer que vai trilhar um caminho de tristeza, mas de amor, paz e felicidade. Então você pensa, como assim felicidade? Assumir a cruz e ser feliz?
“A linguagem da cruz é loucura para aqueles que se perdem, mas para aqueles que se salvam, para nós, é poder de Deus” (1 Cor 1,18).
Que fazendo opção pela porta estreita, possamos ter forças suficientes com a graça de Deus para chegarmos ao destino final.
Jesus ainda resume toda a complexidade da Lei e os profetas, em uma única regra, a regra de ouro: 12”Tudo o que quereis que os homens vos façam, fazei-o vós a eles”. Ou seja, amar ao próximo como a si mesmo, resume todos os dez mandamentos, em dois.
Uma oura expressão usada é a :"Não dêem para os cachorros o que é sagrado, pois eles se virarão contra vocês e os atacarão; não joguem as suas pérolas para os porcos, pois eles as pisarão". Uma sentença que implica dizer que é desperdício anunciar o reino aos que o ignoram, aos acomodados e medíocres. E, que ainda pode ser perigoso, anaunciar aos que o desprezam.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

LITURGIA DIÁRIA - JUSTIÇA E MISERICÓRDIA.

Mateus 7, 1-5

1Não julgueis, e não sereis julgados. 2Porque do mesmo modo que julgardes, sereis também vós julgados e, com a medida com que tiverdes medido, também vós sereis medidos. 3Por que olhas a palha que está no olho do teu irmão e não vês a trave que está no teu? 4Como ousas dizer a teu irmão: Deixa-me tirar a palha do teu olho, quando tens uma trave no teu? 5Hipócrita! Tira primeiro a trave de teu olho e assim verás para tirar a palha do olho do teu irmão.

A reflexão de hoje, vem falar sobre a observação das faltas dos outros, em contrastes com a tolerância das faltas do próprio caráter. Vimos no evangelho de ontem, como é fácil e simples falar dos atos ou ações dos outros, mas, como é dificil olhar no espelho e olhar nossas atitudes. Como é fácil fazer uso da voz, e apontar as fraquezas dos outros. Suas quedas e desistências. Como é dificil chegar até ele e dizer: " Ergue a cabeça, olhe para cima, e veja o amor e a misericórdia que Deus tem por mim e por você. Levante-se! hoje você errou, mas, amanhã terás a oportunidade de reparar. Não desista. Somos limitados e imperfeitos e o erro anda ao nosso lado. Vamos, levante-se".
Jesus faz uso de um provérbio do seu tempo, para mostrar à sua pequenina comunidade como é perigoso se considerar superior aos outros. Você caminha? Glória a Deus pela sua caminhada. Você é um homem ou mulher de oração, de louvor e adoração? Louvado seja Deus por isso. Mas, nenhum desses atos, te coloca ou lhe confia, como sendo melhor de que outros. Cale-se. Silencie em sua humildade e ore para que permaneça de pé. Não se orgulhe por viver em adoração, mas adore por você e pelos que ainda não adoram. Não permita que o ato de ter participado da adoraçao a Jesus, encha seu coração de soberba, e coloque você como melhor que o outro que não adorou. Fariseus modernos !
Vigiai sobre você por primeiro. Se policie para que não incorra que na hora seguinte a adoração, não esvazie o verdadeiro sentido do ato. Que por pensamentos ou palavras, perca o amor que habita em seu coração. Resista e ponha freios em sua língua, ela será responsável pelos pesos e medidas que serão utilizadas na balança da justiça. Cuide-se, para que seus pratos estejam iguais em justiça e misericóridia.
Não se trata de opinar sobre o outro, mas de emitir um duro juízo, de condenar mesmo. Sabemos que justo julgamento somente a Deus pertence, pois Ele perscruta o coração do homem. e nos ama com todas as nossas imperfeições, nos ama como amor de Pai que dissimula as faltas de seus filhos. E é justamente com essa misericórdia, que ele deseja que O imitemos.

Agir de forma contrária a essa misericórdia, é atrair as mesmas medidas que usamos para com outros, até nós.
Isso não quer dizer que Deus usará a nossa mesma medida injusta e impiedosa para conosco, mas quer dizer que, teremos um julgamento muito mais rígido.
Os critérios de Deus para o julgamento serão justiça e misericórdia. Como temos agido? Com justiça? Fomos misericordiosos? As nossas respostas que serão expostas através de nossas ações servirão agora como medidas a nós mesmos.
No momento que não perdoamos, somos excluídos do perdão de Deus e inseridos sob o regime da lei, a qual é impossível cumpri-la.
Assim, antes de se tornar um Magistrado Togado, olhe-se no espelho, perceba sua pequenez, misérias e sua insignificância, e cale sua boca, guardando-se de que ela não te lance nos infernos. Cuidado com o que professam. Pensam ou omitem.

Não veja seu irmão como um réu em potencial. Como um poço de irregularidades. Procure ter um bom relacionamento com ele, e não uma relação movida por ações judiciais, onde você só sabe denunciar suas faltas. Dê sua opinião e não sua sentença. Cuidado para que seus comentários, não se converta em artigos e incisos de acusação, principalmente quando este não pode oferecer interposição de recursos ou embargos, caracterizado pela sua ausência.

Quer julgar? Tire primeiro a trave de seu olho. Ou seja, se você tem, ou é exemplo aos demais, julgue à luz da Bíblia. Olhe para ele, através dos olhos de misericordiosos de Jesus. Não esqueça nunca, das duas medidas: Justiça e Misericórdia.
João já nos disse que Deus enviou o seu Filho ao mundo não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele (Jo 3,17). E o mesmo Jesus, que não encarnou na condição de juiz, nos diz que nós não devemos julgar aos nossos semelhantes.
Mas, não é assim que sempre nos acontece. Julgamos quando Deus nos pede para não o fazer. Condenamos quando não podemos condenar. Somos infelizes e miseráveis.
Não somos Juízes e nem fomos togados para assim proceder, mas, assim o fazemos. Tem sido esse nosso comportamento. Se o pecado não nos permite ver o pecado dos outros de forma precisa, então não podemos emitir qualquer juízo válido. Silenciemos, pois, e roguemos a Deus, para que nos guarde de incorrer nos erros que nos leva a perdição. Vigiemos mais. Oremos e adoremos. Que não nos gloriemos de nossas obras, como pede o Apóstolo Paulo. Que sejamos prudentes ao falar, como falar, e de quem falar. Não confundam opinar, com sentenciar. Expor ponto de vista, com condenação e até execução.

domingo, 20 de junho de 2010

COPA DO MUNDO: SAGRADO OU PROFANO?

Dom Eugenio de Araujo Sales
Cardeal Arcebispo Emérito do Rio de Janeiro

Esta Copa Mundial da Federação Internacional de Associações de Futebol (FIFA) que está começando repercute intensamente em todo o mundo, movimenta milhões de pessoas. Ela é um acervo de esperanças e desilusões, lágrimas e alegrias. Exige a organização de uma pirâmide fantástica que, partindo de tantas nações, busca um único vencedor. Aficionados ou não a esse esporte, os países são atingidos, com repercussões profundas no ritmo de vida dos cidadãos. O acontecimento bem merece uma reflexão evangélica, que nos ajude, vitoriosos e vencidos, todos os de alguma forma participantes, a refletir sobre lições e aproveitá-las para crescer espiritualmente e mesmo sob o aspecto esportivo.

Os primeiros vestígios dos exercícios físicos como precursores da vasta gama de jogos individuais ou em equipe, com regras precisas, ascendem a cerca de trinta séculos antes da era cristã, no Oriente. Foram sistematizados na Grécia clássica, onde se celebravam as Olimpíadas, de quatro em quatro anos. Novos rebentos surgiram e, sem dúvida, o mais popular e difundido hoje é o futebol, que atinge intensamente a opinião pública mundial.

Na Sagrada Escritura há um trecho atinente ao assunto. A Primeira Epístola de São Paulo aos Coríntios emprega o exemplo dos estádios para estimular os cristãos a serem fieis ao Evangelho. E comenta: "Os atletas se abstêm de tudo; eles, para ganhar uma coroa perecível; nós, para ganhar uma coroa imperecível" (9,24-27). O Apóstolo retoma a comparação em outras oportunidades.

A expansão dessas competições, como a atual Copa do Mundo, caracteriza a sociedade do bem-estar, da abundância, do afluxo de bens materiais que permite a movimentação de massas e enormes despesas. É também o fenômeno típico da modernidade nas proporções que hoje apresenta. Trata-se de uma imensa força, que pode ser utilizada para a propagação do bem.

A visão cristã, mencionada por São Paulo em sua carta aos Coríntios, tem, em nossos dias, uma aplicação que deve ser recordada. Refiro-me às considerações, diretrizes do Concílio Vaticano II na Constituição Pastoral "Gaudium et Spes", ao tratar da educação para a cultura integral do homem: "Empreguem-se bem os lazeres para o descanso do espírito e para consolidar a saúde da alma e do corpo". Entre outros meios, isso também é obtido "através de exercícios e apresentações esportivas, que auxiliam a manter o equilíbrio do espírito, também na comunidade, e ao estabelecer relações fraternais entre os homens de todas as condições, nações e raças" (nº 61).

A essa orientação conciliar, dada a toda a Igreja, vem se acrescentar as manifestações do Magistério eclesiástico. O atual Pontífice Romano, ao receber atletas em audiência, apresenta sempre uma palavra de estímulo aos benefícios que podem advir das competições, como também de advertência para os aspectos negativos a serem evitados.

O campo de futebol e toda a complexa estrutura organizativa que serve de base condicionam e estimulam o exercício das virtudes cristãs.

O bom profissional ou amador, no campo de futebol, não é avaliado apenas pelo número de gols que faz. Com a fantástica máquina publicitária, o herói dos estádios assume, queira ou não, um compromisso ético com a comunidade. Quem se torna exemplo que empolga os homens não pertence unicamente a si mesmo. Deve ter consciência de ser um estímulo, para o comportamento de outrem. Por isso, a educação social e moral, a formação de caráter, em diversos aspectos, são fundamentais em um esporte. Isso também é do seu interesse. O sucesso nas partidas de futebol não depende exclusivamente do vigor físico e técnico, mas também de procedimentos que são fruto de virtudes cristãs. Colocar o bem da equipe sobre a exaltação da vaidade pessoal, o trabalho em conjunto em contraposição ao egoísmo, o controle dos impulsos desleais, da violência e tantas outras atitudes negativas, são essenciais ao êxito no gramado. Muitas vezes, mais que se pensa.

Para alcançar esse padrão elevado, é imprescindível uma visão cristã do esporte. Ele tem uma dimensão de espiritualidade que é o alicerce da disciplina e fator de êxito. O respeito ao adversário respaldado na dignidade da pessoa humana coíbe a praga da brutalidade no campo, que é sinônimo do espírito antiesportivo e descontrole de comportamento.

Independentemente da vitória final, vejo esta Copa do Mundo como um fator valioso para o Brasil. Forças latentes surgem. O amor à Pátria, tão importante na vida de um povo, recebe, nesta época, extraordinária contribuição. O entusiasmo por causas sadias, a condenação às manifestações antiéticas, são elementos válidos na promoção de uma antropologia cristã. O conceito de "homem" como imagem de Deus, sob os mais variados aspectos, está presente, embora de maneira velada, nas competições da Copa.

Há grandes vantagens, evidentemente. E entre elas, a alegria do povo, as esperanças. Em uma visão cristã, todas podem nos levar a Deus.

"Que o futebol seja cada vez mais um instrumento de educação nos valores da honestidade, da solidariedade, da fraternidade, especialmente entre as jovens gerações" (Bento XVI, Audiência Geral de 9 de janeiro de 2008).

NOTA DO BLOG:

Infelizmente e ainda por falta de conhecimento, alguns irmãos tem propagado comentários distintos dos ensinamentos das Escrituras. São pessoas que mentalizaram o dualismo cristão como fator determinante para suas vidas. Ou seja, ou governa Deus, ou governa o capeta. Nessa perspectiva, a Igreja(templo) é sagrado, estádio de futebol é profano. Louvar a Deus é sagrado, torcer para a seleção ou time de futebol, é profano. Reuniões de oração é sagrado, festa de aniversários ou casamentos, é profano. Ouvir louvor e cânticos é sagrado, ouvir música do mundo é profano. Dizem mais, quem faz uso do profano, se contamina e se torna impuro. (não é o que entra que torna o homem impuro). (Mc 7,14-15). Ou é sagrado, ou é profano.

Agora lendo o que Dom Eugênio esreve, nota-se que o que geralmente acontece, é que alguns irmãozinhos tornam profano o que Deus deu como forma de prazer. A Bíblia ensina que somos livres e que Deus sempre respeitou a cultura do seu povo. Observe as festas judaicas, não falo daquelas que foram determinadas pelo próprio Deus, mas, as que faziam parte de seus costumes.

Sabe o que não pode ser feito pelo cristão? É se permitir que exista desequilíbrio na sua forma devocionária. O cristão católico, jamais poderá deixar de ir a santa missa, para ir ao estádio de futebol, aniversário, casamentos, ou deixar sua missão para ver o jogo do seu time. Em não sendo isso, nada impede que possa celebrar com amigos e família, o que é próprio de seus costumes.

Vejo todos os consagrados da comunidade Canção Nova, vestidos de verde e amarelo, expressando seu nacionalismo, torcendo pela sua nação. Mas, nenhum deles deixa a missão de lado para viver essa emoção. Antes cumprem com suas atividades para depois com sabedoria, experienciar a alegria de sua cultura. Neste contexto, coloco novamente o pensamento de Dom Eugênio: "vejo esta Copa do Mundo como um fator valioso para o Brasil. Forças latentes surgem. O amor à Pátria, tão importante na vida de um povo, recebe, nesta época, extraordinária contribuição. O entusiasmo por causas sadias, a condenação às manifestações antiéticas, são elementos válidos na promoção de uma antropologia cristã".

Não se pode transformar em profano, atividades que se realize fora da Igreja. O que deve ser evitado, é que se tornem escravos dos costumes, prisioneiros dessas celebrações, violando e contrariando seus princípios cristãos e tornando-se omissos para com sua missão. Deus não se ofende quando assim é vivenciado. Por Cristo, somos verdadeiramente livres. Já não se faz mais ncessário, vivermos presos e escravizados a conceitos do farisaísmo moderno, que em alguns irmãos chega a ser irritante e insuportável, dado é seu comportamento extremado. O fazem, como se lhes fossem possível cumprir toda a lei. Tentam ser radicais em alguns cumprimentos, negligentes, falsos e fracos em outros. Fariseus do século XXI.

Wellington Dantas -Ministério de Formação, Semeando a Paz.

LITURGIA DIÁRIA - QUEM DIZEIS QUE EU SOU?

Lucas 9, 18-24

18Num dia em que ele estava a orar a sós com os discípulos, perguntou-lhes: Quem dizem que eu sou? 19Responderam-lhe: Uns dizem que és João Batista; outros, Elias; outros pensam que ressuscitou algum dos antigos profetas. 20Perguntou-lhes, então: E vós, quem dizeis que eu sou? Pedro respondeu: O Cristo de Deus. 21Ordenou-lhes energicamente que não o dissessem a ninguém. 22Ele acrescentou: É necessário que o Filho do Homem padeça muitas coisas, seja rejeitado pelos anciãos, pelos príncipes dos sacerdotes e pelos escribas. É necessário que seja levado à morte e que ressuscite ao terceiro dia. 23Em seguida, dirigiu-se a todos: Se alguém quer vir após mim, renegue-se a si mesmo, tome cada dia a sua cruz e siga-me. 24Porque, quem quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas quem sacrificar a sua vida por amor de mim, salvá-la-á.


Existe hoje dentro do mundo organizacional, a chamada pesquisa de opinião pública. Ela serve para investigar as preferências dos consumidores em relação a produtos, marcas, publicidade e serviços, permitindo que as coisas fiquem mais claras. Sem elas, a atividade de marketing se torna em puro "achismo. É praticada freqüentemente também no campo político.

O Frei Raniero, nos diz em uma de suas muitas homilias, que, aqui Jesus quis também fazer sua pesquisa para colher a consciência popular sobre o que dizem sobre ele. “Quem diz o povo que eu sou”? As respostas que chegaram até ele, foram as mais diversas possíveis e imagináveis. Que era João Batista que ressuscitara dos mortos. Que era Elias. Que era um dos profetas. Mas, Jesus não estava preocupado com seu nível de popularidade nem simpatia. Tinha outros propósitos bem diferentes, e assim, redirecionou a pergunta: “E vós, quem dizeis que eu sou”?

O que era simples, o que parecia fácil, agora complicou. A freqüência das respostas foi quebrada. O relatório contendo a opinião dos outros, não parecia mais importante.
Falar o que os outros dizem a respeito de Jesus é fácil. Apontar erros nos outros e falar como os outros vivem a respeito de Jesus, é simples. Tornar-se um recém-convertido e acreditar que agora por que busca a santidade, e os outros que não a procuram ainda, são passíveis de nossa “justiça”, é fácil.
Por engatinhar pela bíblia, e ainda não saber nem o significado de teologia, e já achar que tudo entende e que já pode fazer conclusões sem se quer ter chegado a metade das Escrituras, é simples.
Pensar que por está caminhando com a vida aparentemente certinha, porque algumas vezes falou em nome de Deus em pregações ou palestras, lhe dar o direito de se sentir acima daquele que à luz da palavra não está tão certinho como a dele, ou que pode emitir juízos, é fácil.
Elevar seu ego (porque em algumas situações foi ou está vivenciando uma atividade que denote ter sabedoria e que o simples ato de repassá-la traz o combustível para inflamar), é simples.

O nível da pergunta foi tão alto, que quando comparamos com a primeira, observa-se que todos responderam, até parecia um coro. (É fácil e simples falar dos outros). Na segunda, houve um desconcerto, silêncio e a troca de olhares foi presente.
Falar de que como você vive ou de como está a respeito de Jesus, não é fácil e nem é simples. Sabe por que? Por que agora, se faz necessário que se olhe para dentro de si mesmo. Que se vejam com todos seus pensamentos, suas verdadeiras intenções, seus atos ou suas omissões.
Talvez quando você terminar, você se sinta pior que aquele que ainda não procura a santidade. Alguns entendem isso, e até professam como verdades, mas, depois ficamos sabendo que foram somente palavras.

Para Jesus, importava e importa saber, se dentro do coração existe a certeza sobre sua essência. Para Jesus, a única opinião pública que interessava, era a de sua pequenina comunidade. E percebeu nas palavras daquela voz solitária e corajosa que se levantou quebrando todo aquele silêncio momentâneo, que eles (discípulos), haviam entendido e que agora poderiam ser fortalecidos para levarem a mensagem dessa verdade para o mundo. Tinham a certeza na mente e no coração, que Jesus, era o Cristo, O filho do Deus vivo. O Messias, O Filho de Davi, O Grande Rei, O verbo que se fez carne, a Salvação para o mundo.
A verdade é que ainda hoje, permanecem as mesmas divergências sobre quem é Jesus. Nem precisamos fazer uma pesquisa de opinião pública, basta cursar uma faculdade (no caso da minha, tive uma triste experiência com uma professora), para sentir como anda as opiniões entre fé e razão, Ler as dezenas de publicações em revistas , artigos, jornais ou monografias, Assistir a filmes que hoje são verdadeiro afronta ao princípios cristãos, como por exemplo o Código da Vinci e Anjos e Demônios do Dan Brown.
Ainda tem os “Iluministas” do nosso século, que colocam Jesus ao lado dos grandes filósofos ou líderes espirituais modernos, respectivamente, Sócrates, Platão, Gandhi. Ou ainda, como grandes líderes da história da humanidade: Alexandre, Napoleão etc. Mas, nenhum destes ressuscitou no terceiro dia ou disseram : “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”.

Concluindo a reflexão de hoje, e sendo sabedor que estou ciente de quem é Jesus para mim (pois, no simples e no fácil acima citado, já me enquadrei quase que em todas, por isso hoje posso falar com alguma autoridade me confiada pela experiência adquirida nesses cinco anos de uma resistente caminhada), deixo o redirecionamento da mesma pergunta pra vocês.

Quem é Jesus Cristo para você?O que Jesus representa para você?

Como está sua fé diante dos sofrimentos, pois, logo a pergunta Jesus fala que vai sofre. Resistirá sua fé as adversidades?

Está pronto para contrariar a opinião, dando testemunho sobre quem é Jesus?



sábado, 19 de junho de 2010

CLIP BLASFEMO DE LADY GAGA.

Lady Gaga
Lady Gaga no Clip "Alejandro"


NOVA IORQUE, 17 Jun. 10 / 12:53 pm (ACI).- O presidente da Liga Católica nos Estados Unidos, Bill Donohue, repudiou energicamente o novo vídeo blasfemo da cantora Lady Gaga no qual ela aparece, "como se quisesse ser Madonna", vestida de religiosa católica, engolindo um Rosário e simulando encontros sexuais bailarinos que a acompanham.No vídeo de sua nova canção "Alejandro" estreado no dia 8 de junho "Lady Gaga se converte em uma copista da Madonna, dançando quase nua com moços quase nus, usando símbolos católicos –sempre são símbolos católicos– enquanto diz ‘Alejandro’ uma quantidade de vezes suficiente para induzir ao vômito", assinala Donohue em uma declaração publicada poucos dias atrás.


A cantora, prossegue, "converteu-se na nova garota ícone da decadência americana e da agressão contra os católicos, sem a imagem e o talento em seu papel de modelo a ser seguido".O diretor do vídeo, Steven Klein, assinalou que este "não denota nada negativo mas representa a batalha entre as forças da escuridão deste mundo e a salvação espiritual da alma. Ela (Lady Gaga) escolhe ser uma religiosa, e a razão pela qual seus olhos e sua boca desaparecem" ao final do vídeo "é porque renúncia a seus sentidos e se entrega à oração e a contemplação".Donohue responde a esta afirmação e precisa que com este vídeo blasfemo Lady Gaga, que foi criada católica, "transformou-se em algo irreconhecível"."Que está confundida é o mínimo que se pode dizer.


Nesse caso, esperamos que ela encontre seu caminho de volta à casa", concluiu o presidente da Liga Católica.Apóia a abstinência?Em abril deste ano Stefani Joanne Angelina Germanotta –verdadeiro nome de Lady Gaga– declarou em uma entrevista ao Daily Mail, na qual se referiu à campanha de promoção de batons relacionada à luta contra a AIDS, que uma ferramenta para evitar o contágio desta doença é a abstinência."Não posso acreditar que esteja dizendo isto: não ter sexo. Estou solteira agora e escolhi estar solteira porque não tenho o tempo para conhecer alguém. Assim está bem não ter sexo, está bem conhecer pessoas. Sou celibatária, o celibato está bem", disse a jovem de 24 anos.


Data da publicação: 18/06/2010


NOTA DO BLOG: Para alguns, a Lady Gaga já é considerada a sucessora de Madonna. Talvez até seja, só que em uma versão muito pior. A Madonna atentava contra os princípios cristãos, mas essa Lady, tem devassidão maior e uma afronta a esses princípios muito superior. O que é mais grave, é que ela ta se tornando uma referência para as crianças, da qual, elas tiram exemplos (péssimos) dessa moça.



ABAIXO, SEGUE UMA POSTAGEM DO PEDRO RAVAZZANO, DA COMUNIDADE SHALOM E MUITO INTERESSANTE, DISPONÍVEL EM: www.blogger.com/post-create.g?blogID=7879046685192950601.



No seu novo clipe “Alejandro” a nova estrela da cultura pop encarna toda a bestialidade da bandeira que representa com tanta maestria; cenários horripilantes, cenas eróticas, profanação da cruz e de símbolos religiosos em doses dignas de um ritual satânico.


Não obstante, gostaria de frisar que, diferentemente do que muitos pensam, a tal Lady não segue a linha de Madonna, me parece muito mais próxima ao estilo do grotesco Marylin Manson, conhecido pela sua androgenia, posições abertamente imorais, culto ao bizarro.
A atmosfera sombria do clipe é extremamente assustadora. Contando com alusões à morte, sadomasoquismo e dominação, a música, como disse a cantora, foi feita em homenagem aos gays e às mulheres que se apaixonam por eles (sic!!). Os soldados efeminados oprimidos são as vítimas da cultura machista e repressiva. Tudo pensado por aquela que é considerada o “novo fenômeno do pop”, a “nova cara da década”.O que mais me impressiona na sua estética é o grotesco, o ambiente sombrio, bestial, decante, exalando erotismo sexual e putrefação moral. Lady Gaga aparecer engolindo um terço ou usando uma cruz invertida de forma sacrílega é consequência de algo muito maior, algo este que pode ser percebido em toda a contextualização musical e estética usada. A cantora sintetiza o espírito do mundo atual, a sua pequenez, irracionalidade, incapacidade de refletir e de discernir, a cultura de morte no seu sentido mais fidedigno e profundo.
A música de Lady Gaga, com toda a sua pobreza poética e excesso de compassos e ritmos, é sinal da mediocridade do homem moderno; um homem norteado pelas paixões, subjugado pela ignorância invencível, uma carcaça morta incapaz de raciocinar verdadeiramente.
Não me espanta que em pleno séc. XXI faça sucesso – estranho seria que o Santo Padre fosse aplaudido ao condenar o aborto, por exemplo. O espanto é saber que católicos e homens de reta intenção se deixam levar por toda essa experiência sensual que carrega no seu âmago um claro projeto revolucionário.
Lady Gaga não esconde que defende a cultura gay. Faço questão de frisar o termo “cultura” já que, infelizmente, os militantes homossexuais forjaram um estilo de vida próprio que, através de ferramentas variadas – em especial a música, filmes e novelas – foi divulgado e imposto como o estilo ordinário de qualquer ser humano na face da terra.
Destarte, a globalização transporta em sua essência a crise da Civilização Ocidental a todos os cantos, assim, tanto um jovem americano, quanto um brasileiro da favela, como um rico japonês cibernético ou então um marroquino de Casablanca se vestem, se comportam, ouvem e apreciam quase as mesmas coisas, seguindo o mesmo padrão.
Se não tomarmos uma atitude concreta, eficaz e profunda veremos os nossos filhos e netos crescendo numa sociedade onde o anormal é ser homem e mulher!



OBS.: Fica aí o alerta a todos pais.

LITURGIA DIÁRIA - SERVIR A DEUS E AO DINHEIRO.

Mateus 6, 24-34
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos 24Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou odiará a um e amará o outro, ou dedicar-se-á a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e à riqueza. 25Portanto, eis que vos digo: não vos preocupeis por vossa vida, pelo que comereis, nem por vosso corpo, pelo que vestireis. A vida não é mais do que o alimento e o corpo não é mais que as vestes? 26Olhai as aves do céu: não semeiam nem ceifam, nem recolhem nos celeiros e vosso Pai celeste as alimenta. Não valeis vós muito mais que elas? 27Qual de vós, por mais que se esforce, pode acrescentar um só côvado à duração de sua vida? 28E por que vos inquietais com as vestes? Considerai como crescem os lírios do campo; não trabalham nem fiam. 29Entretanto, eu vos digo que o próprio Salomão no auge de sua glória não se vestiu como um deles. 30Se Deus veste assim a erva dos campos, que hoje cresce e amanhã será lançada ao fogo, quanto mais a vós, homens de pouca fé? 31Não vos aflijais, nem digais: Que comeremos? Que beberemos? Com que nos vestiremos? 32São os pagãos que se preocupam com tudo isso. Ora, vosso Pai celeste sabe que necessitais de tudo isso. 33Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça e todas estas coisas vos serão dadas em acréscimo. 34Não vos preocupeis, pois, com o dia de amanhã: o dia de amanhã terá as suas preocupações próprias. A cada dia basta o seu cuidado.


O mundo hoje vive uma difícil realidade de contrastes sociais e econômicos. Riqueza e pobreza cada vez mais se distanciam sem esperança de reconciliação.
Enquanto metade da população do mundo passa fome, a outra faz dieta, na verdade são 816 milhões de pessoas que passam fome, e seis milhões de crianças morrem por ano por falta de comida; Dos países em desenvolvimento, um terço deles não tem água potável e dois milhões de pessoas morrem por ano, por beberem água contaminada.
Enquanto isso, nove mil milhões de euros seriam suficientes para abastecer o mundo de água potável, e a Europa consome 11 mil milhões de euros por ano em gelados;
Seis mil milhões de euros anuais a mais chegavam para que o ensino básico abrangesse todos os cidadãos do mundo, enquanto que nos Estados Unidos se gastam anualmente oito mil milhões de euros em cosméticos;
A fortuna de três norte-americanos (Bill Gates, Paul Allen e Warren Buffet) equivale à de 600 milhões de pessoas ou de 40 nações inteiras; Na corrida armamentista, os EUA são os que mais investem, em 2007 por exemplo, foram destinados US$ 547 bilhoes de dólares, seguido pelo Reino Unido e china. O Brasil que ocupa o 12º lugar, tem uma média de R$ 15 bilhoes. São cifras que destinadas a saúde por exemplo, já teriamos solucionados muito das mazelas que tem dizimados tantas vidas ou que poderiam ter tirado milhares de crianças das ruas, casas populares para centenas de sem tetos, ou ainda, quem sabe 0,5% desse valor para evangelizaçao, propagando o amor de Deus, já pensou? tá certo, sonhei alto, mas seria muito interessante.
Bom, em fim, esses são apenas alguns contrastes para ilustrar esse cenário de desequilíbrio e responsável pela maior parte dos problemas que afligem as pessoas, as famílias e a sociedade. Eles nascem exatamente desta perversa inversão de valores em que o dinheiro ocupa o primeiro lugar. É assim que, enquanto uns morrem – física, psíquica e espiritualmente – porque possuem tudo o que querem, outros não sabem a que santo recorrer para fazer frente a necessidades que se tornam calamidades pela falta de recursos financeiros.

Foi dentro desta realidade que se inseriu a Campanha da Fraternidade de 2010, desta vez organizada e assumida não apenas pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, mas pelo Conselho Nacional das Igrejas Cristãs do Brasil, formado por seis confissões religiosas: Igreja Católica Apostólica Romana, Igreja Cristã Reformada, Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, Igreja Sírio-Ortodoxa do Brasil e Igreja Presbiteriana Unida.

O tema escolhido foi “Economia e Vida”, e o lema: “Não podeis servir a Deus e ao di-nheiro”. A Campanha tem como objetivo, conscientizar a sociedade sobre um dos aspectos mais importantes de sua organização, não apenas para a manutenção da ordem, da justiça e da paz, mas até mesmo para a própria sobrevivência da humanidade. Numa palavra, trata-se de colocar a economia no seu devido lugar, a serviço do verdadeiro desenvolvimento, onde a pessoa esteja no centro, e a riqueza – que é sempre fruto do trabalho de todos – tenha como finalidade o bem-comum. Quando isso não acontece, ela acaba nas mãos dos mais fortes – senão dos mais corruptos –, jogando na miséria um número cada vez maior de pessoas, de famílias, de empresas e de nações.

É diante desse cenário que vemos nossa relação com Deus e com o próximo, ser sufocada. Jesus adverte que não há como servir a dois senhores. É preciso fazer uma escolha.
Aos que possuem, se faz necessário uma melhor administração destes bens. O uso do dinheiro pode nos levar tanto para o céu, como para o inferno, tudo dependerá da forma como será administrado. Sabemos que existem aqueles que vivem num eterno consumismo, quando não tem o que comprar, eles mesmos criam necessidades. Como li de um profeta uma vez: “ são doentes que tem como clínicas, os supermercados, Shopping”.

Numa sociedade consumista como a nossa, passa-se a acumular dinheiro, e, contraditoriamente, a acumulação do dinheiro gera mais insegurança pelo receio das desvalorizações financeiras ou pela preocupação com os ladrões. Jesus nos adverte sobre a incompatibilidade entre o servir a Deus e o servir ao dinheiro. Ensina que, você amará um mais que o outro. Bom, por esse ângulo que Jesus nos mostra, fica fácil saber a quem o mundo ta amando mais. Os que aqui se enquadram, são os mesmo que buscam segurança na vida pela acumulação do dinheiro. Acreditam que o dinheiro pode trazer toda segurança da qual necessitam. Parece-nos que é um dos problemas pelo qual há impedimento do rico entrar no reino.
Se não temos ainda o necessário pelo mundo de contrastes e de desigualdades em que vivemos, Deus é suficiente. Só Deus basta. Só nele, encontramos a paz e a felicidade que tanto procuramos, como nos garante o CIC*, capitulo 27. Se ele cuida dos lírios e dos pássaros, imagine se não daria a vida do seu próprio filho por nós.




*CIC – Catecismo da Igreja Católica.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

LITURGIA DIÁRIA - UM TESOURO NO CÉU.

Mateus 6, 19-23

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos 19Não ajunteis para vós tesouros na terra, onde a ferrugem e as traças corroem, onde os ladrões furtam e roubam. 20Ajuntai para vós tesouros no céu, onde não os consomem nem as traças nem a ferrugem, e os ladrões não furtam nem roubam. 21Porque onde está o teu tesouro, lá também está teu coração. 22O olho é a luz do corpo. Se teu olho é são, todo o teu corpo será iluminado. 23Se teu olho estiver em mau estado, todo o teu corpo estará nas trevas. Se a luz que está em ti são trevas, quão espessas deverão ser as trevas!

O Evangelho de hoje, mostra que a grande dificuldade pela qual vive a humanidade, tem como fonte geradora de opressão, o poder e a ganância. Pelo poder nasce a corrupção no homem, e como conseqüência, um regime opressor. As guerras tem como seu estopim, a ganância, a busca excessiva pela maior concentração de riquezas, os homens se digladiam por faixas de terras, pelo ouro negro, e pela corrida armamentista, que traz destruição, sofrimento, grandes perdas materiais e de vidas humanas, sempre difíceis de recuperar.
Qual a verdadeira finalidade em acumular poder, riquezas? Neste sentido, o evangelho nos convida para uma reflexão sobre: Quem somos, onde estamos e para onde vamos? Ensina que necessitamos descobrir o porque de estarmos aqui. De buscar compreender o fundamento da nossa existência. Uma vez chegando a esse entendimento, saberemos onde e em quem depositar nossa confiança. Enquanto não temos essa compreensão, caminharemos em constante estado de desequilíbrio, errantes em tudo que fazemos. Por isso, nos cursos bíblicos que ministramos, temos tido como grande preocupação, conhecer a resposta para essas três perguntas, porque sabemos que ao compreendê-las, saberemos como melhor proceder nesta vida.
Jesus nos diz que, acumular riquezas ou poder neste mundo, é incorrer no perigo de perdê-la totalmente um dia, pois ela pode ser facilmente destruída. Obtendo a resposta a estas três indagações, nos dar sabedoria pra saber em quem devemos depositar nossa confiança. Nos dar ainda, segurança de que nada nem ninguém poderá destruir o tesouro que ajuntaremos, nem mesmo a própria ação do tempo.
Como fazer isso? Como encontrar esses tesouros? Necessitamos fazer nascer uma comunidade com uma vivência fraternal, singular, ímpar, que venha a favorecer a partilha e a ajuda mútua. Essa vivência que tem como núcleo, a prática do amor.
É esse convívio fraterno inaugurado por Jesus, que vale a nós como sendo a maior riqueza. Através dele, teremos todo um terreno para semear boas obras e começar ajuntar nosso tesouro.
Para perceber esse precioso tesouro, se faz necessário ter olhos novos, um interior completamente renovado para poder ver que essas exigências estão diretamente ligadas a essência daquele homem que não compreende nem mesmo sua própria existência. Que não sabe nem o porquê, de está vivo ou de viver uma vida sem propósitos. Pois, se não sabe de onde veio, onde está e nem para onde vai, viverá toda sua vida andando em círculos, deixando rastros de mágoas, ódio, discórdia e julgamento.
Precisamos demasiadamente ver por essas novas córneas, por que a lâmpada do corpo é o olho. “os olhos são como uma luz para corpo” (Lc 11,34). E essa luz agora vem para dissipar toda escuridão em nossas vidas. Quando nos fechamos em nós mesmo, quando confiamos cegamente naquilo que acumulamos, nos tornamos pessoas arrogantes, tíbios e avarentos. Ver a vida com as velhas córneas, é está fadado a viver na tristeza e total escuridão.
Para receber novas córneas, não se faz necessário esperar tanto num fila de doação. Jesus está trazendo todos os dias, desde que aqui esteve e nos redimiu pelo seu sangue, novas córneas. Tudo que se precisa para que se concretize o transplante, é buscar incessantemente a conversão, a mudança de postura para uma mais fundamentada, alicerçada, nos ensinamentos do cristo Jesus.
Para que tudo isso possa acontecer, é de fundamental importância viver conforme a vontade de Deus.
Onde está tua riqueza, aí estará o teu coração. Onde está a tua e a minha riqueza? Muitas pessoas idolatram o marido, a esposa, os filhos ou parentes colocando-os acima de Deus. Outras colocam em primeiro lugar o dinheiro, os bens matérias (o carro, o cavalo, a vaca, as jóias…) e relegam para o segundo ou o último lugar Deus e a família. Esquecem-se de que é em Deus, é no amor ao próximo como a si mesmo que está a fonte da vida.
Meu irmão minha irmã a ti me dirijo e pergunto: que luz tens como referência? Para onde direcionas os teus olhos? Para as coisas do mundo ou para o Círio Pascal que é a fonte da luz sem ocaso? Ela é a luz no mundo, quem Lhe segue não se engana nem na vida nem na morte.
Reflitam, pois, e descubram o que estão enviando para o baú, se tesouros efêmeros, ou tesouros que duram por toda a eternidade? Um dia, seremos obrigados a descobrir qual dos dois vale mais.