segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

SONHOS DE DOM BOSCO



Muitas vezes temos citado, em nossos artigos, as profecias de São João
Bosco, ou Dom Bosco. Este santo teve em vida alguns “sonhos proféticos”,
que deixou registrados em apontamentos e em relatos registrados por diversas
pessoas que o conheciam. Em muitos lugares pesquisei, mas não consegui achar
muitas destas descrições, das visões que ele teve, de acontecimentos futuros,
mas algumas delas vou relatar abaixo. Faço isso, não somente porque acredito
nelas, mas porque tais revelações batem em muito com outras visões que temos
divulgado. Em especial, as que mais nos interessam são as que versam sobre a
Igreja Católica e o Santo Padre. Vamos a alguns destes sonhos!



Uma
de suas profecias é a dos plenilúnios. Diz a profecia: “Quatrocentos dias
após o mês das flores que terá duas luas cheias, a revolução será
proclamada na Itália. Duzentos dias depois, o Papa será obrigado a deixar Roma
e andará errante durante cem dias, depois do que regressará à sua capital e
cantará em São Pedro o Te Deum de Salvação
”.


Dom Bosco escreveu que, em
1870, se encontrou como que numa ‘realidade sobrenatural’, e ouviu uma voz
que lhe informou fatos futuros. Eis algumas partes do que ouviu: “Agora a
voz do céu é para o Pastor dos Pastores: ‘Tu estás na grande conferência,
com os teus assessores, mas o inimigo do bem não fica quieto um instante. Ele
estuda e pratica todas as artes contra ti. Semeará a discórdia entre os teus
assessores, criará inimigos entre os meus filhos.
As potências do século vomitarão fogo e gostariam que as palavras
fossem sufocadas na garganta dos guardiões da minha lei. Isso não acontecerá
”.

... Que farei? Baterei nos pastores,
dispensarei o rebanho, para que os sentados na cadeira de Moisés procurem bons
pastos, e o rebanho, docilmente, ouça e se alimente. Mas sobre o rebanho e sobre os pastores pesará minha mão. A
carestia e a peste farão com que as mães chorem o sangue dos filhos e dos
maridos mortos em terra inimiga.

E de ti, Roma, que será? Roma ingrata, Roma
efeminada, Roma soberba. Tu chegaste a tal ponto que não procuras outra coisa,
nem nada mais admiras em teu soberano senão o luxo, esquecendo que sua glória
verdadeira está sobre o monte Gólgota. ...
Roma! ... Eu irei a ti quatro vezes. Na primeira golpearei as tuas terras
e os seus habitantes. Na segunda, levarei a destruição e o extermínio até os
teus muros. Não abres ainda os olhos?

Virei a terceira vez e derrubarei as defesas e os
defensores, e ao comando do Pai seguirá o reino do terror, do medo e da desolação.
Mas os meus sábios fogem. A minha lei continua sendo pisada. Por isso farei a
quarta visita. A guerra, a peste e a fome são flagelos com os quais serão
castigadas a soberba e a malícia dos homens
...



Comentando:
Este sonho tem o mesmo sentido das visões do inferno que apresentamos em tópico
à parte. O inimigo não dorme, alias parece ressurgir mais forte a cada dia. É
seu tempo agora e ainda não está no fim. Ele luta desesperado para sufocar
a voz
do Papa e da Igreja verdadeira, substituindo-a pela cantilena dos
modernistas, balada surda que conduz ao abismo. Dispersar as ovelhas está
predito em Zacarias 13, “fere o pastor, para que as ovelhas sejam
dispersas. Voltarei a Minha mão até mesmo contra os pequeninos
”. Roma
efeminada é a Roma das paradas gays, e também a Roma dos falsos que aprovam
tais coisas e as querem introduzir na Igreja como norma diabólica. Esta Roma
será para sempre sepultada, nos abismos infinitos, as visões e as profecias
assim anunciam. Quem viu os mapas passados ao Cláudio entenderá o que falo.
Outra coisa: verifiquem a perfeita identidade desta “reunião” dos inimigos
que o Santo declara ter visto, com aquelas das visões do inferno como já
divulgamos. Tudo bate perfeitamente!



Outro
sonho profético de Dom Bosco: Era uma noite escura. Os homens não podiam
mais discernir qual fosse o caminho para retornar a suas aldeias, quando
apareceu no céu uma luz esplendorosíssima que esclarecia os passos dos
viajantes como se fosse meio-dia.
Naquele
momento, foi vista uma multidão de homens, de mulheres, de velhos, de crianças,
de monges, freiras e sacerdotes, tendo à frente o Pontífice, sair do Vaticano
enfileirando-se em forma de procissão. Mas eis um furioso temporal escurecendo,
um tanto, àquela luz. Parecia engajar-se uma batalha entre a luz e as trevas
Arial">.


Chegou-se a uma pequena praça
coberta de mortos e de feridos, dos quais vários pediam conforto em altas
vozes. As fileiras da procissão se tornaram bastante ralas. Depois de ter
caminhado por um espaço de duzentos levantar do sol, cada um percebeu que não
estava mais em Roma.


O espanto invadiu os ânimos de todos, e cada um se recolheu em torno do
Pontífice para guardar a sua pessoa e assisti-lo em suas necessidades. Naquele
momento, foram vistos dois anjos que portavam um estandarte e o foram apresentar
ao Pontífice dizendo: “Recebe o auxílio d'Aquela que combate e dispersa
os mais fortes exércitos da
terra. Os teus inimigos
desapareceram, os teus filhos, com lágrimas e com suspiros invocam o teu
retorno
”.



Levantando, depois, o olhar para o estandarte, se via escrito nele, de um
lado: 'Regina
sine labe originale concepta
'(Rainha concebida sem pecado original) e do
outro lado: 'Auxillium Christianorum' (Auxílio dos cristãos). O Pontífice
tomou o estandarte com alegria, mas tornando a olhar o pequeno número daqueles
que haviam permanecido em torno de si, ficou aflitíssimo.



Os dois anjos acrescentaram: 'Vai depressa consolar os teus filhos.
Escreve a teus irmãos dispersos nas várias partes do mundo que é preciso uma
reforma nos costumes e nos homens. Isto só se poderá obter repartindo aos
povos o pão da Divina Palavra. Catequizai as crianças, pregai o desapego
das coisas da terra
.' 'Chegou o tempo', concluíram os dois anjos, 'que os
pobres serão os evangelizadores dos povos. Os Levitas serão buscados entre a
enxada, a pá e o martelo, a fim de que se cumpram as palavras de Davi
: Deus
levantou o pobre da terra para colocá-lo sobre o trono dos príncipes do teu
povo
.



'Ouvindo isto, o Pontífice se moveu e as filas da procissão começaram
a engrossar-se. Quando, afinal, ele colocou o pé na cidade santa, começou a
chorar por causa da desolação em que estavam os cidadãos, dos quais muitos não
existiam mais. Reentrado, enfim, em São Pedro, ele entoou o Te Deum, que
foi respondido por um coro de anjos, cantando: 'Gloria in excelsis Deo, et
pax in terris hominibus bonae voluntatis'
.



Terminado
o canto, cessou de fato toda escuridão e se manifestou um sol fulgidíssimo. As
cidades, as aldeias, os campos tinham a população muito diminuída, a terra
estava pisada como por um furacão, por um temporal e pelo granizo, e as pessoas
iam umas para as outras dizendo com ânimo comovido: 'Há um Deus em Israel'.
Do começo do exílio até o canto do Te Deum, o sol se levantou duzentas
vezes. Todo o tempo que transcorreu para se cumprirem estas coisas corresponde a
quatrocentos levantar de sol
".





Com: Cada texto deste bate com muitas
profecias atuais e também com passagens bíblicas. O centro está no prenuncio
do afastamento de um Papa futuro, que se verá por algum motivo obrigado a sair
de Roma, de onde ficará distante por 200 dias. Durante este tempo haverá
muitas perseguições e um número incrível de fiéis dará sua vida pela
Igreja. Entre estes haverá milhares de sacerdotes, bispos e cardeais, alguns
deles inclusive que foram responsáveis pelo fato de o mundo, e a própria
Igreja haver chegado a esta situação desesperadora, que derramarão seu sangue
por ela. Eis porque tanto Nossa Senhora nos pede para rezarmos pelos sacerdotes.
Eles serão os primeiros a cair, porque o inferno os odeia, pelo fato de
consagrarem e confessarem. A Eucaristia será o alvo primeiro do maldito, e
matando os padres ele poderá fácil derrubar os sacrários.






Outra profecia : Guerras entre os príncipes e súditos, entre o dogma
e o erro, a luz e as trevas, o pobre e o rico. - Um grandioso acontecimento se
está preparando no céu, para fazer pasmar a gente. - Far-se-á uma grande
reforma entre todas as nações, e o mundo irá misturar-se como um oceano ...
Russos, alemães, prussianos, cossacos, persas, polacos, franceses e italianos
farão uma mistura, e lá na China e na Índia findará a rebeldia. ... Nunca o
grande marulho se aferventou tão forte, nunca se viu um lobo desta espécie.
... A Rússia e a Inglaterra tornar-se-ão católicas. A Itália será
pacificada, e o turco cairá por terra. Conquistarão os lugares da Santa
Palestina, e no alto das cúpulas erguer-se-á a Cruz Latina. - Depois, paz
universal
”.




Com: Naturalmente, este sonho trata de duas realidades, uma antes
da tribulação e outra depois dela. No princípio uma grande batalha
entre o bem e o mal, entre a verdade e a mentira, entre a riqueza e a pobreza.
Aliás, isto já está acontecendo e em larga escala. O comunismo ateu continua
vivo e ainda provocará imensos estragos até seu estertor final. Tudo isso
porque a Rússia não foi consagrada ao Coração Imaculado de Maria, conforme o
pedido de Nossa Senhora em Fátima. Esta consagração aliás, é combatida
furiosamente pelos inimigos da Igreja, inclusive os de dentro dela, porque eles
sabem que isso inviabilizará o projeto inimigo de plantar a bandeira vermelha
no topo da cúpula de São Pedro. A batalha pela destruição dos dogmas
sagrados da Igreja Católica também tem curso feroz e as trevas descem e
adentram o templo santo de Deus. Os russos e chineses se aliarão a outros povos
massacrados pelo Ocidente arrogante e haverá um caos sem precedentes, isto a
partir do momento em que um papa que não for Pedro estiver a frente do
Vaticano, pois, como já vimos, um Pedro verdadeiro estará em fuga pelo mundo.




Claro, que haverá no fim a paz, mas somente depois que a Rússia estiver
reduzida a um deserto de vida e de homens, assim a China, assim a Índia e assim
todas as nações islâmicas em especial. Ou seja: todos os povos, religiões e
ideologias que hoje tentam sufocar a Igreja. É sim, profético, que a Rússia
implantará sua bandeira vermelha sobre a cúpula do Vaticano, mas é profético
sim e também, que no final o Rosário será posto no pináculo do Kremlin. Tudo
isso acontecerá, mas depois de muita dor e de muito sangue derramado. O mundo
realmente será lavado no próprio sangue, este o preço que satanás exige para
se retirar daqui para sempre.




Dom Bosco tinha também sonhos e visões que não se referiam a batalha
espiritual, mas também a assuntos econômicos. Ele via as entranhas das
montanhas e o interior da terra e ali lhe eram mostradas as riquezas. Damos um
exemplo: Em 1883, Dom Bosco teve outro sonho profético, devidamente registrado
em suas anotações. Neste, ele viajava por toda a América do Sul, inclusive o
Brasil, onde esteve em visita aos colégios e aos centros salesianos dos quais
ele era o superior Geral. O principal desta profecia é o que seria referente ao
planalto central brasileiro:




... Eu enxergava nas vísceras das montanhas e nas profundas da planície.
Tinha, sob os olhos, as riquezas incomparáveis dessas regiões, as quais, um
dia, serão descobertas. Eu via numerosos minérios de metais preciosos, jazidas
inesgotáveis de carvão de pedra, de depósitos de petróleo tão abundantes,
como jamais se acharam noutros lugares. Mas não era tudo. Entre os graus 15 e
20, existia um seio de terra bastante largo e longo, que partia de um ponto onde
se formava um lago. E então uma voz me disse, repetidamente: ‘Quando vierem
escavar os minerais ocultos no meio destes montes, surgirá aqui a Terra da
Promissão, fluente de leite e mel. Será uma riqueza inconcebível
.






Com: Aqui ele previu, com antecedência de 77 anos, a fundação da
cidade de Brasília que fica nesta posição geográfica indicada. O petróleo
abundante ainda não foi achado aqui, ou quem sabe escondem isso em virtude de
diabólicas manobras comerciais. De fato, estranha que em toda a região limítrofe
do Brasil, desde as Guianas e Venezuela até a Argentina, todos os países
tenham riquíssimas jazidas deste mineral, enquanto nosso país tenha que buscar
seus suprimentos nas plataformas marinhas, a altíssimo custo.



Dom Bosco
teve este outro sonho em 1862, portanto antes da realização do Concílio
Vaticano I, em 1870. Damos aqui a versão do sonho tal qual se acha na famosa
obra de Lemoyne: Memórias Autobiográficas de Dom Bosco, vol VII, pp.
169 a 171.
Arial">Dom Bosco, no dia 26 de maio, havia prometido aos jovens que lhes
contaria alguma coisa bonita no último ou no penúltimo dia do mês. No dia 30
de maio, pois, contou, à noite, uma parábola ou semelhança, como ele quis
chamá-la. (Vamos numerar para explicar abaixo)


'Quero contar-lhes um sonho. É verdade que
quem sonha não raciocina, todavia, eu, que lhes contaria até mesmo os meus
pecados, se não tivesse medo de fazer que vocês todos fugissem e fazer cair a
casa, lhes conto isso para utilidade espiritual de vocês. O sonho, eu o tive há
alguns dias.


Arial">Imaginem vocês de estar comigo numa praia do mar, ou antes, sobre um
escolho isolado, e de não ver outro espaço de terra a não ser aquele que lhes
está sob os pés. Em toda aquela vasta superfície das águas se via uma multidão
inumerável de navios (1) em ordem de batalha, cujas proas eram terminadas por
um agudo esporão de ferro em forma de lança, que, onde era dirigido, feria e
traspassava qualquer coisa. Estes navios estavam armados com canhões,
carregados com fuzis, com outras armas de todo gênero, com matérias incendiárias,
e também com livros, e avançavam contra um navio muito maior e mais alto que
todos eles, tentando chocar-se com ele por meio do esporão, incendiá-lo, ou
então lhe causar todo o dano possível.

mso-bidi-font-family:Arial"> Aquela
nave majestosa, perfeitamente guarnecida, era escoltada por muitas navezinhas
que recebiam dela os sinais de comando e executavam manobras para se defender
das frotas adversárias. O vento lhes era desfavorável e o mar agitado parecia
favorecer os inimigos.(2)
mso-bidi-font-family:Arial"> No meio da
imensa extensão do mar elevavam-se acima das ondas duas robustas colunas, altíssimas,
pouco distantes uma da outra. Sobre uma delas havia a estátua da Virgem
Imaculada, a cujos pés pendia um longo cartaz com esta inscrição: Auxilium
Christianorum;
sobre a outra, que era muito mais alta e mais grossa, havia
uma Hóstia de grandeza proporcional à coluna, e sobre um outro cartaz, com as
palavras: Salus Credentium
(salvação
dos que crêem).(3)mso-bidi-font-family:Arial">


mso-bidi-font-family:Arial">
O comandante supremo da grande nau, que era o Romano Pontífice, vendo
o furor dos inimigos e o mau partido em que se achavam os seus fiéis, pensa
convocar para junto de si os pilotos dos navios secundários, para ter um
conselho e decidir o que se deveria fazer.
mso-bidi-font-family:Arial"> Todos os
pilotos sobem e se reúnem em torno do Papa. Mantêm uma reunião, mas,
enfurecendo-se cada vez mais o vento e a tempestade, eles são mandados de volta
para dirigir seus próprios navios.
mso-bidi-font-family:Arial">


mso-bidi-font-family:Arial">
Ocorrendo um pouco de calmaria, o Papa reúne os pilotos de novo, pela
segunda vez em torno de si (4), enquanto a nau capitania segue o seu curso. Mas
a borrasca volta espantosa. O Papa permanece no timão, e todos os seus esforços
são dirigidos a levar a nau para o meio daquelas duas colunas, de cujo cimo
pendem, em toda a volta delas, muitas âncoras e grossos ganchos presos a
correntes.


mso-bidi-font-family:Arial">
Os navios inimigos se movem todos a assaltá-la, e tentam de todo modo
detê-la e fazê-la afundar. Algumas com escritos, com livros, com matérias
incendiárias de que estão cheias, e que buscam lançá-las a bordo; as demais
com os canhões, com os fuzis, e com os esporões; o combate se torna cada vez
mais encarniçado. As proas inimigas a chocam violentamente, mas seus esforços
e seu ímpeto se revelam inúteis. Em vão tentam de novo o ataque e desperdiçam
toda a sua fadiga e munições: a grande nau prossegue seguramente e livre em
seu caminho (5). Ocorre por vezes que, atingida por golpes formidáveis,
apresenta em seus flancos largas e profundas brechas, mas apenas acontece o
dano, sopra um vento proveniente das duas colunas e as brechas se fecham e os
furos se obturam
.


mso-bidi-font-family:Arial">
E explodem os canhões dos assaltantes, despedaçam-se os fuzis, e
todas as outras armas e os esporões; destroem-se muitos navios e se afundam no
mar. Então, os inimigos, furibundos, começam a combater com armas curtas; e
com as mãos, com os punhos, com blasfêmias e com maldições
.


mso-bidi-font-family:Arial">
Quando eis que o Papa, ferido gravemente, cai, imediatamente, aqueles
que estão junto com ele correm a ajudá-lo e o levantam. O Papa é ferido a
segunda vez, cai de novo e morre.
mso-bidi-font-family:Arial"> Arial">(6) mso-bidi-font-family:Arial">Um grito de vitória e de alegria ressoa entre os
inimigos; sobre os seus navios se dá um indizível tripudio. Eis que apenas
morto o Pontífice, um outro Papa o substitui em seu posto. Os pilotos reunidos
o elegeram tão subitamente que a notícia da morte do Papa chegou com a notícia
da eleição do sucessor. Os adversários começam a perder a coragem
Arial">.Arial">


mso-bidi-font-family:Arial">
O novo Papa (7), dispersando e superando todo obstáculo, guia o
navio até as duas colunas e, chegando junto a elas, o ata com uma pequena
corrente que pendia da proa a uma âncora da coluna sobre a qual estava a Hóstia;
e com uma outra pequena corrente que pendia da popa o prende do lado oposto a
uma outra âncora, que pendia da coluna sobre a qual estava colocada a Virgem
Imaculada
.mso-bidi-font-family:Arial">


mso-bidi-font-family:Arial">
Então, aconteceu uma grande reviravolta. Todos os navios que até
aquele ponto tinham combatido a nau sobre a qual governava o Papa fogem, se
dispersam, se chocam e se destroçam mutuamente. Uns naufragam e procuram
afundar os outros (8). Outras navezinhas que tinham combatido valorosamente com
o Papa são as primeiras a virem a atar-se àquelas colunas. Muitas outras naus
que, tendo-se retirado por temor da batalha. acham-se em grande distância,
ficam prudentemente observando, até que, desaparecidos nos abismos do mar os
restos de todos os navios destroçadas, com grande vigor vogam em direção
daquelas duas colunas, onde, chegando, se prendem aos ganchos pendentes das
mesmas colunas, e aí ficam tranqüilas e seguras, junto com a nau principal,
sobre a qual está o Papa.

Arial">No mar reina uma grande calma
.'


mso-bidi-font-family:Arial">
Dom Bosco, neste ponto, interrogou Dom Rua: 'Que pensa você deste
relato
?'
Arial">Dom Rua respondeu: 'Parece-me que a nau do Papa seja a Igreja, da qual
ele é o chefe: os navios, os homens, o mar são este mundo. Aqueles que
defendem o grande navio são os bons afeiçoados à Santa Sé, os outros são os
seus inimigos que com toda sorte de armas tentam aniquilá-la. As duas colunas
de salvação me parece que sejam a devoção a Maria Santíssima e ao Santíssimo
Sacramento da Eucaristia
.'mso-bidi-font-family:Arial">


mso-bidi-font-family:Arial">
Dom Rua não disse nada sobre o Papa caído e morto, e Dom Bosco calou-se
também sobre isso. Somente acrescentou: 'Disseste bem. É preciso somente
corrigir uma expressão. As naus dos inimigos são as perseguições

Igreja]. Preparam-se gravíssimos sofrimentos para a Igreja. O que até agora
aconteceu é quase nada comparado com aquilo que deve acontecer. Os seus
inimigos são figurados pelos navios que tentam afundar, se o pudessem, a nau
capitania. Só restam dois meios para salvar-se entre tantas desordens: a
devoção a Maria Santíssima e a freqüência à Comunhão
, empregando
todos os meios e fazendo de nossa melhor maneira para praticá-los e os fazer
praticar, em toda parte, e por todos. Boa noite!
'


mso-bidi-font-family:Arial"> Vamos
dar uma explicação que nos parece plausível para os números indicados acima,
que, entretanto, podem sugerir muitas explicações, porque o sonho no indica um
Papa específico e nominal, mas pode se referir a diversos deles, um sucedendo a
outro.


mso-bidi-font-family:Arial">1 > Estes “navios e barcos” que circundam a
atacam o grande navio da Igreja, na verdade não são grandes nem
aterrorizantes. São antes aquelas “pranchas” que Nossa Senhora explica na
mensagem ao Cláudio, que não têm segurança alguma, eis porque navegam apenas
próximo à praia, onde o mar não é profundo. Trata-se dos milhares de seitas
que derivaram da Igreja Católica, são pequenas canoas que se aventuraram sair
sozinhas para fora do grande barco de Deus. Também são as outras religiões,
que embora pareçam enormes por fora, na verdade são balões cheios de vento,
aos quais a primeira investida contra os escolhos porá a naufrágio. Estas
“pranchas” não se aventuram para o mar profundo, porque pertencem à terra,
e não são destinadas à pátria celeste. Só um barco chegará ao porto pois
timoneiro só existe um: Jesus!


mso-bidi-font-family:Arial">2 > No mar agitado de hoje, falo do mar
espiritual, onde existem e se desenrolam imensas tempestades, parece não mais
haver espaço para a salvação. Aparentemente a arrogante besta toma conta de
tudo, ocupa todos os espaços e ameaçadora, faz gritar aos homens: “quem
é semelhante à fera
?” (Ap) Quem pode com ela? Nada mais enganoso e o
tempo irá nos dar razão. Eles todos se desfarão em pedaços, afogados no próprio
orgulho!


mso-bidi-font-family:Arial">3 > As colunas citadas são “Eucaristia” e
“Maria”. Eis porque os evangélicos e religiões estranhas estão fora do
ancoradouro. Só os barcos que tiverem estes selo e esta marca, conseguirão se
atar às duas colunas salvadoras. Fora disso não há salvação para qualquer
barco. Aliás, depois da morte de João Paulo II, têm acontecido muitos
retornos de evangélicos e muitos milagres Nossa Senhora tem feito entre eles. Não
pode ser que todos sejam tão cegos a ponto de consumarem sua loucura até no
final. O grande risco que eles correm é deixar o tempo da graça passar –
falo do agora, já – esperando que rebente a tempestade final. É que durante
uma tempestade o resgate é sempre mais difícil, sofrido e poderá provocar inúmeras
mortes!


mso-bidi-font-family:Arial">4 > Como Dom Bosco fala sempre no Papa e não
menciona o nome, não se sabe quantos papas estão nesta visão, nem qual o
primeiro. Infelizmente penso que este Papa, que primeiro é ferido e cai, depois
mais adiante é morto, se refere ao Papa atual. Para isto basta que se confirmem
os sete meses de batalha, conforme foi passado ao Cláudio, contados desde a
eleição dele. Também o 3º Segredo de Fátima, na parte revelada, fala de um
Papa que é morto aos pés de uma Cruz tosca, fincada sobre uma montanha. Esta
passagem parece referir-se ao Calvário e aquela Missa onde se realizará o
milagre do Cálice. Igualmente para Irmã Aiello foi mostrado um Papa sendo
assassinado junto com muitos padres, bispos e cardeais. Então, se a profecia de
São Malaquias for mesmo verdadeira, não sobra outro a não ser este atual.
Deus, porém, é que sabe de tudo!


mso-bidi-font-family:Arial"> Numa
das outras profecias acima, é dito que o último papa será escolhido entre as
pessoas simples, será uma pessoa bem simples, para uma Igreja pobre nos moldes
da manjedoura de Jesus. Noutro dia vi este homem em um sonho, e passei isso ao
Cláudio. Mas por hora é segredo, somente no momento oportuno se poderá
explicar isto. Claro que se trata de algo assombroso e extraordinário, porque
Deus mudará o mundo de cabeça para baixo para salvar os seus e a Sua Igreja.
Com certeza o último Pedro, aquele que irá entregar as chaves da Igreja a
Jesus será um homem simples, um agricultor, quem sabe um pescador... de almas.
Será que o leitor entendeu que será ele?


mso-bidi-font-family:Arial">5 > Qualquer pessoa vê, com seus próprios olhos
a inundação de livros blasfemos que atacam a Igreja Católica, a nossa fé e o
nosso Deus. São os rios de águas lançados pelo Dragão para atingir a
Igreja, conforme está no Apocalipse 12, 15. Eles pensarão vencer. Virá um
momento de euforia em que os inimigos de Deus pensarão ter vencido finalmente
(Ap 11,10), curto tempo, porém. Não nos devemos assustar com esta
possibilidade, porque os bons sempre serão amparados por Deus e haverá muitos
arrebatamentos.


mso-bidi-font-family:Arial">6 > Este ferir e matar o Papa, será sim motivo
de euforia para o inferno. Mas tal como houve uma eleição fulminante em relação
ao Papa Bento XVI, assim também acontecerá com aquele verdadeiro que o
suceder. Os bons cardeais decidirão imediatamente e o Céu estará presente
nesta “eleição”, um dia o leitor entenderá. Será incrível! Sim, se for
como eu imagino e quem eu imagino. Deus é fantástico! Óbvio que se tal fato
se consumar, com toda certeza o inferno cairá em desespero, ele com seus
sequazes terrenos!


mso-bidi-font-family:Arial">7 > Este será o último Pedro, aquele que,
depois de aportar a nave da Igreja no último porto, da derradeira tempestade,
entregará as chaves da Igreja a Jesus! Isso nos dá uma grande alegria sim,
agora, mas acreditem, o inferno inteiro ainda se derramará sobre a terra até
que tudo isto se cumpra. Só quem estiver em oração e ligado em Deus e for por
ele arrebatado, conseguirá passar pela imensa tempestade que vem.


mso-bidi-font-family:Arial">8 > O combate final será terrível! Todos os que
atacam a Igreja Católica, que não se converterem, sucumbirão. Isso é Bíblico
pois o inferno não triunfará! Todas a naves que atiravam – inutilmente –
contra ela, serão reduzidas a estilhaços. Seitas, religiões que adoram ídolos,
adoradores do inferno, espíritas, seitas secretas, nada disso ficará de pé,
nem restará pó ou vestígio. Porque está dito: nunca mais se ouvirá falar
da raça dos ímpios
!


mso-bidi-font-family:Arial">
Concluindo: também está dito “Eis que os olhos do Senhor Javé estão
fixos no reino do pecador: eu o farei desaparecer da face da terra, mas não
destruirei completamente a casa de Jacó
(Am 9, 8)”. E ainda: “Então
sabereis que estou no meio de Israel, que sou o Senhor, vosso Deus, e que não há
outro
(Jl 2, 27)”. Sendo assim, porque temer então?


mso-bidi-font-family:Arial">
A Igreja Católica reviverá e Pedro será vencedor. E haverá um só
rebanho e um só Pastor. Promessa de Jesus, eis por estamos nas mãos dele. Para
vencer com Ele!

ARCEBISPO DIZ QUE IGREJA ANGLICANA ESTÁ FERIDA, MAS NÃO MORTA.

Fonte: Yahoo.
Durante seu sermão de Natal o arcebispo de Canterbury, Rowan Williams, comentou não só a decisão da Igreja Anglicana em não aceitar mulheres como bispos, como também as recentes pesquisas que apontam a queda do cristianismo no Reino Unido.
Este foi o último discurso de Williams que se aposentará nos próximos meses e será substituído por Justin Welby, bispo de Durham, que assume o posto em 21 março de 2013.
Ao comentar a decisão do conselho sobre a unção de mulheres bispos, o arcebispo que era favorável lamentou e disse que a rejeição da reforma foi “muito dolorosa”.
A recente pesquisa realizada no Reino Unido mostrou uma queda sensível entre as pessoas que se declaram cristãs, mas Williams tentou olhar com otimismo dizendo que “três quartos da população continuavam desejando pertencer a alguma religião”.
O sermão de Natal foi transmitido ao vivo através do Twwiter, a conta é administrada por seus colaboradores e é uma proposta para aproximar os fiéis das lideranças da Igreja Anglicana que tem 85 milhões de membros ao redor do mundo.
O substituto de Rowan Williams também está conectado e faz questão de postar as mensagens pessoalmente em seu microblog, atividade que ele pretende continuar realizando mesmo após assumir como líder geral da denominação.

LITURGIA DIÁRIA - A PALAVRA DA VIDA.


Primeira Leitura: 1º João 2, 18-21

OITAVA DO NATAL*
(branco, glória, prefácio do Natal - ofício do dia)

Leitura da primeira carta de são João - 18Filhinhos, esta é a última hora. Vós ouvistes dizer que o Anticristo vem. Eis que já há muitos anticristos, por isto conhecemos que é a última hora. 19Eles saíram dentre nós, mas não eram dos nossos. Se tivessem sido dos nossos, ficariam certamente conosco. Mas isto se dá para que se conheça que nem todos são dos nossos. 20Vós, porém, tendes a unção do Santo e sabeis todas as coisas. 21Não vos escrevi como se ignorásseis a verdade, mas porque a conheceis, e porque nenhuma mentira vem da verdade. - Palavra do Senhor.


Salmo Responsorial(95)

REFRÃO: O céu se rejubile e exulte a terra!r um

1.
Cantai ao Senhor Deus um canto novo, cantai ao Senhor Deus, ó terra inteira! Cantai e bendizei seu santo nome! Dia após dia anunciai sua salvação. -R.

2.
O céu se rejubile e exulte a terra, aplauda o mar com o que vive em suas águas; os campos com seus frutos rejubilem e exultem as florestas e as matas. -R.

3.
Na presença do Senhor, pois ele vem, porque vem para julgar a terra inteira. Governará o mundo todo com justiça, e os povos julgará com lealdade. -R.


Evangelho: João 1, 1-18

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo João - Naquele tempo, 1No princípio era o Verbo, e o Verbo estava junto de Deus e o Verbo era Deus. 2Ele estava no princípio junto de Deus. 3Tudo foi feito por ele, e sem ele nada foi feito. 4Nele havia a vida, e a vida era a luz dos homens. 5A luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam. 6Houve um homem, enviado por Deus, que se chamava João. 7Este veio como testemunha, para dar testemunho da luz, a fim de que todos cressem por meio dele. 8Não era ele a luz, mas veio para dar testemunho da luz. 9[O Verbo] era a verdadeira luz que, vindo ao mundo, ilumina todo homem. 10Estava no mundo e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o reconheceu. 11Veio para o que era seu, mas os seus não o receberam. 12Mas a todos aqueles que o receberam, aos que crêem no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus, 13os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas sim de Deus. 14E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos sua glória, a glória que o Filho único recebe do seu Pai, cheio de graça e de verdade. 15João dá testemunho dele, e exclama: Eis aquele de quem eu disse: O que vem depois de mim é maior do que eu, porque existia antes de mim. 16Todos nós recebemos da sua plenitude graça sobre graça. 17Pois a lei foi dada por Moisés, a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo. 18Ninguém jamais viu Deus. O Filho único, que está no seio do Pai, foi quem o revelou. - Palavra da salvação.
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Homilia - Pe Bantu

Estamos diante do portão de entrada, a primeira coisa que se vê ao abrir o Evangelho de João. O Prólogo é como uma fonte, da qual quanto mais se tira água, mais água aparece. Por isso que há muito escritos sobre o Prólogo de João e nunca se esgota o assunto.
No princípio era a Palavra, luz para todo ser humano. “No princípio era a Palavra…” faz pensar na primeira frase da Bíblia que diz: “No princípio Deus criou o céu e a terra”. Deus criou por meio da sua Palavra. “Ele falou e as coisas começaram a existir”. Todas as criaturas são uma expressão da Palavra de Deus. O prólogo diz que a presença universal da Palavra de Deus é vida e luz para todo ser humano. Esta Palavra viva de Deus, presente em todas as coisas, brilha nas trevas. As trevas tentam apagá-la, mas não conseguem. A busca de Deus renasce constantemente no coração humano. Ninguém consegue abafá-la.
João Batista não era a luz. João Batista veio para ajudar o povo a descobrir e saborear esta presença luminosa e consoladora da Palavra de Deus na vida. O testemunho de João Batista foi tão importante que muita gente pensava que Ele fosse o Cristo (Messias) (At 19,3; Jo 1,20). Por isso o Prólogo continua: “João Batista veio apenas para dar testemunho da luz!” (Jo 12,7s).
Os seus não a receberam (Jo 1,9-11): Assim como a Palavra de Deus se manifesta na natureza, na criação, da mesma maneira ela se manifesta no “mundo”, isto é, na história da humanidade e, de modo particular, na história do povo de Deus. Mas o “mundo” não reconheceu nem recebeu a Palavra. Desde os tempos de Abraão e Moisés, ela “veio para o que era seu, mas os seus não a receberam”. Quando fala “mundo” João indica o sistema tanto do império como da religião da época, fechados sobre si e incapazes de reconhecer e receber a Boa Nova (Evangelho) da presença luminosa da Palavra de Deus.
Os que aceitam tornam-se filhos de Deus. As pessoas que se abriam, aceitando a Palavra, tornavam-se filhos de Deus. A pessoa se torna filho ou filha de Deus não por mérito próprio, nem por ser da raça de Israel, mas pelo simples fato de confiar e crer que Deus, na sua bondade, nos aceita e nos acolhe. A Palavra entra na pessoa fazendo-a sentir-se acolhida por Deus como filho(a). É o poder da graça de Deus.


A Palavra se fez carne. Deus não quer ficar longe de nós. Por isso a sua Palavra chegou mais perto ainda e se fez presente no meio de nós na pessoa de Jesus. Literalmente o texto diz: “A Palavra se fez carne e montou sua tenda no meio de nós!”. No tempo do Êxodo, lá no deserto, Deus vivia numa tenda, no meio do povo (Ex 25,8). Agora, a tenda onde Deus mora conosco é Jesus, “cheio de graça e de verdade!”. Jesus veio revelar quem é este nosso Deus que está presente em tudo, desde o começo da criação.
Moisés deu a Lei, Jesus trouxe a Graça e a Verdade (Jo 1,15-17): Estes versículos resumem o testemunho de João Batista a respeito de Jesus: “Aquele que vinha antes de mim passou na minha frente porque existia antes de mim!” (Jo 1,15.30). Jesus nasceu depois de João, mas ele já estava com Deus desde antes da criação. Da plenitude dele todos nós recebemos, inclusive o próprio João Batista. Moisés, dando a Lei, nos manifestou a vontade de Deus. Jesus trouxe a graça e a verdade que nos ajudam a entender e a observar a Lei.
É como a chuva que lava. Este último versículo resume tudo. Ele evoca a profecia de Isaías segundo a qual a Palavra de Deus é como a chuva que vem do céu e para lá não volta sem ter realizado a sua missão aqui na terra (Is 55,10-11). Assim é a caminhada da Palavra de Deus. Ela veio de Deus e desceu entre nós na pessoa de Jesus. Através da obediência de Jesus ela realizou sua missão aqui na terra. Na hora de morrer, Jesus entregou o Espírito e voltou para o Pai. Cumpriu a missão que tinha recebido.

sábado, 29 de dezembro de 2012

SAGRADA FAMÍLIA DE JESUS, MARIA E JOSÉ.


 



As leituras deste domingo complementam-se ao apresentar as duas coordenadas fundamentais a partir das quais se deve construir a família cristã: o amor a Deus e o amor aos outros, sobretudo a esses que estão mais perto de nós – os pais e demais familiares.

O Evangelho sublinha, sobretudo, a dimensão do amor a Deus: o projeto de Deus tem de ser a prioridade de qualquer cristão, a exigência fundamental, a que todas as outras se devem submeter. A família cristã constrói-se no respeito absoluto pelo projeto que Deus tem para cada pessoa.
A segunda leitura sublinha a dimensão do amor que deve brotar dos gestos de todos os que vivem “em Cristo” e aceitaram ser Homem Novo. Esse amor deve atingir, de forma mais especial, todos os que conosco partilham o espaço familiar e deve traduzir-se em determinadas atitudes de compreensão, de bondade, de respeito, de partilha, de serviço.
A primeira leitura apresenta, de forma muito prática, algumas atitudes que os filhos devem ter para com os pais. É uma forma de concretizar esse amor de que fala a segunda leitura.
1ª leitura: Sir 3,3-7.14-17ª - AMBIENTE
O livro de Ben-Sira (também chamado “Eclesiástico”), de onde foi extraída a primeira leitura deste domingo, é um livro sapiencial e que, como todos os livros sapienciais, pretende apresentar uma reflexão de caráter prático sobre a arte de bem viver e de ser feliz. Estamos no início do séc. II a.C., numa época em que o helenismo tinha começado o seu trabalho pernicioso, no sentido de minar a cultura e os valores tradicionais de Israel. Jesus Ben-Sira, o autor deste livro, avisa os israelitas para não deixarem perder a identidade cultural e religiosa do seu Povo. Procura, então, apresentar uma síntese da religião tradicional e da sabedoria de Israel, sublinhando a grandeza dos valores judaicos e demonstrando que a cultura judaica não fica a dever nada à brilhante cultura grega.
MENSAGEM
O texto apresenta uma série de indicações práticas que os filhos devem ter em conta nas relações com os pais.
Uma palavra sobressai: o verbo “honrar”. Ele leva-nos ao decálogo do Sinai (cf. Ex. 20,12), onde aparece no sentido de “dar glória”. “Dar glória” a uma pessoa é dar-lhe toda a sua importância; “dar glória aos pais” é, assim, reconhecer a sua importância como instrumentos de Deus, fonte de vida.
Ora, reconhecer que os pais são a fonte, através da qual Deus nos dá a vida, deve conduzir à gratidão; e essa gratidão tem consequências a nível prático. Implica ampará-los na sua velhice e não os desprezar nem abandonar; implica assisti-los materialmente – sem inventar qualquer desculpa – quando já não podem trabalhar (cf. Mc. 7,10-11); implica não fazer nada que os desgoste; implica escutá-los, ter em conta as suas orientações e conselhos; implica ser indulgente para com as limitações que a idade traz.
Dado o contexto da época em que Ben-Sira escreve, é natural que, por detrás destas indicações aos filhos, esteja também a preocupação com o manter bem vivos os valores tradicionais, esses valores que os mais antigos preservam e que passam aos jovens.
Como recompensa desta atitude de “honrar” os pais, Jesus Ben-Sira promete o perdão dos pecados, a alegria, a vida longa e a atenção de Deus.
ATUALIZAÇÃO
¨ Sentimo-nos gratos aos nossos pais porque eles aceitaram ser, em nosso favor, instrumentos de Deus criador? Lembramo-nos de lhes demonstrar essa gratidão?
¨ Apesar da preocupação moderna com os direitos humanos e o respeito pela dignidade das pessoas, a nossa civilização cria, com frequência, situações de abandono e de marginalização, cujas vítimas são, muitas vezes, aqueles que já não têm uma vida considerada produtiva, ou aqueles a quem a idade ou a doença trouxeram limitações. Que motivos justificam o desprezo e abandono daqueles a quem devemos “honrar”?
¨ É verdade que a vida de hoje é muito exigente a nível profissional e que nem sempre é possível a um filho estar presente ao lado de um pai que precisa de cuidados ou de acompanhamento especializado. No entanto, a situação é muito menos compreensível se o afastamento de um pai do convívio familiar resulta do egoísmo do filho, que não está para “aturar o velho”…
¨ O capital de maturidade e de sabedoria de vida que os mais idosos possuem é considerado por nós uma riqueza ou um estorvo à nossa modernidade?
¨ Face à invasão contínua de valores estranhos que, tantas vezes, põem em causa a nossa identidade cultural e religiosa, o que significam os valores que recebemos dos nossos “pais”? Avaliamos com maturidade a perenidade desses valores?
2ª leitura: Cl. 3,12-21 - AMBIENTE
Paulo estava na prisão (possivelmente em Roma, anos 61/63) quando escreveu aos colossenses. Algum tempo antes, Paulo havia recebido notícias pouco animadoras sobre a comunidade de Colossos. Essas notícias falavam da perigosa tendência de alguns doutores locais, que ensinavam doutrinas errôneas e afastavam os colossenses da verdade do Evangelho. Essas doutrinas misturavam práticas legalistas, práticas ascéticas, especulações sobre os anjos e achavam que toda esta mistura confusa de elementos devia completar a fé em Cristo e comunicar aos crentes um conhecimento superior dos mistérios cristãos e uma vida religiosa mais autêntica.
Sem refutar essas doutrinas de modo direto, Paulo afirma a absoluta suficiência de Cristo e assinala o seu lugar proeminente na criação e na redenção dos homens.
O texto da segunda leitura pertence à segunda parte da carta. Depois de constatar a supremacia de Cristo na criação e na redenção (primeira parte), Paulo avisa os colossenses de que a união com Cristo traz consequências a nível de vivência prática (segunda parte): implica a renúncia ao “homem velho” do egoísmo e do pecado, e o “revestir-se do homem novo”.
MENSAGEM
Em termos mais concretos, viver como “homem novo” implica cultivar um conjunto de virtudes que resultam da união do cristão com Cristo: misericórdia, bondade, humildade, paciência, mansidão. Lugar especial ocupa o perdão das ofensas do próximo, a exemplo do que Cristo sempre fez. Estas virtudes são exigências e manifestações da caridade, que é o mais fundamental dos mandamentos cristãos.
Catálogos de virtudes como este apareciam também na ética dos gregos; o que é novo aqui é a fundamentação: tais exigências resultam da íntima relação do cristão com Cristo; viver “em Cristo” implica viver, como Ele, no amor total, no serviço, na disponibilidade e no dom da vida.
Uma vez apresentado o ideal da vida cristã nas suas linhas gerais, Paulo aplica o que acabou de dizer à vida familiar. Às mulheres, recomenda o respeito para com os maridos; aos maridos, convida a amar as esposas, evitando o domínio tirânico sobre elas; aos filhos, recomenda a obediência aos pais; aos pais, com intuição pedagógica, pede que não sejam excessivamente severos para com os filhos, pois isso pode impedir o desenvolvimento normal das suas capacidades.
 

ATUALIZAÇÃO
¨ Viver “em Cristo” implica fazer do amor a nossa referência fundamental e deixar que ele se manifeste em gestos concretos de bondade, de perdão, de compreensão, de respeito pelo outro, de partilha, de serviço… É este o quadro em que se desenvolvem as nossas relações com aqueles que nos rodeiam?
¨ A nossa primeira responsabilidade vai para com aqueles que conosco partilham, de forma mais chegada, a vida do dia a dia (a nossa família). Esse amor, que deve revestir-nos sempre, traduz-se numa atenção contínua àquele que está ao nosso lado, às suas necessidades e preocupações, às suas alegrias e tristezas? Traduz-se em gestos sentidos e partilhados de carinho e de ternura? Traduz-se num respeito absoluto pela liberdade e pelo espaço do outro, por um deixar o outro crescer sem o sufocar? Traduz-se na vontade de servir o outro, sem nos servirmos do outro?
¨ As mulheres não gostam de ouvir Paulo pedir-lhes a “submissão” aos maridos… No entanto, não devem ser demasiado severas com Paulo: ele é um homem do seu tempo, e não podemos exigir dele a mesma linguagem com que, nos nossos dias, falamos destas coisas. Apesar de tudo, convém lembrar que Paulo não se esquece de pedir aos maridos que amem as mulheres e não as tratem com aspereza: sugere, desta forma, que a mulher tem, em relação ao marido, igual dignidade.
 

Evangelho: Lc. 2,41-52 - AMBIENTE
O Evangelho que nos é proposto é o final do “Evangelho da infância” de Lucas. Ora, já sabemos que a finalidade do “Evangelho da infância” não é fazer uma reportagem sobre os primeiros anos da vida de Jesus, mas sim fazer catequese sobre Jesus; nessa catequese, diz-se quem é Jesus e apresentam-se algumas coordenadas teológicas que vão, depois, ser desenvolvidas no resto do Evangelho.
A “catequese” de hoje situa-nos em Jerusalém. A Lei judaica pedia que os homens de Israel fossem três vezes por ano a Jerusalém, por alturas das três grandes festas de peregrinação (Páscoa, Pentecostes e Festa das Cabanas – cf. Ex. 23,17-17). Ainda que os rabinos não considerassem obrigatória esta lei até aos treze, muitos pais levavam os filhos antes dessa idade. Jesus tem doze anos e, de acordo com o texto de Lucas, foi com Maria e José a Jerusalém celebrar a Páscoa.
É neste ambiente de Jerusalém e do Templo que Lucas situa as primeiras palavras pronunciadas por Jesus no Evangelho. Elas são, sem dúvida, o centro do nosso relato.
MENSAGEM
A chave deste episódio está, portanto, nas palavras pronunciadas por Jesus quando, finalmente, se encontra com Maria e José: “porque me procuráveis? Não sabíeis que Eu devia estar na casa de meu Pai?”
O significado (a catequese) da resposta à pergunta de Maria é que Deus é o verdadeiro Pai de Jesus. Daqui deduz-se que as exigências de Deus são, para Jesus, a prioridade fundamental, que ultrapassa qualquer outra exigência. A sua missão – a missão que o Pai Lhe confia – vai obrigá-l’O a romper os laços com a própria família (cf. Mc. 3,31-35).
É possível que haja ainda, aqui, uma referência à paixão/morte/ressurreição de Jesus: tanto o episódio de hoje, como os fatos relativos à morte/ressurreição, são situados num contexto pascal; em ambas as situações Jesus é abandonado – aqui por Maria e José e, mais tarde, pelos discípulos – por pessoas que não compreendem que a sua prioridade é o projeto do Pai; em ambas as situações, Jesus é procurado (cf. Lc. 24,5) e tem de explicar que a finalidade da sua vida é cumprir aquilo que o Pai tinha definido (cf. Lc. 24,7.25-27.45-46). Lucas apresenta aqui a chave para entender toda a vida de Jesus: Ele veio ao mundo por mandato de Deus Pai e com um projeto de salvação/libertação. Àqueles que se perguntam porque deve o Messias percorrer determinado caminho, Lucas responde: porque é a vontade do Pai. Foi para cumprir a vontade do Pai que Jesus veio ao nosso encontro e entrou na nossa história.
Atente-se, ainda, em duas questões um tanto marginais, mas que podem servir também para a nossa reflexão e edificação: em primeiro lugar, reparemos no entusiasmo que Jesus tem pela Palavra de Deus e pelas questões que ela levanta; em segundo lugar, a “declaração de independência” de Jesus pode ajudar-nos a compreender que a família não é o lugar fechado, onde cada pessoa cresce em horizontes limitados e fechados, mas é o lugar onde nos abrimos ao mundo e aos outros, onde nos armamos para partir à conquista do mundo que nos rodeia.
ATUALIZAÇÃO
¨ Para Jesus, a prioridade fundamental a que tudo se subjuga (até a família) é o projeto de Deus, o plano que Deus tem para cada pessoa. Se os planos dos pais e os planos de Deus entram em choque, quais devem prevalecer?
¨ Anima-nos o mesmo entusiasmo de Jesus pela Palavra de Deus? Somos capazes de esquecer outros interesses legítimos para nos dedicarmos à escuta, à reflexão e à discussão da Palavra? Vemos nela um meio privilegiado de conhecer o projeto que Deus tem para nós?
¨ Maria e José não fizeram cenas diante da resposta “irreverente” de Jesus. Aceitaram que o jovem Jesus não lhes pertencia exclusivamente: Ele tinha a sua identidade e a sua missão próprias. É assim que nos situamos face àqueles com quem partilhamos a experiência familiar?
¨ A nossa família potencia o nosso crescimento, abrindo-nos horizontes e levando-nos ao encontro do mundo, ou fecha-nos num espaço cômodo mas limitado, onde nos mantemos eternamente dependentes?
P. Joaquim Garrido, P. Manuel Barbosa, P. José Ornelas Carvalho

QUAL A DIFERENÇA ENTRE "IGREJA" E "ESTADO VATICANO"?



O Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Padre Federico Lombardi, concedeu uma entrevista ao mensal italiano “Dom Orione Hoje”, explicando o ‘relacionamento’ a Igreja universal e o Estado Vaticano.
Pe. Lombardi adianta que “a Igreja respeita completamente a autonomia do Parlamento e os leigos cristãos oferecem sua contribuição política e civil de acordo com suas responsabilidades”. “A Igreja se limita a fornecer indicações para que seus fiéis vivam tais responsabilidades de modo correto, sempre de acordo com a doutrina social da Igreja” – frisou.
“Às vezes, quando estão em questão valores importantes para a dignidade da pessoa, a justiça e a paz, a Igreja local, ou até o Papa, fazem avaliações ou expressam publicamente sua preocupação” – completou.
Em relação ao exterior, o Diretor da Sala de Imprensa afirma que a Santa Sé mantém embaixadores – núncios – junto a governos de todo o mundo. “Através deles, o Papa intervém na tutela dos direitos da Igreja, indicando os caminhos morais a seguir para o bem da pessoa humana, do ponto de vista cristão, no papel de ‘autoridade moral internacional’”.
Sobre a diferença entre a Igreja ‘comunidade de fiéis’ e a Igreja ‘Estado’, Padre Lombardi explica que “o essencial é entender que Jesus continua a existir no tempo graças à fundação da Igreja, ou seja, da comunidade que vive de fé, de esperança e de caridade, encontrando na figura de Cristo o caminho para encontrar o Senhor”. “Tal comunidade – acrescenta – é liderada pelo Santo Padre, sucessor de Pedro, e pelos bispos, sucessores dos Apóstolos”.
“O que mais conta – conclui – é a ‘comunidade da Igreja’. O fato que o Papa seja o chefe de um Estado certamente ajuda, mas poderia tranquilamente não o ser. A existência do Estado Pontifício não é uma condição ‘sine qua non’”.
(CM)

NÃO TENHAM MEDO DO MENINO!


 

Tem-se uma tendência, em algumas modalidades de arte sacra, de representar Deus como um ancião de muitos dias, que trás nas costas o peso de eras passadas com uma sabedoria acumulada, que lhe autoriza intervir na historia dos homens, como bem entender, sem respeitar a liberdade garantida por ele mesmo a cada um. Outros ainda insistem em conceber Deus como um Ser-mal humorado, que entediado de ficar só, resolveu criar o homem, para por assim dizer dar um pouco mais de brilho a seus longos dias de eternidade. Nada mais equivocado.
Tais visões, ainda que expresso por numerosos atos falhos do homem comum denuncia o medo que nossa sociedade ainda trás de Deus mesmo depois de mais de 2000 anos. Talvez por associá-lo a figuras humanas e por vezes caricaturadas de autoridade, ou que revelam o triste drama de algumas historias. O ditador de regras, o pai cruel que abandonou, o juiz severo, o patrão intolerante, ou mesmo um ser separado, que criou o mundo e o abandonou a sua própria sorte, alguém que da cordas num relógio e o deixou funcionando sozinho, ate ser silenciado pelo fim. “Deus é novidade eterna, é eterno enquanto jovem” dizia o importante poeta francês Charles Peguy, ao encontrar a fé, numa noite de natal diante do menino Deus.

Quão maravilhosa é a resposta de Deus aos homens, que mesmo sem saber, sobre a roupagem da indiferença e de um ateísmo anêmico, na verdade tem medo de Deus. Ou pelo menos do conceito que criaram Dele. Ao representar Deus não poderia encontrar melhor forma do que o de uma criança. Quem tem medo de uma criança? Não ficamos todos envolvidos pela ternura e não somos todo acolhimento diante dela? Realmente diante de uma criança descerram-se os punhos belicosos, baixam-se a guarda. Não há do que se proteger, nem cultar diante de um menino pobre. Pois que censura poderia nos fazer? Ou de que nos acusaria?
Não obstante a aparente passividade dessa criança ela muito tem a nos falar. Sua fragilidade e vulnerabilidade nos fazem pensar nas inúmeras vidas indefesas que são assassinadas antes mesmo de nascerem. Seu silencio ao dormir, nos relembra as vozes que são silenciadas pela injustiça e ao mesmo tempo a apatia daqueles que podem aliviar a dor dos sofridos. Seu silencio também denuncia o estampido e os gritos dos atentados terroristas. Denuncia o gemido exprimido dos pobres, nos corredores frios de nossos hospitais. Seus olhinhos brilhantes e braços abertos a nos acolher revelam a capacidade que temos de Construir estações espaciais, celulares e trens de ultima geração, mas não somos muitas vezes capazes de fazer algo simples como abraçar o outro e dizer: perdoou-te, vamos começar de novo.
E a pobreza desse menino, que lição eloqüente ele ainda pode nos dar? Sua pobreza denuncia a loucura dos homens que constroem muros cada vez mais altos, com cercas elétricas e seguranças bem armados, para protegerem a si e os seus bens. Mas nada podem fazer contra o iminente perigo do vazio e da solidão. Ah! Se contemplássemos mais esse menino. Descobriríamos que os bens são dons de Deus, que devem estar a serviço do outro. Que a pobreza e a partilha nos abrem para os irmãos, e nos faria experimentar a alegria de sermos os terceiros. Seriamos sem duvidas mais ricos do que nunca.
O que fazer diante de tudo isso? Fica o homem num dilema cruel. De um lado o conceito destorcido de Deus, que oprime e afasta do amor. Do outro Deus que vem a nos como um frágil menino, que se torna mais atrativo aos afetos, mas aparentemente incapaz de sanar os males do mundo. Poder-se-ia realmente confiar a causa do homem a uma criança? Aqui vale apena lembrar as palavras de Bento XVI: “Não subestime a aparente fragilidade e pequenez do menino, Por que Ele tem nas mãos a chave da historia e da vida dos homens”. Não tenhamos medo da luz que irradia do presépio de Belém. Não tenhamos medo da irreverência de Deus, que quis ocultar toda sua gloria e majestade no filho da humilde Maria. “Não é uma mera mudança de lugar” como nos diz o Akastistos, “mas um doce abaixar-se de Deus ate-nos” Deus desceu não ate a massa humana, mas a cada homem com sua particularidade e singularidade.

Digamos, pois uns para os outros no trabalho, na família, em todos os lugares onde passarmos: Vinde subamos a Belém, “um menino nós nasceu, um filho nos foi dado, seu nome é Conselheiro admirável, Príncipe da Paz”. (Is 9,5) Que descubramos nesse natal, a rica pobreza de Deus e nela o brilho da fraternidade, e na sua forte fraqueza a capacidade de amar até o fim. Feliz natal!




Por:
Rodrigo Santos
Bacharel em filosofia
Seminarista da comunidade Shalom

LITURGIA DIÁRIA - JESUS NO TEMPLO.


Primeira Leitura: 1º João 2, 3-11
OITAVA DO NATAL*
(branco, glória, prefácio do Natal - ofício do dia)

Leitura da primeira carta de são João - Caríssimo, 3Eis como sabemos que o conhecemos: se guardamos os seus mandamentos. 4Aquele que diz conhecê-lo e não guarda os seus mandamentos é mentiroso e a verdade não está nele. 5Aquele, porém, que guarda a sua palavra, nele o amor de Deus é verdadeiramente perfeito. É assim que conhecemos se estamos nele: 6aquele que afirma permanecer nele deve também viver como ele viveu. 7Caríssimos, não vos escrevo nenhum mandamento novo, mas sim o mandamento antigo, que recebestes desde o princípio. Este mandamento antigo é a palavra que acabais de ouvir. 8Todavia, eu vos escrevo agora um mandamento novo - verdadeiramente novo, nele como em vós, porque as trevas passam e já resplandece a verdadeira luz. 9Aquele que diz estar na luz, e odeia seu irmão, jaz ainda nas trevas. 10Quem ama seu irmão permanece na luz e não se expõe a tropeçar. 11Mas quem odeia seu irmão está nas trevas e anda nas trevas, sem saber para onde dirige os passos; as trevas cegaram seus olhos. - Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial(95)
REFRÃO: O céu se rejubile e exulte a terra!

1.
Cantai ao Senhor Deus um canto novo, cantai ao Senhor Deus, ó terra inteira! Cantai e bendizei seu santo nome! -R.

2.
Dia após dia anunciai sua salvação, manifestai a sua glória entre as nações, e entre os povos do universo seus prodígios! -R.

3.
Foi o Senhor e nosso Deus quem fez os céus: diante dele vão a glória e a majestade, e o seu templo, que beleza e esplendor! -R.

Evangelho: Lucas 2, 22-35

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas - Naquele tempo, 22Concluídos os dias da sua purificação segundo a Lei de Moisés, levaram-no a Jerusalém para o apresentar ao Senhor, 23conforme o que está escrito na lei do Senhor: Todo primogênito do sexo masculino será consagrado ao Senhor (Ex 13,2); 24e para oferecerem o sacrifício prescrito pela lei do Senhor, um par de rolas ou dois pombinhos. 25Ora, havia em Jerusalém um homem chamado Simeão. Este homem, justo e piedoso, esperava a consolação de Israel, e o Espírito Santo estava nele. 26Fora-lhe revelado pelo Espírito Santo que não morreria sem primeiro ver o Cristo do Senhor. 27Impelido pelo Espírito Santo, foi ao templo. E tendo os pais apresentado o menino Jesus, para cumprirem a respeito dele os preceitos da lei, 28tomou-o em seus braços e louvou a Deus nestes termos: 29Agora, Senhor, deixai o vosso servo ir em paz, segundo a vossa palavra. 30Porque os meus olhos viram a vossa salvação 31que preparastes diante de todos os povos, 32como luz para iluminar as nações, e para a glória de vosso povo de Israel. 33Seu pai e sua mãe estavam admirados das coisas que dele se diziam. 34Simeão abençoou-os e disse a Maria, sua mãe: Eis que este menino está destinado a ser uma causa de queda e de soerguimento para muitos homens em Israel, e a ser um sinal que provocará contradições, 35a fim de serem revelados os pensamentos de muitos corações. E uma espada transpassará a tua alma. - Palavra da salvação.
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 Homilia - Pe Bantu

A Igreja, hoje, revive o mistério da Apresentação de Jesus no Templo. Revive-o com a admiração da Sagrada Família de Nazaré, iluminada pela plena revelação daquele “Menino” que como a primeira e a segunda leitura acabaram de nos recordar, é o juiz escatológico prometido pelos profetas (cf. Ml 3, 1-3), o “Sumo Sacerdote misericordioso e fiel”, que veio para “expiar os pecados do povo” (Hb 2, 17). Levaram o Menino a Jerusalém, a fim de O apresentarem ao Senhor, conforme o que está escrito na Lei do Senhor” (Lc 2, 22). Conforme a Lei, sobre a mulher gestante incidiam várias exigências a serem cumpridas quando do nascimento da criança. A consagração dos primogênitos era feita no ato da circuncisão, no sexto dia do nascimento (Ex 22,28s; Lv 12,3). A purificação da mãe acontecia trinta e três dias depois da circuncisão.
No Templo de Jerusalém, por ocasião da purificação de Maria, o justo Simeão profetiza sobre o menino Jesus, que será sinal de contradição. Uma das características marcantes de Jesus em seu ministério foi o conflito com as tradições da Lei e com os chefes religiosos. O empenho em libertar os pequenos e humildes oprimidos sob o jugo da Lei levou-o à morte de cruz, momento culminante em que uma espada traspassa a alma de sua mãe.
O Menino, que Maria e José levam com emoção ao Templo, é o Verbo encarnado, o Redentor do homem, da história! Hoje, comemorando o acontecimento que nesse dia teve lugar em Jerusalém, também nós somos convidados a entrar no Templo, para meditar sobre o mistério de Cristo, unigênito do Pai que, com a sua Encarnação e a sua Páscoa, tornou-se o primogênito da humanidade redimida.
Desta maneira, prolonga-se o tema de Cristo luz, que caracteriza as solenidades do Natal e da Epifania. “Luz para iluminar as nações e glória do teu povo, Israel” (Lc 2, 32). Estas palavras proféticas são proferidas pelo velho Simeão, inspirado por Deus quando toma o Menino Jesus nos seus braços. Ele preanuncia ao mesmo tempo em que “o Messias do Senhor” realizará a sua missão como um “sinal de contradição” (Lc 2, 34). Quanto a Maria, a Mãe, também Ela participará pessoalmente na paixão do seu Filho divino (cf. Lc 2, 35).

Por conseguinte, na solenidade do dia de hoje, celebramos o mistério da consagração: consagração de Cristo, consagração de Maria e consagração de todos aqueles que se põem no seguimento de Jesus por amor do Reino. O ícone de Maria que contemplamos enquanto oferece Jesus no Templo, prefigura o ícone da Crucifixão, antecipando também a sua chave de leitura, Jesus, Filho de Deus, sinal de contradição. Com efeito, é no Calvário que alcança o seu cumprimento a oblação do Filho e, unida a esta, também a da Mãe. A mesma espada atravessa ambos, a Mãe e o Filho (cf. Lc 2, 35). A mesma dor, o mesmo amor.
Ao longo deste caminho, a Mãe de Jesus tornou-se Mãe da Igreja. A sua peregrinação de fé e de consagração constitui o arquétipo para a peregrinação de cada batizado. Como é consolador saber que Maria está ao nosso lado, como Mãe e Mestra, no itinerário de nossa vida de batizados! Além do plano afetivo, encontra-se ao nosso lado mais profundamente na eficácia sobrenatural demonstrada pelas Escrituras, pela Tradição e pelo testemunho dos Santos, muitos dos quais seguiram Cristo no caminho exigente dos conselhos evangélicos.
Cada ano, no Tempo Litúrgico do Natal, recorda a imensidão do amor de Deus por nós. É preciso acreditar e viver esse amor e a ele entregar-se sem reservas. Assim como Simeão realizou sua esperança, também nós podermos contar sempre com a presença redentora de Cristo. Deixemos, pois, que Deus nos ame, para que sejamos, de fato, transformados, pois Ele continua amorosamente presente no meio de nós.
Ó Maria, Mãe de Cristo e nossa Mãe, agradecemos-te o cuidado com que nos acompanhas ao longo do caminho da vida, enquanto te pedimos: “Neste dia, volta a apresentar-nos a Deus, nosso único bem, a fim de que a nossa vida, consumida pelo Amor, seja um sacrifício vivo, santo e do teu agrado. Amém!

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

O QUE O NATAL REPRESENTOU DE NOVO PARA NOSSA SENHORA?


O que estava no estado de espírito de Nossa Senhora a respeito do Natal? O que o Natal representava de novo para Nossa Senhora? Afinal de contas, Ela carregava Nosso Senhor dentro de si como um tabernáculo, e tinha com Ele a maior intimidade.
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E era, evidentemente, um comércio de alma, porque é certo que Nosso Senhor já estava gozando de pensamento dentro do ventre materno. Ele gozou de pensamento desde o primeiro instante de seu ser, e por isto Ele tinha com Ela uma comunicação contínua, não só enquanto pessoa da Santíssima Trindade, mas também enquanto Homem-Deus com Nossa Senhora como sua Mãe.
.Nestas condições não devemos imaginar que o nascimento de Nosso Senhor foi para Nossa Senhora como que um ato pelo qual Ela tomou conhecimento do Filho. Esse conhecimento Ela já tinha e já o tinha muito íntimo e muito ardente.

Então, o que o Natal representou, de novo, para Nossa Senhora?

Há um pensamento que é óbvio: o Natal foi o momento em que Nossa Senhora deu Nosso Senhor ao mundo. E que Nosso Senhor abandonou o claustro materno, veio ao mundo e veio ao mundo pelos braços dEla.
Naturalmente, no momento em que Nosso Senhor nasceu, no momento em que de um modo misterioso e sem trazer qualquer prejuízo à virgindade de Nossa Senhora Ele entrou no mundo, esse momento deve ter sido um momento altíssimo. Deve ter sido um momento de contato de alma intimíssimo dEle com Ela.
E tem que ter sido um ato de amor muito intenso o momento em que Nosso Senhor nasceu, em que Ela, com certeza, estava levada a um grau de mística inexprimivelmente alto, ao mesmo tempo tomava contato com a divindade de Nosso Senhor.
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Esta cena do nascimento deve ter sido presidida e analisada pelas três pessoas da Santíssima Trindade e por todos os anjos do céu, com cânticos e com festas. Quer dizer, o Natal de Nosso Senhor deve ter sido uma das maiores festas que houve no Céu, e das maiores glórias da história da humanidade. E Nossa Senhora associada a isto com uma intimidade e com um grau de união com Deus, que é realmente inimaginável!
Naturalmente isto foi para Nossa Senhora algo de muita importância. Ela ainda não tinha visto a face sagrada de Nosso Senhor, não tinha visto o corpo de Nosso Senhor. Não tinha visto na realidade física, símbolo da realidade espiritual, os traços da face. Sobretudo em Nosso Senhor, que era perfeitíssimo e em quem não havia nenhuma forma de fraude, de engano, de insuficiência ou de coisa não acertada.

Se nos homens, de um modo geral, embora confuso, a face traz uma expressão da alma, pode-se imaginar a face Sacratíssima de Nosso Senhor, e todo o corpo de Nosso Senhor, como traziam a expressão da alma dEle!
Então Nossa Senhora adquiriu novo título de conhecimento de Nosso Senhor, que era exatamente Nosso Senhor conhecido em Sua face, em Seu olhar, em cada membro de seu corpo, já indicativo de toda a sua mentalidade, de toda a sua alma.
E aí então um título novo para união e para o amor, certamente um incentivo para as adorações inefáveis que Nossa Senhora apresentou a Nosso Senhor na noite de Natal.
Considere-se que não só cada traço do rosto é a expressão de uma mentalidade, mas que sobretudo o olhar é a expressão de uma mentalidade.
E isso, a seu modo, várias outras partes do corpo exprimem: o pescoço, os ombros, as mãos, os pés, várias partes destas são indicativas de uma mentalidade, sobretudo tudo visto num conjunto.
Podemos então imaginar Nossa Senhora contemplando esta expressão manifestativa da realidade psicológica e sobrenatural de Nosso Senhor e adorando-a profundamente.
Tudo aquilo que admiramos em Nosso Senhor adulto – a elevação, a transcendência, a bondade, todo aquele equilíbrio, distinção, afabilidade e força – tudo isto já se expressava na face e no corpo do Menino Jesus.

E é de tudo isto que o Natal é uma primeira manifestação e para tudo isto convergiu a adoração de Nossa Senhora, bem como a adoração de São José, que participava deste ato de adoração como esposo dEla e como pai do Menino Jesus.
Da parte de São José pode-se imaginar a ternura, o respeito, o entusiasmo, a adoração, a veneração vendo aquele Menino que ele sabia que era filho do Espírito Santo e de Nossa Senhora, mas legalmente filho dele e que em parte na pessoa dele se tornava filho de David e cumpria as profecias.
São José olhava para aquele Menino e certamente pensava que, afinal de contas, aquele Menino era o Deus dele e o Deus de todos os homens; e ao mesmo tempo era filho dele, era o filho da esposa dele. O que aquilo deveria representar, considerando a santidade de Nosso Senhor que resplendia de todo presépio, mas sobretudo de toda a pessoa dEle?

Há uma porção de santinhos que apresentam a noite de Natal, a cena de Natal com o berço do menino Jesus cheio de luz. A luz não estava na palha. A luz estava no Menino, sobretudo na fisionomia do Menino, na face sacratíssima do Menino.

Isto que pode constituir uma consideração interessante sobre o Natal. Quem quiser pode ir se exercitando os pensamentos durante estes dias. E pedir a Nossa Senhora e a São José que nos façam entender bem e que nos dêem alento para um Natal verdadeiramente recolhido e piedoso.
 
 
 
 
 
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