Boston Catholic | CC BY-ND 2.0
Conheça como surgiu esta tradição e alguns dos seus símbolos
Durante
vários séculos, a Igreja Católica dedicou todo o mês de maio para
honrar a Virgem Maria, Mãe de Deus. A seguir, explicamos o porquê.
A tradição surgiu na antiga Grécia. O mês de maio era dedicado a
Artemisa, deusa da fecundidade. Algo semelhante ocorreu na antiga Roma,
pois maio era dedicado a Flora, deusa da vegetação. Naquela época,
celebravam os ‘ludi florals’ (jogos florais) no fim do mês de abril e
pediam sua intercessão.
Na época medieval abundaram costumes similares, tudo centrado na
chegada do bom clima e o afastamento do inverno. O dia 1º de maio era
considerado como o apogeu da primavera.
Durante este período, antes do século XII, entrou em vigor a tradição
de Tricesimum ou “A devoção de trinta dias à Maria”. Estas celebrações
aconteciam do dia 15 de agosto ao 14 de setembro e ainda são comemoradas
em alguns lugares.
A ideia de um mês dedicado especificamente a Maria remonta aos tempos
barrocos – século XVII. Apesar de nem sempre ter sido celebrado em
maio, o mês de Maria incluía trinta exercícios espirituais diários em
homenagem à Mãe de Deus.
Foi nesta época que o mês de maio e de Maria combinaram, fazendo com
que esta celebração conte com devoções especiais organizadas cada dia
durante todo o mês. Este costume durou sobretudo durante o século XIX e é
praticado até hoje.
As formas nas quais Maria é honrada em maio são tão variadas como as pessoas que a honram.
As paróquias costumam rezar no mês de maio uma oração diária do Terço
e muitas preparam um altar especial com um quadro ou uma imagem de
Maria. Além disso, trata-se de uma grande tradição a coroação de Nossa
Senhora, um costume conhecido como Coroação de Maio.
Normalmente a coroa é feita de lindas flores que representam a beleza
e a virtude de Maria e também lembra que os fiéis devem se esforçar
para imitar suas virtudes. Em algumas regiões, esta coroação acontece em
uma grande celebração e, em geral, fora da Missa.
Entretanto, os altares e coroações neste mês não são apenas
atividades “da paróquia”. Podemos e devemos fazer o mesmo em nossos
lares com o objetivo de participar mais plenamente na vida da Igreja.
Devemos separar um lugar especial para Maria, não por ser uma
tradição comemorada há muitos anos na Igreja ou pelas graças especiais
que podemos alcançar, mas porque Maria é nossa Mãe, mãe de todo o mundo e
porque se preocupa com todos nós, intercedendo inclusive nos assuntos
menores.
Por isso, merece um mês inteiro para homenageá-la.
(via ACIdigital)
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