Chepko Danil Vitalevich
Jesus abençoa suas lágrimas e enxuga cada uma delas
Este
mundo é o vale das lágrimas. Nosso Senhor também chorou. Chorou a
ingratidão de Jerusalém, chorou na sepultura de Lázaro, no Horto das
Oliveiras e, antes, havia chorado nas palhinhas da manjedoura de Belém.
“Bem-aventurados”, isto é, felizes – diz Nosso Senhor – “os que choram”.
Ó Lágrimas Divinas e redentoras, sois nosso conforto! E, para
santificar nossa dor, Jesus abençoa nossas lágrimas do alto da Montanha. “Beati” – “Felizes…” Então será feliz quem chora? Sim, porque a lágrima salva, desafoga o coração.
Lembremo-nos das lágrimas de Madalena e das do filho pródigo. Como é
bom chorar de amor e de arrependimento! Santifiquemos nossas lágrimas na
paciência e na resignação.
Deus não nos proíbe de chorar; quer, porém, que o nosso pranto seja,
não como o de quem não tem esperança, mas o que suaviza, desafoga o
coração, paga o tributo à natureza e se transforma depois em pérolas de
abandono à Vontade Santíssima de Deus.
No Céu, onde não haverá mais dores nem gemidos, Ele, Nosso Divino Consolador, enxugará nossas lágrimas.
“Como eu tenho sede do Céu – dizia Santa Teresinha, – dessa mansão bem-aventurada, onde amarei para sempre a Jesus! Mas… para chegar até lá, é preciso sofrer e chorar.” (1)
Soframos, pois, choremos, resignados, nas trevas dessa noite da vida. Paciência! Logo há de raiar a madrugada do Céu!
Referências:
(1) Sme. lettre à Sr. Marie du Sacré Coeur
(via Rumo à santidade)
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