Leitura (Romanos 5,12.15.17-21)
Leitura do livro da carta de são Paulo aos Romanos.
5 12 Por isso, como por um só homem
entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim a morte passou a
todo o gênero humano, porque todos pecaram...
15 Mas, com o dom gratuito, não se dá o mesmo que
com a falta. Pois se a falta de um só causou a morte de todos os outros,
com muito mais razão o dom de Deus e o benefício da graça obtida por um
só homem, Jesus Cristo, foram concedidos copiosamente a todos.
17 Se pelo pecado de um só homem reinou a morte
(por esse único homem), muito mais aqueles que receberam a abundância da
graça e o dom da justiça reinarão na vida por um só, que é Jesus
Cristo!
18 Portanto, como pelo pecado de um só a
condenação se estendeu a todos os homens, assim por um único ato de
justiça recebem todos os homens a justificação que dá a vida.
19 Assim como pela desobediência de um só homem
foram todos constituídos pecadores, assim pela obediência de um só todos
se tornarão justos.
20 Sobreveio a lei para que abundasse o pecado. Mas onde abundou o pecado, superabundou a graça.
21 Assim como o pecado reinou para a morte, assim
também a graça reinaria pela justiça para a vida eterna, por meio de
Jesus Cristo, nosso Senhor.
Palavra do Senhor.
Palavra do Senhor.
Salmo responsorial 39/40
Eis que venho fazer, com prazer,
a vossa vontade, Senhor!
Sacrifício e oblação não quisestes,
mas abristes, Senhor, meus ouvidos;
não pedistes ofertas nem vítimas,
holocaustos por nossos pecados,
e então eu vos disse: “Eis que venho!”
Sobre mim está escrito no livro:
“Com prazer faço a vossa vontade,
guardo em meu coração vossa lei!”
Boas novas de vossa justiça
anunciei numa grande assembléia;
vós sabeis: não fecheis os meus lábios!
Mas se alegre e em vós rejubile
todo ser que vos busca, Senhor!
Digam sempre: “É grande o Senhor!”
os que buscam em vós seu auxílio.
a vossa vontade, Senhor!
Sacrifício e oblação não quisestes,
mas abristes, Senhor, meus ouvidos;
não pedistes ofertas nem vítimas,
holocaustos por nossos pecados,
e então eu vos disse: “Eis que venho!”
Sobre mim está escrito no livro:
“Com prazer faço a vossa vontade,
guardo em meu coração vossa lei!”
Boas novas de vossa justiça
anunciei numa grande assembléia;
vós sabeis: não fecheis os meus lábios!
Mas se alegre e em vós rejubile
todo ser que vos busca, Senhor!
Digam sempre: “É grande o Senhor!”
os que buscam em vós seu auxílio.
Evangelho (Lucas 12,35-38)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Vigiai e orai para ficardes de pé ante o Filho do Homem! (Lc 21,36)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas. 12 35 Disse Jesus: “Estejam cingidos os vossos rins e acesas as vossas lâmpadas. 36 Sede semelhantes a homens que esperam o seu senhor, ao voltar de uma festa, para que, quando vier e bater à porta, logo lha abram. 37 Bem-aventurados os servos a quem o senhor achar vigiando, quando vier! Em verdade vos digo: cingir-se-á, fá-los-á sentar à mesa e servi-los-á. 38 Se vier na segunda ou se vier na terceira vigília e os achar vigilantes, felizes daqueles servos!”
Palavra da Salvação.
Vigiai e orai para ficardes de pé ante o Filho do Homem! (Lc 21,36)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas. 12 35 Disse Jesus: “Estejam cingidos os vossos rins e acesas as vossas lâmpadas. 36 Sede semelhantes a homens que esperam o seu senhor, ao voltar de uma festa, para que, quando vier e bater à porta, logo lha abram. 37 Bem-aventurados os servos a quem o senhor achar vigiando, quando vier! Em verdade vos digo: cingir-se-á, fá-los-á sentar à mesa e servi-los-á. 38 Se vier na segunda ou se vier na terceira vigília e os achar vigilantes, felizes daqueles servos!”
Palavra da Salvação.
Reflexão
Neste
Evangelho, Jesus nos faz um apelo à vigilância. “Que vossos rins estejam
cingidos e as lâmpadas acesas”. Os orientais usam roupas largas, precisando então,
para o trabalho, amarrá-las à cintura. Portanto, o sentido é a espera atenta e
já preparado para trabalhar. Lâmpadas acesas é a graça de Deus, na qual
precisamos sempre andar, pois não sabemos o dia nem a hora da chegada do Reino
de Deus.
A
redenção é comparada com uma festa de casamento, na qual Jesus, como Deus, é o
noivo e nós a noiva. Mas este casamento (a redenção) só acontece concretamente
para nós se estivermos atentos e sempre preparados.
Na
parábola, quando o senhor bate na porta, não dá mais tempo de se preparar. O
mesmo acontece conosco: quando o Senhor Deus bater à nossa porta, não haverá
mais tempo de nos prepararmos. Daí a necessidade da vigilância constante, nas
vinte e quatro horas do dia, nos sete dias da semana, nos 365 dias do ano, sempre.
Isso
não é fácil, mas compensa, porque, se o Senhor nos encontrar preparados, a
situação vai se inverter: nós seremos os “senhores” e ele o servo nosso. “Ele
mesmo vai cingir-se, fazê-los sentar-se à mesa e, passando, os servirá”. Que
coisa bonita! Mostra que Jesus não está interessado em nada, a não ser na nossa
salvação. Como ele mesmo disse: “Quem é maior, o que está à mesa, ou aquele que
serve? Não é o que está à mesa? Eu estou no meio de vós como aquele que serve”
(Lc 22,27).
Existem
até religiões que dizem saber quando o Senhor virá, ou quando será o fim do
mundo. Mas Jesus disse várias vezes que ninguém tem condições de saber isso. O
que precisamos é atender ao seu apelo e viver sempre preparados.
Não
podemos ficar nem um minuto com a nossa lâmpada apagada, pois a qualquer
momento poderá acontecer a chegada do Reino de Deus. O nosso encontro com Deus
acontece não só na nossa morte, mas de muitas outras formas. A vida é cheia de
momentos altos, em que devemos dar um forte testemunho. E isso acontece de
repente. Por isso que os santos diziam: “Eu temo o Senhor que passa”. Ou
“Quando Jesus passar eu quero estar no meu lugar”.
A
nossa vida futura é muito mais importante que esta, por isso precisamos pensar
um pouco nela e viver sempre preparados.
A
vigilância é também atitude própria de quem ama. É a lâmpada acesa do amor que
nunca se apaga. Quantas mães, esposos e namorados passam o dia e a noite
olhando pela janela para ver se seu amado ou a sua amada está chegando! O nosso
amor a Deus vai nessa linha, e muito mais.
Havia,
certa vez, uma casa bonita, mas o quintal deixava muito a desejar. Era um
terreno abandonado, maltratado, oferecendo um aspecto desolador.
Numa
manhã de feriado, o marido, sem ter o que fazer, pensou: Já que minha esposa
foi visitar seus pais, eu vou melhorar esse quintal. Pegou a enxada, cavou
fundo, revirou a terra, quebrou os torrões, misturou com adubo... No dia
seguinte, ao voltar do trabalho, traria sementes de verduras e estaria pronta a
horta.
A
esposa voltou à noite e nada viu. Mas no outro dia cedo, ao ver o terreno
preparado, teve uma idéia: plantar flores. Correu ao mercado, plantou sementes
e as plantou. O marido, por sua vez, plantou as sementes de verduras. Sem saber
os planos um do outro, ficaram esperando os resultados.
Quando
as verduras começaram a pintar de verde a terra, apareceram os pesinhos de
flor. O marido pensou ser uma praga, por isso arrancou tudo. Com igual
raciocínio, a mulher arrancou as verduras. E continuaram esperando... mas nada!
No
lar em que o casal não tem diálogo acontece isso de muitas formas diferentes,
principalmente na educação dos filhos. O que um faz o outro tira, dando tudo
errado. E o prejuízo é muito maior que perder umas sementes.
O
amor matrimonial é como uma plantinha, que deve ser regada todos os dias pela
oração e pelo diálogo. Que o Senhor não nos pegue de surpresa!
Maria
Santíssima era vigilante; ela tinha a atenção amorosa de quem se prepara para o
encontro com um grande amor. Por isso, no fim de sua vida terrena nem precisou
morrer e já passou direto para a convivência com a Santíssima Trindade, já que
ela é filha de Deus Pai, esposa de Deus Espírito Santo e mãe de Deus Filho.
Vamos pedir a Maria que nos ajude a ser vigilantes.
Pe Queiroz
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