Hoje celebrando o Beato João
Paulo II lembrei-me que o tão querido papa, numa Jornada Mundial da Juventude
cujo tema era Jesus Cristo, disse estas palavras que marcaram profundamente o
meu coração: “Senhor, para quem havemos nós de ir? Tu tens palavras de vida
eterna (Jo 6, 68).
Queridos jovens e queridas jovens
da décima quinta Jornada Mundial da Juventude, essas palavras de Pedro, no
diálogo com Cristo no fim do discurso do ‘pão eucarístico’, tocam-nos
especialmente.
(...) A pergunta de Cristo transpõe
os séculos e chega até nós, interpela-nos pessoalmente e pede uma decisão. Qual
é a nossa resposta? Queridos jovens, se hoje estamos aqui é porque reconhecemos
a afirmação do apóstolo Pedro: Senhor, para quem havemos nós de ir? Tu tens
palavras de vida eterna (Jo 6, 68).
Palavras ao nosso redor ressoam
tantas, mas só Cristo tem palavras que resistem à erosão do tempo e duram por
toda a eternidade. Esta fase da vida em que vos encontrais impõe-vos algumas
opções decisivas: a especialização nos estudos, a orientação no trabalho, o
próprio compromisso que se tem de assumir na sociedade e na Igreja. É
importante tomar consciência de que, entre as muitas questões que emergem no
vosso espírito, as decisivas não dizem respeito a ‘que coisa’. A pergunta
fundamental é ‘quem’, ‘quem seguir’, ‘a quem entregar a própria vida’.
Pensai em vossa escolha afetiva,
e imagino que estais de acordo comigo: o que verdadeiramente conta na vida é a
pessoa com quem se decide partilhá-la. Mas, cuidado! Toda pessoa humana é
inevitavelmente limitada: mesmo no matrimônio mais feliz, não deixa de
registrar-se uma certa medida de desilusão. Pois bem, meus caros amigos! Não
serve isso para confirmar o que acabamos de ouvir do apóstolo Pedro? Todo ser
humano, mais cedo ou mais tarde, termina exclamando como ele: “Para quem
havemos nós de ir? Tu tens palavras de vida eterna”. Só Jesus de Nazaré, o
filho de Deus e de Maria, o Verbo eterno do Pai, nascido há dois mil anos em
Belém da Judeia, só Ele é capaz de satisfazer as aspirações mais profundas do
coração humano” (João Paulo II, 15ª. Jornada Mundial da Juventude, Roma, 2000).
Que palavras tão bonitas são
estas do papa João Paulo II: “Todo ser humano, mais cedo ou mais tarde, termina
exclamando como ele (como Simão Pedro): ‘Para quem havemos nós de ir? Tu tens
palavras de vida eterna’. Só Jesus de Nazaré, o filho de Deus e de Maria, o
Verbo eterno do Pai, nascido há dois mil anos em Belém da Judeia, só Ele é
capaz de satisfazer as aspirações mais profundas do coração humano”; “só Cristo
tem palavras que resistem à erosão do tempo e duram por toda a eternidade”.
Com a minha experiência atendendo
tantas e tantas pessoas, assino completamente embaixo destas palavras do papa:
só Cristo tem palavras que resistem à erosão do tempo; só Cristo tem palavras
de vida eterna; só Cristo tem palavras que tocam o fundo do coração e dão
alento e resposta às nossas questões mais profundas da vida.
Quando Simão Pedro fez esta
afirmação que o papa comenta acima: “Senhor, a quem havemos de ir? Tu tens
palavras de vida eterna”! Quando Jesus pergunta aos apóstolos se eles querem ir
embora, se querem deixar de segui-lo. Simão Pedro não pestaneja nem um segundo
e faz esta afirmação tão tocante. É como se dissesse: sem Ti minha vida já não
tem mais sentido, porque agora encontrei o sentido da minha vida; sem Ti minha
vida já não tem mais chão, porque agora encontrei o chão da minha vida.
Que cada um de nós também possa
experimentar o que experimentou Simão Pedro: que nada pode se comparar a Cristo
e às suas palavras. Só nEle e nas Suas palavras o nosso coração se aquietará.
Não percamos tempo com outras bagatelas ou tentando encontrar a felicidade onde
ela não está!
Nenhum comentário:
Postar um comentário