Gálatas
2,19-21
Tiago
2,14-24.26
O nosso seguimento de
Jesus deve ultrapassar o que é natural. Devemos nos entregar a atitudes
místicas. O homem místico é aquele que sobrepõe o natural, que vive uma
intimidade profunda com o Senhor.
A Igreja precisa de
corações místicos, corações adoradores e profundamente unidos ao Senhor Jesus
Cristo, principalmente o viver diário depois da celebração da Santa Missa.
Se faltar a fé no
nosso dia-a-dia, o quotidiano é apenas “o terrível quotidiano”; com a fé,
transforma-se em sacramento da presença de Deus e sacramento da presença diante
de Deus.
É necessário
sacralizar todos os nossos dias tornando-nos sacramentos do invisível, imagem e
semelhança do Deus vivo.
Quando falo que a
Igreja precisa de corações místicos, também afirmo com isso que não podemos ser
católicos que apenas amam a Jesus por aquilo que Ele nos dá.
Precisamos ser não
apenas profetas, mas as profecias vivas e autênticas do reino de Deus.
Deus não resolve todas
as coisas, mas nos salva em todas as circunstâncias, porque é preciso plasmar
em nós o homem e a mulher madura, que vai vivendo a experiência de filho, a
experiência da responsabilidade. A experiência da Fé madura.
Quando Deus nos dá a
oportunidade de sermos cristãos, Ele nos dá o mistério de nascer de novo, de
deixar o orgulho, o medo, para tomarmos posse da promessa que Ele fez. Quem nos
confirma é Cristo, Ele nos marcou com o selo e nos deu o seu penhor, o Espírito
(II Cor 5,5).
O mundo perdeu a visão
de Deus, por isso tem uma visão humana tão desfalecida. Pois a fé não se obtém
pela reflexão, mas pela ação.
Não basta profetizar,
é preciso ser uma profecia, é preciso ser ciência de Deus, e é preciso trazer
Cristo. Não basta o esforço, não basta o esforço para um prêmio - seja aqui ou
na eternidade - ou saber de cor as regras de vida e mesmo o evangelho.
Mais vale ser cristão
sem o dizer, do que dizê-lo sem o ser.
Para o cristão, a fé
não é simples adesão às fórmulas de um credo, mas deve abraçar a própria vida e
transformá-la.
Tiago e Paulo estão de
acordo sobre a necessidade das "obras", entendidas como
"atividades que se baseiam na fé", de modo particular a caridade para
com os necessitados. (Tiago 2,14-24.26)
Em consonância com
isto, o Concílio estimula os cristãos de hoje às multiformes obras de caridade.
Exorta particularmente
os religiosos a destinar "alguma parte dos seus bens às outras
necessidades da Igreja e ao sustento dos pobres..." (Perfectae Caritatis
13) e recorda a todos os fiéis: "Não se salva, ainda que incorporado à
Igreja, aquele que, não perseverando na caridade, permanece no seio da Igreja
com o corpo, mas não com o coração... Sua condição privilegiada não se deve aos
seus méritos, mas a uma especial graça de Cristo; se a ela não corresponderem
com o pensamento, com as palavras e com as obras, não só não se salvarão como
também serão mais severamente julgados" (LG 14).
Fé e obras, irmãos.
Como disse Santa Madre
Teresa de Jesus às suas filhas: “O Senhor quer obras, minhas filhas!”
A Fé, sem obras, é
morta. Obras, sem Fé, são vãs!
Pe.Emílio Carlos+
Em Reflexões em Gotas- editora Com Deus)
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