Primeira Leitura (Rm 1,1-7)
Início da Carta de São Paulo aos Romanos.
1Paulo, servo de Jesus Cristo, apóstolo por vocação, escolhido para o Evangelho de Deus, 2que pelos profetas havia prometido, nas Escrituras, 3e que diz respeito a seu Filho, descendente de Davi segundo a carne, 4autenticado como Filho de Deus com poder, pelo Espírito de Santidade que o ressuscitou dos mortos, Jesus Cristo, nosso Senhor.
5É por Ele que recebemos a graça da vocação para o
apostolado, a fim de podermos trazer à obediência da fé todos os povos
pagãos, para a glória de seu nome.
6Entre esses povos estais também vós, chamados a ser discípulos de Jesus Cristo. 7A
vós todos que morais em Roma, amados de Deus e santos por vocação,
graça e paz da parte de Deus, nosso Pai, e de nosso Senhor, Jesus
Cristo.
Responsório (Sl 97)
— O Senhor fez conhecer a salvação.
— O Senhor fez conhecer a salvação.
— Cantai ao Senhor Deus um canto novo, porque ele fez prodígios! Sua mão e o seu braço forte e santo alcançaram-lhe a vitória.
— O Senhor fez conhecer a salvação, e às nações, sua justiça; recordou o seu amor sempre fiel pela casa de Israel.
— Os confins do universo contemplaram a salvação do nosso Deus. Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira, alegrai-vos e exultai!
Reflexão
Em
uma Festa de corpus Christi, uma mulher muito piedosa confidenciou-me que todos
os dias rezava para que Jesus mostrasse um sinal eucarístico á seu esposo, que
tinha dívidas sobre a presença real do Senhor na Hóstia consagrada. Uma outra
Senhora rezava para que Nossa Senhora se manifestasse em algum milagre para o
seu vizinho que não a aceitava como mãe de Deus.
uma
jovem rezava todos os dias para que Deus lhe desse um sinal de que o seu
namorado era a pessoal ideal para casar-se, pois tinha muito medo de casar-se
com a pessoa errada. No meio do povo de Deus estão presentes muitas devoções
que pedem sinais prodigiosos para poder crer ou acontecer algo miraculoso na
vida.
Respeitar
todas essas devoções que fazem parte da religiosidade popular, é dever e obrigação
de toda Igreja, entretanto, ela não pode se omitir de motivar essas pessoas a
abrirem a mente e o coração para acolherem a Força Transformadora do Santo
evangelho, que é a essência do Cristianismo. Persistir e acomodar-se nesta Fé
dos sinais, sem ter compromisso algum com os valores do evangelho, exigindo de
Deus algo que parece que ele nos deve, é um tremendo equívoco...Quantas vezes a
gente ouve histórias de novos convertidos que começam, assim "Ah o Senhor
realizou um milagre na minha vida e daí eu passei a frequentar a
Igreja....". quer dizer, antes nada havia em Jesus de especial e se não
fosse o milagre realizado, aquela pessoa nunca iria á comunidade....
Este
é um modo perigoso de se Crer em Jesus, pois a qualquer momento ele pode não
atender nossas súplicas e a frustração e decepção poderá ser muito grande,
porque também o oposto é verdadeiro, a história de pessoas cristãs que
abandonaram a Igreja porque se sentiram traídas por Deus quando este permitiu
que alguma desgraça caísse sobre sua vida. Para estes, Deus significa garantia
e proteção, contra todos os males, e se ele falha ou falta para com a promessa,
não há razão para se acreditar e ser um discípulo. Parece bem assustador dizer
isso assim na "bucha" mais é a pura verdade....
É
isso que Jesus diz ao povo, chamando-o de geração perversa, justamente porque
exige um sinal para poder acreditar em seu messianismo. O evangelho mostra
exatamente o poder da palavra de Deus, que quando bem acolhida provoca mudança
radical naquele que a acolheu, e não é preciso nenhum sinal prodigioso.
mais o problema maior é que essas maravilhas de Deus estão enraizadas na vida do Homem, em suas ações, suas palavras e ações,Jesus é a revelação do Pai, quem o ouve, é ao Pai que ouve, quem lhe obedece, é ao Pai que obedece. A sua Palavra libertadora estava em Jonas e os Ninivitas acreditaram de imediato, a sua sabedoria que vem do alto estava em Salomão, e a Rainha de Sabá a soube vislumbrar como algo Divino e especial. Ora, Jesus é mais do que Jonas, e do que Salomão, mas os seus não o aceitaram.
Diác. José da Cruz
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