Definida a data da canonização do beato João Paulo II, o Papa de Nossa Senhora.
Foi definida, hoje, após um consistório ordinário, a data de
canonização do beato Papa João Paulo II. O Papa Francisco decretou que
ela deve acontecer no dia 27 de abril de 2014, celebração do 2º domingo
da Páscoa e da Divina Misericórdia.
O dia para elevar o grande João Paulo II à honra da santidade não
poderia ser mais apropriado. Afinal, foi em um sábado, 2 de abril,
véspera da festa da Divina Misericórdia, que o bem-aventurado foi levado
para junto de Deus e de Maria Santíssima. Um presente do Céu ao
Pontífice que, em vida, foi um ardoroso apóstolo da misericórdia divina.
De fato, em 1980, ainda no início de seu reinado, João Paulo II
publicou uma encíclica especialmente dedicada ao tema da misericórdia.
Na carta Dives in Misericordia, Sua Santidade recordou a grandeza do
amor de Deus, que se fez carne, abaixou-se à condição humana, quando o
homem ainda era escravo do pecado: "Eis aqui uma prova brilhante de amor
de Deus por nós: quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós"
(Rm 5, 8). O Papa Wojtyla escreve que "o amor condiciona (...) a
justiça; e, em última análise, a justiça serve a caridade". Ou seja, ao
invés de receber aquilo que merecia por seu pecado, a saber, a danação
eterna e a privação de Deus, o Senhor quer que todos se salvem (cf. 1 Tm
2, 4). Ele ama o homem e manifesta-lhe "o primado e a superioridade do
amor em relação à justiça": a Sua misericórdia.
Um ano depois, no dia de Nossa Senhora de Fátima, o Papa enfrentaria
um dos momentos mais difíceis de seu pontificado: Ali Agca, um
terrorista turco, baleou o Santo Padre, deixando-o gravemente ferido.
João Paulo II era chamado a experimentar com mais força a misericórdia
de Deus e a transmiti-la àquele que tinha tentado assassiná-lo: em 1983,
ele visitou o atirador e ofereceu-lhe o seu perdão. Os jornais do mundo
inteiro repercutiram a notícia e as pessoas falavam da bondade do
sucessor de São Pedro que, obediente à palavra de Cristo, decidira
perdoar até setenta vezes sete (cf. Mt 18, 21).
João Paulo II foi o Papa que derrotou o comunismo na União Soviética e
no leste da Europa; foi o Papa da "Teologia do Corpo", a resposta mais
efetiva da fé cristã à malfadada "ideologia de gênero", que procura
subverter a própria ordem da criação divina; foi o Papa da Evangelium
Vitae, a combativa encíclica que reafirmou a inviolabilidade da vida
humana frente aos avanços da ciência moderna; da Fides et Ratio, que
desmentiu a farsa de que fé e razão seriam opostas ou inimigas; da
Ecclesia de Eucharistia, que recordou o primado da fé eucarística na
Igreja e denunciou os abusos que se faziam – e ainda se fazem – na
celebração deste sacramento...
No entanto, jamais compreenderá totalmente a personalidade, o carisma
e o pontificado de João Paulo II quem ignorar que este foi um homem
profundamente devoto de Nossa Senhora. Tão forte era sua ligação com a
Virgem Santíssima que Wojtyla atribuíra a ela a sua salvação, após o
atentado terrorista que quase o matou prematuramente. Sua Santidade era
consagrado a Maria pelo método de São Luís Maria Grignion de Montfort: o
seu pontificado era, em última instância, o reinado da Mãe de Jesus, a
quem ele se dirigia com o belo lema "Totus tuus – Todo teu".
A sua beatificação e canonização tão rápidas certamente são obras de
Maria, que quer apressar no mundo o triunfo do Seu Imaculado Coração. A
Igreja espera ansiosamente o dia 27 de abril, para celebrar com mais
ênfase o mistério da comunhão dos santos e a santidade deste grande Papa
que foi João de Deus. Bem-aventurado João Paulo II, rogai por nós!
Por Equipe Christo Nihil Praeponere
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