O tema fundamental que a liturgia nos convida a
refletir, neste domingo, é o tema da oração. Ao colocar diante dos nossos olhos
os exemplos de Abraão e de Jesus, a Palavra de Deus mostra-nos a importância da
oração e ensina-nos a atitude que os crentes devem assumir no seu diálogo com
Deus.
A primeira leitura sugere que a verdadeira oração é
um diálogo “face a face”, no qual o homem – com humildade, reverência,
respeito, mas também com ousadia e confiança – apresenta a Deus as suas
inquietações, as suas dúvidas, os seus anseios e tenta perceber os projetos de
Deus para o mundo e para os homens.
O Evangelho senta-nos no banco da “escola de
oração” de Jesus. Ensina que a oração do crente deve ser um diálogo confiante
de uma criança com o seu “papá”. Com Jesus, o crente é convidado a descobrir em
Deus “o Pai” e a dialogar frequentemente com Ele acerca desse mundo novo que o
Pai/Deus quer oferecer aos homens.
A segunda leitura, sem aludir diretamente ao tema
da oração, convida a fazer de Cristo a referência fundamental (neste contexto
de reflexão sobre a oração, podemos dizer que Cristo tem de ser a referência e
o modelo do crente que reza: quer na freqüência com que se dirige ao Pai, quer
na forma como dialoga com o Pai).
1º leitura – Gn. 18,20-32 - AMBIENTE
Este texto do livro do Gênesis vem na seqüência da
primeira leitura do passado domingo. Depois de terem deixado a tenda de Abraão,
os três personagens dirigiram-se para a cidade de Sodoma, a fim de constatar
“in loco” o pecado dos habitantes da cidade. Abraão acompanhou os seus
visitantes divinos durante algum tempo. O autor jahwista situa num lugar alto,
a Este de Hebron – de onde se avista Sodoma (cf. Gn. 19,27) – esse diálogo
entre Abraão e Deus que o texto nos apresenta.
Sodoma era uma cidade antiga, que se supõe ter
existido nas margens do mar Morto, ao sul da península de El-Lisan. De acordo
com as lendas, foi uma das cidades destruídas (as outras teriam sido Gomorra,
Adama, Seboim e Segor) por um cataclismo que ficou na memória do povo bíblico.
Alguns estudiosos modernos têm procurado uma explicação para a lenda na
geologia da área: a região fica situada na falha do vale do Jordão, numa zona
sujeita a terremotos e a atividades vulcânicas. Depósitos de betume e de
petróleo têm sido descobertos nesta região; e alguns escritores antigos atestam
a presença de gases que, uma vez inflamados, poderiam causar uma terrível
destruição, do tipo relatado em Gn. 19. Terá sido isso que aconteceu nessa
zona?
É, provavelmente, essa recordação de um antigo
cataclismo que, em tempos imemoriais, destruiu a área, que originou a reflexão
que esta leitura nos apresenta. Poder-se-ia pensar que um acontecimento
pré-histórico muito remoto, cujos traços enigmáticos eram ainda visíveis no
tempo de Abraão (como o são ainda hoje), tenha excitado a fantasia religiosa,
no sentido de procurar as causas de uma tão terrível catástrofe.
O diálogo que a primeira leitura de hoje nos propõe
é um texto de transição que serve para ligar a lenda de Mambré com as lendas
que relatam a destruição de Sodoma e das cidades vizinhas. Os autores jahwistas
aproveitaram o ensejo para propor uma catequese sobre o peso que o justo e o
pecador têm diante de Deus.
MENSAGEM
Deus prepara-se para iniciar a “investigação”, a
fim de constatar da culpabilidade ou da não culpabilidade de Sodoma. É
precisamente aí que o autor jahwista resolve inserir essa pergunta fundamental
que o inquieta: que acontecerá se essa “investigação” revelar a existência na
cidade de um pequeno grupo de justos? Deus vai castigar toda a comunidade? Será
que um punhado de justos vale tanto que, por amor deles, Deus esteja disposto a
perdoar o castigo a uma multidão de culpados?
A idéia de que um punhado de “justos” possa salvar
a cidade pecadora é, em pleno séc. X a.C. (a época do jahwista), uma idéia
revolucionária. Para a mentalidade religiosa dos israelitas desta altura, todos
os membros de uma comunidade (família, cidade, nação) eram solidários no bem e
no mal; se alguém falhasse, o castigo devia, invariavelmente, derramar-se sobre
o grupo. No entanto, os catequistas jahwistas atrevem-se a sugerir que talvez a
“justiça” de uns tantos seja, para Deus, mais importante do que o pecado da
maioria. Apesar de tudo, ainda estamos longe da perspectiva da retribuição e da
responsabilidade individuais: essas idéias só serão consagradas pela catequese
de Israel a partir do séc. VI a.C. (época do exílio na Babilônia).
O problema que Abraão procura resolver é, portanto,
se aos olhos de Deus um grupo de “justos” tem tal peso que, por amor deles,
Deus esteja disposto a suspender o castigo que pesa sobre toda a coletividade.
Os números sucessivamente avançados por Abraão (em forma descendente, de 50 até
10) fazem parte do folclore do “regateio” oriental; mas servem, também, para
pôr em relevo a misericórdia e a “justiça de Deus”: a descida até aos dez
“justos” e as sucessivas manifestações da vontade de Deus em suspender o
castigo mostram que, n’Ele, a misericórdia é maior do que vontade de castigar,
que a vontade de salvar é infinitamente maior do que a vontade de perder.
Definida a questão fundamental que o jahwista quer
abordar, detenhamo-nos agora um pouco na forma como se desenrola a “conversa”
entre Abraão e Deus. É um diálogo “face a face” no qual Abraão se apresenta com
humildade, com respeito, pois sente-se “pó e cinza” diante da onipotência de
Deus. No entanto, à medida que o diálogo avança e que Abraão se confronta com a
benevolência de Deus, vai surgindo a confiança. Abraão chega a ser importuno na
sua insistência e ousado no seu regateio. Recordando a Deus os seus
compromissos, ele aparece como o “intercessor”, que consegue da misericórdia de
Deus que um número insignificante de justos tenha mais peso do que um número
muito elevado de culpados.
É possível dialogar com Deus desta forma familiar,
confiante, insistente, ousada? Certamente, pois o Deus de Abraão é esse Deus
que veio ao encontro do homem, que entrou na sua tenda, que Se sentou à sua
mesa, que estabeleceu com ele comunhão, que realizou os sonhos desse homem que
O acolheu, que aceitou partilhar com Ele os seus projetos. Um Deus que Se
revela dessa forma é um Deus com quem o homem pode dialogar, com amor e sem
temor.
ATUALIZAÇÃO
• O diálogo entre Abraão e Deus a propósito de
Sodoma confirma esse Deus da comunhão, que vem ao encontro do homem, que entra
na sua casa, que Se senta à mesa com ele, que escuta os seus anseios e que lhes
dá resposta; e mostra, além disso, um Deus cheio de bondade e de misericórdia,
cuja vontade de salvar é infinitamente maior do que a vontade de condenar. É
esse Deus “próximo”, cheio de amor, que quer vir ao nosso encontro e partilhar
a nossa vida que temos de encontrar: só será possível rezar, se antes tivermos
descoberto este “rosto” de Deus.
• A “oração” de Abraão é paradigmática da “oração”
do crente: é um diálogo com Deus – um diálogo humilde, reverente, respeitoso,
mas também cheio de confiança, de ousadia e de esperança. Não é uma repetição
de palavras ocas, gravadas e repetidas por um gravador ou um papagaio, mas um
diálogo espontâneo e sincero, no qual o crente se expõe e coloca diante de Deus
tudo aquilo que lhe enche o coração. A minha oração é este diálogo espontâneo,
vivo, confiante com Deus, ou é uma repetição fastidiosa de fórmulas feitas,
mastigadas à pressa e sem significado?
2º leitura – Cl. 2,12-14 – AMBIENTE
Pela terceira semana consecutiva, temos como
segunda leitura um trecho dessa carta aos Colossenses em que Paulo defende a
absoluta suficiência de Cristo para a salvação do homem.
O texto que hoje nos é proposto integra uma
perícope em que Paulo polemiza contra os “falsos doutores” que confundiam os
cristãos de Colossos com exigências acerca de anjos, de ritos e de práticas
ascéticas (cf. Cl. 2,4-3,4). Depois de exortar os colossenses à firmeza na fé
frente aos erros dos “falsos doutores” (cf. Cl. 2,4-8), Paulo afirma que Cristo
basta, pois é n’Ele que reside a plenitude da divindade; Ele é a cabeça de todo
o principado e potestade e foi Ele que nos redimiu com a sua morte (cf. Cl.
2,9-15).
MENSAGEM
A questão fundamental é, neste texto breve, a
afirmação da supremacia de Cristo e da sua suficiência na salvação do crente.
Pelo batismo, o crente aderiu a Cristo e identificou-se com Cristo; a vida de
Cristo passou a circular nele: por isso, o crente – revivificado por Cristo –
morreu para o pecado e nasceu para a vida nova do Homem Novo. Em Cristo
encontramos, portanto, a vida em plenitude, sem que seja necessário recorrer a
mais nada (poderes angélicos, ritos, práticas) para ter acesso à salvação.
Para representar, de forma mais explícita, o que
significa este “morrer” e “ressuscitar”, Paulo refere-se a um “documento de
dívida” que a morte de Cristo teria “anulado”. Este “documento” em que se
reconhece a nossa dívida para com Deus pode designar aqui, quer a Lei de Moisés
(com as suas leis, exigências, prescrições, impossíveis de cumprir na
totalidade e constituindo, portanto, um documento de acusação contra as falhas
dos homens), quer o “registro” onde, de acordo com as tradições judaicas da
época, Deus inscreve as contas da humanidade (cf. Sl. 139,16). De uma forma ou
de outra, não interessa acentuar demasiado esta imagem do “documento de
dívida”: ela é, apenas, uma linguagem, utilizada para significar que Cristo
anulou os nossos débitos (no sentido em que o nosso egoísmo e o nosso pecado
morreram, no instante em que Ele nos libertou); e, através de Cristo, começou
para nós uma vida nova, liberta de tudo o que nos oprime, nos escraviza, nos
rouba a felicidade, nos impede o acesso à vida plena.
ATUALIZAÇÃO
• Mais uma vez, a Palavra de Deus afirma a absoluta
centralidade de Cristo na nossa experiência cristã. É por Ele – e apenas por
Ele – que o nosso pecado e o nosso egoísmo são saneados e que temos acesso à
salvação – quer dizer, à vida nova do Homem Novo. É nisto que reside o
fundamental da nossa fé e é à volta de Cristo (da sua vida feita doação,
entrega, amor até à morte) que se deve centralizar a nossa existência de
cristãos. Ao denunciar a atitude dos Colossenses (mais preocupados com os
poderes dos anjos e com certas práticas e ritos do que com Cristo), Paulo
adverte-nos para não nos deixarmos afastar do essencial por aspectos
secundários. O critério fundamental, no que diz respeito à vivência da nossa
fé, deve ser este: tudo o que contribui para nos levar até Cristo é bom; tudo o
que nos distrai de Cristo é dispensável.
• É necessário ter consciência de que o batismo,
identificando-nos com Jesus, constitui um ponto de partida para uma vida vivida
ao jeito de Jesus, na doação, no serviço, na entrega da vida por amor. É este
“caminho” que temos vindo a percorrer? A minha vida caminha, decisivamente, em
direção ao Homem Novo, ou mantém-me fossilizado no homem velho do egoísmo, do
orgulho e do pecado?
Evangelho – Lc. 11,1-13 – AMBIENTE
Continuamos, ainda, nesse “caminho de Jerusalém” –
quer dizer, a percorrer esse caminho espiritual que prepara os discípulos para
se assumirem, plenamente, como testemunhas do Reino. A catequese que, neste
contexto, Jesus apresenta aos discípulos é, hoje, sobre a forma de dialogar com
Deus.
Lucas é o evangelista da oração de Jesus. Ele
refere a oração de Jesus no batismo (cf. Lc. 3,21), antes da eleição dos Doze
(cf. Lc. 6,12), antes do primeiro anúncio da paixão (cf. Lc. 9,18), no contexto
da transfiguração (cf. Lc. 9,28-29), após o regresso dos discípulos da missão
(cf. Lc. 10,21), na última ceia (cf. Lc. 22,32), no Getsêmani (cf. Lc.
22,40-46), na cruz (cf. Lc. 23,34.46). Em geral, a oração é o espaço de
encontro de Jesus com o Pai, o momento do discernimento do projeto do Pai.
O texto que hoje nos é proposto apresenta-nos Jesus
a orar ao Pai e a ensinar aos discípulos como orar ao Pai. Não se trata tanto
de ensinar uma fórmula fixa, que os discípulos devem repetir de memória, mas
mais de propor um “modelo”. De resto, o “Pai nosso” conservado por Lucas é um
tanto diferente do “Pai nosso” conservado por Mateus (cf. Mt. 6,9-13) – o que
pode explicar-se por tradições litúrgicas distintas. A versão de Mateus condiz
com um meio judeu-cristão, enquanto que a de Lucas – mais breve e com menos
embelezamentos litúrgicos – está mais próxima (provavelmente) da oração
original. Nenhuma destas versões pretende, na realidade, reproduzir
literalmente as palavras de Jesus, mas mostrar às comunidades cristãs qual a
atitude que se deve assumir no diálogo com Deus.
MENSAGEM
Como é que os discípulos devem, então, rezar? Lucas
refere-se a dois aspectos que devem ser considerados no diálogo com Deus. O
primeiro diz respeito à “forma”: deve ser um diálogo de um filho com o Pai; o
segundo diz respeito ao “assunto”: o diálogo incidirá na realização do plano do
Pai, no advento do mundo novo.
Tratar Deus como “Pai” não é novidade nenhuma. No
Antigo Testamento, Deus é “como um pai” que manifesta amor e solicitude pelo
seu Povo (cf. Os. 11,1-9). No entanto, na boca de Jesus, a palavra “Pai”
referida a Deus não é usada em sentido simbólico, mas em sentido real: para
Jesus, Deus não é “como um pai”, mas é “o Pai”.
A própria linguagem com que Jesus se dirige a Deus
mostra isto: a expressão “Pai” usada por Jesus traduz o original aramaico
“abba” (cf. Mc. 14,36), tomada da maneira comum e familiar como as crianças
chamavam o seu “papá”. Ao referir-se a Deus desta forma, Jesus manifesta a
intimidade, o amor, a comunhão de vida, que o ligam a Deus.
No entanto, o aspecto mais surpreendente reside no
fato de Jesus ter aconselhado os seus discípulos a tratarem a Deus da mesma
forma, admitindo-os à comunhão que existe entre Ele e Deus. Porque é que os
discípulos podem chamar “Pai” a Deus? Porque, ao identificarem-se com Jesus e
ao acolherem as propostas de Jesus, eles estabelecem uma relação íntima com
Deus (a mesma relação de comunhão, de intimidade, de familiaridade que unem
Jesus e o Pai). Tornam-se, portanto, “filhos de Deus”.
Sentir-se “filho” desse Deus que é “Pai” significa
outra coisa: implica reconhecer a fraternidade que nos liga a uma imensa
família de irmãos. Dizer a Deus “Pai” implica sair do individualismo que
aliena, superar as divisões e destruir as barreiras que impedem de amar e de
ser solidários com os irmãos, filhos do mesmo “Pai”.
Desta forma, Cristo convida os discípulos a
assumirem, na sua relação e no seu diálogo com Deus, a mesma atitude de Jesus:
a atitude de uma criança que, com simplicidade, se entrega confiadamente nas
mãos do pai, acolhe naturalmente a sua ternura e o seu amor e aceita a proposta
de intimidade e de comunhão que essa relação pai/filho implica; convida,
também, os discípulos a assumirem-se como irmãos e a formarem uma verdadeira
família, unida à volta do amor e do cuidado do “Pai”.
Definida a “atitude”, falta definir o “assunto” ou
o “tema” da oração. Na perspectiva de Jesus, o diálogo do crente com Deus deve,
sobretudo, abordar o tema do advento do Reino, do nascimento desse mundo novo
que Deus nos quer oferecer. A referência à “santificação do nome” expressa o
desejo de que Deus se manifeste como salvador aos olhos de todos os povos e o
reconhecimento por parte dos homens, da justiça e da bondade do projeto de Deus
para o mundo; a referência à “vinda do Reino” expressa o desejo de que esse
mundo novo que Jesus veio propor se torne uma realidade definitivamente
presente na vida dos homens; a referência ao “pão de cada dia” expressa o
desejo de que Deus não cesse de nos alimentar com a sua vida (na forma do pão
material e na forma do pão espiritual); a referência ao “perdão dos pecados”
pede que a misericórdia de Deus não cesse de derramar-se sobre as nossas
infidelidades e que, a partir de nós, ela atinja também os outros irmãos que
falharam; a referência à “tentação” pede que Deus não nos deixe seduzir pelo
apelo das felicidades ilusórias, mas que nos ajude a caminhar ao encontro da
felicidade duradoura, da vida plena…
Duas parábolas finais completam o quadro. O acento
da primeira (vs. 5-8) não deve ser posto tanto na insistência do “amigo
importuno”, mas mais na ação do amigo que satisfaz o pedido; o que Jesus
pretende dizer é: se os homens são capazes de escutar o apelo de um amigo
importuno, ainda mais Deus atenderá gratuitamente aqueles que se Lhe dirigem. A
segunda parábola (vs. 9-13) convida à confiança em Deus: Ele conhece-nos bem e
sabe do que necessitamos; em todas as circunstâncias Ele derramará sobre nós o
Espírito, que nos permitirá enfrentar todas as situações da vida com a força de
Deus.
ATUALIZAÇÃO
• O Evangelho de Lucas sublinha o espaço
significativo que Jesus dava, na sua vida, ao diálogo com o Pai – nomeadamente,
antes de certos momentos determinantes, nos quais se tornava particularmente
importante o cumprimento do projeto do Pai. Na minha vida, encontro espaço para
esse diálogo com o Pai? Na oração, procuro “sentir o pulso” de Deus a propósito
dos acontecimentos com que me deparo, de forma a conhecer o seu projeto para
mim, para a Igreja e para o mundo?
• A forma como Jesus Se dirige a Deus mostra a
existência de uma relação de intimidade, de amor, de confiança, de comunhão
entre Ele e o Pai (de tal forma que Jesus chama a Deus “papá”) e Ele convida os
seus discípulos a assumirem uma atitude semelhante quando se dirigem a Deus… É
essa a atitude que eu assumo na minha relação com Deus? Ele é o “papá” a quem
amo, a quem confio, a quem recorro, com quem partilho a vida, ou é o Deus
distante, inacessível, indiferente?
• A minha oração é uma oração egoísta, de
“pedinchice” ou é, antes de mais, um encontro, um diálogo, no qual me esforço
para escutar Deus, por estar em comunhão com Ele, por perceber os seus projetos
e acolhê-los?
• A minha oração é uma “negociata” entre dois
parceiros comerciais (“dou-te isto, se me deres aquilo”) ou é um encontro com
um amigo de quem preciso, a quem amo e com quem partilho as preocupações, os
sonhos e as esperanças?
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