quinta-feira, 18 de julho de 2013

FARDOS INÚTEIS.


                                                    


Paulo Roberto Gaefke
  



Conta uma lenda, que dois monges que atravessavam uma área deserta, quando diante de um rio violento, avistaram uma linda jovem que tentava atravessá-lo sem sucesso.





Um dos monges, não sem dificuldades, atravessou o rio e colocando a mulher em suas costas conseguiu atravessar o rio em segurança. A jovem abraçou-o agradecida, comovida com o seu gesto e seguiu seu caminho...





Retomando a jornada, o outro monge que assistiu a tudo calado, repreendeu o amigo, falando do contato carnal que houve com aquela jovem, da tentação de ter aquele contato mais direto com uma mulher, o que era proibido pelas suas leis. E durante um bom trecho do caminho, esse monge falou sobre a mulher e sobre o pecado cometido até que aquele que ajudou a jovem na travessia falou:



Querido amigo, eu atravessei o rio com a jovem e lá eu a deixei, mas você ainda continua carregando-a em seus pensamentos...



Assim, todos sabem que Deus não nos dá fardos maiores que aqueles que podemos suportar, e muitos dos nossos fardos já poderiam estar abandonados em outras curvas da vida, mas nós insistimos em carregá-los.



Levamos nossas dores e frustrações ao extremo.



Dramatizamos demais, elevamos ao cubo cada dor, cada ofensa, cada contrariedade e por isso, não conseguimos relaxar, perdoar ou mesmo ser feliz, pois o peso que vamos acumulando em nossas costas são demais para qualquer cristão.



Neste dia especial, eu lhe convido a uma reflexão.



Quais são os fardos que você continua carregando e que já não estão mais com você? Qual é a dor que você anda revivendo e fazendo com que velhas feridas voltem a sangrar? Por que você não consegue perdoar quem lhe magoou ou se perdoar a si mesmo? Quantas oportunidades você anda deixando para trás por estar amarrado ao passado?



Desarme-se dos velhos pensamentos; do espírito da revolta, da tristeza. Hoje é dia de desmontar o velho acampamento do comodismo e seguir adiante na longa jornada que a vida apresenta. Quanto mais leve a sua mochila, mais fácil a subida rumo a felicidade...


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