sábado, 16 de abril de 2011

APOSTASIA: SINAL DO FIM.


Apostasia é a rejeição total da fé cristã por parte de uma pessoa batizada. A heresia é a negação de uma ou outra verdade da fé.
São Paulo Apóstolo adverte ardentemente que a segunda vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo será precedida por uma grande apostasia mundial.
“Não vos deixes enganar de modo algum por pessoa alguma; porque deve vir primeiro a apostasia” (2 Ts 2,1-3).
“O Espírito diz expressamente que nos últimos tempos alguns renegarão a fé, dando atenção a espíritos sedutores e a doutrinas demoníacas” (1 Tm 4,1.2).
O Rei Antíoco Epifanes mandou seus oficiais para disseminarem a apostasia entre todos os seus súditos; por causa disso, muitos gentios e até judeus abandonaram as suas religiões e aceitaram a ordens do rei (1Mac 2,19).

Entretanto, Matatias, sua família e alguns poucos se recusaram a se desviar de sua religião um mínimo que fosse: “Nem pra direita, nem para a esquerda” (1Mac 2,22). Conseqüentemente, eles foram obrigados a fugir para as montanhas, deixando para trás tudo o que possuíam (1Mac 1,28-29).
Conosco também acontece a mesma coisa: nós estamos sempre sendo tentados a abandonar a nossa fé, devido à apostasia que enfrentamos com a chegada do final dos tempos (2 Ts 2,3). Para mantermos a fé como fizeram Matatias e os seus, nós devemos nos agarras firmemente a Jesus Cristo, nossa Rocha (1Cor 3,11), e comprometermos totalmente nossas vidas com Ele. Além disso, nós devemos caminhar na comunhão eucarística, na fé e na unção do Espírito Santo e aceitar autoridade da Igreja, através da Sagrada Escritura, da Sagrada Tradição e do Sagrado Magistério. Por último, mas não menos importantes, devemos compartilhar, fervorosamente, a nossa fé com os nossos irmãos. Se fizemos tudo isso seremos capazes de manter firme a nossa fé, não importando as tentações e pressões que viermos a sofrer.
O grande poder total da apostasia será na era do Anticristo, do seu principal intermediário o falso profeta, seus falsos apóstolos e a união com os mais importantes lideres religiosos do mundo inteiro. (2 Ts 2,1-10; Ap 13,1-18).
O grande trunfo e truque do Anticristo será reunir e unir todas as denominações protestantes vacilantes e seitas ao seu governo.
Aí os tais irão gritar de soberba e de triunfalismo exacerbado contra a Igreja Católica dizendo: “Agora somos unidos mais do que Roma e temos mais poder do que o Papa e podemos destruir o catolicismo”.
Só que eles vão esquecer pela cegueira do diabo (2 Cor 4,4) que a verdadeira Igreja Católica de Cristo com o seu papa verdadeiro não vão está sob essa era e nunca será vencida (Mt 16,18).
Disse Jesus “As minhas ovelhas escutam a minha voz, eu as conheço e elas me seguem; eu lhes dou a vida eterna e elas jamais perecerão, e ninguém as arrebatará de minha mão” (Jo 10, 27.28).

A SANTÍSSIMA TRINDADE

“E o Espírito que testemunha, porque o Espírito é a verdade. Nós sabemos que veio o Filho de Deus e nos deu a inteligência para conhecermos o Verdadeiro, no seu Filho Jesus Cristo. Este é o Deus verdadeiro e a vida eterna” (1 João 5,6. 20).
O ensinamento da Santíssima Trindade é a doutrina central do glorioso cristianismo. A comunhão trinitária é o protótipo da comunhão eclesial.

Jesus várias vezes advertiu seus discípulos a respeito dos ensinamentos perigosos dos falsos profetas (fariseus) e dos saduceus (Mateus 7,15; 16,6.11; Marcos 8,15; Lucas 12,1). Hoje, Jesus quer que você conheça bem os falsos ensinamentos sobre o Pai celestial, os quais estão se espalhando rapidamente por algumas partes do mundo.
“Jesus disse: que ninguém vos engane” (Mateus 24,4).
Os meios de comunicação nos Estados Unidos têm falado com uma freqüência cada vez maior sobre a presença de um movimento herético chamado “Só Jesus” em algumas igrejas que se dizem cristãs. Entre os que ensinam essa heresia está o famoso pregador T.D. Jakes, de Houston, Texas, que já apareceu na capa da revista TIME como um possível sucessor de Billy Graham. Jakes, juntamente com esse movimento “Só Jesus”, ensina que o Pai celestial e o Espírito Santo não existem como pessoas distintas da Santíssima Trindade.

Essa heresia perigosa está arrebanhando milhares de seguidores na Jamaica e em outras partes do mundo (1).

A Enciclopédia da Igreja Luterana afirma que os ensinamentos de Friedrich Schleiermacher (1768-1834) dominaram todas as tentativas do homem moderno de descobrir como a religião atua na alma de uma pessoa. Entretanto, os ensinamentos de Schleirmacher têm sido muito prejudiciais, pois ele ensinou que os cristãos não devem usar o termo Trinitariano “Pai, Filho e Espírito Santo” para descrever Deus porque esse termo é muito confuso. A um teólogo reformado, Schleiermacher escreveu que falar sobre a Trindade era desnecessário para a fé cristã.
Mais recentemente, o livro luterano intitulado Dogmática Cristã, editado por Carl Braaten e Robert W. Jenson, desprezou o ensinamento bíblico sobre a Trindade ao afirmar: “O nome da Trindade não caiu do céu. Foi inventado pelos cristãos para o Deus com quem nos encontramos envolvidos... “Pai, Filho e Espírito Santo” foram reunidos também simplesmente como um nome para o [Deus] por ele apreendido, e aparentemente isso aconteceu antes de qualquer análise sobre sua adequação” (vol. 1, p.93 do original inglês).

Um ataque ainda mais radical à Trindade e ao Pai celestial foi feito recentemente por Letty Russel, que afirma em Liberação Humana: Uma Perspectiva Feminista: “É possível falar do Deus Criador sem usar pronomes masculinos. Talvez também ajude falar do Espírito Santo, o Consolador, o Reconciliador, com um pronome feminino” (p. 22 do original em Inglês).
É assustador ver como diabo se esconde por trás de uma mascara de supostos estudioso da Bíblia, tornando-se cada vez mais ousada em atacar a Trindade e o Pai celestial. Agora ele até mesmo se esconde em livros atualmente usados para treinar pastores luteranos.
O apóstolo São João nos avisa: Cuidado! Testem os espíritos (1 João 4.1)! A doutrina da Trindade não é um mero ensinamento obscuro e sem importância na Bíblia. Essa doutrina chave é a verdade de como Deus repetidamente se revela na Bíblia, especialmente na ordem de Jesus, encontrada na Grande Comissão para batizar “em nome do Pai, e do Filho, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mateus 28.19).
Pense nisto também: Todo o capítulo de João 17 (26 versículos) é dedicado a uma conversa intima entre Jesus e o seu pai celestial.
Leia esta passagem das Escrituras e você irá entender melhor o relacionamento intimo do Pai celestial com seu Filho, e o relacionamento deles com você.

ENSINAR TODO O PLANO DE DEUS

Atualmente, o pregador mais popular dos EUA, o Rev. Joel Osteen, esse pastor baseia sua pregação em Romanos 2,4: “A bondade de Deus é que te conduz ao arrependimento”. Entretanto, como Osteen isola essa seção das Escrituras de “todo o plano de Deus” (Atos 20,27), o culto baseado neste ensinamento distorcido obviamente não é agradável a Deus. Se você escrevesse uma carta para um amigo e ele isolasse uma parte da mesma para fazê-la dizer uma coisa diferente do que o que você quis, você se sentiria traído e ficaria furioso. É a mesma coisa com Deus, que fica irado quando parte de sua Palavra é isolada de “todo o seu plano”. Há 500 anos, o pastor João Agrícola como Osteen, também disse que o ministério de uma pessoa deve se basear no ensinamento bíblico de que “a bondade de Deus é que conduz ao arrependimento”. Agrícola isolou o texto bíblico de “todo o plano de Deus”. Com base na Palavra de Deus, esse isolamento do texto foi exposto e condenado.
Quem conhece a Historia da Igreja irá reconhecer imediatamente que o que o Rev. Osteen está usando como base para sua pregação e ministério já foi, com base na Palavra de Deus, condenando durante a Reforma há 500 anos atrás. Aconteceu assim: João Agrícola chegou em Wittenberg, Alemanha, o centro de Reforma, em 1512.
Como pastor, Agrícola de inicio seguiu a ordem de Jesus de pregar a Lei e o Evangelho de Deus (Lucas 24.47). Entretanto, em 1527, ele começou a falar da Lei de forma depreciativa. “Agrícola negou [todo o uso da Lei] na Igreja e disse que ela só tinha um lugar no tribunal e na forca, que Moisés deveria ser banido inteiramente da Igreja, etc. Em cindo debates, Martinho Lutero então refutou o que se tornou conhecido como heresia antinomista”.
Portanto se você é um pregador tentado a p
regar apenas o Evangelho (bondade de Deus), excluindo a sua Lei (a ira de Deus), saiba que o diabo está tentando você a aceitar uma heresia muito antiga. Rejeite essa tentação e diga: “Não se iluda com as grandes multidões que seguem aqueles que não pregam todo o plano de Deus: Pois vai chegar o tempo em que às pessoas não vão dar atenção ao verdadeiro ensinamento, mas seguirão os seus próprios desejos. E arranjarão para si mesmas uma porção de mestres, que vão dizer a elas o que elas querem ouvir. Essas pessoas deixarão de ouvir a verdade para dar atenção às lendas” (2 Timóteo 4,3.4, NTLH). (2)
O grande bispo e Doutor da Igreja Santo Agostinho dizia: “A Lei é uma expressão de essência e da vontade santíssima de Deus”.





RICK WARREN

“Muitas vezes criamos “ídolos” evangélicos (talvez por não termos santos como os católicos!) e esses ídolos acabam nos desapontando, para dizer o mínimo”.

Paul Freston.
Sociólogo e Evangélico

O sucesso do pastor Rick Warren e de seu livro “Uma Igreja com Propósitos” é o sucesso do sucesso! É o sucesso de ter “no sucesso” um propósito de vida pessoal e ministerial. O sucesso que faz sucesso entre as pessoas hoje não é o da “obediência da fé” (Rm 1.5), nem o do “tomar a cruz” (Mt 16.24).

O sucesso que hoje se idolatra não é como o proposto no Salmo 1, em que o prazer está na “instrução do Senhor” e não em técnicas empresariais. O sucesso que faz sucesso hoje nas igrejas é o segundo os padrões mundanos de nosso tempo, em que as relações são mediadas pelo mercado. Esta idéia contemporânea de sucesso está implícita nas estratégias aplicadas ao crescimento de igrejas, das quais se podem inferir uma alta consideração por fama, prestígio, tamanho, enriquecimento e poder.

Igrejas e autores como Rick Warren escondem esse desejo mundano de sucesso por trás de uma linguagem aparentemente piedosa. Tenhamos a coragem de realizar uma autocrítica que nos permita verificar se esse caminho é o ideal, e até mesmo apropriado para nós. O que Warren propõe é a teologia da prosperidade, só que aplicada às instituições eclesiásticas, em vez de aplicada a indivíduos. É o crescimento numérico e financeiro do ministério que evidencia a bênção divina. Warren acaba por despertar, como um subproduto inconsciente, tudo aquilo que há de pior nos pastores: a vaidade, a cobiça, o amor ao prestígio, ao dinheiro e ao poder.

Uma igreja cristã não é uma instituição qualquer que visa o crescimento e a maximização dos lucros. Uma empresa secular deveria ter vocação social, mas busca sua perpetuação como finalidade. Isso também é verdade acerca de muitas igrejas que abandonaram os princípios éticos reformados do trabalho: sentido de vocação, austeridade em vez de ostentação e, acima de tudo, honestidade, em troca dos valores da sociedade de mercado e das estratégias de crescimento das empresas seculares.
Uma igreja não pode ter o crescimento como finalidade, pois existe para outro propósito: proclamar o evangelho da graça salvadora, por meio do testemunho de palavras e de obras de amor e, dessa forma, praticar a verdadeira e genuína adoração.

Eis o efeito pernicioso de Rick Warren: tecnicismo, pragmatismo e a avaliação do tão desejado “sucesso” por critérios mundanos.

Desconstruamos Warren pela sua noção de homogeneização. Em igrejas heterogêneas há gente de todo tipo e elas têm dificuldades de crescer. Há diferentes preferências pessoais porque essas pessoas têm formação educacional distinta, são de etnias variadas e pertencem a diferentes faixas etárias e classes sociais. O que Warren propõe, entre outras estratégias mercadológicas, é a execução proposital de um processo de homogeneização: a igreja que pretende crescer deve escolher uma fatia do mercado: escolher se será igreja de ricos ou de pobres, de cultos ou de incultos, voltada para uma etnia específica, e seus cultos devem agradar a um público específico. Os ricos não terão de passar pela humilhação de se sentarem com pobres, e não serão forçados a admitir que, em Cristo, somos todos iguais. Tampouco os cultos terão de partir o pão com os analfabetos, no sagrado nivelamento do evangelho. Poupemo-los desses constrangimentos! Escreve de forma magistral e exortativa o reverendo presbiteriano Ricardo Quadros Gouvêa (3).

Conclusão

A armadilha eficaz do diabo é este: depois de entrar na mente de mestres religiosos (como entrou em Pedro (Mt 16,23), o diabo então freqüentemente cita as escrituras. As pessoas ficam chocadas ao saber que o diabo muitas vezes cita as palavras de Deus corretamente. Entretanto, o truque dele é selecionar apenas uma parte da palavra de Deus que explica um ensaio especifico, o diabo faz Deus parecer estar dizendo algo que na verdade ele não diz. Esse truque é o que o diabo procurou usar na tentação de Jesus em (Mt 4,5-7). A ilusão mortal do diabo acontece diariamente, no mundo todo, quando televangelistas citam a Bíblia. Suas citações muitas vezes estão corretas. Entretanto, guiadas pelo diabo, suas citações freqüentemente desviam e enganam porque não oferecem toda a informação relacionada à doutrina que está sento ensinada, tal como o diabo tentou fazer com Jesus. Depois que o diabo citou a Bíblia corretamente, mas usando apenas provocações seletas para defender seu argumento, Jesus imediatamente provou que ele era um enganador do inferno, dizendo: “Também está escrito...” (Mt 4,7). Em Atos 13,9-10, lemos que o apóstolo São Paulo olhou firmemente para Elimas, o mágico, dentro de quem o diabo estava atuando, e disse: “Filho do diabo” inimigo de tudo o que é bom! “Homem mau e mentiroso”. Por que é que você não para de torcer o verdadeiro ensinamento do Senhor?” (NTLH).
Fiel a Jesus Cristo e a sua Igreja ficaremos livres de toda apostasia e heresias do diabo e dos seus apóstolos.

Pe. Inácio José do Vale
Especialista em Ciência Social da Religião
Professor e Pesquisador de Seitas
E-mail: pe.inaciojose.osbm@hotmail.com

NOTAS:

(1) Boas Novas, n.º 21, p. 4.
(2) Boas Novas, n.º 44, pp. 26 e 27
(3) Ultimato, Maio-junho de 2009, pp. 24 e 25.

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