CONHECER A SI MESMO, UMA NECESSIDADE.
O que o define: sua imagem, sua profissão, sua família, suas conquistas? Descubra o que há de mais essencial dentro de você.
Há perguntas que geralmente não nos fazemos. Talvez por achar que não
temos tempo para respondê-las, ou porque a resposta poderia ser
complicada demais. Se as fizermos, precisaremos de tempo para pensar,
para rezar, para ficar em silêncio. E achamos que esse tempo não é
importante.
Mas estas perguntas que às vezes evitamos acabam
sendo essenciais. Não podemos deixá-las de lado. Uma delas é: o que me
define? Como eu me defino?
Talvez você considere que já tem a
resposta, afinal de contas, á percorreu longos caminhos e, a essa
altura, já deve saber quem você realmente é.
Geralmente
definimos os outros pelo que eles fazem, pelo que estudaram, pelo seu
emprego, pelos seus êxitos pessoais. Então, podemos achar que o que nos
define são nossas ações, nossa aparência física, os êxitos e fracassos
da vida, a percepção que os outros têm de nós.
Nossas
conquistas no âmbito do trabalho, nossa situação familiar, as pessoas
que nos amam e as que amamos: tudo isso faz parte da nossa vida e
realmente não haveria entendimento entre nós prescindindo de tudo isso.
Mas a pergunta que não quer calar é: lá no fundo, quem sou eu? O que me
define? Esta pergunta nos liberta e nos dá asas. Com ela, podemos
começar a viver de verdade e assumir as rédeas da nossa vida.
Despido, despojado de títulos, quem sou eu?
Podemos caminhar sem rumo, apenas respondendo a expectativas, esperando
estar à altura do que os outros esperam de nós. Não toleramos o
fracasso nem as críticas. Queremos trilhar nosso caminho, mas acabamos
trilhando o caminho que outros traçam para nós, por medo de tornar-nos
feios, incapazes, descartáveis.
No entanto, a verdade é que,
ainda que muitos achem que não temos valor, isso não nos faz
necessariamente perder o valor. Também é verdade que os elogios tampouco
nos tornam pessoas melhores.
Quem é você?
Você é quem Deus quis que você fosse: com qualidades e defeitos, com conquistas e fracassos.
Ele modelou nosso rosto e nos deu uma beleza
na qual Ele se alegra e se reflete cada dia. Ele nos fez à sua imagem e
semelhança. Que maravilha! Mesmo assim, podemos nos considerar feios,
inferiores, indignos. Mas fomos feitos à imagem de Deus! Há algo maior que isso?
Não permita que as expectativas dos outros ou a não realização dos seus sonhos o levem a achar que sua beleza interior diminui. Não perca tempo buscando uma beleza
diferente da sua, não se frustre. Às vezes, queremos mais, queremos
tudo, não nos conformamos. Mas isso significa que, no fundo, não nos
conhecemos de verdade. Não demos toda a riqueza que Deus semeou em nossa alma.
Padre Carlos Padilla
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