Os cristãos precisam estar
preparados nos dias de hoje para o martírio da ridicularização, onde, se
declarar cristão, carregar um crucifixo no peito ou até uma bíblia na
mão, vai lhe custar zombarias e indiferença
A perseguição ao Cristianismo não
acontece somente pela prisão, tortura e morte de cristãos por todo
mundo. Existe um segundo tipo de perseguição que é incruento (sem
derramamento de sangue), no qual os que creem sofrem um “ataque”
ideológico por parte do secularismo, da mídia anticristã, do ateísmo
militante. É uma perseguição contra os valores e a moral cristã.
“Temos aqui dois ‘campos de batalha’. Por um lado, todas as questões envolvendo o tema da bioética como o aborto, a eutanásia, pesquisas
com células-tronco embrionárias, etc. Por outro, temos a questão da
ética sexual e valores da família como divórcio, barriga de aluguel,
casamento homossexual, etc. E a Igreja aparece como ‘inimiga’ (para os
que defendem estas posições) por quê? É que ela se levanta como uma das
únicas resistências que defendem estes valores tradicionais. E não
importa que argumentos usemos para tratar destes assuntos, há um
preconceito muito forte para denegrir a imagem da Igreja atualmente”,
disse padre Demétrio Gomes da arquidiocese de Niterói (RJ).
Segundo o professor Felipe Aquino,
apresentador da TV Canção Nova e professor de teologia, os cristãos,
hoje, precisam se preparar para um novo tipo de martírio.
“O Papa Bento XVI falou, estes
dias, algo muito marcante: os cristãos precisam se preparar para o
martírio da ridicularização, ou seja, se você carregar um crucifixo no
peito e for para uma universidade você é ridicularizado. Se você anda
com a sua Bíblia, vão falar que você é alienado, que acredita em
crendices. Então, o Papa tem alertado os cristãos para viverem também
este tipo de martírio”, disse professor Felipe Aquino.
Esta perseguição tem se mostrado,
sobretudo, pelos veículos de imprensa internacionais que não poupam
mentiras e críticas à Igreja Católica, difamações e zombarias a
sacerdotes, bispos e, principalmente, à figura do Papa.
Um exemplo clássico deste “martírio da
ridicularização” aconteceu este ano quando os jornais BBC e The New York
Times publicaram charges zombando da figura do Papa, mas se negaram a
fazer o mesmo contra o profeta Maomé, por exemplo, alegando “ser um
perigo”. O veterano jornalista da BBC Roger Bolton disse que a redação
do jornal está tomada por “liberais céticos humanistas” que “riem e
zombam do Cristianismo”. E ainda acrescentou: “qualquer um que se oponha ao casamento gay ou à fertilização in vitro, por exemplo, é tratado como um ‘louco’ por causa de suas crenças religiosas”.
Esta perseguição da moral cristã tem se
espalhado pelo mundo, e segundo padre Demétrio só os que possuem uma fé
firme e pura sobreviverão a ela. “É muito importante não se assustar com
esta apostasia, pois o Senhor mesmo já tinha dito que seríamos um
pequeno rebanho. Quando o mundo se cansar destas propostas
contemporâneas, ele vai encontrar, na Igreja, esta luz no fim do túnel.”
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