“Não seria mais ‘cristão’
seguir o exemplo do beato Wojtyla, isto é, a resistência heroica até o final, ao
invés do exemplo de São Celestino V?
Graças a Deus, são muitas as histórias pessoais, muitos
os temperamentos, os destinos, os carismas, as maneiras de interpretar e viver o
Evangelho.
Grande, apesar
do que pensem aqueles que não a conhecem por dentro, grande é a liberdade
católica. Muitas vezes, o então cardeal me repetiu, nas entrevistas que
teríamos ao longo dos anos, que quem se preocupa demasiado pela difícil situação
da Igreja (quando não foi?) demonstra
não haver entendido que esta pertence a Cristo, é o corpo mesmo de
Cristo. Portanto, cabe a Ele dirigi-la e, se necessário, salvá-la. ‘Nós’, me
dizia, ‘somente somos, palavra do Evangelho, servos, e por consequência,
inúteis. Não nos levemos muito a sério, somos unicamente instrumentos e, além
disso, muitas vezes ineficazes. Não gastemos demais os neurônios [nos
devanemos demasiado los sesos] pelo futuro da Igreja: realizemos até o
final nosso dever, Ele pensará no resto’.”
“Existe também, acima de tudo até, esta humildade, na
decisão de passar o testemunho: o instrumento vai desaparecer, o Dono da messe
(como ele gosta de chamá-Lo, com termos evangélicos) necessita de novos
operários, que, portanto, cheguem conscientes isso sim, de ser meros servidores.
E quanto aos anciãos já extenuados, deem o trabalho mais valioso: a oferta do
sofrimento e o compromisso mais eficaz. O da oração incansável, esperando a
chamada à Casa definitiva.”
[Vitorio
Messori em El
ofrecimiento del sufrimiento y de la oración: una resposta a tres
perguntas, via
Religión en Libertad]
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