“A Igreja do amor é também a Igreja da verdade”!!
Desde o início
do seu pontificado, Bento XVI pôs em relevo a centralidade do testemunho da
verdade evangélica. Um desafio que, na verdade, poderíamos dizer que está no
“DNA” do cristão Joseph Ratzinger que, em 1977, para o seu lema episcopal,
escolheu a fórmula “Cooperatores Veritatis”, (”Colaboradores da Verdade”),
extraída de uma passagem da terceira Carta de São João.
“Quantos ventos de doutrina conhecemos nestas últimas décadas, quantas correntes ideológicas, quantas modas de pensamento!” Nós, contudo, “temos uma outra medida: o Filho de Deus”, que “nos dá o critério para discernir entre o verdadeiro e o falso, entre engano e verdade“.
“Quantos ventos de doutrina conhecemos nestas últimas décadas, quantas correntes ideológicas, quantas modas de pensamento!” Nós, contudo, “temos uma outra medida: o Filho de Deus”, que “nos dá o critério para discernir entre o verdadeiro e o falso, entre engano e verdade“.
Quando Joseph
Ratzinger pronuncia estas palavras a 18 de Abril de 2005, ainda é “apenas” o
decano do Colégio Cardinalício. Mas, neste momento, é fácil ver que naquela
homilia sobre a “ditadura do relativismo” o futuro Pontífice indicava já à
Igreja um dos desafios mais urgentes dos nossos tempos. No fundo e sempre:
testemunhar a verdade.
Mas o que é a
verdade, ou melhor,quem é a verdade
para Bento XVI, e – podemos possuí-la?
“É claro que não
somos nós que possuímos a verdade, mas é ela a possuir-nos: Cristo que é a
verdade, pegou-nos pela mão, e no caminho da nossa busca apaixonada de
conhecimento sabemos que a sua mão nos segura firmemente. Ser sustentados pela
mão de Cristo torna-nos livres e seguros ao mesmo tempo”. (Discurso à Cúria
Romana, 21 de Dezembro de 2012)
Portanto, a verdade é uma Pessoa, Jesus Cristo. Por outro
lado, observa Bento XVI na sua primeira Encíclica “Deus caritas est”, no início
do Cristianismo “não está uma decisão
ética ou uma grande ideia”, mas sim, precisamente “o encontro” com esta Pessoa.
Quanto mais autêntico for este encontro, adverte o Papa, tanto mais somos
chamados a aceitar sacrifícios e perseguições: “Quem participa na missão de
Cristo deve inevitavelmente enfrentar tribulações, contrastes e sofrimentos,
porque entra em conflito com as resistências e os poderes deste mundo”.
(Audiência para as Pontifícias Obras Missionárias, 21 de Maio de 2010)
Mas a verdade, não se cansa de afirmar Bento XVI, não está separada da caridade. Ao mesmo tempo, explica na Caritas in veritate, “sem verdade, a caridade degenera no sentimentalismo. O amor torna-se um invólucro vazio, a preencher arbitrariamente”. E’, adverte, “o risco fatal do amor numa cultura sem verdade”. Eis, então, que a fé, bem longe de ser um obstáculo, se torna a luz que ilumina o caminho para a verdade:
Mas a verdade, não se cansa de afirmar Bento XVI, não está separada da caridade. Ao mesmo tempo, explica na Caritas in veritate, “sem verdade, a caridade degenera no sentimentalismo. O amor torna-se um invólucro vazio, a preencher arbitrariamente”. E’, adverte, “o risco fatal do amor numa cultura sem verdade”. Eis, então, que a fé, bem longe de ser um obstáculo, se torna a luz que ilumina o caminho para a verdade:
“Diante de tal
atitude que tende a substituir a verdade com o consenso, frágil e facilmente
manipulável, a fé cristã oferece, pelo contrário, uma contribuição real também
no âmbito ético-filosófico, não fornecendo soluções pré-constituídas para
problemas concretos, como a investigação e experimentação biomédica, mas
propondo perspectivas morais fiáveis dentro das quais a razão humana pode
investigar e encontrar soluções válidas.”
(Audiência à Congregação para a
Doutrina da Fé, 15 de Janeiro de 2010).
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