Amados irmãos e irmãs da Renovação Carismática Católica do Brasil,
A todos, “graça e paz da parte de Deus, nosso Pai, e da parte do Nosso Senhor Jesus Cristo!”
Estamos diante de um fato novo e histórico que muito surpreendeu aos católicos e até aos não católicos: a renúncia de nosso amado e querido Papa Bento XVI, no dia 11 de fevereiro último, durante uma reunião com os cardeais da Cúria Romana.
Como Igreja e como presidente da RCC do Brasil, me dirijo a todos para pedir que intensifiquem as suas orações e súplicas ao Senhor, a fim de que com elas possamos auxiliar o Santo Padre em suas necessidades físicas e espirituais. Peçamos também a intercessão de Nossa Senhora, esposa do Espírito Santo e Mãe da Igreja, para que Ela interceda junto a Jesus pela unidade da Igreja e pelo Colégio Cardinalício, antes e durante o Conclave que vai escolher o novo Papa.
Esta renúncia aconteceu às portas da Quaresma. Nestes quarenta dias, especialmente propícios para o jejum e para a oração, queremos reafirmar a nossa fé, dizendo como São Paulo: “sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são os eleitos, segundo os seus desígnios” (Rom 8,28).
Portanto, irmãos, vamos nos manter unidos na fé no Deus que, há mais de 2 mil anos, conduz a nossa Igreja! Somos reconhecidos como um povo que ora. Então, vamos nos manter unidos em torno da Eucaristia, na oração, no jejum e firmes na fé, porque a Igreja Católica, certamente, vai continuar sendo a “barca” segura que leva o povo ao encontro de Jesus Cristo. Sabemos que Deus está à frente da Igreja para guiá-la nesses tempos difíceis e honrar Sua promessa: “Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mt 16, 18).
A decisão do Santo Padre não foi uma atitude impensada, porém livre, coerente, consciente e fruto de muita oração e despojamento de si mesmo, para realizar o melhor para a Igreja que ele tanto ama e à qual se dedicou a vida inteira. Ele sabia da seriedade do seu ato, mas sabia, principalmente, que “para governar a barca de São Pedro e proclamar o Evangelho, é necessário tanto a força da mente como a do corpo.” Estas foram suas palavras na carta de renúncia. E como ambas as forças estavam se deteriorando, disse: “tenho de reconhecer minha incapacidade de adequadamente cumprir o ministério a mim confiado”.
Estamos no segundo milênio do Cristianismo e, ao longo dos séculos, a maneira de exercer o ministério como Bispo de Roma foi se modificando. Se, no início da Igreja, o Papa viajava pouco e sua agenda continha menos compromissos, agora não é mais assim. O Vaticano é um Estado que mantém relações diplomáticas com 179 países, o que significa que todos os dias o Papa recebe inúmeras autoridades políticas e religiosas do mundo inteiro. Sua agenda pastoral é cheia de compromissos próprios do Bispo de Roma. São homilias, discursos, encíclicas, elaboração de documentos, audiências públicas, celebrações e etc.
Nesta oportunidade, quero relembrar ao povo da RCC as seguintes palavras da Constituição Pastoral Gaudium et Spes 16: “O homem tem no coração uma lei escrita pelo próprio Deus; a sua dignidade está em obedecer-lhe, e por ela é que será julgado. A consciência é o centro mais secreto e o santuário do homem, no qual se encontra a sós com Deus, cuja voz se faz ouvir na intimidade do seu ser”. Portanto, meus amados irmãos e irmãs, conclamo a vocês a analisarem e aceitarem a renúncia do Santo Padre na perspectiva da fé e não apenas da razão.
Diante de uma sociedade que quase sempre luta ou idolatra o poder, Sua Santidade Bento XVI revela ao mundo a sua humildade, despojamento, reconhecimento dos próprios limites e amor à Igreja. Que este exemplo sirva para todos nós que, na Renovação Carismática Católica, desempenhamos algum tipo de ministério ou liderança! Não devemos e não podemos nos apegar, mas estar sempre em sintonia com Deus para ouvir, no coração, a Sua voz e, com coragem, dizer: Sim, Senhor! A pessoa que ama, sempre encontrará maneiras de servir, mesmo quando, por qualquer razão, precisar deixar que outros deem seguimento à sua missão, ocupando o lugar onde estava.
Bento XVI agiu em conformidade com as exigências do Código de Direito Canônico (Cânon 332,2), onde se lê: “se acontecer que o Romano Pontífice renuncie a seu múnus, para a validade se requer que a renúncia seja livremente feita e devidamente manifestada”. O Código ressalta, ainda, que os dois casos previstos na legislação para a mudança do Papa é a sua morte ou sua renúncia. Esta última hipótese tem uma peculiaridade: não se exige que seja aceita por ninguém, uma vez que ele não tem superior na terra.
O Papa não pode retroceder em sua decisão, “uma vez feita e anunciada a renúncia”. Segundo anunciou Bento XVI em sua carta de renúncia, a Sede Pontifícia fica vacante no próximo dia 28 de fevereiro, às 20 horas (horário de Roma). Os cardeais serão convocados para o Conclave ainda no mês de março, mas os que tiverem mais de oitenta anos não poderão votar.
Para usar as palavras do ainda Papa Bento XVI, digo-lhes: “vamos confiar a Sagrada Igreja aos cuidados de nosso Supremo Pastor, Nosso Senhor Jesus Cristo, e implorar a Sua Santa Mãe, Maria para que ajude os cardeais com sua solicitude maternal, para eleger um novo Sumo Pontífice”.
Deus os abençoe nesta caminhada quaresmal, em direção à Páscoa do Senhor!
Fraternalmente,
Katia Roldi Zavaris
Presidente do Conselho Nacional da Renovação Carismática Católica do Brasil
A todos, “graça e paz da parte de Deus, nosso Pai, e da parte do Nosso Senhor Jesus Cristo!”
Estamos diante de um fato novo e histórico que muito surpreendeu aos católicos e até aos não católicos: a renúncia de nosso amado e querido Papa Bento XVI, no dia 11 de fevereiro último, durante uma reunião com os cardeais da Cúria Romana.
Como Igreja e como presidente da RCC do Brasil, me dirijo a todos para pedir que intensifiquem as suas orações e súplicas ao Senhor, a fim de que com elas possamos auxiliar o Santo Padre em suas necessidades físicas e espirituais. Peçamos também a intercessão de Nossa Senhora, esposa do Espírito Santo e Mãe da Igreja, para que Ela interceda junto a Jesus pela unidade da Igreja e pelo Colégio Cardinalício, antes e durante o Conclave que vai escolher o novo Papa.
Esta renúncia aconteceu às portas da Quaresma. Nestes quarenta dias, especialmente propícios para o jejum e para a oração, queremos reafirmar a nossa fé, dizendo como São Paulo: “sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são os eleitos, segundo os seus desígnios” (Rom 8,28).
Portanto, irmãos, vamos nos manter unidos na fé no Deus que, há mais de 2 mil anos, conduz a nossa Igreja! Somos reconhecidos como um povo que ora. Então, vamos nos manter unidos em torno da Eucaristia, na oração, no jejum e firmes na fé, porque a Igreja Católica, certamente, vai continuar sendo a “barca” segura que leva o povo ao encontro de Jesus Cristo. Sabemos que Deus está à frente da Igreja para guiá-la nesses tempos difíceis e honrar Sua promessa: “Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mt 16, 18).
A decisão do Santo Padre não foi uma atitude impensada, porém livre, coerente, consciente e fruto de muita oração e despojamento de si mesmo, para realizar o melhor para a Igreja que ele tanto ama e à qual se dedicou a vida inteira. Ele sabia da seriedade do seu ato, mas sabia, principalmente, que “para governar a barca de São Pedro e proclamar o Evangelho, é necessário tanto a força da mente como a do corpo.” Estas foram suas palavras na carta de renúncia. E como ambas as forças estavam se deteriorando, disse: “tenho de reconhecer minha incapacidade de adequadamente cumprir o ministério a mim confiado”.
Estamos no segundo milênio do Cristianismo e, ao longo dos séculos, a maneira de exercer o ministério como Bispo de Roma foi se modificando. Se, no início da Igreja, o Papa viajava pouco e sua agenda continha menos compromissos, agora não é mais assim. O Vaticano é um Estado que mantém relações diplomáticas com 179 países, o que significa que todos os dias o Papa recebe inúmeras autoridades políticas e religiosas do mundo inteiro. Sua agenda pastoral é cheia de compromissos próprios do Bispo de Roma. São homilias, discursos, encíclicas, elaboração de documentos, audiências públicas, celebrações e etc.
Nesta oportunidade, quero relembrar ao povo da RCC as seguintes palavras da Constituição Pastoral Gaudium et Spes 16: “O homem tem no coração uma lei escrita pelo próprio Deus; a sua dignidade está em obedecer-lhe, e por ela é que será julgado. A consciência é o centro mais secreto e o santuário do homem, no qual se encontra a sós com Deus, cuja voz se faz ouvir na intimidade do seu ser”. Portanto, meus amados irmãos e irmãs, conclamo a vocês a analisarem e aceitarem a renúncia do Santo Padre na perspectiva da fé e não apenas da razão.
Diante de uma sociedade que quase sempre luta ou idolatra o poder, Sua Santidade Bento XVI revela ao mundo a sua humildade, despojamento, reconhecimento dos próprios limites e amor à Igreja. Que este exemplo sirva para todos nós que, na Renovação Carismática Católica, desempenhamos algum tipo de ministério ou liderança! Não devemos e não podemos nos apegar, mas estar sempre em sintonia com Deus para ouvir, no coração, a Sua voz e, com coragem, dizer: Sim, Senhor! A pessoa que ama, sempre encontrará maneiras de servir, mesmo quando, por qualquer razão, precisar deixar que outros deem seguimento à sua missão, ocupando o lugar onde estava.
Bento XVI agiu em conformidade com as exigências do Código de Direito Canônico (Cânon 332,2), onde se lê: “se acontecer que o Romano Pontífice renuncie a seu múnus, para a validade se requer que a renúncia seja livremente feita e devidamente manifestada”. O Código ressalta, ainda, que os dois casos previstos na legislação para a mudança do Papa é a sua morte ou sua renúncia. Esta última hipótese tem uma peculiaridade: não se exige que seja aceita por ninguém, uma vez que ele não tem superior na terra.
O Papa não pode retroceder em sua decisão, “uma vez feita e anunciada a renúncia”. Segundo anunciou Bento XVI em sua carta de renúncia, a Sede Pontifícia fica vacante no próximo dia 28 de fevereiro, às 20 horas (horário de Roma). Os cardeais serão convocados para o Conclave ainda no mês de março, mas os que tiverem mais de oitenta anos não poderão votar.
Para usar as palavras do ainda Papa Bento XVI, digo-lhes: “vamos confiar a Sagrada Igreja aos cuidados de nosso Supremo Pastor, Nosso Senhor Jesus Cristo, e implorar a Sua Santa Mãe, Maria para que ajude os cardeais com sua solicitude maternal, para eleger um novo Sumo Pontífice”.
Deus os abençoe nesta caminhada quaresmal, em direção à Páscoa do Senhor!
Fraternalmente,
Katia Roldi Zavaris
Presidente do Conselho Nacional da Renovação Carismática Católica do Brasil
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