Como
se não bastasse a angústia que o ineditismo da renúncia do Papa Emérito
Bento XVI, provocou no coração dos Fiéis, abriu-se um link novo. Parece
ter sido feito para desconversar o assunto em pauta, e abrir uma nova
discussão. Alguém se lembrou de “enriquecer” o noticiário, levantando a
pergunta: se o Papa pode abandonar o seu ministério petrino, por que os
casais não podem romper sua aliança conjugal? O interessante é que a
imprensa mundial, em toda a parte, repetiu a questão como uma grande
charada, supostamente irrespondível. O questionamento dá ocasião para
todos chegarem mais próximos ao verdadeiro significado de aliança e
distinguir os personagens que entram em um e em outro caso.
Antes de tudo, o suposto de que os casais não podem se separar, não é de todo procedente. Pois a morte separa qualquer casal. E mesmo antes disso, pode haver legítimas separações quando existe um vício de origem, tais como erro de pessoa, ocultamento de defeitos gravíssimos, a descoberta de problemas psíquicos insanáveis...Ninguém vai dizer que uma mulher que é humilhada pelo marido, diariamente, tenha obrigação de ficar unida a um homem desses. O que a Igreja advoga, e nisso ela é fiel aos ensinamentos do Senhor, é que aqueles casais que estão legitimamente casados, que procurem superar seus problemas de maneira a acreditar na graça divina, e não apelem para a separação. Agora o Papa recebeu apenas um ministério.
Ele não é casado com a Igreja. Quem é casado com a
Igreja, e tem com ela uma aliança eterna, é Jesus nosso Salvador.
“Cristo amou a Igreja e se entregou por ela” (Ef 5, 25). Portanto,
nenhum Ministro de Jesus tem união nupcial com a Igreja, o que é
exclusivo do Salvador. Seus representantes tem para com a Igreja apenas
uma união mística, espiritual. Ademais, Bento XVI, ao renunciar não se
separou da Igreja. Ele continua um amigo fidelíssimo dela. Ele até
renunciou por amor, por não querer se tornar um homem pesado para os
demais. Pelo cansaço que a idade lhe impôs, quer servir a comunidade de
outro modo. O rodapé jamais deverá fazer parte do texto principal. Que a
conversa volte ao essencial.
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quinta-feira, 7 de março de 2013
UM RODAPÉ INESPERADO.
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